Banca precisa de oferta que “consiga competir” com certificados de aforro, diz Paulo Macedo
Para o líder do banco público, “não se pode estranhar que haja não só guerra entre instituições [financeiras] como entre produtos”.
O presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, desvalorizou esta segunda-feira a saída de grande fluxo de depósitos para investimentos em certificados de aforro e elencou como um dos desafios manter a rentabilidade do banco público.
“Não se pode estranhar que haja não só guerra entre instituições [financeiras] como entre produtos”, disse durante uma intervenção num painel da conferência “para onde vai a economia portuguesa”, em Lisboa, quando questionado sobre a corrida aos Certificados de Aforro (CA), que se tem registado nos últimos meses.
No painel sobre o setor financeiro da conferência organizada pela SEDES e pela Ordem dos Economistas, Paulo Macedo realçou que “as pessoas têm várias alternativas”, lembrando que o que ensinam na escola é a diversificar os investimentos. Para o responsável da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a obrigação da banca é ter oferta com vários produtos “que consigam competir” com os CA.
Paulo Macedo enumerou como desafios para o futuro “devolver dinheiro ao Estado, perceber as consequências do euro digital, continuar atento à cibersegurança”, “quando as taxas caírem” como a CGD vai manter a rentabilidade, bem “como melhorar as condições para os clientes”.
Por seu lado, o vice-presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp João Nuno Palma considerou que os grandes desafios para o setor financeiro passam por compreender como o crescimento económico e a inflação vão “impactar sobre a valorização dos ativos”, o aumento do custo de financiamento e a acessão dos riscos. O responsável do bcp defendeu que “a coisa fundamental é preservar a estabilidade do sistema financeiro”.
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