Produção da indústria portuguesa encolheu 7% em abril
Energia foi a principal responsável por esta quebra no índice de produção industrial. Empresas justificam ainda a "intensidade da redução" com o escoamento de stocks e a quebra de encomendas.
A produção industrial voltou a desacelerar em abril, seguindo a tendência verificada no mês anterior. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de produção industrial apresentou uma variação homóloga de -7% em abril, com o setor da energia a ser o principal motivador desta quebra. Em março, redução tinha sido de 3,6%.
“A intensidade da redução poderá estar relacionada com o escoamento de stocks e quebra de encomendas, referidas por diversas empresas”, detalha o INE no relatório divulgado esta quinta-feira. Sem contar com o agrupamento de energia, o INE indica que esta variação foi de -4,6%, em abril e -0,9% em março.
O agrupamento de energia apresentou o contributo mais influente para a variação do índice total, representando uma quebra de 3,2 pontos percentuais no índice de produção industrial no mês de referência. Essa quebra é motivada por uma taxa de variação de -18,1% em maio, que se segue a uma quebra de 16,3% no mês anterior.
Os bens de consumo e intermédios acompanharam a tendência, contribuído com uma desvalorização de 2,4 p.p. e 1,9 p.p., respetivamente, para a variação total do índice. Segundo o INE, isto acontece em resultado de variações homólogas de -7,1% e de -5,6% (-0,8% e -4,3% em março), pela mesma ordem.
O único contributo positivo, embora ligeiro (0,6 p.p.), partiu do agrupamento de bens de investimento que, ainda assim, abrandou, passando de uma taxa de variação de 7,3%, em março, para 4,2% no mês em análise.
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