BCE mais pessimista para 2024 vê inflação na Zona Euro em 3,2% e crescimento de 1%
O staff do banco central reviu em alta a projeção da inflação de 3% para 3,2% no próximo ano. Para 2025, a revisão é em baixa, para 2,1%.
O Banco Central Europeu (BCE) reviu em alta as projeções da inflação na Zona Euro para este ano e para 2024, e em baixa as do crescimento económico. Mais pessimista, o staff do banco central liderado por Christine Lagarde vê agora a inflação no bloco da moeda única a atingir os 3,2% em 2024, face aos 3% nas projeções de junho. Para este ano, a projeção é de 5,6%, face à anterior de 5,3%. Em 2025 a inflação deverá atingir os 2,1%, uma revisão em ligeira baixa face aos 2,2% de junho, e já muito perto da meta de 2%.
“A revisão em alta para 2023 e 2024 reflete principalmente uma trajetória mais elevada para os preços da energia“, referiu o BCE, num comunicado divulgado após a reunião do Conselho de Governadores. “As pressões subjacentes sobre os preços permanecem elevadas, embora a maioria dos indicadores tenha começado a diminuir.”
O BCE explica que os anteriores aumentos das taxas de juro “continuam a ser transmitidos com força” e que as condições de financiamento tornaram-se ainda mais restritivas e estão a atenuar cada vez mais a procura, “o que é um fator importante para trazer a inflação de volta ao objetivo”.
“Com o impacto crescente deste aperto na procura interna e o enfraquecimento do ambiente comercial internacional, o staff do BCE reduziu significativamente as suas projeções de crescimento económico“, adiantou. O BCE vê a economia da Zona Euro a expandir 0,7% em 2023 (0,9% na projeção anterior), 1% em 2024 (de 1,5%) e 1,5% e 2025 (de 1,6% antes).
De acordo com a decisão tomada esta quinta-feira pelo Comité de Política Monetária do BCE, as taxas diretoras vão aumentar 25 pontos base, com efeitos a partir de 20 de setembro. O BCE sinalizou, no entanto, que o ciclo de subidas das taxas de juro desde julho do ano passado tenha chegado ao fim. “Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras atingiram os níveis que – se forem mantidos durante um período suficientemente longo – darão um contributo substancial para o retorno atempado da inflação ao objetivo.”
(Notícia atualizada pela última vez às 14h)
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