Intertex veste-se no Europarque e atrai milhares de profissionais

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  • 19 Maio 2023

De 31 de maio a 2 de junho, no Europarque, em Sta. Maria da Feira, mais de 150 expositores de mais de 15 países recebem a visita de 3 mil profissionais da indústria têxtil e do vestuário e do calçado.

Está a chegar a segunda edição da Intertex – Feira Internacional da Indústria Têxtil, que este ano acontece em simultâneo com a Intershoes – Feira Internacional do Calçado, em estreia no mercado português.

O certame, com as portas abertas entre as 10 horas e as 18 horas, é organizado pela norte-americana BGroup – empresa com comprovada experiência na organização de feiras setoriais profissionais -, e orgulha-se do apoio da ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e de Confeção e da UACS – União das Associações do Comércio e Serviços.

Exclusiva a profissionais, a maior feira internacional do setor têxtil e do vestuário contará com mais de 150 expositores, oriundos de mais de 15 países, incluindo Portugal, que apresentam um perfil distinto, da matéria-prima, passando pela maquinaria até às confeções de pronto a vestir.

São esperados milhares de visitantes dos quatro cantos do mundo, desde marcas de vestuário e de moda, fabricantes, exportadores, importadores e distribuidores de produtos têxteis, cadeias de retalho ou grandes compradores, armazenistas e agentes.

A Intertex, tal como a Intershoes, contam com um programa de Hosted Buyers, através do qual garantem a presença de cerca de 400 compradores VIP, com capacidade de decisão, interesse específico no mercado português, e que podem ser reconhecidos como decisores importantes por expositores, fornecedores e outros líderes destas indústrias.

A Intertex assume-se como o ponto de encontro para os empresários da indústria têxtil e do vestuário, que ali poderão encontrar oportunidades únicas de exportação, novos parceiros de negócios, redes e colaborações comerciais. Poderão também descobrir as novas tecnologias, tendências e inovações do setor, e ainda partilhar conhecimento sobre o mercado no presente, mas principalmente no futuro.

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Zelensky viaja para o Japão para participar na cimeira do G7

  • Lusa
  • 19 Maio 2023

Presidente da Ucrânia viaja para o Japão para participar na cimeira do bloco G7 em Hiroshima. Terá ainda encontros bilaterais com o Presidente dos EUA e com o primeiro-ministro japonês.

“Serão lá [na cimeira do bloco G7] decididos assuntos muito importantes e, por isso, a presença do nosso presidente é algo absolutamente essencial para defender os nossos interesses e apresentar propostas e argumentos claros sobre os acontecimentos que ocorrem no território do nosso país”, começa por afirmar o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa ucraniano, Oleksiy Danilov, citado pela televisão ucraniana Suspilne.

O dirigente enfatizou que Zelensky “estará onde o país precisar dele, em qualquer parte do mundo, para resolver os problemas de estabilidade“, avançou a televisão pública britânica BBC. Neste caso, o Presidente da Ucrânia viaja para o Japão para participar na cimeira do bloco G7 em Hiroshima, confirmou esta sexta-feira o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa ucraniano.

Zelensky deverá primeiro participar por videoconferência numa reunião, onde irá atualizar os líderes do G7 sobre as condições do campo de batalha e encorajá-los a intensificar os esforços para restringir o esforço de guerra de Moscovo.

Fontes do governo japonês disseram à agência de notícias EFE que Zelensky deverá chegar ao Japão no sábado, para participar, no domingo, numa sessão dedicada à guerra na Ucrânia. O chefe de Estado ucraniano deverá ainda ter encontros bilaterais com o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, e com o primeiro-ministro japonês FumioKishida. A confirmar-se, será a visita de Zelensky à Ásia desde o início da invasão russa.

Os dirigentes do G7 fizeram, esta sexta-feira, uma visita histórica ao Museu e ao Parque da Paz de Hiroshima, a primeira cidade a ser atacada com uma bomba atómica, num gesto que visa enviar uma mensagem contra o uso de armas nuclear, perante a retórica de Moscovo após a invasão da Ucrânia.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, foi convidado para a cimeira de Hiroshima juntamente com os líderes de outras grandes economias em desenvolvimento.

Os países do G7, grupo formado pelo Reino Unido, França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Itália — a UE também tem representação no grupo –, impuseram sanções sem precedentes à Rússia no ano passado. Os EUA, a União Europeia e o Reino Unido já anunciaram novas sanções contra a Rússia.

Washington irá impor mais de 300 novas sanções contra “indivíduos, organizações, navios e aviões” em toda a Europa, Médio Oriente e Ásia, para impedir que “aproximadamente 70 entidades na Rússia e em outros países recebam mercadorias exportadas dos EUA, adicionando-as à lista negra do Departamento de Comércio”.

A União Europeia vai “limitar o comércio de diamantes russos” como parte das sanções contra Moscovo na sequência da invasão da Ucrânia, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Horas antes, também o Reino Unido tinha divulgado novas medidas visando o setor de mineração da Rússia, incluindo o comércio de diamantes, cobre, alumínio e níquel.

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Prémio Nelson Mandela: duas advogadas vencem em ex-aequo

A direção da associação ProPública – Direito e Cidadania deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio Nelson Mandela relativo ao ano 2023 às advogadas Maria Clotilde Almeida e Paula Penha Gonçalves.

A direção da associação ProPública – Direito e Cidadania deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio Nelson Mandela relativo ao ano 2023 às advogadas Maria Clotilde Almeida e Paula Penha Gonçalves.

No Dia do Advogado, a ProPública distingue duas profissionais que, “generosamente e ao longo de anos, defenderam nos tribunais nacionais e internacionais, os direitos e a dignidade das crianças”, segundo comunicado da associação.

Maria Clotilde Almeida e Paula Penha Gonçalves foram as advogadas no caso Liliana Melo, a mãe a quem ilegalmente foram retirados sete filhos para adoção e que entre 2007 e 2016 lutou para que lhe fossem reconhecidos os seus direitos parentais. Ao longo de quatro anos, as advogadas levaram o caso três vezes ao Supremo Tribunal de Justiça, tendo ainda recorrido ao Tribunal Constitucional e obtido a condenação do Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. “Num tempo em que se assiste à desvalorização cívica, corporativa e política da advocacia, Maria Clotilde Almeida e Paula Penha Gonçalves são um exemplo de profissionalismo, coragem e resistência”, diz o mesmo comunicado.

Maria Clotilde Pires Maia Neves de Almeida nasceu em Lisboa em 1962. Licenciou-se em 1985 em Direito pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Católica na área das Ciências Forenses. Foi monitora da disciplina de Direito Penal na Faculdade de Direito de Lisboa no ano letivo de 1985/1986 e assistente estagiária desde 1986 a 1992 da disciplina de Direito Internacional Privado.

Integrou a Comissão de Ética do Hospital de D. Estefânia entre 1999 e 2003 e o Núcleo Hospitalar de Apoio à Família e à Criança do mesmo Hospital, tendo colaborado desde 1997 em grupos de trabalho interdisciplinares sobre a promoção e proteção dos Direitos da Criança. Participa regularmente em ações de divulgação sobre a problemática dos Direitos da Criança na prática judiciária.Está inscrita na Ordem dos Advogados desde 1988, exercendo advocacia nas áreas de Direito Penal, Contencioso Civil e Bancário e Direito da Família.

Paula Penha Gonçalves nasceu em Luanda, Angola, em 1960. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica em 1983 na área das Ciências Forenses. Sendo o Direito Privado a sua área de eleição, tem vindo a exercer em grande parte na área do Direito das Pessoas, em particular no Direito da Família e das Crianças.

Em parceria com Maria Clotilde Neves de Almeida, tem participado em casos complexos que levaram ao Tribunal Europeu do Direitos do Homem, como foi o caso paradigmático Soares de Melo contra Portugal, o qual terá ajudado a tornar evidente a necessidade da proteção jurídica das famílias carenciadas, designadamente tornando obrigatória a constituição de advogado aos pais, nos processos judiciais em que se prevê a retirada de filhos menores com vista à adoção, até aí não prevista na lei.

O prémio, no montante de 10 mil euros, vai ser entregue no dia 18 julho, Dia Internacional Nelson Mandela e que celebra a data do seu nascimento.

A ProPública – Direito e Cidadania é uma associação privada, independente e apolítica. Constituída em junho de 2020, tem por propósito a defesa jurídica do interesse público.

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CP paga cinco vezes mais por nova concessão dos bares dos comboios

Nova concessionária recebe cinco vezes mais em média do que empresa anterior. "Urgência", "serviço de melhor qualidade" e "curta duração do contrato" são justificações da CP para diferença de valores.

Desde o dia 4 de maio que a Newrail é a empresa concessionária dos bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades da CP. A empresa de Vila Velha de Ródão foi escolhida depois da segunda consulta aberta da transportadora ferroviária junto do mercado. A CP, pela nova concessão dos bares, está a pagar cerca de cinco vezes mais do que junto da empresa anterior, segundo informação divulgada junto do portal da contratação pública.

Dia 28 de abril, a CP assinou um contrato de 3.264.800 euros junto da Newrail para assegurar o serviço de bar entre maio e o final deste ano (214 dias). Em média, são 15.256,075 euros por dia. Entretanto falida, a anterior concessionária (Apeadeiro 2020) teve um contrato de 3.447.360 euros, válido por dois anos, renovável automaticamente por um ano adicional (1.095 dias). Ou seja, foram 3.148,27 euros por dia.

Ainda assim, a Newrail “foi a empresa que apresentou o preço mais baixo no processo de consulta aberta”, refere ao ECO fonte oficial da transportadora ferroviária. A CP teve de aumentar o preço base do contrato depois de a primeira consulta ao mercado, lançada no início de abril, ter ficado deserta, mesmo com “valores significativamente superiores” ao contrato com a Apeadeiro 2020. Com o orçamento de 3.264.800 euros para todo o contrato, a nova concessionária ficou a apenas 200 euros do preço fixo máximo definido pela CP no caderno de encargos para a segunda consulta ao mercado.

Para justificar o aumento do preço, a CP lembra que a nova empresa “assumiu o compromisso de prestar um serviço de melhor qualidade”, o que “também justifica uma proposta de valor mais elevada”. Por exemplo, no novo contrato, volta a haver um funcionário no bar dos comboios Intercidades e dois tripulantes no Alfa Pendular, um dos quais presta serviço ao lugar.

A transportadora lembra também que houve “urgência” na necessidade de “restabelecer o serviço de cafetaria e bar” nos comboios de longo curso, que tinham sido oficialmente suspensos a 1 de março por conta dos salários em atraso na Apeadeiro 2020. A CP salienta igualmente que “o contrato com a Newrail tem uma duração relativamente curta”, que “pode não permitir que o prestador do serviço amortize o investimento realizado“.

Salários em atraso pagos

O novo contrato também estabeleceu o pagamento dos salários em atraso relativos ao período entre 1 de fevereiro e 30 de abril de 2023. A Newrail podia restabelecer os ordenados em duas prestações mas acabou por transferir o dinheiro no dia 4 de maio, dia em que começou o novo serviço nos bares dos comboios.

O contrato refere que a Apeadeiro 2020 contava com 124 trabalhadores à data de fevereiro de 2023, que auferiam um total de 107 mil euros de valor bruto por mês, segundo um pedido de esclarecimento feito por um dos concorrentes. A nova concessionária terá pago um total de 321 mil euros junto dos trabalhadores, estima o ECO. A incorporação dos antigos trabalhadores da Apeadeiro 2020 e o pagamento dos ordenados em atrasos “terá certamente impacto” no valor apresentado a concurso pela Newrail, refere a CP.

O contrato com a nova concessionária será válido até ao final deste ano. Até lá, haverá um estudo interno da transportadora, a pedido do Governo, para aferir as condições de uma eventual internalização dos serviços de cafetaria da CP.

“Vamos pedir à CP que faça a avaliação sobre se pode integrar esses trabalhadores para que depois de dezembro possamos tomar a melhor decisão. Não excluímos, não havendo vantagem de recorrer ao outsourcing, integrar esses trabalhadores na CP”, referiu o ministro das Infraestruturas, João Galamba, na comissão parlamentar de Economia em 22 de março.

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Contratação de seguros de saúde aumenta 10% em 2022 para 3,4 milhões

  • Lusa
  • 19 Maio 2023

A contratação de seguros de saúde privados tem aumentado a um ritmo acelerado. A Associação Portuguesa de Seguradores calcula um crescimento de 10% para 3,4 milhões em 2022.

A contratação de seguros de saúde privados, nos últimos anos, tem aumentado a um ritmo acelerado, tendo registado um crescimento de 10% para 3,4 milhões em 2022, segundo a Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Numa altura em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem falta de médicos em algumas especialidades e o número de pessoas sem médico de família aumenta, fonte oficial da APS disse, em resposta à Lusa, que a contratação de seguros de saúde privados “tem evoluído a um ritmo acelerado, confirmando plenamente a longa e consistente tendência de crescimento deste tipo de seguros em Portugal”.

“Além deste alargamento da população segura, que teve uma expansão de quase 75% desde 2010, a evidência é que há também uma crescente utilização das suas coberturas”, indica ainda a associação.

Entre 2010 e 2019, exemplifica, a percentagem de pessoas seguras que recorreram aos contratos de seguro subiu de 53% para 61%.

“E se é um facto que a pandemia conteve temporariamente o acesso da população aos serviços de saúde privados, a realidade é que a partir de 2022 se deu exatamente o inverso, provocando um aumento muito significativo da frequência de utilização dos seguros de saúde, que se tem acentuado até agora”, explica a APS.

Sobre o impacto da inflação e como a redução do poder de compra tem afetado esta área, a associação respondeu que “não se consegue estabelecer uma correlação direta entre essas variáveis conjunturais e a contratação de seguros de saúde” que tem superado conjunturas de sentido muito diverso para as famílias.

Além deste alargamento da população segura, que teve uma expansão de quase 75% desde 2010, a evidência é que há também uma crescente utilização das suas coberturas.

a Associação Portuguesa de Seguradores (APS)

A procura de seguros de saúde, segundo a associação, “continua muito ativa” quer de seguros individuais, contratados pelas famílias, quer de seguros de grupo, contratados, sobretudo, por empresas para os seus trabalhadores.

Quanto ao preço dos seguros de saúde, “é publicamente reconhecido que tem vindo a aumentar, não só por força do nível conjuntural da inflação, mas também de pressões estruturais sobre os custos destes seguros, decorrentes de tendências demográficas, científicas e culturais”, avançou ainda a APS.

Questionado sobre o volume de negócios dos hospitais privados, Óscar Gaspar indicou que a associação não tem informação, no contexto atual de inflação, que gera maiores custos também para as unidades de saúde. Ainda assim, referiu, em 2023 “os dados continuam a apontar para taxas de crescimento bastante elevadas em termos de atividade a todos os níveis, quer de urgências, cirurgia, quer de consultas de especialidade”.

Tal como a Lusa noticiou na quinta-feira, o número de utentes sem médico de família aumentou 29% num ano, ascendendo agora a quase 1,7 milhões, devido a aposentações e à falta de capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para atrair especialistas.

Os dados continuam a apontar para taxas de crescimento bastante elevadas em termos de atividade a todos os níveis, quer de urgências, cirurgia, quer de consultas de especialidade.

Óscar Gaspar

Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada

Segundo o portal da transparência do SNS, em abril de 2022 um total de 1.299.016 milhões utentes não tinham médico de família atribuído; número que aumentou para 1.678.226 um ano depois.

Perante isso, o número de utentes acompanhados por esses especialistas de medicina geral e familiar baixou de cerca de 9,1 milhões para pouco mais de 8,8 milhões no mesmo período, indicam os dados oficiais.

No sábado vão decorrer marchas em Lisboa, Porto e Coimbra contra a “degradação do SNS”, convocadas por vários sindicatos e com a participação de movimentos de utentes, uma iniciativa para reivindicar um “investimento sério” neste serviço público.

A APHP representa os cinco maiores grupos de saúde privados em Portugal, isto é, a CUF, Luz, Lusíadas, Trofa e Hospitais Particulares do Algarve, e outros de dimensão menor.

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Lisboa quer impedir entrada de carros anteriores a 1996 na cidade

  • ECO
  • 19 Maio 2023

Vice-presidente da Câmara de Lisboa avança que a autarquia está a avaliar a proibição da entrada de carros poluentes em toda a cidade, privilegiando os elétricos.

Com o objetivo de ter melhor qualidade de ar, a Câmara Municipal de Lisboa quer alargar a proibição de circulação de veículos anteriores a 1996 a todo o território da cidade, avança o Expresso, que entrevistou o vice-presidente, Filipe Anacoreta Correia. A autarquia quer, assim, impedir a entrada de carros mais poluentes dos não residentes.

A ideia é proibir a entrada de carros poluentes em toda a cidade, privilegiando os elétricos no centro. A autarquia liderada por Carlos Moedas pretende, assim, reduzir a circulação de automóveis na cidade, mediante determinados critérios. Por enquanto, o município está a monitorizar para ver se é necessário implementar novas medidas assim como a estudar outras possibilidades.

Já desde final de abril que a autarquia introduziu alterações ao trânsito, solicitando aos condutores que não atravessem a frente ribeirinha e a Baixa. Esta medida está a ser avaliada e poderá ser incluí­da num futuro plano para a Zona de Emissões Reduzidas (ZER), a apresentar entre o fim deste ano e o início do próximo. O Expresso noticia também esta sexta-feira que a Câmara quer ainda reduzir os limites de velocidade numas zonas e aumentar noutras.

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Cerca de 1.500 colaboradores participam nos Jogos Sem Fronteiras do bem-estar

Os Wellbeing Games desafiam os profissionais a sair dos escritórios e reforçar a 'cola' que os liga à organização e aos colegas. EDP, BPI e Nestlé são algumas das mais de 50 empresas participantes.

São uma espécie de Jogos Sem Fronteiras dirigidos às empresas e prometem atrair cerca de 1.500 colaboradores, de mais de 50 empresas, ao Estádio Universitário, em Lisboa, em prol do bem-estar, compromisso e motivação. Os Wellbeing Games realizam-se, pela primeira vez, em Portugal, já a 2 de junho. Galp, Auchan, Johnson & Johnson, BPI e Nestlé são algumas das companhias que vão participar. As empresas interessadas podem ainda inscrever-se, mas só até ao final desta sexta-feira.

“Os Wellbeing Games são um movimento de bem-estar, que pretende desafiar os colaboradores a saírem do local de trabalho por um dia e, em conjunto, vestirem a camisola das suas empresas, competindo e desfrutando das diversas atividades, num dia cheio de emoções e num ambiente amigável”, começa por explicar Tiago Santos, CEO da Workwell e promotor da iniciativa, ao ECO Trabalho.

A iniciativa surge depois de uma pesquisa desenvolvida em 2022 pela Workwell, no âmbito dos prémios Wellbeing Awards, onde foram avaliadas as práticas de bem-estar de mais de 100 empresas em Portugal: a dimensão de bem-estar social e emocional era a mais afetada e em pior estado.

“Não é de estranhar”, atira Tiago Santos. E explica: “As organizações enfrentam tremendos desafios na gestão de pessoas. Os novos formatos de trabalho trazem a tão agradecida flexibilidade e autonomia, mas também a diminuição de laços entre equipas e baixa identificação com a empresa, causando impacto no engagement, bem-estar e produtividade.”

Tiago Santos é o CEO da Workwell, que organiza os Wellbeing Games.

 

“Com os ‘novos’ modelos de trabalho é inevitável o afastamento entre as pessoas e empresas. As equipas estão menos tempo em contacto físico, partilham menos experiências, estabelecem menos laços entre elas, tendem a isolar-se mais e vestem menos a camisola da empresa. O que pode e será problemático! Como é que as empresas irão lidar com este crescente afastamento e continuar a assistir à descida dos níveis de engagement, com os custos que isso acarreta?”, questiona.

Para o promotor dos Wellbeing Games, criar experiências que permitam e incentivem as pessoas a desenvolver laços emocionais e afetivos, bem como momentos de interação com significado para as equipas — seja dentro ou fora do escritório — é, mais do que nunca, essencial.

As organizações enfrentam tremendos desafios na gestão de pessoas. Os novos formatos de trabalho trazem a tão agradecida flexibilidade e autonomia, mas também a diminuição de laços entre equipas e baixa identificação com a empresa, causando impacto no engagement, bem-estar e produtividade.

Tiago Santos

CEO da Workwell e promotor dos Wellbeing Games

“Ao investir em práticas de bem-estar e criar experiências incríveis para os colaboradores, as empresas podem obter benefícios com bastante retorno”, acrescenta ainda.

Ainda recentemente, a Ordem dos Psicólogos Portugueses alertou para os problemas relacionados com stress e saúde mental dos trabalhadores, resultando em absentismo, presentismo, quebras de produtividade, e custos para as empresas nacionais até 5,3 mil milhões de euros por ano. O montante, divulgado no II Relatório “Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho”, representa uma subida face aos 3,2 mil milhões estimados no ano passado.

A aposta em saúde mental nas empresas pode reduzir as perdas em, pelo menos, 30%, sugerem ainda estes especialistas.

Pertença, cooperação e empatia postas à prova

Os profissionais que participarão nos Wellbeing Games podem contar com provas e jogos lúdicos, que visam a criação de experiências únicas em equipa, seja na superação de provas, espírito de grupo e motivação. De modo a garantir alguma personalização, foram preparadas três áreas diferenciadas para pessoas distintas. Uma área mais desportiva, os jogos sem fronteiras e uma zona mais calma e relaxante, desvenda Tiago Santos.

A primeira, para os atletas das empresas, contempla várias modalidades mais tradicionais, como a corrida, o futebol, o padel, o voleibol, o basquetebol e o ténis de mesa.

A segunda, os jogos sem fronteiras, destina-se aos “colaboradores mais competitivos, que gostam de superar-se, mas que o desporto não é o seu forte”. “Aqui terão de competir em equipa, superando os vários jogos de cooperação e estratégia, pondo à prova o seu físico e a sua mente.”

Finalmente, a zona mais calma foi pensada todos aqueles que privilegiam a dimensão emocional, nomeadamente através de sessões de ioga, meditação, massagens e talks sobre bem-estar.

“Acredito que as empresas ganharão bastante em participar neste evento que se pretende que seja de team building, pois características como pertença, cooperação e empatia trabalharão a ligação entre empregador e colaborador, assim como entre colaboradores. Ao mesmo tempo, os Wellbeing Games, estimulam, tal como o nome indica, o bem-estar no emprego, valorizando, desta forma, locais de trabalho saudáveis. Será um dia bem passado e um momento que marcará, positivamente, as pessoas e empresas que participarem”, sublinha Tiago Santos.

Mais de 50 empresas já se inscreveram

São esperados cerca de 1.500 colaboradores, de mais de 50 empresas, no dia 2 de junho, que calha numa sexta-feira, no Estádio Universitário. Números que, sendo o ano de lançamento do evento, os organizadores consideram “muito positivos” e também o “reflexo da necessidade das pessoas e equipas estarem em conjunto e de se desligarem do stress do dia a dia”.

“No entanto, sabemos que estamos apenas a lançar a primeira pedra desta construção e que existe uma margem enorme de progressão para as próximas edições”, salienta.

Para já, não é possível identificar um padrão da empresa participante. “Inicialmente, pensámos que iríamos cativar essencialmente empresas de grande dimensão, das áreas de serviços e tecnologias e com foco num modelo de trabalho híbrido ou remoto. No entanto, o que encontrámos foi diferente. Temos tido uma procura bastante diversificada e contamos com inscrições de empresas de várias dimensões, do setor público e privado, de áreas como a saúde, seguros, banca, ensino, aviação, retalho, energia, tecnologia, entre várias outras e inclusive em formatos de trabalho presencial”, desvenda Tiago Santos.

Entre as presenças confirmadas estão já a da Galp, EDP, Jerónimo Martins, Auchan, Leroy Merlin, Johnson & Johnson, BPI, Nestlé e TAP.

Organizada pela Workwell, especialista na implementação de programas de bem-estar em organizações, a iniciativa conta com o apoio do Turismo Portugal, Comité Olímpico de Portugal, EDP, Randstad, Sport TV e Decathlon.

As inscrições decorrem até ao final desta sexta-feira, 19 de maio, e poderão ser realizadas no site e redes sociais dos Wellbeing Games.

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Marco Neves já não vai para a direção do IAPMEI

“Não se concretizou a passagem para o IAPMEI, por não se ter chegado a acordo sobre as condições de contratação”, confirmou ao ECO o Ministério da Economia. Processo volta a estaca zero.

Afinal, Marco Neves, ex-administrador executivo do Banco Português de Fomento e atual presidente da Lisgarante, já não vai ser o novo vice-presidente do IAPMEI, como tinha sido noticiado pelo ECO.

“Não se concretizou a passagem do mesmo para o IAPMEI, por não se ter chegado a acordo sobre as condições de contratação”, confirmou ao ECO fonte oficial do Ministério da Economia. Esta era a terceira vez que a tutela liderada por António Costa Silva tentava recrutar Marco Neves para o IAPMEI.

O secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, tinha anunciado em fevereiro, à margem de uma feira de calçado em Milão, que o lugar de vice-presidente do IAPMEI ia ser “preenchido nos dias [seguintes]”, prometendo nessa altura para “muito em breve” o anúncio do nome que vai ocupar esse cargo.

O também administrador executivo da Garval foi o nome escolhido para ser o braço-direito de Luís Guerreiro, para um cargo que tinha sido criado em maio do ano passado para “reforçar a capacidade do IAPMEI na implementação do PRR”. Uma tarefa que levou mesmo a uma reorganização interna do instituto, que perdeu a lógica regional.

Mas as condições de contratação levam agora o processo à estaca zero. O ex-adjunto do ministro da Economia que substituiu Francisco Sá na liderança desta agência, que é fundamental para fazer chegar os apoios às empresas, continua assim sem “número dois”. Questionado sobre o tema, o Ministério da Economia diz que “ainda não está decidido” quem irá ocupar o cargo.

Os membros do conselho diretivo do IAPMEI são equiparados, para efeitos remuneratórios, a gestores públicos e “podem exercer, por inerência, sem lugar a qualquer acréscimo remuneratório, funções não executivas de administração nas sociedades participadas pelo IAPMEI, nos termos da lei”, lê-se no decreto-lei que aprovou a orgânica do IAPMEI. De acordo com o relatório e contas mais recente (de 2021), o salário mais elevado pago na agência, é de 6.488,97 euros mensais brutos.

O mesmo documento mostra que Marco Neves, que é quadro do Novobanco, nesse ano ganhou 24.740,01 euros na Lisgarante e 15.491,67 euros na Garval. E uma vez que até agosto desse ano fazia parte do conselho de administração do Banco de Fomento, recebeu também 73.632,63 euros.

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Nunca houve tantos advogados em Portugal. São já perto de 35 mil

Beja recebe sexta-feira e sábado o Dia do Advogado. Uma classe que é a única a ter um sistema de previdência autónomo, é composta maioritariamente por mulheres e o salário médio ronda os 2.110 euros.

Nunca existiram tantos advogados em Portugal. Segundo o ECO apurou, são 32.451 inscritos na Ordem dos Advogados, não contando com estagiários. No total, são 35.471 advogados.

No dia em que se celebra o Dia do Advogado, em Beja, o ECO mostra-lhe o panorama da advocacia portuguesa atual, que está um diferente face a umas décadas. Se, por um lado o número de advogados inscritos na Ordem dos Advogados (OA) nunca foi tão elevado como em 2021, por outro nunca existiram tantas mulheres a exercer esta profissão.

Segundo dados da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) do Ministério da Justiça, em 2021 estavam inscritos na Ordem 33.937 advogados, um número recorde. Ao longo dos últimos anos este número tem vindo a crescer, verificando-se apenas sete quebras no número de advogados inscritos nos anos de 1988, 1991, 1996, 2002, 2007, 2009 e 2019. A Ordem atualizou esses dados e contou pouco mais de 35 mil, no total, com estagiários.

A maior quebra foi em 2007, em que estavam registados 22.345 advogados face aos 25.716 em 2006, ou seja, um decréscimo de 3.371. Mas esta descida teve uma razão: decorria o bastonato de Marinho e Pinto e por alguns meses desse ano houve suspensão de inscrição de advogados estagiários.

Quanto ao género, foi no ano de 2006 que pela primeira vez exerceram advocacia mais mulheres do que homens. Nesse ano contabilizaram-se 12.996 advogadas face aos 12.720 profissionais do sexo masculino.

Desde então que o sexo feminino tem dominado a classe, com exceção do ano de 2008. Atualmente, dos 33.937 advogados, 18.802 são mulheres (cerca de 56%) e 15.135 são homens. Recorde-se que a advocacia esteve durante vários anos restringida às mulheres e só em 1918 é que viram assegurado o seu direito de acesso à profissão.

Apesar destes dados quantitativos demonstrarem um progressivo domínio da mulher na advocacia, nem sempre os números são traduzidos de forma igualitária na progressão de carreira, no equilíbrio entre género nos cargos de topo e na conciliação da vida profissional com a pessoal. Desde novembro que a Ordem dos Advogados tem uma bastonária, Fernanda de Almeida Pinheiro, a terceira na história da instituição. Depois de Maria de Jesus Serra Lopes, em 1990, e de Elina Fraga, eleita em 2013. A advogada contabilizou 59,6% dos votos. Ou seja: 10.539 do total de votos, contra os 7.245 de Paulo Pimenta. No total, votaram 17. 783 advogados, pouco mais de metade do universo da classe.

Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro - 09JAN23
Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida PinheiroHugo Amaral/ECO

Se em 2015 existiam 4.314 advogados estagiários inscritos, em 2021 estiveram inscritos 3.951, sendo 1.408 do sexo masculino e 2.543 do feminino. Segundo dados da DGPJ, nos últimos sete anos foi em 2016 que se verificou o número mais baixo de estagiários (2.886).

O ECO contactou a bastonária dos Advogados que não se mostrou disponível para responder a questões. Mas João Massano, líder do CRL, partilhou com o ECO o que considera serem as principais dificuldades que a classe enfrenta atualmente. “É inevitável voltar a sublinhar a greve dos funcionários judiciais. O maior prejudicado? O cidadão, naturalmente. Mas, logo a seguir, os seus mandatários, os advogados que, diariamente, tudo fazem para apoiar os seus clientes e acabam por esbarrar numa luta que parece não ter fim à vista. É preciso que o bom senso volte a imperar”, disse o advogado. Tal como o que chama de “ataques que estão a ser feitos à nossa classe pelo legislador. Falo concretamente da nova legislação sobre associações públicas profissionais, os atos próprios dos advogados e as sociedades multidisciplinares. Acredito que vamos conseguir ultrapassar estes obstáculos mas, para tal, é necessário mantermo-nos fiéis aos princípios deontológicos que norteiam a nossa profissão. Apelo, como sempre tenho feito, à união da nossa classe no combate a estes ataques que, independentemente das tendências, alinhamentos e convicções de cada um, não deixarão nenhum de nós incólume”, sublinha.

Advocatus Summit Porto - 22SET20
João Massano, presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados.Hugo Amaral/ECO

Salário médio ronda os 2.110 euros

Em 2021, o salário médio por trabalhador português foi de 1.361 euros brutos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Mas na advocacia os valores podem ser bem mais elevados.

Dados do Jobted, uma plataforma de recrutamento, referem que o salário médio de um advogado em Portugal em 2021 é de 2.110 euros brutos, quase mais 1.000 euros que a média nacional. Já os prémios são em média no valor de 560 euros por mês ou 6.700 euros por ano. Ou seja, por ano um advogado pode receber em média 25.300 euros.

O regime salarial dos advogados nas várias etapas também vai sofrendo alterações e vai aumentando conforme a subida hierárquica O salário pode começar nos 980 euros e pode ascender aos 5.000 euros por mês, segundo o Jobted. Em média, o salário mensal de um advogado associado é de 2.410 euros, de um júnior 1.610 euros e de um estagiário de 760 euros.

Já um estudo da consultora Michael Page refere que o salário anual bruto de um estagiário pode variar entre 0 e os 14.500 euros nas sociedades de pequena dimensão e os 14.400 e 27.000 euros nas de média ou grande dimensão.

Os advogados associados com um a três anos de carreira podem auferir entre 10.800 e 30.000 euros nas de pequena dimensão e 21.600 e 42.000 euros nas de média ou grande dimensão. Entre o 4.º e 7.º ano, os associados podem receber entre 11.000 e 35.000 euros nas pequenas firmas e 30.000 e 65.000 nas restantes. Depois oito da agregação e até ao décimo ano, um advogado por auferir 15.000 a 48.000 euros, num pequeno escritório, ou 33.600 a 80.000 euros, nas restantes. Por fim, após os 10 anos da agregação os valores podem ascender aos 78.000 euros nas pequenas e 150.000 nas de média e grande dimensão.

O mesmo estudo apresenta que um sócio num escritório de pequena/média dimensão pode auferir anualmente entre 60.000 e 120.000 euros, num de grande dimensão entre 120.000 e 192.000 euros, e em empresas/consultoras o salário anula pode variar entre 100.000 e 1.000.000 euros.

Segundo dados do Salary Expert, o Luxemburgo é o país europeu em que um advogado tem um salário anual mais elevado com 130.833 euros. Em segundo lugar surge a Suíça, como 125.796,57 euros, e a fechar o top 3 está a Dinamarca, com 107.002,35 euros.

Acima dos 100 mil euros anuais estão também a Noruega (106.100,56 euros), a Alemanha (104.344 euros) e a Irlanda (101.510 euros). Portugal surge no 19.º lugar com uma estimativa de 54.942 euros, um valor superior ao estimado pela Jobted. No último lugar da tabela está a Bielorrússia com 6.363,84 euros.

Já no que concerne aos advogados de empresa, os valores variam entre os 1.250 e os 3.460 euros, sendo o salário médio estimado nos 2.420 euros, segundo dados da Jobted.

Segundo um estudo da Michael Page, o salário anual bruto de um diretor jurídico pode variar entre os 28.000 euros e os 160.000 euros, dependendo da dimensão da empresa. Por outro lado, um advogado de empresa pode auferir anualmente entre 14.000 e 70.000 euros.

Advogados são os únicos com sistema de previdência autónomo em Portugal

Desde o dia 1 de janeiro deste ano que os advogados passaram a pagar, no mínimo, 267,94 euros por mês para poderem usufruir dos direitos sociais que esta caixa lhes garante. Em causa a atualização do fator contributivo, decidida logo no início do ano, numa reunião realizada entre o (à data) bastonário da Ordem dos Advogados e o presidente da CPAS. Esse índice contributivo foi fixado em -10%. Apesar da direção da CPAS ter sugerido 8%, o ainda bastonário Luís Menezes Leitão acabou por fixar esse valor em mais dois pontos percentuais, valor igual aos dos anos anteriores.

Na prática, significa que o valor mínimo que um advogado paga mensalmente à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores passou a ser 267,94 euros, em vez dos 255,18 euros até então, havendo assim apenas uma atualização resultante da inflação.

Vítor Alves, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 05MAI23
Vítor Coelho, presidente da Caixa de Previdência dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus.Hugo Amaral/ECO

Já o montante recebido pela Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) dos 37 mil beneficiários foi de 98,2 milhões de euros. Inferior ao montante de pensões de reforma pagas (cerca de 104 milhões). No total, o sistema de previdência destes profissionais – os únicos que ainda têm um sistema autónomo face ao regime geral da Segurança Social – registou um prejuízo de 54,4 milhões de euros. Sendo que apenas 79% dos beneficiários pagaram as contribuições devidas.

Os dados constam do Relatório e Contas de 2022, assinado já pela nova direção da CPAS – eleita em dezembro – composta por Victor Alves Coelho (presidente), Pedro Mota Soares, Catarina Mascarenhas, Vogal Secretária, Tânia Correia de Jesus e Celeste Chorão Peres. No ano anterior, no mandato ainda de Carlos Pinto de Abreu, o resultado líquido foi positivo em 467 mil euros.

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Marcelo promulga fim de algumas comissões bancárias

  • ECO
  • 19 Maio 2023

Na prática, o diploma promulgado pelo Chefe de Estado elimina algumas comissões bancárias e reforça a informação prestada ao consumidor na concessão de crédito.

O Presidente da República promulgou na quinta-feira um decreto da Assembleia da República que “aprova normas de proteção do consumidor de serviços financeiros“. Na prática, são eliminadas algumas comissões bancárias e reforçada a informação prestada ao consumidor na concessão de crédito.

A promulgação foi conhecida através de um comunicado da Presidência da República, depois de o diploma ter sido aprovado pela Assembleia da República a 14 de abril, com a abstenção da Iniciativa Liberal e o voto favorável dos restantes partidos.

O objetivo passa por eliminar várias comissões bancárias ou, pelo menos, limitar a sua cobrança pelos bancos, por serem consideradas “desproporcionais” ou “excessivas”. Por outro lado, há também um reforço da informação que é prestada ao consumidor de serviços financeiros, nomeadamente na concessão de um empréstimo.

Quais são essas comissões? Entre as novas regras consta, por exemplo, o fim da comissão de processamento para todos contratos (celebrados até 31 de dezembro de 2020) ou uma limitação à comissão cobrada pelos bancos no que toca a processos de habilitação de herdeiros por óbito de um titular de conta de depósito à ordem.

Além disso, as instituições deixam de poder cobrar pelas “fotocópias de documentos da instituição que respeitem ao consumidor” e pela “emissão de segunda via de extratos bancários ou outros documentos”.

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Homem que interrompeu circulação do Metro baleado e detido

  • Lusa
  • 19 Maio 2023

Um homem que entrou na linha vermelha do Metro de Lisboa com uma arma branca foi detido pela PSP, depois de ser baleado em ambas as pernas.

Um homem que entrou esta quinta-feira na linha vermelha do Metropolitano de Lisboa, e que obrigou à interrupção da circulação, foi detido pela PSP, depois de ser baleado em ambas as pernas, para travar o “comportamento agressivo” com uma arma branca.

“Apesar das reiteradas ordens e advertências para que largasse a arma, avançou na direção dos polícias, com a faca empunhada com claro intuito de agressão. Face à gravidade da ameaça, e para além dos disparos de advertência, houve necessidade de recurso a arma de fogo contra o suspeito agressor, de forma menos letal, atingindo-o em ambas as pernas”, informou a PSP em comunicado.

A força de segurança relatou que foi chamada a uma ocorrência em Marvila, às 18h07, devido a um episódio a envolver um “indivíduo com comportamento agressivo”, que empunhava uma arma branca “de grandes dimensões” no interior de um prédio, de onde escapou para a estação da Bela Vista, com a faca e “ameaçando agredir os transeuntes”.

Segundo a PSP, quando o homem, de 54 anos, chegou junto à linha do Metro, foi impedido por um dos agentes de se atirar, mas desferiu um golpe com a arma branca num dos polícias, na zona do abdómen, e acabou por entrar no túnel.

De acordo com a nota emitida pela força de segurança, “apesar das reiteradas ordens e advertências para que largasse a arma, avançou na direção dos polícias, com a faca empunhada com claro intuito de agressão”, altura em que foram feitos disparados de advertência e depois às pernas.

“De imediato, os polícias prestaram os primeiros socorros ao cidadão e acionaram o socorro médico. O detido foi transportado a unidade hospitalar, onde permanece livre de perigo e sob custódia policial, para futura apresentação a autoridade judiciária”, é referido no mesmo comunicado.

Na sequência da operação, um dos polícias recebeu também tratamento hospitalar, devido a uma queda durante a perseguição.

O episódio originou a interrupção da circulação na linha vermelha do Metropolitano de Lisboa, que liga as estações do Aeroporto e São Sebastião, desde perto das 18h30, altura em que a empresa informou na rede social Twitter que a paragem poderia ser prolongada e que o motivo se devia a “causa alheia ao Metro”.

A empresa de transportes públicos ainda não anunciou a reabertura da linha vermelha.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 19 de maio

  • ECO
  • 19 Maio 2023

Ao longo desta sexta-feira, 19 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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