+M

YouTube com publicidade em vídeos de desinformação climática, aponta organização CAAD

Segundo o estudo da CADD, foram identificados, no YouTube, 200 vídeos de desinformação climática com anúncios. Até ao dia 17 de abril, os conteúdos contavam com 73,8 milhões de visualizações.

Embora o YouTube se tenha comprometido, em outubro de 2021, a não colocar publicidade em vídeos que contivessem desinformação climática, a plataforma estará a lucrar com alguns desses vídeos, aponta a Climate Action Against Disinformation (CAAD).

Segundo as “Diretrizes de conteúdo adequado para publicidade” da Google, os conteúdos que “contrariem consensos científicos sobre a existência e as causas da mudança climática” não são passíveis de “gerar receita de publicidade”.

No entanto, segundo um estudo da CADD, foi possível identificar 200 vídeos no YouTube com desinformação climática, todos com anúncios. Até ao dia 17 de abril, estes conteúdos contavam com um total de 73,8 milhões de visualizações.

Conforme é referido no estudo, nos vídeos foram identificadas frases como “resumindo, não há nenhuma ligação entre o CO2 e a temperatura”, ou “a histeria climática é apenas outro Cavalo de Tróia reformulado para a tirania comunista anti-branca e anti-ocidental”. Estes vídeos tinham publicidade de marcas como a Costco, Politico, Tommy Hilfiger, Nike, Hyundai ou Emirates.

Em alguns casos, o YouTube divide a receita dos anúncios com o canal que o colocou, alegadamente dando 55% da receita ao criador do conteúdo e retendo os restantes 45%“, lê-se no relatório.

Embora todos os vídeos analisados ​tenham, em algum momento, exibido anúncios, durante a realização do estudo o YouTube removeu anúncios em oito dos vídeos. Em dois, na sequência de uma sinalização externa, nos restantes seis por iniciativa da própria plataforma.

Segundo o mesmo estudo, 63% dos artigos populares que negam as alterações climática continham anúncios da Google (também da Alphabet). A organização alega ainda que o Google permitiu que o The Daily Wire colocasse anúncios em pesquisas sobre o tema “mudança climática é uma farsa” (“climate change is a hoax”). O Daily Wire é conhecido por ser abertamente de direita e por negar o aquecimento global.

Já um artigo do The Times, datado do dia 20 de janeiro, referia também que a Google estava a permitir a existência de publicidade junto de artigos que apelidavam a mudança climática de uma “farsa” e “uma grande mentira”, embora já tivesse anunciado há mais de um ano que iria bloquear o Google Ads em conteúdos que contivessem desinformação climática.

A CAAD “aconselha” assim a Google a reforçar o seu compromisso de não lucrar com conteúdos de negação climática nas suas plataformas e recomenda a que a plataforma “expanda” a sua política de forma a cobrir mais formas de desinformação climática.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas avança com 11.º pacote de sanções a Moscovo

  • Lusa e ECO
  • 8 Maio 2023

Novo pacote quer colmatar lacunas nas sanções já em vigor. Comissão Europeia propõe visar igualmente países de fora da União Europeia que ajudem a Rússia a contornar as restrições já aprovadas.

A Comissão Europeia apresentou ao Conselho da União Europeia (UE) o 11.º pacote de sanções à Rússia, foi anunciado esta segunda-feira na conferência de imprensa diária do Executivo comunitário.

“Posso confirmar que a proposta da Comissão sobre o 11.º pacote de sanções foi transmitida, na sexta-feira, aos Estados-membros”, disse o porta-voz do Executivo comunitário, Eric Mamer, sem entrar em pormenores sobre o conteúdo do texto.

Esta nova proposta, em termos gerais, vai concentrar-se “na aplicação das sanções, na sua eficácia, e em como evitar a evasão às sanções”, nomeadamente que bens cuja venda está proibida mas que ainda assim encontram uma via para chegar a Moscovo e reforçar a máquina militar russa, disse o porta-voz.

Segundo um rascunho da proposta, a que o The Guardian teve acesso, o objetivo é que países extra-UE possam ser incluídos em futuras sanções, caso se demonstre que há um “risco particularmente elevado de serem utilizados para contornar as sanções contra a Rússia”. O que implicaria a imposição de restrições à venda de determinados bens a esses países, na crença de que estariam a ser reexportados para Moscovo.

A Comissão Europeia pretende também impor sanções — congelamento de bens e proibição de viajar — a mais 72 pessoas e 29 organizações consideradas como estando a apoiar o esforço de guerra.

O Coreper (acrónimo de Comité de Representantes Permanentes dos Governos dos Estados-Membros da União Europeia, ou seja, os embaixadores dos 27 junto da UE) começa a analisar o novo pacote na quarta-feira.

A UE impôs sanções à Rússia em resposta à guerra de agressão desencadeada contra a Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro de 2022, e à anexação ilegal das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.

As sanções incluem medidas restritivas específicas (sanções individuais), sanções económicas e medidas em matéria de vistos e acrescem às medidas impostas à Rússia desde 2014, na sequência da anexação da península da Crimeia e da não aplicação dos acordos de Minsk (relativos ao conflito no leste ucraniano entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos).

O objetivo das sanções económicas é provocar consequências graves à Rússia pelas suas ações e impedir eficazmente a capacidade de Moscovo de prosseguir a ofensiva militar contra a Ucrânia.

As sanções individuais visam as pessoas responsáveis pelo apoio, financiamento ou execução de ações que comprometam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia, ou que beneficiam dessas ações.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CIM Tâmega e Sousa avança com plano contra incêndios florestais em áreas de risco

CIM Tâmega e Sousa está a instalar redes de defesa nas áreas consideradas de média e de muito alta perigosidade a incêndios florestais, nas florestas de Amarante, Baião e Cinfães.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa está a implementar um projeto para a defesa da floresta contra os incêndios, envolvendo um total de 385 mil euros. O grosso do investimento engloba a instalação de redes de defesa em cerca de 635 hectares de floresta dos concelhos de Amarante, Baião e Cinfães, com áreas classificadas como de média e de muito alta perigosidade a incêndios florestais.

No âmbito desta operação preventiva, o projeto da CIM tem a postos três dezenas de elementos das Brigadas de Sapadores Florestais do Tâmega e Sousa, para “avaliar e executar as necessidades de intervenção nas redes de defesa da floresta, entretanto instaladas”. Em causa estão trabalhos de silvicultura preventiva — executados em parceria com os Gabinetes Técnicos Florestais dos 11 Municípios da CIM do Tâmega e Sousa e com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) –, assim como ações de fogo controlado.

Segundo a CIM Tâmega e Sousa, o objetivo é “criar várias barreiras de progressão aos incêndios florestais, diminuindo a carga de combustível e sua continuidade, criando-se locais de oportunidade para o apoio ao combate a incêndios florestais”.

Diminuir a superfície percorrida por grandes incêndios, permitindo e facilitando uma intervenção direta de combate na frente de fogo ou nos seus flancos” é um dos principais propósitos do projeto.

Criar várias barreiras de progressão aos incêndios florestais, diminuindo a carga de combustível e sua continuidade, criando-se locais de oportunidade para o apoio ao combate a incêndios florestais.

Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa

Outro dos trunfos desta iniciativa da CIM consiste na redução dos efeitos da passagem de grandes incêndios, “protegendo, de forma passiva, vias de comunicação, infraestruturas, zonas edificadas e povoamentos florestais de valor especial. Assim como o isolamento de focos potenciais de ignição de incêndios.

Apoiado por fundos comunitários, através do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial do Tâmega e Sousa — que termina este ano e foi firmado já em 2016 com um envelope financeiro de 78 milhões de euros –, este projeto inclui ainda um programa de sensibilização e educação florestal para crianças e jovens.

Esta iniciativa insere-se no âmbito da estratégia CIM Tâmega e Sousa com vista ao desenvolvimento, valorização e coesão deste território constituídos por 11 municípios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

6.ª da Advocatus Summit. Edição de maio da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 8 Maio 2023

Na Advocatus de maio pode ler o balanço da sexta edição da Summit Lisboa, uma entrevista à associada da PLMJ, Petra Carreira, e ainda todos os pormenores da sociedade do mês, Schiappa Cabral.

A Advocatus Summit esteve de regresso à capital portuguesa. Este ano o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia decorreu no Centro Cultural de Belém nos dias 12 e 13 de abril. Ao todo foram 15 painéis que contaram com participação e patrocínio das principais sociedades de advogados a operar em Portugal: Abreu Advogados, AFMA, AVM Advogados, CMS Portugal, Cruz Vilaça Advogados, Cuatrecasas, Gama Glória, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, PRAGMA, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda a Moneris.

Em discussão estiveram temas como “O futuro da DAC6: o dever de colaboração dos contribuintes, a reserva da vida privada e o sigilo profissional dos advogados”, “Por mares nunca dantes navegados: a produção de energia eólica offshore”, “Proprietários e Entidade Exploradora – um desafio sustentável?”, “O grande desafio climático da água: um problema de escassez ou de gestão?”, “O crédito não produtivo (NPL) e os desafios ao setor financeiro”, “Portugal: o novo destino para investimentos em I&D, realidade ou ficção?”, “Sociedades multidisciplinares: um caminho sem retorno?”, “Financiamento das empresas portuguesas: qual o Estado da Arte?”, “Licenciamento de renováveis: o que esperar da nova simplificação”, “Human Centric Legaltech: a tecnologia como acelerador da democratização da justiça e da capacitação dos profissionais do setor”, “Laboral: O trabalho digno, da teoria à prática”, “Fundos: o que esperar da abertura dos concursos do PRR?”, “ESG: green ou greenwashing?”, “Imobiliário: como vai reagir o mercado em 2023?”, e “Corporate Governance, mito europeu ou realidade nacional? De Bruxelas à nossa rua”.

Advocatus Summit 2023 - 12ABR23

Logo no primeiro dia do evento, 17 sócios e managing partners dos escritórios patrocinadores e o líder do PSD, Luís Montenegro, foram recebidos pelo publisher do ECO, António Costa, e a diretora Executiva da Advocatus, Filipa Ambrósio de Sousa num almoço que decorreu no CCB. Crise política, as mais recentes polémicas que envolvem o Governo, o regime da transparência fiscal dos advogados e ainda o aumento ou descida de impostos foram alguns dos temas debatidos.

Petra Carreira é a advogada do mês desta edição. A associada coordenadora na área de Resolução de Litígios da PLMJ conta com mais de oito anos de experiência e tem-se especializado em contencioso comercial e societário, contencioso contraordenacional e direito da concorrência. Em entrevista confessa que “será redutor definir hoje a PLMJ como um escritório de cariz nacional”.

Petra Carreira, associada da PLMJ, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

O TTR selecionou como transação do mês de janeiro a aquisição do Grupo Mémora pelo Grupo Catalana Occidente, com um valor da transação de 401.30 milhões de euros. A operação contou com a assessoria jurídica da Cuatrecasas. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 146.ª edição.

Pedro Schiappa Cabral e Pedro Teles Feio, sócios da Schiappa Cabral & Associados, estiveram à conversa com a Advocatus e fizeram um balanço dos primeiros sete anos do escritório. Revelaram que estão atentos à “realidade dinâmica” do mercado em que se inserem e que estão focados em apostar em áreas e indústrias conexas àquelas onde já prestam serviços, como Direito Agrícola e Direito do Ambiente. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

Schiappa Cabral & AssociadosHugo Amaral/ECO

Assine a revista Advocatus aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

40% do território está em seca severa e extrema. Governo alerta para “forte” impacto na agricultura

Beja, Évora, Faro, Portalegre, Santarém e Setúbal são os distritos mais afetados. Ministério da Agricultura alerta que situação irá afetar "fortemente" atividade agrícola em Portugal.

O Ministério da Agricultura e Alimentação alertou esta segunda-feira que a situação de seca severa e extrema já afeta cerca de 40 % do território nacional, apontando impactos significativos na atividade agrícola e rendimentos dos agricultores.

O gabinete da tutela liderada por Maria do Céu Antunes cita os dados do índice Palmer Drought Severity Index (PDSI), indicador que serve para monitorizar eventos de seca. Estes dados dão conta de que no final de abril se verificou “um agravamento da intensidade de seca em relação aos meses anteriores”.

Segundo a mesma fonte, Beja, Évora, Faro, Portalegre, Santarém e Setúbal são os distritos mais afetados e onde se encontram os concelhos mais vulneráveis. Os dados revelam que cerca de 40 municípios encontram-se em situação de seca severa e 27 em seca extrema, “uma superfície equivalente a cerca de 40% do território”.

“Esta situação meteorológica afeta fortemente a atividade agrícola e o rendimento dos agricultores”, indica o comunicado enviado esta manhã às redações.

Para esta situação contribuíram os valores das temperaturas média e máxima “acima do normal”, bem como o registo de ondas de calor que, conjuntamente com a reduzida precipitação durante o mês de março e abril, “resultou num baixo teor de água no solo, com maior incidência a sul do país”.

Nas bacias hidrográficas situadas no sul de Portugal continental, a situação de seca meteorológica tem persistido, “não tendo sido possível a recuperação hídrica devido à ocorrência de reduzidas afluências às albufeiras, resultantes de precipitações pouco significativas ou nulas durante o ano hidrológico”, designadamente nas bacias hidrográficas do Sado, Mira, Arade e das Ribeiras do Algarve.

O Ministério da Agricultura sublinha ser “de máxima importância o reconhecimento desta realidade”. Tendo-o feito, na semana passada, na reunião Agrifish, no Luxemburgo, e argumentando que este é um passo essencial para que sejam alocadas as ajudas necessárias para os agricultores.

“Esta declaração permite a aplicação de um conjunto de medidas que carecem de aprovação da Comissão Europeia, como o pastoreio em áreas de pousio antes de 31 de julho, a flexibilização da alimentação dos animais em Modo de Produção Biológica, o alargamento do intervalo entre partos e da percentagem máxima de novilhas na intervenção PEPAC de pagamento à vaca em aleitamento”, enumera o gabinete.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal no radar do investimento imobiliário internacional

  • Conteúdo Patrocinado
  • 8 Maio 2023

A Quintela e Penalva/Knight Frank apresenta esta quarta-feira, dia 10, em Lisboa as principais conclusões do Wealth Report 2023.

Este estudo, de recorrência anual, é produzido pela knight Frank, inclui conclusões sobre tendências de investimento em vários mercados mundiais e será apresentado no evento que contará com a presença de Alex Koch de Gooreynd que, com mais de 25 anos de experiência, está desde 2005 a trabalhar com a Knight Frank, e apresentará as principais conclusões da edição de 2023 do Wealth Report.

Segue-se um debate com José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties; João Cabaça, CEO da Vic Properties e Gonçalo Ahrens Teixeira, Partner da Mondego Capital. Neste encontro, pretende-se dar respostas a várias questões: como é que Portugal vai ser percecionado nas próximas décadas e como é que a indústria de imobiliário se deve posicionar, ou o que devemos fazer para atrair mais investidores de alto perfil para Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova Expressão quer propor novo administrador para a Inapa

  • Ana Petronilho
  • 8 Maio 2023

Holding liderada por Pedro Baltazar, que detém uma posição acionista de 10% na distribuidora de papel, quer propor e votar um novo administrador para a Inapa na assembleia geral de 23 de maio.

A Nova Expressão SGPS, acionista minoritária da Inapa, quer propor e eleger um novo administrador para a empresa distribuidora de papel comandada por Diogo Resende, que em 2022 registou lucros de 17,8 milhões de euros. Fernando Sanz Pinto é o nome proposto, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira junto da C omissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A holding liderada por Pedro Baltazar enviou esta segunda-feira uma carta ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Inapa a solicitar que na reunião de acionistas para votar as contas da empresa e a proposta de aplicação dos resultados de 2022, marcada para 25 de maio, seja incluído um novo ponto na ordem de trabalhos relativo à “eleição de um novo administrador, por si proposto”.

E caso este assunto acabe mesmo por entrar na agenda de trabalhos da reunião magna, a Nova Expressão garante que o nome que irá propor para administrador da Inapa “é de um gestor de reconhecida experiência na indústria do papel, no mercado português e internacional”.

Nascido em 1957, Fernando Sanz Pinto saiu da Clairfield International no final de 2022, onde ocupava o lugar de conselheiro sénior. Fernando Sanz Pinto foi responsável por encontrar oportunidades de compra de empresas em Portugal por parte de multinacionais (e vice-versa). Antes disso, Sanz Pinto esteve 11 anos no grupo Lecta, uma das empresas que mais vende papel couché (papel revestido) a nível mundial.

Para o presidente da Nova Expressão, os estatutos da distribuidora de papel estão feitos com o “objetivo de assegurar aos acionistas minoritários (que detenham mais de 10%), e que não se revejam na composição do conselho de administração proposto, a possibilidade de designar um administrador que possa ter uma intervenção, ainda que não executiva, nos destinos da sociedade”.

A Nova Expressão detém, atualmente, 53.000.000 ações, que correspondem a 10,07% do capital social da Inapa e dos direitos de voto.

Pedro Baltazar, que aponta ao crescimento da quota do segmento de embalagem no total da faturação da empresa, frisa que é “imperioso” encontrar soluções para prosseguir a redução da dívida. “Só isto permitirá libertar capacidade de financiamento para o desenvolvimento global da empresa, que passa pela sua expansão noutras áreas da indústria”, conclui.

Além disso, o gestor defende que a companhia “tem de ter uma presença mais atuante, forte e visível na Alemanha, onde detém a Inapa Deutschland GMBH, que é responsável por mais de metade da faturação total da empresa”.

Em 2022, a Inapa – que tem atividade em dez países (Alemanha, França, Espanha, Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Holanda, Turquia e Angola) – atingiu lucros líquidos de 17,8 milhões de euros, que traduzem um aumento de 14,4 milhões de euros face a 2021. No ano passado faturou 1,2 mil milhões de euros, mais 25,6% quando comparado com o ano anterior.

“Os resultados alcançados em 2022 foram muito positivos e reforçam o nosso otimismo quanto ao desenvolvimento do Grupo Inapa”, sublinhou o presidente executivo, Diogo Resende, citado no comunicado enviado na semana passada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A dívida líquida consolidada voltou a diminuir (-40,7 milhões), situando-se no exercício de 2022 em 221,1 milhões de euros, contra os 261,8 milhões de euros de 2021.

(Notícia atualizada às 18h20 com indicação do nome proposto pela Nova Expressão para o conselho de administração da Inapa)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ex-diretor do Museu da Presidência condenado a seis anos e meio de prisão

  • Lusa
  • 8 Maio 2023

Juiz considerou provados crimes de peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, falsificação de documentos e tráfico de influência para antigo diretor do museu, Diogo Gaspar.

O ex-diretor do Museu da Presidência, Diogo Gaspar, foi condenado esta segunda-feira a seis anos e seis meses de prisão efetiva, no âmbito do processo “Operação Cavaleiro”, tendo o tribunal aplicado penas suspensas aos restantes três arguidos.

Na leitura do acórdão realizada esta segunda-feira no Juízo Central Criminal de Lisboa, o juiz considerou provados os crimes de peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, falsificação de documentos e tráfico de influência para o antigo diretor do Museu.

Diogo Gaspar, ex-diretor do Museu da PresidênciaLusa

“Foi o senhor que basicamente conseguiu montar o Museu da Presidência. Era uma pessoa digna de confiança, pelo que tinha uma relação muito estreita com os Presidentes da República. E traiu essa confiança, porque quis ter mais do que aquilo que podia ter. Isso levou-o a durante vários anos, no âmbito de várias atividades, vários negócios, a tentar sempre [ver] onde é que havia oportunidade de ganhar mais alguma coisa, direta ou indiretamente”, afirmou o juiz Luís Ribeiro.

O processo “Operação Cavaleiro” tem quatro arguidos — Diogo Gaspar, José Dias, Paulo Duarte e Vítor Santos -, a quem foram imputados 42 crimes, entre os quais abuso de poder, participação económica em negócio, tráfico de influências, falsificação de documentos, peculato e branqueamento de capitais.

A investigação, que ficou a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, teve início em abril de 2015, na sequência de uma denúncia anónima.

Em junho de 2016, a PJ efetuou buscas e apreendeu em casa de Diogo Gaspar e de amigos alguns artefactos que pertenceriam ao Museu da Presidência, com o Tribunal de Instrução Criminal a decidir levar o caso a julgamento em 10 de julho de 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Insolvências caem 9% em abril

Desde o início do ano, um total de 1.376 empresas apresentaram insolvência, o que representa um decréscimo de 5,6% face ao período homólogo. Só em abril houve 265 empresas a fecharem portas.

Desde o início do ano, um total de 1.376 empresas apresentaram insolvência, o que representa um decréscimo de 5,6% face a igual período do ano passado. Só em abril, houve 265 empresas a fecharem portas, isto é, menos 9,2% face a abril de 2022, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Crédito y Caución.

“As insolvências em abril diminuíram face ao período homólogo de 2022, com 265 insolvências, valor que traduz um decréscimo de 9,2%. Contudo, as declarações de insolvência requeridas por terceiros tiveram subida de mais de 17% face ao mesmo período do ano passado (mais 41 declarações para um total de 276), enquanto as declarações apresentadas pelas próprias empresas subiram mais de 15% (mais 38 pedidos para um total de 294)”, lê-se.

Já em termos acumulados, nos primeiros quatro meses deste ano foram registadas 1.376 insolvências de empresas em Portugal, o que representa uma quebra de 5,6% face às 1.457 registadas no período homólogo. Lisboa e Porto são os distritos onde mais empresas fecharam portas, sendo responsável por 23% e 21% das insolvências, respetivamente, seguida por Braga (12%), Aveiro (9%) e Setúbal (7%).

Por sua vez, entre os setores mais afetados está a categoria de “outros serviços”, responsáveis por 21% do total de insolvências em termos acumulados em 2023. Seguem-se a indústria transformadora (20%), a construção e obras (17%) e o comércio a retalho (12%).

Criação de empresas acima do ano passado

A par das insolvências, também o número de novas empresas está a recuar face ao mês anterior, mas acima do registado em igual período do ano passado. Em abril, foram criadas 3.302 empresas, isto é, menos 9,3% face às 3.639 criadas no mesmo mês de 2022. Já em termos acumulados, nos primeiros quatro meses deste ano foram criadas 18.805 empresas, o que traduz um aumento de 7,4% face a 2022.

Lisboa e Porto lideram, sendo responsáveis por 33% e 16%, respetivamente, das novas empresas constituídas nos primeiros quatro meses deste ano, seguidas Setúbal (8%) e Braga e Faro (ambos com 7%).

Até ao final de abril, o setor de transportes liderava na constituição de empresas (+107%), seguido pela eletricidade, gás, água (+31%), comércio de veículos (+23%); hotelaria e restauração (+11%); construção e obras públicas (+6,1%) e comércio por grosso (+4,8%).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Plataforma de Apoio aos Refugiados lança rede para ajudar a encontrar habitação

Objetivo principal é a celebração de contratos de arrendamento com duração mínima de um ano, entre famílias refugiadas e senhorios, com o apoio do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JSR).

O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) lançaram uma plataforma online com o objetivo de ajudar os refugiados a encontrar habitação a preços acessíveis. Esta rede foi financiada através do projeto aprovado pela FAMI (Fundo Asilo, Migração e Integração). Só no ano passado, Portugal acolheu mais de 50 mil ucranianos depois do início da invasão russa.

“Para as pessoas refugiadas, uma casa significa muito mais do que quatro meras paredes: representa uma oportunidade de um novo começo e a estabilidade que tanto anseiam alcançar, depois de tudo o que passaram nos países de origem e de todas as atrocidades que enfrentaram na travessia. Precisamos da ajuda de todos, especialmente dos senhorios, para que as pessoas refugiadas possam concretizar os seus projetos de vida em Portugal e encontrarem a felicidade que tanto procuram”, diz André Costa Jorge, diretor do JRS Portugal e Coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, citado em comunicado.

A_Rede tem como objetivo fazer a ponte entre as famílias que buscaram acolhimento no país com pessoas que tenham casas para arrendar a preços acessíveis. “O objetivo principal é a celebração de contratos de arrendamento com duração mínima de um ano, entre famílias refugiadas e senhorios, com o apoio do JRS“, informa nota de imprensa.

“Os interessados em fazer parte desta REDE podem fornecer, mediante preenchimento de um formulário online, as características dos imóveis e outros espaços que tenham disponíveis, bem como as condições de arrendamento”, descreve nota de imprensa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passageiros com voos cancelados na Covid podem receber indemnização

Poderão ser mais de 200 mil os passageiros que se encontram elegíveis para indemnização por terem visto o seu voo cancelado ou atrasado durante o período de 1 de junho de 2020 a 31 de dezembro de 2021

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, no âmbito de processos instaurados por passageiros, tem decidido no sentido de que os passageiros que viram os seus voos atrasados ou cancelados durante a pandemia poderão ter direito à indemnização prevista no Regulamento CE 261/2004. Assim, poderão ser mais de 200 mil os passageiros que se encontram elegíveis para indemnização por terem visto o seu voo cancelado ou atrasado durante o período de 1 de junho de 2020 a 31 de dezembro de 2021.

As recentes decisões do Tribunal de Lisboa indicam que os passageiros que tenham visto os seus voos cancelados pelas companhias aéreas em consequência da diminuição da procura de viagens por parte dos passageiros, causada pelo receio de viajar ou pelos requisitos de entrada e diversos países (tal como vacinação, apresentação de testes negativos ou cumprimento de quarentena) têm direito a indemnização.

Segundo Pedro Miguel Madaleno, advogado especialista em direito dos passageiros e representante da AirHelp em Portugal “os juízes entendem que tais cancelamentos não conferem direito a indemnização quando exista uma efetiva proibição de autoridade pública para a realização do voo ou para a circulação de pessoas que impedisse de facto a realização do voo por razões de obediência devida às autoridades; no entanto, em vários processos, as companhias têm alegado ‘restrições relacionadas com a pandemia Covid-19’, sendo que depois fica demonstrado que não existia qualquer limitação ou restrição à atividade aérea na data do voo em causa, sendo a circulação possível.”

Assim, em diversos processos já concluídos, o Tribunal de Lisboa concluiu que a companhia aérea não foi forçada a cancelar o voo por circunstâncias exteriores à sua vontade, mas sim que a sua realização não se demonstrava viável de um ponto de vista económico devido à baixa procura de voos sentida em virtude da pandemia. De acordo com o Tribunal, a diminuição da procura de voos constitui um risco económico-financeiro inerente ao exercício de qualquer atividade comercial com um objetivo lucrativo.

“Existem diversas situações que podem estar na origem da diminuição da procura de voos, sejam relacionadas com saúde ou com catástrofes áreas ou outras, e todas integram o risco inerente de qualquer atividade comercial desenvolvida por qualquer sociedade comercial, como é o caso das companhias aéreas”, refere Pedro Miguel Madaleno.

Por outro lado, o Tribunal de Lisboa considera, também, que atrasos em voos devido à realização de procedimentos de verificações e medidas de segurança implementados durante a pandemia de Covid-19, para contenção do vírus, não afastam o direito à indemnização prevista no mencionado Regulamento.

“Os juízes têm entendido que, tratando-se de voos a operar em plena pandemia, cumpria às companhias aéreas a adoção de novos procedimentos adequados à realização de limpezas e desinfeções das aeronaves, nomeadamente aumentando os tempos de rotação, espaçando mais as chegadas de um voo e as partidas do voo seguinte (a operar pela mesma aeronave), o que muitas não fizeram”, concluiu o advogado.

Segundo os dados recolhidos pela AirHelp, organização do mundo especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos, durante este período da pandemia foram registados 163 mil voos com partida de Portugal, o que representa cerca de 17 milhões de passageiros aéreos.

Neste período registaram-se mais de dois mil cancelamentos de voos e mais de 20 mil voos sofreram atrasos. Assim, mais de dois milhões de passageiros foram diretamente afetados e 213 mil encontram-se elegíveis para compensação. Importa referir que a compensação média é cerca de 400 euros por passageiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP relança passe de viagens aéreas com descontos até 40%

  • ECO
  • 8 Maio 2023

Flight Pass tem limite mínimo de quatro viagens e quantos mais voos comprar através deste passe, maior a redução no valor a pagar. No máximo, o desconto pode atingir os 40%.

A TAP relançou o passe de viagens aéreas, o Flight Pass, através do qual os passageiros podem comprar um conjunto de viagens que são válidas durante dois anos, conseguindo um desconto de 40%.

O Flight Pass, que tem como alvo os passageiros frequentes foi lançado com regras diferentes em 2018, mas foi interrompido durante a pandemia.

Em comunicado, a transportadora explica que o Flight Pass tem um limite mínimo de quatro viagens sendo que “quantas mais viagens forem compradas, mais baratas ficam”. É dispensada a indicação da data final das viagens a realizar e as deslocações têm validade numa janela temporal de um mês a dois anos.

Sem um limite máximo do número de viagens compradas através do passe, podem ser incluídos voos diretos dentro de Portugal (continente e ilhas) e para mais de 50 destinos na Europa e Norte de África, tanto em classe económica como em executiva.

Este passe é relançado em parceria com a Optiontown, “que disponibiliza uma plataforma de reservas de passes aéreos em condições definidas pela TAP”, lê-se no comunicado.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.