Associações de comunicação social criticam “desrespeito do Governo” por atrasos nos apoios

  • Lusa
  • 7 Março 2023

As associações de imprensa e rádio criticam o "o desrespeito" do Governo por atrasos na publicação do despacho sobre apoios ao setor.

As associações de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), Portuguesa de Imprensa (API), Portuguesa de Radiodifusão (APR) e de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC) criticaram esta terça-feira “o desrespeito” do Governo por atrasos na publicação do despacho sobre apoios ao setor.

Numa posição hoje divulgada, estas associações de media disseram “lamentar profundamente que o Governo não tenha ainda publicado o despacho legal que permita proceder ao pagamento dos montantes dos projetos cofinanciados ao abrigo do regime de incentivos à comunicação social regional e local referentes a 2022“.

A AIC, API, APR e ARIC acrescentam continuar “inacreditavelmente à espera que seja assinado o despacho conjunto de três ministérios — Cultura, Coesão Territorial e Finanças — que permita que o Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais do Ministério da Cultura possa fazer a liquidação dos incentivos dos projetos instruídos no ano passado”, após candidaturas entregues em março de 2022 e cujos processos “se encontram retidos”.

As críticas surgem numa altura em que decorre mais um período de apresentação de candidaturas ao regime de incentivos à comunicação social regional e local para 2023, sem que as candidaturas do ano passado tenham sido ainda pagas, de acordo com estas entidades.

Este tratamento do Governo para com a comunicação social regional e local é totalmente inaceitável e apelamos ao senhor primeiro-ministro [António Costa] que faça cumprir a lei e que defenda a comunicação social regional e local, cuja existência e sobrevivência se encontra cada vez mais ameaçada no nosso país”, adiantam estas associações.

Em causa estão apoios concedidos pelo Estado à área da comunicação social nos regimes de incentivos à comunicação social regional e local que visam o emprego e a formação profissional, a modernização tecnológica, o desenvolvimento digital, a acessibilidade, o desenvolvimento de parcerias estratégicas e a literacia e educação para a comunicação social.

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Investigação sobre ataque a gasoduto Nord Stream revela ligações à Ucrânia

  • Lusa
  • 7 Março 2023

Investigadores alemães identificaram uma embarcação alegadamente utilizada na operação de sabotagem dos gasodutos, alugada por uma empresa sediada na Polónia e propriedade de 2 ucranianos.

A investigação das autoridades alemãs à sabotagem dos gasodutos Nord Stream revelou indícios de ligações à Ucrânia, embora não exclua ter sido uma “operação de bandeira falsa” para incriminar Kiev, noticiaram esta terça-feira vários meios de comunicação.

Investigadores alemães conseguiram reconstituir como ocorreu a explosão e identificaram uma embarcação alegadamente utilizada na operação, alugada por uma empresa sediada na Polónia e propriedade de dois cidadãos ucranianos, segundo meios de comunicação alemães, no mesmo dia em que o jornal norte-americano The New York Times divulgou informações semelhantes.

De acordo com esta versão, a colocação dos explosivos foi efetuada por uma equipa de seis pessoas, constituída por um capitão, dois mergulhadores, dois auxiliares de mergulho e um médico, cujas nacionalidades não foram conhecidas, já que utilizaram passaportes falsos para alugar o barco.

Segundo as fontes consultadas, esta equipa zarpou em 6 de setembro do porto alemão de Rostock (norte) e a embarcação foi localizada no dia seguinte na península de Darss (nordeste) e posteriormente na ilha dinamarquesa de Christianso. Numa das mesas do iate, que foi devolvido à empresa proprietária sem ser limpo, os investigadores terão encontrado vestígios de explosivos.

Segundo fontes dos serviços de segurança de vários países europeus consultadas pelos referidos meios de comunicação alemães, logo após o ataque, em setembro, um serviço secreto ocidental informou os países aliados que “um comando ucraniano” foi o responsável pela destruição do gasoduto. Contudo, o jornal The New York Times cita fontes de agências de segurança norte-americanas que garantem não haver provas que indiquem a intervenção do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta operação.

Posteriormente, surgiram outros indícios no sentido de envolvimento ucraniano, embora de momento não existam provas definitivas sobre a autoria intelectual ou sobre quem ordenou a destruição dos gasodutos, segundo os ‘media’ alemães. Para peritos dos serviços de segurança internacional, não se pode excluir que se possa tratar de uma “operação de bandeira falsa”, ou seja, que o autor tenha deliberadamente criado pistas que apontam para a Ucrânia ser culpada.

A Rússia tinha interrompido o fluxo de gás através do Nord Stream 1 durante o verão, oficialmente devido a problemas técnicos, enquanto o segundo nunca chegou a entrar em funcionamento.

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TAP pede mais 35 dias para enviar informação à Comissão de Inquérito

  • Lusa
  • 7 Março 2023

A TAP pediu mais 35 dias para enviar a informação pedida à Comissão de Inquérito, considerando que 10 dias é um prazo "manifestamente insuficiente".

A TAP pediu mais 35 dias para enviar a informação pedida à Comissão de Inquérito, considerando que 10 dias é um prazo “manifestamente insuficiente”, segundo um requerimento a que a Lusa teve acesso.

“A vastidão de documentos abrangidos por este pedido implica a localização, consulta e a reunião de milhares de documentos e registos, que, em muitos casos, terão de ser lidos um a um”, começa por apontar a TAP, num documento endereçado ao presidente da Comissão de Inquérito Parlamentar à tutela política da gestão da TAP, Jorge Seguro Sanches, a que a Lusa teve acesso.

A companhia aérea refere que foram feitos 111 pedidos, “muitos dos quais” representam a recolha de “centenas” ou mesmo “milhares” de documentos, de áreas diversas e que exigem que a empresa verifique se contêm informação confidencial.

“Assim, o prazo de 10 dias revela-se manifestamente insuficiente para proceder à recolha e análise necessárias”, considera a TAP, pedindo, por este motivo, a prorrogação do prazo inicialmente fixado de 10 dias para envio dos documentos por um período “não inferior a 35 dias”, ou seja, um total de 45 dias para enviar os documentos.

A comissão de inquérito à TAP aprovou, a 1 de março, todos os requerimentos dos partidos com os documentos a pedir às diferentes entidades, que, segundo o Regime Jurídico dos Inquéritos Parlamentares, têm 10 dias para responder.

Jorge Seguro Sanches explicou que, assim que estes documentos cheguem ao parlamento, a comissão de inquérito passará “à fase seguinte”, ou seja, o requerimento das audições e respetiva calendarização. O presidente da comissão reiterou os apelos à celeridade dos trabalhos, uma vez que se está a correr “contra o tempo” já que o objeto desta comissão fixou a sua duração em 90 dias.

As exigências dos partidos

O PS adiantou na semana passada à Lusa que os socialistas pediram o acordo de desvinculação de Alexandra Reis da TAP e a informação dada pelo chairman ao Governo sobre o mesmo, bem como o relatório da Inspeção Geral de Finanças (IGF) sobre esta matéria.

Logo no dia da tomada de posse da comissão de inquérito proposta pelo BE, a deputada bloquista Mariana Mortágua anunciou que o partido, entre outros, ia solicitar “toda a correspondência entre a administração da TAP e as tutelas políticas nos vários ministérios sobre prémios de gestão, prémios de rescisão ou salários” da empresa.

Além do relatório da IGF, o PSD quer ter acesso a toda comunicação, interna e externa, do Governo sobre o caso de Alexandra Reis.

A IL quer conhecer, entre outros pedidos, os contratos de Alexandra Reis, da CEO da TAP e dos restantes administradores, bem como o registo dos prémios e indemnizações atribuídos na empresa entre 2019 e 2022.

Já o Chega quer também conhecer o plano de reestruturação da companhia aérea “entregue em Bruxelas na sua versão integral e sem rasuras” e o parecer jurídico solicitado pela TAP à sociedade de advogados SRS Legal, referente à indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis.

O PCP requereu, por exemplo, a “apresentação de documentação sobre os negócios de compra de aviões, sobre as remunerações de gestores nos últimos dez anos, sobre os negócios que o acionista privado fez com a TAP, beneficiando a Atlantic Gateway”.

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Universo da Sonae estuda licença bancária com novo acionista espanhol

Universo da Sonae diz que “está em cima da mesa” o pedido de licença bancária, mas assume cautela pois é um negócio com desafios. Decisão também cabe ao novo acionista, o Bankinter Consumer Finance.

O Universo, unidade de crédito ao consumo da retalhista Sonae, está a analisar o pedido de uma licença bancária. “É algo que está em cima da mesa”, revelou o diretor de operações Carlos Braziel David, que assume essa possibilidade com cautela. Por outro lado, sublinha que é uma decisão que também cabe ao novo acionista tomar.

Conferência New Money 2023 - 07MAR23
Conferência New Money 2023Hugo Amaral/ECO

“Nós anunciámos que vamos ter um novo acionista, que é um banco, o Bankinter Consumer Finance. De certa forma, faz parte desse caminho. Se a ideia é pedir uma licença bancária? É um caminho que estamos a analisar neste momento. Temos novo acionista, que também terá algo a dizer”, afirmou o responsável na 2.ª edição da Conferência New Money, organizada pelo ECO com o apoio da Morais Leitão. Carlos Braziel David adiantou que ainda não há nada definido, “mas é algo que está em cima da mesa, está a ser ponderado”.

Em dezembro do ano passado, a Sonae anunciou uma joint-venture com o Bankinter Consumer Finance para criar um operador líder em crédito ao consumo em Portugal com o Universo, que conta com mais de um milhão de clientes e uma carteira de crédito de aproximadamente 400 milhões de euros. A operação encontra-se sujeita às autorizações dos reguladores.

Apesar de estar a estudar o pedido de uma licença bancária, que permitiria alargar a oferta de produtos e serviços, o COO do Universo Sonae recomenda cuidado na análise, pois o negócio da banca apresentou rentabilidades nos últimos anos que “não são das mais famosas”.

“A banca tem tido muitos desafios. Se nós não pensarmos entrar no setor com outro modelo ou de outra forma, não conseguiremos ultrapassar os desafios que os bancos enfrentam. Portanto, o nosso objetivo não é entrar no setor com o modelo dos bancos que existem, mas antes encontrar um modelo muito próprio para desafiar quem está no mercado”, apontou Carlos Braziel David.

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Metade dos pagamentos com cartão já é contactless

Banco de Portugal vai passar a pagar aos trabalhadores e fornecedores através de transferências imediatas, revelou Hélder Rosalino na Conferência New Money, promovida pelo ECO.

Quase metade dos pagamentos com cartão em Portugal já é realizado com tecnologia contactless, uma tendência que acelerou com a pandemia e se enraizou no hábito dos portugueses no ano passado, de acordo com os revelados em primeira mão pelo administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino na Conferência New Money, organizada pelo ECO.

Em 2019, a tecnologia contactless – que permite realizar compras sem ter de introduzir o cartão e respetivo código no terminal de pagamentos de determinada loja ou restaurante – representou apenas 10% dos pagamentos com cartões. Em 2022 aumentou para 49%.

“Era uma das áreas em que Portugal estava muito atraso e a pandemia veio acelerar”, justificou Hélder Rosalino no encerramento da 2.ª edição da conferência.

A utilização dos cartões contactless ganhou maior expressão durante a crise pandémica de 2020 e 2021 como forma de contenção dos contactos físicos e a prevenção dos contágios pelo novo coronavírus. O hábito parece estar agora a enraizar-se no perfil de consumo das famílias portuguesas.

Em sentido contrário, o uso de numerário em Portugal está a diminuir, de acordo com um estudo do Banco Central Europeu (BCE). Em 2019, o dinheiro vivo esteve presente de cerca de 81% dos pagamentos. Embora ainda com enorme prevalência no quotidiano dos portugueses, a utilização de moedas e notas físicas nos pagamentos caiu para 64% no ano passado.

“Não faz sentido que as transferências não sejam imediatas”

Na mesma intervenção, Hélder Rosalino fez uma antecipação de algumas das estatísticas sobre a evolução do mercado de pagamentos em Portugal no ano passado, dados já fechados e que o Banco de Portugal apenas irá publicar dentro de algumas semanas.

Por exemplo, as transferências imediatas registaram um salto de 34% (9,6 milhões de operações) em operações e de 54,4% em valor (13,9 mil milhões de euros), com o administrador do Banco de Portugal a salientar, ainda assim, que este elevado crescimento se deveu ao facto de partir de uma “base baixa” e que Portugal ainda tem um longo caminho a percorrer para massificar este tipo de operações.

Conferência New Money 2023 - 07MAR23
Hélder Rosalino, Administrador do Banco de Portugal, na 2ª edição da Conferência New MoneyHugo Amaral/ECO

Ao contrário das transferências a crédito, que demoram 24 horas a concretizarem-se, as transferências imediatas são praticamente instantâneas de uma conta para a outra – o MBWay também permite transferências imediatas, mas são baseadas em cartão e permite montantes mais reduzidos.

“Já temos capacidade tecnológica e soluções desenvolvidas. Não faz sentido que as transferências não sejam imediatas”, notou Hélder Rosalino, argumentando que há vantagens para fazer a migração das transferências a crédito para as transferências imediatas. “Desde logo para as empresas, que têm vantagens na reconciliação bancária e gestão de tesouraria, por exemplo”, apontou.

De resto, o Banco de Portugal tem no seu plano estratégico para a área dos pagamentos generalizar as transferências imediatas e vai dar o exemplo dentro de casa: os pagamentos dos salários aos trabalhadores e das faturas dos fornecedores irão passar a ser feitos através de transferências imediatas, garantiu o administrador.

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Professores defendem greve às avaliações e mais paralisações por distritos

  • Lusa
  • 7 Março 2023

Mais de 70% dos professores inquiridos defenderam uma nova greve por distritos, greve às avaliações e uma nova manifestação, de acordo com Mário Nogueira.

A maioria dos professores defende a realização de greve às avaliações e novas paralisações por distritos, caso não haja acordo entre os sindicatos e o Ministério da Educação.

Mais de 70% dos professores inquiridos defenderam uma nova greve por distritos, greve às avaliações e uma nova manifestação, revelou esta terça-feira o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, durante a conferência de imprensa em que estiveram presentes as nove estruturas sindicais que levaram a cabo o inquérito, que decorreu entre os dias 24 de fevereiro e 1 de março.

O inquérito contou com o contributo de “61 mil pessoas”, mas só foram consideradas 32 mil respostas completas, porque muitos docentes só preencheram uma parte do questionário, explicou.

Apesar de estas serem as principais formas de luta defendidas pelos docentes, com uma adesão “acima dos 70%”, a plataforma sindical sublinhou que só irá anunciar eventuais ações no final da reunião com o Ministério da Educação que está agendada para quinta-feira para discutir um novo modelo de recrutamento e colocação de professores.

“Já definimos um pré-plano mas não queremos que na reunião de dia 9 passe a ideia de que o Ministério da Educação não avançou com as propostas porque os sindicatos chegaram lá já com um plano de lutas e com datas marcadas”, explicou Mário Nogueira.

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China antecipa “confronto” se EUA não mudar de atitude

  • Mariana Marques Tiago
  • 7 Março 2023

China aconselhou os EUA a mudar de atitude ou será inevitável um confronto. País diz que uma "mão invisível" tem agravado o conflito na Ucrânia e Moscovo esclarece: é a "mão de Washington".

O Governo chinês aconselhou esta terça-feira os Estados Unidos da América (EUA) a mudar a sua atitude “distorcida”, ou o “conflito e o confronto” serão inevitáveis. Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, há uma “mão invisível” que tem contribuído para a escalada do conflito com a Ucrânia, afirmação que Moscovo quis completar, apontando o dedo ao país liderado por Biden.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, considera que os EUA têm tido uma atitude de supressão e contenção do país. Citado pela Reuters a propósito da sua primeira conferência de imprensa desde que lidera a pasta, Qin Gang afirmou que “a perceção e pontos de vista dos EUA relativamente à China estão seriamente distorcidos”.

Para os EUA, a China é o “rival principal e o desafio geopolítico mais consequente. Isso é como colocar erradamente o primeiro botão da camisa”, partilhou o político chinês.

Segundo a Reuters, as relações políticas entre as duas potências têm estado tensas há vários anos, situação que se agravou ainda mais com a invasão russa da Ucrânia e, em especial, quando os EUA abateram um balão chinês (alegadamente usado para espionagem) que sobrevoava o país norte-americano.

Para Qin Gang, é necessário que os EUA “pisem o travão” e moderem as suas ações: “Se os EUA não pisarem o travão e continuarem a acelerar na direção errada, nenhuma proteção poderá impedir o descarrilamento e haverá, certamente, conflito e confronto”.

De acordo com o ministro chinês, o país liderado por Biden tem de “parar de interferir nos assuntos internos” da China, respeitando a soberania do país. “Porque é que não respeitam a soberania da China na questão de Taiwan, mas exigem que mostremos respeito pela soberania da Ucrânia?”, questionou.

EUA são “mão invisível” que tem agravado a guerra

Abordando a questão do conflito armado na Ucrânia, Qin Gang declarou que uma “mão invisível” tem contribuído para a escalada da guerra para “servir certas agendas geopolíticas”. Optando por não especificar a que país se referia, o político reiterou apenas a vontade da China em dialogar para pôr fim ao conflito.

O ano passado, a China anunciou uma parceria “sem limites” com a Rússia e Qin Gang veio novamente confirmá-la, dizendo que, à medida que os tempos turbulentos aumentam, é necessário desenvolver as relações com Moscovo, avança a Reuters.

Em resposta à afirmação de Qin Gang, e com vontade de clarificar quem consideram estar por detrás do conflito, Moscovo afirmou que não há uma “mão invisível” a contribuir para a escalada da guerra, mas sim a “mão” dos EUA.

“Aqui temos de discordar dos nossos camaradas chineses. Isto é, claramente, uma piada. Não há aqui uma mão invisível, mas sim a mão dos Estados Unidos; a mão de Washington”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela Reuters. E concluiu: “Washington não quer que esta guerra acabe. Washington quer e irá fazer todos os possíveis para que a guerra continue. Esta é a mão invisível”.

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Governo contraria Anacom. Galamba “não vê vantagens” em mudar fidelizações nas comunicações

  • Lusa
  • 7 Março 2023

Para o ministro João Galamba, não existe um "nexo de causalidade" entre os preços das telecomunicações e concorrência e o período das fidelizações.

O ministro das Infraestruturas afirmou esta terça-feira que o Governo “não vê vantagens e não vê os efeitos sugeridos” pelo presidente da Anacom para que seja feita uma redução do prazo das fidelizações nas comunicações eletrónicas. João Galamba falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito dos requerimentos apresentados pelo PCP sobre os aumentos das tarifas das telecomunicações e dos CTT.

Em 15 de fevereiro, o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) afirmou na mesma comissão que naquele momento o regulador já não estava a propor ao Governo que considere a redução do prazo das fidelizações, mas antes que “faça e que faça rápido”.

Ao contrário de uma sugestão recentemente feita pelo presidente da Anacom, o Governo não vê vantagens e não vê os efeitos sugeridos pelo presidente da Anacom para essa mudança legislativa”, disse João Galamba, em resposta ao deputado do PCP Bruno Dias.

Com um período de fidelização de seis meses – o prazo máximo na Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE) é de 24 meses –, ao fim deste tempo o consumidor pode mudar de operador caso este não faça uma oferta competitiva, medida que para o regulador também estimula a concorrência.

Para o ministro, não existe um “nexo de causalidade” entre os preços das telecomunicações e concorrência e o período das fidelizações. “A posição e as preferências do presidente da Anacom são conhecidas, a lei foi debatida amplamente por todos os deputados e votada, segundo penso por uma ampla maioria”, prosseguiu João Galamba.

O presidente da Anacom “não concorda inteiramente com a lei que foi aprovada, mas não vamos mudar uma lei quatro meses depois dela ter sido votada a não ser que houvesse fundamento para o fazer”, salientou.

Atual estratégia dos CTT agrada ao Governo

João Galamba afirmou ainda que “agrada ao Governo a atual estratégia dos CTT”, liderada por João Bento, que é diferente da anterior, referindo que esta visa valorizar a capilaridade. “Em 2023 não estamos em 2018, nem em 2019, e não é só porque o tempo passou, é porque a administração e a estratégia dos CTT mudou”, começou por dizer o ministro, respondendo ao PSD.

Ou seja, “a estratégia da atual administração dos CTT em 2023 não tem nada a ver com a estratégia da administração” anterior, prosseguiu o governante. A anterior administração era liderada por Francisco de Lacerda, que renunciou aos cargos nos Correios de Portugal em 10 de maio de 2019.

“Se calhar se perguntar à atual administração dos CTT (…) o que que pensa desses tempos dos CTT e da estratégia” que, na altura, foram criticadas pelos deputados, Partido Socialista (PS) incluído, “vai ter uma surpresa”, comentou João Galamba. Atualmente, “agrada ao Governo a atual estratégia dos CTT que é diferente da anterior”, que tinha uma política de encerramento de lojas.

Uma estratégia que “calha não ser da atual”, que é de “valorização dessa capilaridade”, reabrindo postos que tinha encerrado, disse, reforçando que o Governo está “satisfeito com essa mudança”.

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Salários declarados à Segurança Social sobem 8% em janeiro

  • Lusa
  • 7 Março 2023

Ana Mendes Godinho disse ainda, durante uma audição no Parlamento, que o Fundo de Compensação do Trabalho está dotado atualmente com 642 milhões de euros. 

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, apontou esta terça-feira, no parlamento, que a remuneração média declarada do trabalho à Segurança Social aumentou 8% em janeiro face ao mesmo mês do ano passado.

Ana Mendes Godinho falava, perante os deputados, numa audição regimental na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, na Assembleia da República, quando destacou a melhoria no mercado de trabalho. “Em relação aos dados que temos de janeiro, apontam para um aumento da remuneração média declarada à Segurança Social de 8% face a janeiro de 2022”, afirmou, recordando que os salários declarados à Segurança Social subiram cerca de 11% em 2022 face a 2021.

Os dados de janeiro indicam ainda que nesse mês o número de população empregada atingiu 4,9 milhões de pessoas, enquanto a população ativa ascendeu a 5,3 milhões de pessoas. Segundo os últimos dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados em fevereiro, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador português aumentou 3,6% em 2022, em termos nominais, mas recuou 4% em termos reais, face a 2021, somando 1.411 euros.

Analisando apenas o último trimestre de 2022, verifica-se que a remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 4,2% em relação ao mesmo período de 2021, para 1.575 euros. Contudo, em termos reais, tendo por referência a variação do IPC, a remuneração bruta total mensal média diminuiu 5,2%. De acordo com o INE, estes resultados abrangem 4,5 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações, mais 4,8% do que no mesmo período de 2021.

Durante a audição, Ana Mendes Godinho disse ainda que o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) está dotado atualmente com 642 milhões de euros.

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Barbie homenageia sete líderes femininas com bonecas à sua imagem

A marca Barbie celebra o Dia Internacional da Mulher homenageando sete personalidades femininas e incentivando jovens raparigas a "explorar e realizar o seu potencial ilimitado".

De forma a assinalar o Dia Internacional da Mulher e a homenagear sete mulheres líderes em STEM (science, technology, engineering and mathematics) a nível global, e assim motivar as próximas gerações femininas, a Barbie vai criar bonecas únicas desenhadas à semelhança de cada uma das sete personalidades femininas selecionadas.

A Barbie dedica-se a mostrar mulheres que são modelos de todas as origens, profissões e nacionalidades, para que meninas de todo o mundo se possam rever em carreiras que nem sempre parecem acessíveis”, afirma citada em comunicado Lisa McKnight, vice-presidente executiva e chefe global da Barbie & Dolls, Mattel.

O STEM é um campo em que as mulheres estão severamente sub-representadas, e a nossa esperança é que ao homenagear estas sete líderes em ciência e tecnologia, incentivemos as meninas a seguirem a sua paixão nessa área. Neste Dia Internacional da Mulher, estamos orgulhosos de continuar o nosso trabalho para fechar o Dream Gap e relembrar as meninas do seu potencial ilimitado”, explica.

As irmãs norte-americanas Susan Wojcicki (CEO do YouTube), Anne Wojcicki (co-fundadora CEO da 23andME) e Janet Wojcicki (professora de Pediatria e Epidemiologia na Universidade da Califórnia), a mexicana Kat Echazarret (engenheira elétrica e comunicadora científica), a britânica Maggie Aderin-Pocock (cientista espacial e educadora científica), a alemã Antje Boetius (investigadora marinha e microbióloga) e a chinesa Yinuo Li (co-fundadora da ETU Education) são as sete mulheres homenageadas que visam servir de inspiração para as jovens de hoje, futuras mulheres líderes do amanhã.

As bonecas são únicas, “one of a kind“, pelo que não estarão disponíveis para venda, fazendo antes parte desta campanha global de promoção de valores que a Barbie tem desenvolvido nos últimos anos. Em Portugal a Barbie já lançou bonecas neste âmbito, inspiradas noutras personalidades femininas, como a “Barbie – Jane Goodall” (primatóloga e antropóloga britânica) ou a “Barbie – Samantha Cristoforetti” (astronauta italiana).

De forma adicional, a Barbie vai também homenagear estas personalidades femininas através de um episódio especial na série Barbie You Can Be Anything – uma série digital que apresenta conversas com modelos femininos – no qual irá participar Anne Wojcicki, de forma a partilhar a diversão da ciência, genética e ADN com as crianças.

A Barbie afirma-se orgulhosa de dar continuidade àquele que considera ser o seu compromisso de reconhecer modelos femininos e de destacar carreiras historicamente sub-representadas pelas mulheres, até tendo em conta que, segundo a American Association of University Women, o setor feminina representa menos de um terço da força laboral da área STEM.

Em 2018, com o objetivo de “nivelar o campo de jogo para as meninas em todo o mundo”, a Barbie estabeleceu igualmente o projeto Barbie Dream Gap, naquela que é uma iniciativa global que visa “aumentar a consciencialização sobre fatores limitantes que impedem as meninas de alcançar todo o seu potencial”, revela-se em comunicado de imprensa. Desde o seu lançamento, a marca já investiu mais de 1,5 milhões de dólares no projeto naquela que é “uma missão para alcançar a igualdade, alimentando a educação, as habilidades de liderança e as oportunidades de orientação para as meninas”, adianta.

Em Portugal, e também neste âmbito de incentivar jovens raparigas a prosseguir carreiras de STEM, a Barbie realizou em 2021 o programa “Meninas na Ciência powered by Barbie, ao qual se juntou Elvira Fortunato, cientista, investigadora e atual Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de forma a proporcionar a uma estudante do Ensino Secundário a oportunidade de receber uma bolsa de estudo no valor de 3 mil euros, destinada a oder ingressar em qualquer curso de Ciências e/ou Tecnologias da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

“Assim, à semelhança do passo que agora é dado para celebrar o Dia Internacional da Mulher, este projeto decorrido em Portugal pretendeu inspirar toda uma geração de meninas a acreditar nas suas competências e a explorar ao máximo o seu potencial nas áreas de STEM“, lê-se na informação divulgada.

A Barbie é uma marca da empresa norte-americana Mattel, detentora de outras marcas de brinquedos bem conhecidas entre miúdos (e graúdos) como a Hot Wheels, WWE, Monster High, Pixar, Polly Pocket, Minecraft ou UNO.

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Costa defende Medina no caso TAP. “Consequências políticas” já estavam “retiradas há várias semanas”

O primeiro-ministro considera que a alteração da CEO da companhia aérea não põe em causa o processo de privatização, que tem vários interessados.

A divulgação do relatório da Inspeção-Geral de Finanças sobre o processo de saída de Alexandra Reis da TAP e a demissão da CEO e do chairman não esmoreceu as críticas da oposição. Para o primeiro-ministro, as consequências políticas já foram todas retiradas com a demissão do antigo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do seu secretário de Estado.

É público e notório que as consequências políticas já estavam retiradas há várias semanas e o relatório da IGF vem explicar pela enésima vez que não só o atual ministro das Finanças não teve intervenção ou conhecimento do processo, como nem sequer o anterior ministro, nem ninguém da sua equipa”, afirmou esta terça-feira António Costa, em declarações transmitidas pelas televisões. “O Dr. Pedro Nuno Santos, ele próprio, retirou as consequências políticas ao apresentar a sua demissão e o secretário de Estado também”, acrescentou.

O primeiro-ministro elogiou o cumprimento do plano de reestruturação da TAP “com grande sucesso” e “bons resultados” por parte da CEO demitida esta segunda-feira pelo ministro das Finanças, justificando a decisão de a afastar com os resultados da auditoria da IGF, que “conclui pela ilegalidade” do acordo celebrado entre a companhia aérea e Alexandra Reis para a renúncia ao cargo de administradora com uma indemnização de 500 mil euros.

“Em relação a este ato concreto, que teve o impacto que teve, que fragilizava a relação geral dos contribuintes numa empresa em que tiveram de participar de forma muito significativa, o resultado do relatório só podia determinar esta solução”, defendeu António Costa. Recorde-se que a IGF determinou a nulidade do acordo, por este não cumprir o estipulado no Estatuto do Gestor Público, e a devolução de 450 mil euros por parte de Alexandra Reis. A opção pelo despedimento com justa causa resulta da “existência de uma violação grave da legalidade”.

O chefe de Governo considerou que “as condições para a privatização não serão postas em causa”, uma vez que o processo “assenta sobretudo na qualidade da TAP, no potencial da TAP e na forma como o plano de recuperação tem vindo a ser seguido e continuará a ser executado”. “Felizmente há várias empresas que já manifestaram o interesse em participar neste processo. Ainda a semana passada vi publicamente a Lufthansa manifestar esse interesse e esse processo vai prosseguir”, apontou.

O secretário das Finanças dos Açores criticou esta terça-feira o Governo da República por não ter consultado o Governo dos Açores. “Não fomos consultados, mas sim informados sobre a ida de Luís Rodrigues para a TAP. Aquilo que dizemos é que não nos vamos vergar. Não nos vão fazer desistir de salvar a SATA”, afirmou Duarte Freitas.

“Eu próprio liguei ontem à hora de almoço ao senhor presidente do Governo Regional e expliquei-lhe a opção do Governo. Ele não tinha de concordar. Dei-lhe a informação e era isso que me competia fazer”, reagiu António Costa, ao ser confrontado com as declarações pelos jornalistas. “Não íamos contratar uma pessoa de uma empresa que pertence ao Governo regional sem lhe ligar e o informar. Ele compreendeu a opção, lamentou a opção, por ser um excelente quadro, mas compreendeu”, acrescentou.

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Influencer marketing vale 20 milhões de euros em Portugal

Trata-se de um crescimento de 66% na comparação com 2021. Apesar do volume de investimento, duas em cada três campanhas não obtiveram um ROI positivo (68%).

O investimento direto em publicidade com influencers alcançou a barreira dos 20 milhões de euros em Portugal no último ano. Trata-se, para dar uma ordem de grandeza em relação à apetência por esta forma de comunicação, de um crescimento de 66% na comparação com 2021.

Apesar do volume de investimento, duas em cada três campanhas com influencers não obtiveram um ROI positivo (68%).

Estas três das conclusões do estudo quantitativo elaborado pela Human To Human (H2H) – agência de influencer marketing espanhola que está a chegar ao mercado local – e pela Primetag sobre influencer marketing em Portugal.

Para este ano, prossegue o estudo, as estimativas apontam para que o marketing de influência atinja um investimento na ordem dos 25 milhões de euros.

“Este é um crescimento muito rápido se comparado com a média de crescimento de Espanha, de 22,80% (fonte: IAB & PWC) e de um mercado maduro como os Estados Unidos, de 27,80% (fonte: eMarketer)”, compara o documento.

Trabalhando com o número “100% real do total de criadores de conteúdos que existem em Portugal, bem como o total de publicações em diferentes formatos, tanto em Instagram como TikTok”, as duas entidades concluíram que o Instagram demorou 12 anos para reunir 15 mil influencers, enquanto o TikTok, em seis anos, alcançou 12 mil (80% dos criadores que estão no Instagram), “sendo assim mais fácil construir grandes comunidades no TikTok”.

No ano de 2022, em Portugal, o IG Story foi o formato mais publicado na plataforma, com nove em cada 10 conteúdos publicados neste formato. “Conclui-se ainda que o formato reels é o tipo de conteúdo com maior crescimento em 2022. Em média, cada influencer publicou 17 reels comparativamente a 53 post foto, neste ano”, prossegue o estudo.

A análise conclui também que o TikTok é uma plataforma em crescimento exponencial em Portugal, sendo já utilizado por cerca de 30% da população portuguesa (3,1 milhões de usuários), e que o formato reels foi o único formato de vídeo que cresceu na plataforma. “A razão que explica esta elevada percentagem de crescimento é o facto deste formato ter sido a resposta do Instagram ao forte crescimento do TikTok”, adianta o documento.

Fonte: Human To Human e Primetag

 

A realização deste estudo marca a entrada da agência no mercado. “Para o crescimento do influencer marketing em Portugal será essencial a profissionalização do setor. A base desta profissionalização é a transparência em todos os âmbitos: tanto para o consumidor, com um código regulador, como para as marcas”, diz citado em comunicado Luis Díaz, diretor-geral para Portugal e Espanha da H2H.

Temos muita confiança no mercado português, porque começamos agora esta nova etapa, mas já capitalizamos cerca de 5% do investimento total na área, e contamos com a confiança de muitos clientes que também já confiaram na H2H como agência em Portugal. Todos são empresas multinacionais, nas quais o cálculo do ROI é de extrema importância a nível global”, prossegue sobre a aposta em Portugal.

O influencer marketing é um mercado extremamente emocional, em que as relações muitas vezes estão acima do que são os benefícios económicos e de ROI das empresas. Claramente, hoje em dia, com o crescimento do setor, dizer “‘eu gosto deste influencer‘ já não é suficiente – os dados têm um peso muito maior”, acrescenta Manuel Albuquerque, CEO da Primetag, ferramenta de avaliação, medição e otimização de campanhas de marketing de influência com dados reais.

No último ano, a Primetag monitorizou mais 1.100 campanhas, 7.551.342 euros de influence media e 6.200 influenciadores portugueses em Instagram e Tiktok, trabalhando com marcas e agências como Continente, Calzedonia Group, NOS, Coca-Cola, H2H, Grupo Havas, Dentsu e IPG, concretiza a empresa.

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