PS aumenta distância de PSD que nem com CDS consegue liderar intenções de voto

  • ECO
  • 27 Dezembro 2023

Partido de Pedro Nuno Santos tem 25,4% das intenções de voto, mais 2,9 pontos percentuais face a Montenegro. CDS consegue apenas 1,6% dos votos.

A três meses das eleições legislativas, o PS continua a crescer nas intenções de voto, aumentando a distância face o PSD em 2,9 pontos percentuais, desde a última sondagem. Mas, 18% dos inquiridos não sabem ainda se vai votar a 10 de março e outros 18% estão indecisos em que partido vão colocar uma cruz. Quase um em cada quatro eleitores admite só tomar a decisão uma ou duas semanas antes do dia. Mais de 15% diz mesmo que só uns dias antes ou no dia é que decide.

De acordo com o inquérito conduzido pela Intercampus para o Correio da Manhã/CMTV e Jornal de Negócios, esta quarta-feira, o partido de Pedro Nuno Santos tem agora 25,4% das intenções de voto e o partido de Montenegro 22,5%. Apesar de também ter uma ligeira subida, os social-democratas não conseguem, ainda assim, ultrapassar o partido da atual maioria absoluta. Por outro lado, e embora o inquérito não incidisse sobre a preferência por uma coligação à esquerda ou direita, a sondagem faz as contas e revela que nem os 1,6% do CDS seriam contribuição suficiente para ajudar a vencer as eleições legislativas.

Uma maioria absoluta torna-se mais real para o PS e PSD se se fizerem coligações com entre os partidos da ala mais à esquerda ou à direita. Segundo a sondagem, se Pedro Nuno Santos fizer renascer a coligação com o Bloco de Esquerda e o PCP, acumularia 36,5% dos votos, enquanto uma fusão entre PSD, Chega, IL e CDS conseguiria mais de 42%. Somando à esquerda PAN e Livre chegamos a um empate entre os dois blocos.

A sondagem da Intercampus para o CM/CMTV e Jornal de Negócios, tem uma amostra de 611 entrevistas. Os trabalhos de campo decorreram entre 18 e 21 de dezembro de 2023. O erro máximo de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é cerca de +/- 4%. A taxa de resposta foi de 62,1%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Sondagem, hotéis e SNS

  • ECO
  • 27 Dezembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O PS de Pedro Nuno Santos mantém o crescimento nas intenções de voto e nem CDS ajuda PSD a ganhar terreno. Mais caros, hotéis na Madeira na passagem do ano estão próximos na lotação máxima. Crise no SNS também chega aos hospitais das misericórdias. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta quinta-feira.

PS continua a crescer nas intenções de voto

O PS cresceu nas intenções de voto, aumentando a distância face ao PSD em 2,9 pontos percentuais. De acordo com a sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã/CMTV e Jornal de Negócios, o partido de Pedro Nuno Santos tem agora 25,4% das intenções de voto e o partido de Montenegro 22,5%. Apesar de também ter uma ligeira subida, os social-democratas não conseguem, ainda assim, ultrapassar o partido da atual maioria absoluta. Por outro lado, e embora o inquérito não incidisse sobre a preferência por uma coligação à esquerda ou direita, a sondagem faz as contas e revela que nem os 1,6% do CDS seriam contribuição suficiente para ajudar a vencer as eleições legislativas.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Hotéis da Madeira com preços mais altos na passagem de ano

Os hotéis da região da Madeira estão próximos da ocupação quase total, mesmo num ano em que os preços estão mais altos do que 2022. A Associação da Hotelaria de Portugal aponta que a taxa de ocupação para a passagem do ano deve crescer pelo menos 11%, passando dos 76% registados em 2022, para ficar entre 87 e 92% este ano. O mesmo cenário se verifica em unidades hoteleiras como Vila Galé Santa Cruz, os hotéis Savoy Signature ou o Galo Resort Hotels que revelam estar com as lotações praticamente esgotadas.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Fim da marca Crédit Suisse não está a ter impacto para os clientes portugueses

O fim da marca Crédit Suisse e a substituição pela UBS não está a ter impacto nos clientes e trabalhadores portugueses, garante Carlos Santos Lima responsável pela UBS em Portugal. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o responsável garante que o processo de transição “tem sido perfeito”, sublinhando que a venda do Crédit Suisse, em março deste ano, foi uma “boa solução” não só para os que trabalhavam no banco mas também para os clientes por “proporcionar estabilidade”.

Leia a entrevista completa em Jornal de Negócios (acesso pago)

Crise no SNS causa pressão sem precedentes nos hospitais das misericórdias

A crise nas urgências do Serviço Nacional de Saúde também toca aos hospitais das misericórdia. Numa troca de informação entre responsáveis pelas unidades de saúde das misericórdias a que a Renascença teve acesso, alguns superiores admitem que os tempos de espera para consulta são superiores a três horas e que, num determinado dia, pouco antes das duas da tarde tinha quase 60 doentes em espera e que o tempo para atendimento estava “nas quatro horas”. Noutro caso, um outro provedor também partilhou a sua preocupação com “a afluência ao Serviço de Atendimento Permanente” no qual já se tinha ultrapassado o que “está no contrato programa “estabelecido com o Ministério da Saúde.

Leia a notícia completa em Renascença (acesso livre)

Ainda há seis dis­tri­tos sem camas de cui­da­dos pali­a­ti­vos hos­pi­ta­la­res

Uma década após a entrada em vigor da Lei de Bases dos Cui­da­dos Pali­a­ti­vos, “ainda há muito a fazer. A pre­si­dente da Asso­ci­a­ção Por­tu­guesa de Cui­da­dos Pali­a­ti­vos dá nota de que há dis­tri­tos, como o de Viana do Cas­telo, que con­ti­nuam sem ter qual­quer cama de inter­na­mento. Cas­telo Branco, Lei­ria e Por­ta­le­gre, por seu turno, não têm equi­pas comu­ni­tá­rias de suporte. Já Lis­boa, Braga, Viana do Cas­telo, San­ta­rém, Évora e Beja des­ta­cam-se por não terem uni­da­des hos­pi­ta­la­res de cui­da­dos pali­a­ti­vos, que são fun­da­men­tais para os doen­tes mais com­ple­xos.

Leia a notícia completa em Público (acesso condicionado)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gouveia e Melo “concentrado” na Marinha e afasta candidatura presidencial

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2023

Nem os resultados das sondagens, em que aparece invariavelmente como um dos preferidos para o Palácio de Belém, o demovem da recusa em abordar uma candidatura presidencial.

O chefe do Estado-Maior da Armada nem quer ouvir falar de candidaturas a Presidente da República e, quando a questão lhe é colocada pela “milésima” vez, deixa transparecer até alguma irritação.

“Parece que alguém quer ter um seguro de vida fazendo a pergunta mil vezes”, desabafa o almirante Henrique Gouveia e Melo, em entrevista à agência Lusa, por ocasião do segundo dos três anos do seu mandato à frente da Marinha, quando lhe é colocada a questão das presidenciais de 2026.

Nem os resultados das sondagens, em que aparece invariavelmente como um dos preferidos para o Palácio de Belém, o demovem o da recusa em abordar o assunto, afirmando que lhe é indiferente.

Estou concentrado no meu objetivo militar que é conseguir transformar a Marinha num verdadeiro instrumento útil, significativo, abrangente e tecnologicamente avançado ao serviço do Estado português. Esse trabalho é gigantesco. Ocupa 110% do meu cérebro. E, portanto, não ando preocupado com outras coisas”, assegura.

Com 63 anos e dois no topo da hierarquia da Armada, Gouveia e Melo admite que as pessoas podem gostar de si, pelo papel que desempenhou como coordenador do processo de vacinação da Covid-19, mas isso não o obriga a qualquer gesto em direção a uma carreira política.

“As pessoas podem gostar de mim, mas isso não significa que tenha de fazer qualquer coisa porque as pessoas gostam de mim, porque houve um período histórico, eu tive um papel, não fui eu sozinho, fui eu e outros. Há esse registo histórico, agora estou preocupado em fazer e cumprir bem a minha função”, concluiu o almirante na entrevista à agência Lusa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O dia em direto nos mercados e na economia – 27 de dezembro

  • ECO
  • 27 Dezembro 2023

Ao longo desta quarta-feira, 27 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Helpo usa notoriedade de grandes marcas em campanha de apadrinhamento

Tendo como mote “apadrinhe uma criança e marque a vida de muitas mais”, a campanha conta com o apoio pro bono da DDB - Omnicom Creative Hub e da The Square.

A mais recente campanha da associação Helpo recorre à notoriedade da Galp, Ikea, Nos e Super Bock para promover o seu programa de apadrinhamento de crianças em Moçambique e São Tomé e Príncipe, fazendo uso de algumas das campanhas mais icónicas destas marcas.

A campanha pareceu-nos de certa forma original porque estaríamos a levar o nome da Helpo até às pessoas, mas entregando-o por uma outra via que são outras marcas e campanhas que à partida já conhecem“, explica Margarida Assunção, responsável pelo Programa de Apadrinhamento de Crianças da Helpo, ao +M.

A ideia passou portanto por “ir buscar campanhas que ficaram na memória dos portugueses, que à partida todos conhecemos, havendo esse lado engraçado de em nenhum momento se falar das marcas. Embora pareça que falamos delas, as marcas não estão lá”, acrescenta Margarida Assunção, referindo que estas tiveram conhecimento das artes gráficas finais e autorizaram a divulgação das mesmas.

Neste sentido foram recriados os visuais de anúncios destas quatro marcas de forma a apelar ao apadrinhamento com os motes “Amigo é aquele que vira padrinho” (Super Bock), “Temos que falar sobre apadrinhar” (Nos), “Apadrinhar é por energia no que mais importa” (Galp) e “1 em 10 vão apadrinhar depois de verem este anúncio? É provável” (Ikea).

Tendo como mote “apadrinhe uma criança e marque a vida de muitas mais”, a campanha que decorre até ao final de dezembro conta com a criatividade e apoio pro bono da agência DDB – Omnicom Creative Hub, assim como da agência The Square no que toca à sua divulgação e planeamento de meios.

A campanha marca presença nos meios digitais da Helpo e em mupis (digitais e papel) em vários pontos do país. Na distribuição dos mupis a associação conta com parcerias com as Infraestruturas de Portugal (IP), MOP e Câmara Municipal de Cascais, entidades que cederam espaço para a divulgação da campanha em locais como estações de comboio, no metro ou na rua.

Embora a campanha seja lançada perto da altura do Natal, “em que nos lembramos mais de ajudar os outros”, a ajuda “é necessária durante todo o ano”, relembra Margarida Assunção, referindo que o objetivo último da campanha é angariar novos padrinhos e madrinhas que possam apadrinhar crianças em Moçambique e São Tomé e Príncipe de forma que a Helpo possa continuar a deixar a sua marca na vida de milhares de crianças.

Ao apadrinhar uma criança em Moçambique ou em São Tomé e Príncipe, o padrinho ou madrinha “não está apenas a apoiar o seu afilhado” mas sim a “a distribuir o apoio por toda a comunidade escolar onde a criança está inserida”, refere-se no site da Helpo. Este programa de apadrinhamento conta atualmente com o apoio de cerca de quatro mil padrinhos e madrinhas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Estamos na era do prompt que gera conteúdo”, diz Rui Ribeiro do GroupM

A forma como a inteligência artificial impacta o comportamento dos consumidores e criativos, bem como o modo como as empresas podem usar a tecnologia para enfrentar desafios futuros, esteve em debate.

Estamos na era do prompt que gera conteúdo“, defendeu Rui Ribeiro, creative director do GroupM, referindo que enquanto antes os artistas serviam a publicidade, atualmente “tudo se funde”, numa “convergência total” entre a arte, a criatividade, a tecnologia e a audiência, o que possibilita fazerem-se “coisas incríveis” e onde “o que demora mais tempo é pensar como conduzir a inteligência artificial”.

Numa apresentação no evento “Os Portugueses e a Inteligência Artificial”, organizada pelo GroupM em dezembro, Rui Ribeiro explicou que a inteligência artificial já é utilizada no grupo através de uma ferramenta interna chamada Imagine, que “não é para fazer mupis diretos, é para ajudar”, clarificou.

Segundo o diretor criativo, esta ferramenta possibilita uma “sessão de brainstorming de mim próprio” e “começa a dar caminhos, permitindo aos criativos serem copilotos num processo de cocriação que permite mais produtividade e acelera a inspiração (sendo que a emoção e intuição serão sempre humanos)”.

Rui Ribeiro, creative director do GroupM.

Nunca houve uma época tão incrível para ser criativo”, considera Rui Ribeiro, defendendo que estas ferramentas de inteligência artificial permitem reduzir o tempo para se ter ideias e relembrando que este ano no Festival de Criatividade de Cannes, 7.3% das entradas já tiveram inteligência artificial na sinopse, em comparação com os 3,7% registados no ano passado.

Já segundo Daniel Hulme, chief AI officer da WPP, será a criatividade o fator que fará diferença numa altura em que a inteligência artificial ganha cada vez mais terreno no setor. Embora todos possam ter acesso a ferramentas de IA, será a data, o talento e a criatividade os fatores que permitirão a diferenciação entre marcas ou empresas.

A inteligência artificial pode permitir que todas as empresas possam otimizar a criação de um estipulado número de campanhas para um determinado investimento, mas haverá sempre a diferenciação entre as mais criativas e as que são mais bem recebidas pela audiência, explicou.

Daniel Hulme defendeu que as pessoas costumam basear-se erradamente na sua intuição para tomar decisões do dia-a-dia, pelo que a inteligência artificial vem ajudar a resolver problemas complexos que têm variáveis quase infinitas, ajudando na otimização das empresas e colocando a tecnologia a fazer coisas que os humanos não precisam de perder tempo a fazer.

Esta tecnologia, segundo o chief AI officer da WPP conta com seis categorias de aplicação: automatização de tarefas (substituindo tarefas repetitivas e mundanas), geração de conteúdo (imagem, vídeo, texto, música), representação humana (deepfakes, voice – pela primeira vez podemos aceder a sinais sobre o que as pessoas pensam ou sentem perante coisas, o que permite melhorar o conteúdo, analisar respostas cerebrais), extração de conhecimento (machine learning e ciência de dados, que ajudam a perceber como as audiências se comportam), tomada de decisão (otimização) e “aumentação” humana (desde exoesqueletos a avatares, sendo que em algumas empresas os trabalhadores já são representados por avatares, porque acham que estes os representam melhor).

Por seu turno, Ricardo Santos, head of commerce do GroupM, lembrou que hoje em dia os clientes esperam mais experiência de cliente e personalização por parte das marcas/empresas, considerando o folheto do Continente como um bom exemplo.

Não vale a pena inundarmos os clientes com muita informação ou campanhas. O mais importante é ter o conteúdo certo no momento certo“, disse também Ricardo Santos, acrescentando que a segmentação permite identificar aquele que é o melhor momento para o envio de mensagens.

Ricardo Santos, head of commerce do GroupM.

A realidade aumentada tem também assumido uma importância crescente na comunicação das marcas, especialmente junto daquelas dos setores da moda e cosmética. O serviço ao cliente, através principalmente de chatbots, também está a evoluir e essa evolução vai continuar a verificar-se de forma acentuada no futuro, defendeu, sendo que nos próximos anos a utilização da IA será cada vez mais comum e aceite no serviço ao cliente.

A inteligência artificial assume também cada vez maior importância na descrição, categorização e organização de produtos, referiu o head of commerce do GroupM, afirmando que a qualidade dos dados sobre os produtos é um elemento essencial na era da IA, naquele que é um ecossistema cada vez mais complexo, com vários canais de venda e comunicação.

Com os dados certos, a inteligência artificial multiplica a capacidade humana com previsões, insights, conteúdo gerado e automação, defendeu Ricardo Santos, referindo que isto é traduzido numa simples equação: “dados x IA = expansão da capacidade humana“.

Dentro do campo da inteligência artificial e tal como foi anunciado no evento, o GroupM já lançou também o primeiro episódio do seu novo podcast “IA Agora” que contará com a participação de convidados da academia e de vários setores da sociedade para abordar a relação da inteligência artificial em temas como a educação, medicina, sustentabilidade, entre outros.

No evento foi ainda divulgado que a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE) e o GroupM assinaram um protocolo com vista à criação de uma nova formação para executivos na área da inteligência artificial aplicada ao marketing. O programa será lançado oficialmente em fevereiro, mês em que abrirão as candidaturas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Fuga de talento não é inevitável. Portugal tem tudo para se tornar bom exemplo”, diz especialista em recrutamento executivo

Em entrevista ao ECO, especialista em recrutamento executivo apela a alteração "decisiva e corajosa" das políticas salariais e fiscais em prol da capacidade das empresas portuguesas atraírem talento.

A fuga de talento (também ao nível executivo) “é uma realidade” em Portugal, mas não tem de ser uma inevitabilidade. Quem o diz é Soledade Carvalho Duarte, da Transearch Portugal, consultora dedicada ao recrutamento de quadros de alta direção. Em entrevista ao ECO, defende que o país pode mesmo ser um “bom exemplo” na atração de profissionais, desde que se alterem as políticas salariais e fiscais.

“Neste momento, essa fuga é infelizmente uma realidade, afetando diferentes gerações de lideranças, que olham a sua ida para empresas e mercados estrangeiros como uma escolha quase forçada“, relata a responsável.

Ainda assim, Soledade Carvalho Duarte não atira a toalha ao chão e deixa claro que a fuga de talento é, no seu entender, evitável. “Portugal tem tudo para se tornar um bom exemplo na capacidade para não só evitar a saída de talento, mas também para atrair talento que não se resume aos jovens”, sublinha.

Para que esse cenário se concretize, é preciso, avisa, uma “alteração decisiva e corajosa das políticas salariais e fiscais“. Aliás, a managing partner considera que hoje, apesar de tanto se falar de escassez de profissionais, não falta talento. “Existem, antes, dificuldades conjunturais que dificultam a construção de um pacote de oferta capaz de rivalizar com outros mercados onde esses talentos, nacionais ou não, são igualmente cobiçados”, observa.

Também considerando que as empresas portuguesas atuam cada vez mais num “mundo sem fronteiras por talento a nível global“, a responsável recomenda que esses empregadores preparem “ofertas diferenciadas” e com outras componentes para lá da financeira. Insiste, porém, que é preciso mudar o enquadramento, nomeadamente fiscal, ou as opções das empresas portuguesas continuarão “grandemente diminuídas” face à concorrência internacional.

Quanto ao recrutamento executivo feito atualmente em Portugal, Soledade Carvalho Duarte indica que o mercado é pequeno, a abertura para posições de topo (C-level) não é frequente e “os executivos elegíveis também não abundam”. Pior, continua a predominar a prática do convite direto, o que a responsável critica.

“Não nos parece ‘saudável’, pois não promove a transparência, nem o rigor, nem a isenção na escolha”, defende a managing partner.

Soft skills cada vez mais valorizadas também nos cargos de topo

Os estudos que dizem respeito à globalidade do mercado de trabalho sinalizam que as soft skills – da capacidade de comunicação à empatia – têm conquistado mais importância no recrutamento. E também ao nível executivo tem sido registada essa tendência, confirma a managing partner da Transearch Portugal, em entrevista ao ECO.

“As empresas estão cada vez mais à procura de lideranças com sólidas soft skills, capazes de irem para além das competências tradicionais para o desempenho de um cargo de liderança”, realça Soledade Carvalho Duarte.

Na visão da responsável, lideranças mais conscientes e inteligentes emocionalmente são vantajosas para as empresas, também porque são fundamentais para impulsionar a inovação.

“O líder cujo mandato é inovar, ou impulsionar a inovação, tem de ter a determinação para superar barreiras organizacionais, ir além da retórica sobre mudanças, agregando talentos e competências que pensam de forma diferenciada“, apela.

Em entrevista ao ECO, Solelade Carvalho Duarte destaca, assim, que o “novo líder” tem de ser, tudo somado, “ético, humano, justo e corajoso“. “Capaz de tomar decisões sem medo”, remata.

Em Portugal desde 1986, a Transearch serve hoje clientes de diversos setores e com diferentes dimensões. “De startups a grandes grupos, que movimentos 25 mil milhões de euros em receitas“, segundo Solelade Carvalho Duarte.

Em causa está uma das maiores firmas de recrutamento executivo do mundo. A Transearch escolheu Lisboa como destino da sua conferência anual, que aconteceu recentemente e serviu de mote a esta entrevista.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hackers roubaram quase dois mil milhões de dólares em criptomoedas este ano

Ciberataques levaram à perda de quase dois mil milhões de dólares em criptomoedas em 2023, ainda que o valor seja inferior ao de 2022. Maioria dos fundos não são recuperados.

Este ano voltou a ser pródigo em ciberataques que resultaram no roubo de somas elevadas em criptomoedas. Depois de os hackers se terem apropriado de 3,8 mil milhões de dólares em cripto em 2022, o montante roubado reduziu-se em 2023, mas, mesmo assim, chegou perto dos dois mil milhões.

Esta informação é compilada pela De.FI, uma empresa que oferece produtos e soluções se segurança aos investidores neste tipo de ativos. A organização criou e mantém um ranking dos maiores ciberataques cripto da história.

A esmagadora maioria dos fundos roubados não foram recuperados. No último ano, a soma que foi reavida após roubos de criptomoedas foi de pouco mais de 200 milhões de dólares.

De acordo com a De.FI, o maior roubo de criptomoedas deste ano ocorreu em setembro e vitimou a rede Mixin, sedeada em Hong Kong. O ataque resultou na perda de 200 milhões de dólares em criptomoedas.

Antes disso, no início de um período de turbulência na banca, e poucos dias depois do colapso do banco Silvergate, o protocolo de cripto-empréstimos Euler Finance foi vítima de um ataque que conduziu à perda de 197 milhões de dólares em várias criptomoedas.

A natureza das criptomoedas torna difícil a sua recuperação após um roubo… mas não impossível

Roubos de criptomoedas também acontecem em Portugal

O valor elevado de algumas criptomoedas –na terça-feira, uma única bitcoin valia mais de 40 mil dólares – torna-as alvos apetecíveis em furtos e roubos, mas os ciberataques não têm sido a única forma de os burlões se apropriarem delas.

Em Portugal, a Polícia Judiciária anunciou este mês a detenção de sete pessoas suspeitas de roubarem bitcoins com recurso a armas de fogo e violência.

“Da investigação em curso resultou que, em setembro de 2020 e novembro de 2021, este grupo criminoso, com diferentes configurações, recorrendo a ações do tipo paramilitar, planeou cuidadosamente e levou cabo dois roubos na zona de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, visando a apropriação de bitcoins, na posse de cidadãos estrangeiros residentes em Portugal”, informou a Polícia Judiciária a 12 de dezembro, num comunicado.

As autoridades portuguesas informaram que, num desses ataques, foram sequestradas cinco pessoas que residiam numa “propriedade rural”. Com armas de fogo, os criminosos terão forçado uma delas a transferir “dezenas de bitcoins, na altura com valor de mercado de cerca de três milhões de euros, para várias carteiras”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lone Star muda sede da holding que controla Novobanco para o Luxemburgo

Acionista americano transferiu a sede da Nani Holdings, veículo que controla 75% do Novobanco, de Lisboa para o Luxemburgo na última semana, quando se prepara para vender a sua posição no banco.

O fundo americano Lone Star transferiu a sede da Nani Holdings, veículo que controla 75% do Novobanco, de Lisboa para o Luxemburgo na última semana, isto quando se prepara para vender a sua posição no banco português pela qual pagou 1.000 milhões de euros há seis anos.

Oficialmente, o fundo não faz comentários, nomeadamente sobre se mudança da sede da holding do Parque das Nações para a localidade luxemburguesa de Bertrange tem a ver com o processo de venda do Novobanco em curso. Mas de acordo com as informações recolhidas pelo ECO, a transferência estará relacionada com o movimento de concentração das várias operações europeias da Lone Star na entidade luxemburguesa, onde todas as contas são consolidadas.

Por outro lado, apesar de se instalar no Luxemburgo, nada irá mudar na relação do acionista americano com o Novobanco, e também não terá implicações ao nível da supervisão e reporte junto dos reguladores – é a própria holding que está sob supervisão do Banco de Portugal e do Banco Central Europeu (BCE).

Foi através da Nani Holdings que a Lone Star adquiriu a participação de 75% no Novobanco em outubro de 2017, a troco de uma injeção de 1.000 milhões de euros na instituição financeira, tendo sido negociado na altura o mecanismo de capital contingente no valor de 3,89 mil milhões para proteger o banco das perdas relacionadas com um conjunto de ativos tóxicos herdados do BES. Com validade até 2026, este mecanismo já injetou 3,4 mil milhões na instituição financeira, havendo ainda várias disputas que podem aumentar a fatura final.

Concluída a reestruturação, e numa altura em que a subida dos juros está a catapultar os resultados e as avaliações do setor, os americanos preparam-se para desinvestir. O CEO do Novobanco, o irlandês Mark Bourke, continua a dizer que está a preparar o banco para uma eventual ida para a bolsa (IPO), tendo já viajado para as principais praças financeiras para sondar o apetite dos investidores, mas as notícias de Espanha insistem que a Lone Star está a negociar uma venda direta com o CaixaBank, havendo outros cenários em aberto, incluindo uma fusão com o BCP.

Além da Lone Star, entre os acionistas do Novobanco estão ainda o próprio Fundo de Resolução, com uma participação de cerca de 13%, e ainda o Ministério das Finanças, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, que soma atualmente uma posição 12% por conta da conversão dos ativos por impostos diferidos (DTA).

Nos nove primeiros meses do ano, o Novobanco registou lucros recorde de 640 milhões de euros, uma subida de quase 50% em relação ao mesmo período de 2022, com o resultado a ser impulsionado pela margem financeira, que quase duplicou para 831,2 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CIP quer criar mecanismo centralizador para ajudar empresas a executar fundos europeus

Confederação defende a criação de um mecanismo que agilize e torne mais eficiente a filtragem e escolha das candidaturas a fundos europeus e que permita que se saltem etapas mortas.

Para ajudar as empresas a executar os fundos europeus, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defende a criação de um mecanismo que agilize e torne mais eficiente a filtragem e escolha das candidaturas a fundos europeus e que permita que se saltem etapas mortas. A ideia é agilizar os procedimentos de consulta e acesso aos fundos, conferindo-lhe um caráter de urgência, tantas vezes invocado pelo próprio Presidente da República.

O objetivo é criar um caminho único para que as várias fases de acesso ao Portugal 2030 e outros fundos europeus deixem de estar dispersas. Ou seja, para que, apesar de as entidades serem as mesmas – as empresas, o Estado e os bancos –, haja uma centralização, que crie um filtro que impeça as empresas de terem falsas expectativas em relação aos apoios dos fundos e que a informação flua de modo mais rápido e claro.

A estratégia terá de ter luz verde do Governo, mas, para já, conta com o apoio da banca. Em entrevista a publicar no ECO Magazine, Armindo Monteiro disse que já encontrou uma solução para tentar acelerar a execução dos fundos: “Vamos apresentar a nossa proposta. Estamos a trabalhar com os bancos”, disse o patrão dos patrões.

“Uma das dificuldades, sobretudo nalguns projetos que envolvem valores mais elevados, é a questão dos adiantamentos. Encontrámos uma solução com a banca para que isto acelere”, precisou. A solução “já está encontrada. Agora, isto passa por uma aceitação da parte do Governo”, acrescentou Armindo Monteiro.

Armindo Monteiro, presidente da CIP, em entrevista ao ECO - 15DEZ23
A solução “já está encontrada. Agora, isto passa por uma aceitação da parte do Governo”, disse Armindo Monteiro, em entrevista ao ECO Magazine.Hugo Amaral/ECO

Do lado de Bruxelas não se antecipam problemas, pois a Comissão Europeia já “aceitou para outros países” soluções semelhantes. “Isto é terrível dizer, mas não pode deixar de ser dito. Não planeamos isto”, atirou Armindo Monteiro.

Ao nível da banca, a expectativa é que possa ser criada uma linha de crédito, com condições mais favoráveis, conseguidas através de garantias do Banco Português de Fomento (BPF), do Banco Europeu de Investimento (BEI) ou do Fundo Europeu de Investimento (FEI), que permitisse adiantar às empresas verbas que as ajudassem a executar os fundos, sem ter de esperar pela validação da execução física dos investimentos.

Além disso, no caso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), como as empresas receberam apenas 23% de adiantamento do valor global dos projetos, e tendo em conta a demora nos pagamentos contra-fatura, existe uma perceção de “gargalo apertado” que está a “asfixiar as empresas”, disse ao ECO uma fonte do mercado.

No caso das agendas mobilizadoras, sendo a lógica a dos consórcios, basta uma empresa mais frágil no grupo para comprometer a execução global.

Recorde-se que no mercado já existem soluções comerciais que respondem a este problema (na CGD, BCP, e BPI, por exemplo), mas montar no BPF linhas grupadas, por exemplo, permitiria uma solução mais global e com condições mais vantajosas para as empresas.

Na solução defendida pela CIP, que ainda está num patamar anterior ao problema do financiamento, é claro que as empresas vão continuar a ter de aguardar que as candidaturas submetidas sejam avaliadas, mas, se este mecanismo estiver em vigor, permite que todas as partes envolvidas saibam logo à cabeça com o que podem contar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara do Porto distingue 100 pessoas e empresas por contributo no combate à covid-19

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

O presidente da autarquia revelou que na lista dos homenageados, além do almirante Gouveia e Melo, figuram o infecciologista do Centro Hospitalar Universitário de São João, António Sarmento.

A Câmara Municipal do Porto vai distinguir na quarta-feira cerca de 100 cidadãos, entidades e empresas que deram um grande contributo no combate à covid-19, entre os quais o ex-coordenador do plano de vacinação, o almirante Gouveia e Melo.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, revelou que na lista dos homenageados, além do almirante Gouveia e Melo, figuram o infecciologista do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, António Sarmento, a primeira pessoa a ser vacinada contra a covid-19 em Portugal, a 28 de dezembro de 2020, e o médico António Araújo que, na altura da pandemia, presidia à Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

Também Alexis Tam, que foi o elo de ligação entre o Porto e Shenzen (China) na importação de ventiladores daquele país para o hospital de São João, vai ser agraciado, contou. “E, depois, um conjunto de pessoas, provavelmente menos conhecidas, e empresas que contribuíram para aquele esforço que foi feito na altura de apoio, para comprar quer máscaras quer álcool-gel, por exemplo”, vincou o autarca.

Rui Moreira explicou que a Distinção de Mérito Ricardo Jorge, cuja criação foi aprovada pelo executivo municipal há cerca de dois anos, integra cidadãos e empresas de todo o país que, dentro das suas possibilidades, contribuíram para aquele que foi o combate feito à pandemia de covid-19.

Apesar de a sua criação ter sido aprovada há dois anos, o independente explicou que a autarquia só decidiu atribuir agora aquela distinção porque quis esperar pela tranquilização da pandemia. A data escolhida para a homenagem, que acontecerá na Casa da Música e contará com a presença do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, é simbólica pois acontece naquele que é o terceiro aniversário da primeira administração da vacina contra a covid-19 em Portugal, ressalvou.

Já o nome do prémio, Ricardo Jorge, é um tributo a um “grande médico” da cidade do Porto que combateu uma peste, contou. Os agraciados com a Distinção de Mérito Ricardo Jorge receberão uma peça de design da autoria de Eduardo Aires, designer responsável pela identidade gráfica do Município do Porto, concluiu Rui Moreira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Augusto Santos Silva acusa PGR de ter “cultura pouco democrática”

  • ECO
  • 26 Dezembro 2023

"A resposta da mais alta autoridade do Ministério Público tem sido que estão a atacar o Ministério Público. Isto é uma cultura pouco democrática", reiterou o presidente da Assembleia da República.

O presidente da Assembleia da República acusou a Procuradora-Geral da República (PGR) de ter “uma cultura pouco democrática”, numa entrevista à Antena 3, no programa “Não Podias”. Sem se referir a casos específicos, Augusto Santos Silva criticou a intervenção pública do Ministério Público em “certos processos”.

O programa tinha como tema “não podias discordar”, com o responsável a salientar que “a questão da discordância, e da liberdade de discordância, é uma questão atualíssima”. “E eu vou dar um exemplo atualíssimo, polémico quanto baste para ser atualíssimo”, continuou, “nos últimos dias, várias pessoas, incluindo eu próprio, têm discordado da forma como o Ministério Público interveio publicamente a propósito de certos processos“.

Apesar desta crítica, disse não interessar “quais os processos”. Mas reiterou que “a resposta da mais alta autoridade do Ministério Público tem sido que estão a atacar o Ministério Público”. “Isto é uma cultura pouco democrática”, acusou Santos Silva. Questionado sobre como lidar com essa cultura, o socialista respondeu que é preciso “mais democracia, discordando mais” de opções tomadas pelo Ministério Público.

O Ministério Público e a PGR têm sido alvo de críticas de várias figuras pela forma como lidou com a Operação Influencer, que acabou por levar à queda do Governo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.