Vistage junta empresários em Lisboa para debater liderança

  • ECO
  • 20 Novembro 2023

Um dos grupos mais exclusivos dedicados ao empreendedorismo, inovação e gestão reúne-se no âmbito da “Vistage Encontro de Líderes 2023”, que acontece no dia 23 de novembro.

São mais de 65 anos a apoiar o crescimento de pequenas e médias empresas em todo o mundo, uma missão que a Vistage quer continuar a desenvolver. A propósito da “Vistage Encontro de Líderes 2023”, que se realiza em Lisboa no dia 23 de novembro, o ECO falou com o presidente da organização em Portugal, Miguel Pardo Calvo, e com o chair e presidente do Rotary Club, Acílio Gala, sobre os desafios da inovação e o papel da liderança.

 

O programa – que contará com a presença de nomes como Ricardo Costa (Grupo Bernardo da Costa), Isabel Andrade (Bright Concept) ou David Cavenor (Amazon Web Services) – pode ser consultado no site oficial da iniciativa.

Que estratégias chave devem as empresas implementar para promover uma cultura de inovação nas suas organizações?

Miguel Pardo Calvo (MPC). Em primeiro lugar, o líder não deve esperar que a concorrência faça inovações antes dele. Ou seja, a iniciativa é fundamental e a velocidade é o aspeto crítico mais importante ao implementar a inovação dentro das empresas. Para assegurar uma cultura dentro da organização, é importante ter muito claro qual é o propósito da empresa e o que necessita para ser sustentável ao longo dos tempos, tendo uma equipa comprometida e alinhada para que se assegure todos os detalhes da cultura empresarial pretendida.

A inovação envolve, muitas vezes, riscos. Como devem os líderes incentivar a procura de inovação e gerir os potenciais falhanços dessas experiências?

MPC. Inovar é criar, é descobrir. Para criar e descobrir temos de ser conscientes que existirão falhas e os riscos de descobrir novos produtos ou serviços são parte do processo de inovação. Não existe um ambiente seguro para experimentação, mas o uso de estatísticas permite saber que em 70 tentativas uma terá sucesso. Lembramos que Thomas Edison teve mil tentativas para descobrir, em somente uma, a lâmpada. Por isso, os líderes devem ter consciência de que as falhas dessa experiência existirão e deverão ter controlado o orçamento para todas estas tentativas frustradas.

Acílio Gala (AG). Importa chamar a atenção para alguns outros aspetos relevantes, como o estabelecimento de expetativas realistas quanto a resultados e prazos, mas também a adoção de uma abordagem incremental.

Qual é o papel da liderança na formação da cultura empresarial, especialmente no que diz respeito à inovação e à competitividade?

AG. Os líderes devem definir uma visão clara e estratégias alinhadas para a orientação das atividades diárias. É importante o sentido de propósito e direção. As ações dos líderes têm um impacto significativo na formação da cultura empresarial, influenciando diretamente a capacidade da organização para inovar e competir eficazmente.

Num ambiente empresarial em constante evolução, que medidas devem ser tomadas para garantir que a empresa permaneça ágil e competitiva perante cenários imprevisíveis?

AG. Para garantir que uma empresa permaneça ágil e competitiva num ambiente empresarial em constante evolução, é crucial adotar uma abordagem estratégica e flexível. Implementar flexibilidade operacional, de modo a melhor e mais rapidamente a organização adaptar-se a mudanças nas condições de mercado. Ao implementar essas medidas, as empresas estarão mais bem posicionadas para enfrentar cenários imprevisíveis, adaptar-se às mudanças e manter sua competitividade num ambiente de negócios em constante evolução.

Do ponto de vista da liderança, que características devem um bom líder empresarial ter?

MPC. Todos os anos, analisamos em Vistage quais são as sete habilidades que um líder necessita ter para ser bem-sucedido nos seus negócios. Atualmente passam por inspirar uma visão comum, liderar e deixar que os demais assumam a gestão, conhecer os seus números, ter e manter as melhores pessoas, conseguir manter a fidelidade do cliente, identificar novas tendências, riscos e oportunidades, e tomar conta de si. Além de tudo o que se aprende em Vistage, isto é o que vemos todos os meses nos nossos grupos, nos quais os líderes se desenvolvem com muita profundidade.

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Alunos carenciados vão ter pequeno-almoço grátis na escola

A medida vai abranger todos os estudantes do primeiro escalão da ação social que frequentem os ensinos pré-escolar, básico e secundário, segundo uma proposta de alteração do PS ao OE.

Os alunos mais carenciados da educação pré-escolar e dos ensinos básicos e secundário vão ter pequeno-almoço gratuito na escola, segundo uma proposta de alteração do PS ao Orçamento do Estado para 2024. Estes estudantes já têm direito a almoço gratuito, podendo também beneficiar de um lanche a custo zero atribuído pelo município.

“Aos alunos enquadrados no escalão da ação social escolar correspondente ao 1.º escalão de rendimentos para atribuição de abono de família é ainda assegurado o fornecimento de pequeno-almoço”, de acordo com o texto da iniciativa do grupo parlamentar socialista que acrescenta este ponto ao artigo 13.º do decreto-lei n.º 55/2009, de 2 de março.

Esta medida aplica-se “às crianças e aos alunos que frequentem a educação pré-escolar e os ensinos básico e secundário em estabelecimentos de ensino públicos, ou particulares e cooperativos em regime de contrato de associação”, de acordo com o respetivo decreto-lei.

Para beneficiar quer do almoço quer do pequeno-almoço gratuito, os alunos terão de estar enquadrados no escalão A da ação social escolar, que corresponde ao 1.º patamar do abono de família. Isto significa que os rendimentos anuais do agregado familiar não podem ultrapassar os 3.102,4 euros, ou 221,6 euros a 14 meses.

A gratuitidade dos pequenos-almoços para os alunos mais carenciados é uma reivindicação antiga do Bloco de Esquerda. Durante o primeiro Governo de António Costa, apoiado por uma geringonça parlamentar à esquerda, formada por PS, PCP e BE, foi lançado, em 2017, um grupo de trabalho contra a pobreza, constituído por representantes socialistas e bloquistas, técnicos e elementos do Executivo, que propôs, precisamente, a oferta da primeira refeição da manhã a estudantes com dificuldades económicas.

O Ministério da Educação, que também teve assento naquele grupo, através da então secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, concordou com a medida. “O Ministério da Educação reconhece que esta é uma medida que pode, efetivamente, ajudar a ultrapassar algumas dificuldades impostas às crianças com origem em agregados familiares e sociais mais desfavorecidos e cujo estudo importa aprofundar”, concluiu, na altura, o grupo de trabalho.

Ainda de acordo com o mesmo relatório, os pequenos-almoços devem passar a ser comparticipados pela ação social escolar. Os que estão no escalão A, os mais carenciados, não pagarão nada por esta refeição, como já acontece com os almoços. Os do escalão B terão uma comparticipação de 50%.

Passados sete anos, e perante um Governo socialista de maioria absoluta que está demissionário, o PS retoma parte da proposta que tinha alinhavada com o BE nos tempos da geringonça, no âmbito das alterações na especialidade ao Orçamento do Estado para 2024.

Assim, e tendo em conta a maioria absoluta socialista no Parlamento, está garantida a aprovação da gratuitidade dos pequenos-almoços para alunos do pré-escolar, ensinos básico e secundário do escalão A da Ação Social Escolar (ASE). Fica, no entanto, pelo caminho a proposta daquele grupo de trabalho de comparticipar em 50% o preço destas refeições para alunos do escalão B, isto é, do patamar seguinte de rendimentos, cujos agregados familiares têm ganhos anuais entre 3.102,41 e 6.204,80 euros.

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Conselho da UE dá luz verde ao orçamento europeu para 2024

  • Lusa
  • 20 Novembro 2023

Ainda estão disponíveis 360 milhões de euros ao abrigo dos limites máximos de despesas do atual quadro financeiro plurianual para 2021-2027, para que a UE possa "reagir a necessidades imprevisíveis".

O Conselho da União Europeia (UE) deu esta segunda-feira luz verde ao orçamento anual da União Europeia (UE) para 2024, com 189,4 mil milhões de euros em autorizações, para salvaguardar prioridades comunitárias e margem para “responder a circunstâncias imprevistas”.

“O Conselho aprovou hoje o projeto comum sobre o orçamento geral da UE para 2024. O projeto comum foi acordado nas negociações com o Parlamento Europeu em 11 de novembro. O total das autorizações é fixado em 189.385,4 milhões de euros e o total dos pagamentos em 142.630,3 milhões de euros“, indica em comunicado a estrutura que junta os Estados-membros.

Citada pela nota, a secretária de Estado espanhola e negociadora principal do Conselho para o orçamento da UE para 2024, Esperanza Samblás, sublinha que este acordo permite à União “se concentrar nos domínios prioritários, mantendo simultaneamente uma margem financeira suficiente para responder a circunstâncias imprevistas”.

“Assegura igualmente uma abordagem realista, tendo em conta o atual contexto económico e geopolítico, os interesses dos contribuintes e a necessidade de fazer face aos novos desafios que poderão surgir em 2024”, adianta Esperanza Samblás.

De acordo com o Conselho da UE, estão ainda disponíveis 360 milhões de euros ao abrigo dos limites máximos de despesas do atual quadro financeiro plurianual para 2021-2027, para que a UE possa “reagir a necessidades imprevisíveis”.

“O orçamento do próximo ano reflete fortemente as principais prioridades da UE, incluindo a recuperação económica e as transições ecológica e digital, e reage ao difícil contexto geopolítico atual”, conclui o organismo.

Enquanto as autorizações são promessas juridicamente vinculativas de gastar dinheiro em atividades que são executadas ao longo de vários anos, os pagamentos cobrem as despesas decorrentes das autorizações concedidas durante o ano em curso ou nos anos anteriores.

Falta agora o aval final do Parlamento Europeu.

Este é o quarto orçamento anual no âmbito do orçamento de longo prazo da UE, o Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 e é complementado pelas verbas do Fundo de Recuperação pós-crise da covid-19.

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Shakira reconhece fraude fiscal de 14,5 milhões de euros em Espanha e evita prisão

  • Lusa
  • 20 Novembro 2023

Ministério Público pedia uma pena de prisão de oito anos e dois meses para a cantora, acusando-a de defraudar o fisco espanhol por simular viver fora de Espanha entre 2012 e 2014.

A cantora colombiana Shakira reconheceu, esta segunda-feira, que defraudou o fisco espanhol em 14,5 milhões de euros e aceitou pagar multas de 7,8 milhões, evitando assim cumprir uma pena de prisão.

Shakira Isabel Mebarak Ripoll, de 46 anos, ia começar a ser julgada, esta segunda-feira, em Barcelona num processo em que estava acusada de fraude fiscal entre 2012 e 2014. Já dentro do tribunal, e antes de começar o julgamento, assinou um acordo com o Ministério Público em que reconheceu a culpa e aceitou o pagamento de uma multa de 7,8 milhões de euros, além de já ter regularizado o valor da evasão fiscal de que estava acusada (14,5 milhões de euros mais 3 milhões de juros de mora), ficando com uma pena de prisão suspensa de três anos.

A justiça espanhola considera que Shakira viveu em Barcelona entre 2012 e 2014, por passar mais de seis meses por ano na cidade, enquanto a cantora negava e argumentava ser residente nas ilhas Bahamas. Shakira mudou a residência fiscal para Barcelona em 2014, mas continuou a negar ter vivido na cidade antes desse período.

O Ministério Público pedia uma pena de prisão de oito anos e dois meses para a cantora, acusando-a de defraudar o fisco espanhol por simular viver fora de Espanha entre 2012 e 2014, apesar de estar casada com o futebolista do Barcelona Gerard Pique, com tem dois filhos nascidos na cidade em 2013 e 2015.

Numa investigação separada, o Ministério Público espanhol acusou Shakira em setembro passado de uma evasão fiscal de mais 6,7 milhões de euros em 2018, relativos a impostos sobre os rendimentos que teve naquele ano.

A justiça espanhola acusou a cantora de usar uma empresa sediada num paraíso fiscal para evitar o pagamento de todos os impostos em Espanha em 2018.

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Sérvulo assessora Sensei na abertura do primeiro supermercado autónomo de Itália

A equipa da Sérvulo envolvida nesta operação contou com as sócias Ana Rita Paínho e Inês Palma Ramalho e com a associada principal Ana Mira Cordeiro. 

A Sérvulo & Associados assessorou a startup portuguesa Sensei na implementação do primeiro supermercado autónomo de Itália. Neste projeto a Sensei aliou-se à cooperativa D.A.O, operadora do setor da grande distribuição alimentar. O supermercado totalmente autónomo e “sem caixas” da marca Conad foi inaugurado em Verona.

A equipa da Sérvulo que ajudou a Sensei no processo de preparação e negociação do contrato de parceria que juntou a D.A.O. e a Sensei neste projeto foi composta pelas sócias Ana Rita Paínho e Inês Palma Ramalho e pela associada principal Ana Mira Cordeiro.

As advogadas da Sérvulo contaram ainda com o apoio do escritório italiano Gitti and Partners, em particular dos sócios Vincenzo Giannantonio e Flavio Monfrini, do counsel Marco Blei e da associada Anastasia Cichetti, em temas de direito italiano. Do lado da D.A.O., esteve ainda a firma de advogados Curtis Mallet-Prevost Colt & Mosle, com uma equipa liderada pela sócia Emanuella Agostinelli e pelo associado Emanuele Ballo.

Criada em 2017, a startup Sensei desenvolveu uma tecnologia inovadora que permite aos retalhistas, através de um sistema sofisticado de câmaras, sensores e algoritmos de inteligência artificial, transformarem as suas lojas físicas em espaços autónomos, onde o cliente não tem necessidade de fazer “scan” aos códigos de barras de produtos, esperar em filas para caixas registadoras, e vê facilitada a sua experiência de consumo. Este projeto marca a entrada da Sensei no mercado italiano, para além de já operar em Portugal, em Espanha e no Brasil.

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Moedas queixa-se de atrasos nas obras do metro de Lisboa e admite exigir suspensão

  • Lusa
  • 20 Novembro 2023

Perante os atrasos nos trabalhos, autarca pede "um plano público que seja cumprido com urgência" e ameaça exigir a suspensão dos trabalhos se o calendário não for cumprido.

O presidente da Câmara de Lisboa considerou esta segunda-feira que os atrasos nas obras do metro são “o grande obstáculo à circulação” na cidade, ameaçando exigir a suspensão dos trabalhos se o calendário de execução não for cumprido.

“Os atrasos constantes das obras do metro são o grande obstáculo à circulação em Lisboa. Os lisboetas não aceitam que se encarem estes atrasos com normalidade. Como presidente da Câmara, exijo que haja um plano público que seja cumprido com urgência. Se assim não for, terei que exigir ao Governo que em determinadas zonas da cidade se parem imediatamente as obras”, afirmou Carlos Moedas, em declarações à agência Lusa.

Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo no sábado, o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues do Santos, revelou que a cidade vai ter novos constrangimentos por causa das obras de expansão, em especial na zona ribeirinha, junto ao Cais do Sodré, e que em Alcântara o corte temporário da Avenida 24 de julho será prolongado.

O responsável admitiu que os constrangimentos vão ter implicações com os clientes da CP e da Carris, mas que estes são “custos do progresso”.

“Mais uma vez, estes atrasos revelam a importância de o Metro de Lisboa ser gerido pela Câmara Municipal de Lisboa e não pelo Governo“, reiterou o autarca do PSD, que governa a cidade sem maioria absoluta.

Em 29 de setembro, Carlos Moedas defendeu que o Metropolitano da capital “deveria ser responsabilidade” da autarquia, à semelhança do que acontece com a Carris, porque “a mobilidade tem de ser vista sempre no seu conjunto”, de forma a poder dar “maior resposta” às pessoas.

Questionado pela Lusa à margem do encontro “Comunidades em Ação — operações integradas metropolitanas”, que decorreu no Fórum Lisboa, o autarca explicou a posição sobre o Metropolitano de Lisboa que veiculou em entrevista à TSF e ao DN, divulgada nesse dia.

Carlos Moedas já tinha pedido ao Governo para ter “pelo menos um administrador” no Metro e “esse pedido não foi respondido” pelo primeiro-ministro, António Costa.

“Não houve aqui nenhuma diferença no meu pensamento”, ressalvou, quando questionado pela Lusa sobre passar de pedir “um administrador” para ser “acionista a 100%” do Metro.

“Não havendo reação da parte do Governo em relação a haver um administrador, penso que devo lutar por uma solução, que é a solução que faz sentido. Como é que temos um Metro que é tutelado a nível nacional, mas que trabalha no meu território, no nosso território, dos lisboetas?”, questiona, recordando: “É o Metro de Lisboa”.

Esta mudança na gestão do Metro de Lisboa é “uma questão de estratégia” e, portanto, tem de passar por uma “discussão com o Governo”, notou na altura o autarca social-democrata.

A nova linha Circular do Metropolitano de Lisboa, que vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede, irá criar um anel circular no centro de Lisboa, e interfaces que conjugam e integram vários modos de transporte.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato – Odivelas), Verde (Telheiras – Cais do Sodré), Azul (Reboleira – Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto – São Sebastião).

Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e as 01:00.

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Produção de vinho este ano é a maior desde 2006

Produção de amêndoa atingiu o valor mais elevado de sempre e de azeitona deverá aumentar 20%. Já na de arroz espera-se um aumento de 10%. Peras e castanhas voltaram a registar quebras de produção.

Desde 2006 que Portugal não produzia tanto vinho. Todas as regiões do país registaram aumentos de produção, exceto em algumas sub-regiões dos vinhos verdes e da Beira Interior, e prevê-se que a produção atinja os 7,3 milhões de hectolitros, “uma das mais elevadas das últimas duas décadas”, avança esta segunda-feira ao Instituto Nacional de Estatística (INE). “Anteveem-se vinhos complexos e com equilíbrio entre o teor alcoólico, a acidez e os taninos”, sublinha o destaque sobre as previsões agrícolas em Portugal.

Este ano as vindimas prolongaram-se da primeira quinzena de agosto até à primeira de outubro e houve “alguns ataques de míldio e oídio, mais intensos na região dos vinhos verdes e em certas zonas do Centro, bem como ocorrências de podridão cinzenta no Norte e Centro (potenciada pela ocorrência de precipitação em setembro), e de traça da uva e cigarrinha verde nas regiões do Ribatejo e Alentejo, esta última de combate particularmente difícil após a retirada de algumas substâncias ativas do mercado”. Mas isso não impediu a produção recorde desde 2006.

Igualmente positiva foi a produção de amêndoa, que atingiu o valor mais elevado de sempre. Não só a produção beneficiou do tempo quente e seco, “que promoveu a secagem”, mas como entraram em produção muitos pomares novos, maioritariamente no Alentejo, espera que “a produção deverá ser a maior de sempre e aumentar 15% face a 2022”.

Fonte: INE

Também o kiwi superou o desempenho do ano passado, graças às chuvas que caíram em setembro. A colheita do kiwi comum teve início em novembro, com um atraso de cerca de uma semana em relação ao ano anterior, mas a chuva mitigou “eventuais situações de stress hídrico” e permitiu aumentar o calibre da fruta. O INE estima “um acréscimo na produção de 5%, face ao ano anterior” e precisa que “a colheita do kiwi arguta encontra-se concluída, tendo a produção também superado a colhida em 2022”.

Com boas perspetivas estão também a produção de azeitona, que deverá aumentar 20%, e de arroz (10%). “O calor verificado durante a floração e vingamento do fruto comprometeu alguma produção”, alerta o INE, mas isso não impediu um aumento de 20% de azeitona, face a 2022. “Nos olivais tradicionais esperam-se produtividades muito superiores às verificadas em 2022, mas nos olivais intensivos em plena produção perspetiva-se uma estabilização da produtividade”, segundo as previsões que frisam que “continuam a entrar em produção muitos olivais intensivos plantados recentemente”.

Quanto ao arroz, a colheita “decorreu a bom ritmo”, até à segunda quinzena de outubro. Mas a precipitação ocorrida o mês passado “provocou danos nos canteiros por colher, em fase final de maturação”, cerca de 10% da área. Ainda assim, “prevê-se um aumento da produção de arroz de 10%, em relação ao ano anterior, devido a aumentos de área e produtividade”.

Os destaques negativos são as peras e castanhas, que registaram novamente quebras de produção. “As condições meteorológicas adversas em momentos determinantes do ciclo produtivo da pera Rocha (inverno ameno, que condicionou a diferenciação floral, calor excessivo durante a floração e escaldões na fase final do ciclo) potenciaram a incidência de doenças e determinaram a diminuição do número e calibre dos frutos”, explica o INE. Mais de 50% da produção tinha um calibre inferior a 60 mm. Assim, pelo segundo ano consecutivo, a produção de pera registou um decréscimo (-10%, face a 2022), sendo a pior campanha desde 2012.

Já na castanha, as condições meteorológicas promoveram o desenvolvimento da septoriose. Por isso antecipa-se que, pelo segundo ano consecutivo, haja um decréscimo significativo da produção (-33%, face à média do último quinquénio).

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Ex-CMVM nomeado para o Mecanismo Europeu de Estabilidade

João Sousa Gião foi nomeado conselheiro geral e membro do conselho de administração do mecanismo de resgates da Zona Euro. Inicia funções no próximo ano.

João Sousa Gião, antigo membro da administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foi nomeado conselheiro geral e membro do conselho de administração do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, sigla em inglês).

O português inicia funções no próximo ano: a 1 de janeiro enquanto conselheiro geral, substituindo David Eatough, e a 1 de abril na administração, segundo anunciou o mecanismo esta segunda-feira.

O ESM tem o mandato de preservar a estabilidade financeira na área do euro, prestando assistência financeira aos Estados-Membros com graves problemas de financiamento.

“Estou muito confiante de que o João será um conselheiro geral competente e inspirador e trará um conjunto precioso de competências para o conselho de administração”, sublinhou Pierre Gramegna, diretor-geral da ESM, que ganhou a corrida ao ex-ministro das Finanças português João Leão.

O responsável luxemburguês notou ainda que João Sousa Gião “fez contribuições importantes para o ESM e para o FEEF desde 2011, e tenho certeza de que será bem-sucedido em sua nova função graças à sua longa experiência no ESM e ao seu vasto conhecimento e competência de alto nível nos mercados financeiros”.

Antes da passagem na CMVM, entre 2017 e 2020, João Sousa Gião juntou-se ao FEEF (antecessor do ESM) em 2011 – ano do resgate financeiro a Portugal –, onde foi responsável pelos processos e políticas relacionadas com os mercados de capital.

Regressou, entretanto, ao ESM como senior advisor do conselheiro geral e, entre setembro de 2022 e setembro de 2023, liderou o departamento legal.

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SRS Legal assessora ECS na compra do B&B Montijo

A equipa da SRS envolvida nesta operação foi liderada pela sócia Neuza Pereira de Campos e contou com a participação do sócio João Santos Carvalho e do associado José Pinto Santos.

A SRS Legal assessorou a ECS na aquisição do B&B Montijo, uma unidade hoteleira com 112 quartos, arrendada à B&B Hotels e previamente detida por uma parceria entre a Sunny BB e a Casais. A compra foi concretizada através do Portugal Strategic Growth Fund, que é gerido pela ECS.

O edifício conta com cerca de 4.200 metros quadrados de área bruta construída, distribuídos por quatro pisos acima do solo, dispondo ainda de um piso em cave com 15 lugares de estacionamento. Em comunicado, o escritório explicou que está arrendado ao grupo B&B Hotels.

A equipa da SRS envolvida nesta operação foi liderada por Neuza Pereira de Campos, sócia responsável pelo departamento de Imobiliário, e contou com a participação do sócio de Bancário e Financeiro João Santos Carvalho e do associado de Imobiliário José Pinto Santos.

“É uma operação que se encaixa perfeitamente na estratégia do nosso cliente, que passa por investir em ativos em boas localizações, com construção de qualidade, e com contratos de arrendamento longos e sustentáveis. Acreditamos que a assessoria prestada nesta transação constitui mais um caso de sucesso que reforça o nosso track record na área do imobiliário”, afirmou Neuza Pereira de Campos.

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Clima económico diminui mas consumo privado acelera em setembro

Atividade económica na produção abrandou, mas na perspetiva da despesa registou um aumento que se deveu à aceleração do consumo privado.

As empresas estão a ressentir-se neste ambiente de abrandamento económico, mas o consumo privado acelerou em setembro, de acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta segunda-feira. Nesse mês, a atividade económica desacelerou na construção e nos serviços e diminuiu na indústria.

Já o indicador de clima económico, que “sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu entre julho e outubro“, revela o INE.

Fonte: INE

Olhando para os vários setores, os indicadores de curto prazo disponíveis para setembro mostram que, em termos homólogos, registou-se uma desaceleração em volume da construção e nominal dos serviços e diminuições na indústria.

“Em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria diminuiu 10,3% em setembro (variação de -5,6% no mês anterior)”, avança o INE, enquanto nos serviços cresceu apenas 0,1%, abrandando face aos 1,3% registados no mês anterior. Já o “índice de produção na construção abrandou para uma variação homóloga de 4,5% em setembro, após ter aumentado 5,3% no mês precedente”.

No turismo, apenas as dormidas de residentes caíram — 2,2% em termos homólogos — enquanto as estadias dos estrangeiros aumentaram em setembro.

Mesmo neste contexto de abrandamento das empresas, “o indicador quantitativo de consumo privado acelerou em setembro, após ter desacelerado em julho e agosto”, nota o gabinete de estatísticas. Aumentou o “contributo positivo da componente de consumo corrente“, enquanto a componente de consumo duradouro pesou menos.

Fonte: INE

Enquanto isso, “o indicador de confiança dos Consumidores diminuiu entre agosto e outubro, após ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022″.

O investimento recuou também em setembro, depois de cinco meses a subir. “A evolução do indicador, em setembro, resultou da diminuição do contributo positivo da componente de material de transporte”, sendo de recordar que a Autoeuropa esteve parada durante grande parte desse mês.

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Taxas Euribor descem a três e a seis meses e sobem a 12 meses

  • Lusa
  • 20 Novembro 2023

Taxas usadas no cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos mistos. A Euribor desceu hoje a três e a seis meses e subiu a 12 meses.

As taxas Euribor, usadas no cálculo da prestação da casa nos contratos com taxa variável, desceram a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a sexta-feira. Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses permanece, desde 30 de outubro, com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 4,015%, mais 0,024 pontos do que na sexta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • Em sentido contrário, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, desceu para 4,058%, menos 0,006 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • A Euribor a três meses também avançou para 3,962%, menos 0,022 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Salário médio sobe 5,9% para 1.438 euros no terceiro trimestre

O ordenado médio aumentou, em termos absolutos, 5,9% no terceiro trimestre, mas a inflação ainda está a pesar sobre a carteira dos portugueses. Tanto que em termos reais a subida foi de 2,4%.

O salário médio dos trabalhadores portugueses cresceu 2,4% em termos reais no trimestre terminado em setembro, o que é explicado pelo abrandamento da inflação. Já em termos absolutos, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o ordenado médio aumentou 5,9%, para 1.438 euros, o que é sinónimo de uma desaceleração.

“A remuneração bruta total média por trabalhador aumentou 5,9% para 1.438 euros, no trimestre terminado em setembro, em relação ao mesmo período de 2022″, sublinha o INE, no destaque estatístico. Ora, no segundo trimestre, o salário médio tinha crescido 6,9%, o que significa que entre julho e setembro houve um abrandamento.

Por outro lado, o gabinete de estatísticas detalha que a componente regular — que exclui o subsídio de Natal e de férias e, portanto, é menos sazonal — e a componente base da remuneração média aumentaram 6,2% e 6,6%, situando-se em 1.216 euros e 1.145 euros, respetivamente. E também neste caso, houve uma desaceleração face às variações que tinham sido registadas no segundo trimestre.

Já quanto ao impacto da inflação na carteira dos portugueses, o INE avança que, em termos reais, a remuneração bruta total mensal média cresceu 2,4%, sendo que a componente regular aumentou 2,6% e a componente base subiu 3%.

“Trata-se do quinto mês consecutivo em que são registados aumentos reais nas remunerações desde novembro de 2021“, realça o INE. Ainda assim, em relação ao trimestre terminado em junho de 2023, assistiu-se a uma desaceleração das remunerações reais (de 2,6% para os tais 2,4%).

Quanto à variação entre setores e empregadores de diferentes dimensões, o gabinete de estatísticas dá conta que os maiores aumentos foram observados nas “indústrias extrativas” (9,5%), nas empresas de um a quatro trabalhadores (7,1%), no setor privado (6,3%) e nas empresas de “serviços de mercado com forte intensidade de conhecimento” (9,0%).

Convém explicar que estes resultados abrangem 4,7 milhões de postos de trabalho, correspondentes aos beneficiários da Segurança Social e subscritores da Caixa Geral de Aposentações (CGA).

(Notícia atualizada às 11h45)

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