Agricultores recebem apoio de 40 milhões para comprar 2.500 tratores

Em causa está um investimento superior a 80 milhões de euros para comprar 2.500 tratores, que vai contar com um apoio de 40,4 milhões de euros do PDR2020.

O Ministério da Agricultura anunciou a conclusão da aprovação de candidaturas para a renovação do parque de tratores agrícolas. O investimento que ronda os 80 milhões de euros vai permitir substituir 2.500 tratores, com uma idade média de 38 anos, por equipamentos mais eficientes e seguros.

“Está concluído o processo referente ao apoio a «pequenos investimentos na exploração agrícola: renovação do parque de tratores agrícolas», com a aprovação de mais de 2.500 candidaturas, distribuídas por 54 avisos abertos, os quais abrangeram todo o território continental de Portugal”, sublinha o comunicado do Ministério da Agricultura divulgado esta terça-feira.

Em causa está um investimento superior a 80 milhões de euros para comprar 2.500 tratores que vai contar com um apoio de 40,4 milhões de euros do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) que, em agosto, apresentava uma taxa de execução de 84%.

Segundo o Ministério, estes 54 avisos seguiram um procedimento simplificado e mais autonomizado no que diz respeito ao acesso aos fundos.

“Além de estarmos a falar de mais um passo em direção a um setor mais eficiente e sustentável, este é também um contributo fundamental no combate aos números da sinistralidade que ainda se registam na Agricultura”, disse a ministra da Agricultura, citada em comunicado.

“Estamos ainda perante em contributo efetivo para mitigar os efeitos das sucessivas crises que os agricultores têm enfrentado. Um parque de máquinas mais eficiente representa menos custos de produção e maior proteção dos recursos e do ambiente”, acrescentou Maria do Céu Antunes.

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Pizarro antecipa “muitas dificuldades no SNS até ao final de 2024” e anuncia contratualização com setor social

Há "uma vaga de profissionais que atingem a idade da reforma", o que "causará muitas dificuldades até ao final de 2024", admitiu o ministro da Saúde durante o debate do Orçamento do Estado para 2024.

Apesar das medidas que diz estar a adotar para atribuir médicos de família aos portugueses, o ministro da Saúde alertou esta terça-feira que existe “uma vaga de profissionais que atingem a idade da reforma”, o que “causará muitas dificuldades até final de 2024”. Para colmatar este problema, avançará com a contratualização com o setor social. Manuel Pizarro admite que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “está sob pressão acrescida”.

O ministro da Saúde subiu ao palanque na Assembleia da República, durante o debate sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2024 na generalidade, para falar sobre a situação no SNS, reconhecendo que 1,6 milhões de pessoas ainda não têm médico de família.

Para estas pessoas, destacou medidas como o alargamento da formação de especialistas de medicina geral e familiar, bem como a agilização da contratação e a contratualização com setor social. Mas mesmo assim, destaca que a entrada de vários profissionais na idade da reforma vai trazer dificuldades nesta área até ao final do próximo ano.

Manuel Pizarro assumiu, durante a sua intervenção, que o “SNS está sob pressão acrescida”, enquanto também reconhece “o esforço que tem sido exigido aos profissionais de saúde”.

Entre outras, o governante elencou medidas como a “enorme simplificação da atual estrutura burocrática” com a reforma das unidades locais de saúde, bem como a “recuperação da total autonomia do SNS e instituições”. Refere ainda a “reforma das urgências, que se impõe e não deve ser adiada”.

Numa altura em que a recusa dos médicos em fazerem mais horas extraordinárias além das 150 horas anuais obrigatórias está a provocar constrangimentos em várias urgências hospitalares, apesar de admitir que existem dificuldades, o ministro calcula que os serviços de urgência atendem entre 15 mil a 20 mil cidadãos todos os dias.

Pizarro aponta ainda o reforço do orçamento para a saúde em 2024, sendo que está inscrito no OE que as transferências previstas para o SNS superem a barreira dos 15 mil milhões de euros. Mesmo assim, como o Governo já tem vindo a assumir, a dotação financeira não tem sido suficiente para impedir os problemas no SNS.

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Tecnológica suíça abre 15 vagas de emprego para escritório no Porto

  • Trabalho
  • 31 Outubro 2023

A tecnológica Zühlke está a recrutar 15 trabalhadores para o escritório do Porto, que já conta com 70 trabalhadores. Profissionais vão trabalhar em conjunto com equipas que estão noutras localizações.

A tecnológica Zühlke, que há poucas semanas mudou para um novo escritório no Porto, num investimento de quatro milhões de euros, abriu um total de 15 vagas de emprego para especialistas com conhecimentos em embedded software e web development. As candidaturas podem ser feitas online.

“A consultora especializada em serviços de engenharia de software para projetos internacionais está a desenvolver um novo modelo de trabalho para clientes e projetos com impacto internacional, a partir de Portugal. Neste momento, há 15 oportunidades para especialistas”, informou a empresa, numa nota enviada às redações.

Os profissionais que foram recrutados em Portugal, no âmbito deste processo, vão trabalhar em conjunto com equipas noutras localizações, explica a Zühlke. Entre os benefícios oferecidos, estão a flexibilidade, a semana de quatro dias, o regime híbrido, a formação contínua e “outras compensações flexíveis adaptadas às necessidades individuais“.

A Zühlke conta atualmente com 70 colaboradores em Portugal, que desenvolvem projetos “com impacto internacional em produtos e sistemas, soluções digitais e soluções de dados e inteligência artificial”.

Recentemente, como o ECO noticiou, a tecnológica mudou-se para o emblemático Edifício Tranquilidade, em frente ao Palácio de Cristal, “mais amplo e acessível e com o objetivo de fomentar a inclusão e igualdade de oportunidades para talento na área tecnológica, com expectativa de chegar aos 100 colaboradores até início de 2024″, salienta.

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Grupo Bel de Marco Galinha chega a setembro com lucros de 6,8 milhões de euros

Fundado em 2001, o grupo português detém um total de 88 empresas em seis áreas de negócio, da indústria aos media. Nos primeiros nove meses do ano faturou 400 milhões de euros.

7O Grupo Bel, liderado por Marco Galinha, fechou o terceiro trimestre deste ano com um volume de vendas de 400 milhões de euros e um resultado líquido de 6,8 milhões de euros, com o EBITDA a cifrar-se em 15,8 milhões de euros. As estimativas apontam para uma faturação de 660 milhões e um lucro de nove milhões no próximo ano.

O grupo português, que detém 88 empresas em seis áreas de negócio, conta com um ativo total de 300 milhões de euros e um capital próprio de 110 milhões de euros. Ainda de acordo com os dados oficiais, o nível de solvabilidade é de 57%, enquanto a autonomia financeira situa-se nos 36%.

Marco Galinha

Recentemente, em conjunto com os outros investidores, o grupo adquiriu a Nutriva, empresa da área da alimentação com operação em Vila Nova de Poiares, o que, acrescenta no mesmo comunicado, permitiu a manutenção de 220 postos de trabalho.

Também este ano, o grupo Bel adquiriu o controlo exclusivo da Amaral & Filhos Distribuição, reforçou a área de inovação com a aquisição da Comsoftweb – Sistemas Informáticos e na área da comunicação passou a deter 50,2% da Global Media, dona de marcas como Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF, através de um aumento de capital de 1,5 milhões de euros.

“Desde a sua fundação, o Grupo Bel tem vindo a solidificar a sua presença a nível nacional, expandindo-se, aumentando os seus mercados de atuação e investindo estrategicamente em empresas que permitem diversificar o seu negócio e criar sinergias sustentáveis para as empresas portuguesas que fazem parte do grupo”, descreve no mesmo comunicado.

Fundado em 2001, o grupo detido por Marco Galinha tem presença no mercado nacional e internacional e atua em diversas áreas de negócio, como a indústria, logística, inovação, imobiliário, comunicação e soluções sustentáveis.

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Agricultores do Alentejo defendem que Portugal “não se pode dar ao luxo” de ceder água do Alqueva a Espanha

  • Lusa
  • 31 Outubro 2023

O Ministério do Ambiente indica não ter recebido, "até à data, qualquer pedido" de Espanha sobre a captação de água do Alqueva.

Portugal “não se pode dar ao luxo” de entregar água da albufeira do Alqueva, no Alentejo, aos agricultores espanhóis porque os portugueses também precisam, devido à seca, defendeu esta terça-feira o presidente de uma associação do setor.

Diogo Vasconcelos, que preside à Associação dos Jovens Agricultores do Sul (AJASUL), disse à agência Lusa encarar com preocupação as notícias que dão conta de que o parlamento regional da Andaluzia, em Espanha, aprovou uma “proposta não legislativa”, ou seja, uma recomendação, solicitando água do Alqueva devido à seca.

Essa pretensão de fazer chegar à Andaluzia água do Alqueva, nomeadamente do rio Guadiana a jusante da barragem, também já foi manifestada por agricultores da região espanhola.

Não percebo porque é que havemos de ceder a pouca água armazenada que temos, num dos poucos sítios que temos para a armazenar, aos agricultores espanhóis, quando os portugueses também têm falta de água“, contrapôs Diogo Vasconcelos.

Assinalando que Portugal também enfrenta “um período de seca muito grande”, com “tanta falta de água e de capacidade de armazenamento”, o dirigente associativo considerou que o país “não se pode dar ao luxo” de ceder ou vender a que tem armazenada.

“Espero que não passe apenas de uma notícia”, sublinhou, argumentando que a cedência ou venda aos espanhóis “não vai resolver o problema de falta de água no país, mas agravá-lo”.

Em Portugal, os efeitos das alterações climáticas “são reais”, ou seja, “chove menos e menos vezes”, pelo que fazem falta “transvazes, barragens e uma série de investimentos para enfrentar” as secas.

Considerando que “os espanhóis instalaram mais regadio do que aquilo que podiam regar”, o presidente da AJASUL realçou que os agricultores do país vizinho, tal como os portugueses, deparam-se com “a falta de capacidade de armazenamento”.

Diogo Vasconcelos acrescentou que a eventual entrega de água do Alqueva aos agricultores espanhóis é também “uma questão de defesa nacional”, pois, perante uma possível “falta de água grave no Alentejo, a única solução é o Alqueva”.

“A barragem do Monte Novo, que abastece Évora, é fornecida por Alqueva e, se não houvesse Alqueva, não havia água em Évora com anos como estes“, exemplificou.

Contactado pela Lusa, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) respondeu, através de correio eletrónico, não ter recebido, “até à data, qualquer pedido” de Espanha sobre a captação de água do Alqueva.

“Portugal tem em curso com Espanha uma negociação para a definição do regime de caudais na secção de Pomarão no rio Guadiana”, isto é, a jusante da barragem e no troço do rio no concelho de Mértola, distrito de Beja.

O presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, indicou à Lusa, no dia 16 deste mês, que a albufeira alentejana tem água suficiente para entregar aos vizinhos espanhóis, mas avisou que “a manta é curta” e a que for transferida já não volta.

“A água não se multiplica. Se for para um lado, há menos garantia de que fica para servir clientes no futuro. A manta é curta. Ou tapa os pés ou a cabeça”, afirmou, então, o responsável.

O parlamento da Andaluzia aprovou uma proposta para a transferência dos direitos da água dos utentes do Alqueva para os utentes da bacia hidrográfica Tinto-Odiel-Piedras e Chanza, no âmbito da cooperação entre Portugal e Espanha, devido à situação de seca extrema que enfrenta o setor agrícola na zona de Huelva, noticiou o jornal Público, em meados deste mês.

A AJASUL, com sede em Évora e polos em Reguengos de Monsaraz e Portel, tem cerca de 1.000 associados, quase todos no distrito de Évora.

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43 municípios já aceitaram gerir património cultural classificado. Mêda fica com Castelo de Marialva

Castelo de Marialva vai passar a ser gerido pela Câmara Municipal de Mêda, no âmbito do processo de transferência de competências para os municípios na área da cultura.

Num total de 56 municípios abrangidos, 43 já aceitaram fazer a gestão de património classificado, no âmbito do processo de transferência de competências para as autarquias na área da cultura, avançou o Ministério da Coesão Territorial esta terça-feira. De Abrantes à Vidigueira conheça os municípios que aceitaram gerir património cultural.

O Governo reforça que o processo de descentralização “é uma reforma que visa uma melhor gestão do território, com vantagens para as autarquias e para a vida dos cidadãos, beneficiados com a proximidade do processo de decisão”.

No âmbito do processo de transferência de competências, o Castelo de Marialva passa a ser gerido pela Câmara Municipal de Mêda. Assume a gestão, conservação e valorização do imóvel e passa a assegurar todas as atividades que envolvam o Castelo de Marialva, garantindo as condições de funcionamento e segurança.

Conheça os 43 municípios que aceitaram gerir o património cultural classificado:

  1. Abrantes
  2. Alandroal
  3. Albufeira
  4. Aljezur
  5. Almodôvar
  6. Aveiro
  7. Barcelos
  8. Belmonte
  9. Borba
  10. Campo Maior
  11. Castelo Branco
  12. Celorico da Beira
  13. Celorico de Basto
  14. Elvas
  15. Estremoz
  16. Gavião
  17. Idanha-a-Nova
  18. Leiria
  19. Lisboa
  20. Loulé
  21. Marco de Canaveses
  22. Mêda
  23. Mesão Frio
  24. Miranda do Douro
  25. Mogadouro
  26. Montalegre
  27. Montemor-o-Novo
  28. Montemor-o-Velho
  29. Moura
  30. Nisa
  31. Ourique
  32. Penacova
  33. Penela
  34. Portalegre
  35. Portimão
  36. Porto de Mós
  37. Sabugal
  38. Santa Maria da Feira
  39. Santarém
  40. Setúbal
  41. Torres Novas
  42. Trancoso
  43. Vidigueira

O auto relativo ao Castelo de Marialva foi assinado pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e pelo presidente da Câmara de Mêda, João Mourato.

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Conferência sobre o Regime do CINM

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  • 31 Outubro 2023

Controverso e pertinente. É possível reunir num tema estas características aparentemente divergentes e contraditórias? Sim, se o assunto for o Regime do Centro Internacional de Negócios da Madeira.

Partilhar perspetivas sobre um regime fiscal privilegiado e com características muito próprias foi o desafio promovido pela Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), em colaboração com o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) e a Associação Empresarial de Braga (AEB), a 22 de março de 2023. O local escolhido para a conferência foi a representação da OCC, na Quinta do Pinheiro, em Braga.

A bastonária Paula Franco defendeu que se deve “incentivar a manutenção destes regimes, de modo a atrair investimento em zonas com características muito particulares”, tendo considerado o presente ano como “muito decisivo” devido às negociações atualmente em curso sobre o CINM na União Europeia (UE).

Rui Marques, o diretor-geral da AEB, qualificou o RCNIM como um “instrumento de enorme sucesso” e cuja divulgação deve ser promovida junta de contabilistas certificados e dos empresários, como forma de “reforçar os processos de expansão e internacionalização”.

Para os que ainda insistem em olhar este regime com desconfiança, João Trigo Morais, advogado e diretor em Lisboa e Porto da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM), respondeu sem rodeios: “O CINM não é nem nunca foi considerado um ´paraíso fiscal´. Está autorizado como regime de auxílio de Estado na União Europeia, sendo um regime fiscal preferencial para a internacionalização das empresas, através de taxas e tributações reduzidas, e transparente, cumprindo com todos os critérios da OCDE relativos à troca de informações”.

Francisco Gonçalves Gomes, diretor da sociedade de management, “Madeira Fidúcia”, enunciou as “vantagens fiscais” para os empresários decidirem mudar a sua atividade para a região insular madeirense. “Há várias, mas a mais importante é o IRC, para além de diversas isenções até 2027”, referiu.

Por seu turno, João A.F. Pedro, contabilista certificado e licenciado em Direito, afirmou que “quem prestar falsas declarações para efeitos do RCBE, para além de responsabilidade criminal em que incorre, nos termos do artigo 348.º do Código Penal, responde civilmente pelos danos a que der causa”.

Com o novo regime de prevenção de branqueamento de capitais, o contabilista certificado passa a ser uma das entidades obrigadas a “comunicar inexatidões ou desconformidades”. À semelhança dos seus companheiros de painel, José Pedro procurou retirar o estigma associado à Zona Franca da Madeira (ZFM): “Quando pensamos em ZFM, ficamos logo de pé atrás. Mas se não houver subterfúgios e existir transparência, certamente que são grandes apoios que podemos e devemos aproveitar”, declarou.

A densidade dos argumentos trocados e o ultrapassar do horário previsto poderia adivinhar o fim da conferência. Puro engano. Seguiu-se uma hora de perguntas da assistência e longas respostas dos protagonistas no palco. E não faltaram as questões práticas sobre os procedimentos a seguir para a instalação de empresas na ZFM, nomeadamente o processo de constituição de uma sociedade, a logística e burocracia associadas, bem como o apoio fiscal e administrativo.

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Glovo vai apoiar scaleups na fábrica de unicórnios de Lisboa

Com este acordo, que vinha a ser negociado desde janeiro, a unicórnio de origem espanhola vai prestar mentoria e apoiar o desenvolvimento de projetos-pilotos nas áreas e mercados em que atua.

A Glovo é o novo parceiro corporativo do programa Scaling Up da Unicorn Factory Lisboa, confirmou o ECO junto da empresa de entregas. Com o fecho deste acordo, que vinha a ser negociado há largos meses, a unicórnio espanhola vai prestar apoio ao nível de mentoria e desenvolvimento de projetos-pilotos nas áreas e mercados em que atua.

“A colaboração da Glovo com a Unicorn Factory Lisboa permitirá apoiar o processo de crescimento das scaleups que integram o programa e, consequentemente, o ecossistema empreendedor. Sendo um unicórnio, a Glovo identifica-se com o percurso difícil que é levar uma empresa a um estágio de unicórnio, e tem muito para partilhar com quem quer fazer o mesmo caminho. O percurso dos empreendedores requer coragem para traduzir ideias em ações” justifica Pedro Sobral , general manager da Glovo Portugal, em declarações ao ECO.

Desde janeiro, altura em que a Glovo abriu o novo escritório em Lisboa, que vinha a ser negociada a parceria entre a plataforma de entregas ao domicílio e a fábrica de unicórnios. A companhia junta-se aos 35 parceiros empresariais e mais de 30 fundos de investimento parceiros deste projeto, que visa criar condições para o crescimento e internacionalização das startups instaladas na cidade, através dos programas de Scaling Up e Soft Landing.

O programa de Scaling Up — ao qual a Glovo vai prestar assessoria — já vai na segunda edição e conta com 16 scaleups participantes até à data, 13 nacionais e três internacionais, totalizando 76 milhões de euros levantados.

Como parceiro corporativo, a Glovo vai dar apoio para aperfeiçoar produtos e serviços das scaleups nas suas áreas de atuação, colaborar com a sua rede de colaboradores e contactos para apoiar o crescimento das scaleups através de mentoria em áreas críticas para o desenvolvimento do seu modelo de negócio e expansão.

Na área de empreendedorismo, a Glovo lançou ainda o Glovo House, que ajuda a acelerar ideias e negócios criados por alumni Glovo.

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Ampliação de 21 milhões em fábrica de armas cria mais 50 empregos em Viana do Castelo

  • Lusa
  • 31 Outubro 2023

A Browning Viana, detida grupo belga FN Herstal, investiu 21 milhões de euros para ampliar aquela que é a maior fábrica de Armas em Portugal, que emprega mais de 500 pessoas e fatura 80 milhões.

A Browning, fábrica de armas instalada há 50 anos em Viana do Castelo, concluiu a ampliação da unidade em São Romão do Neiva, orçada em 21 milhões de euros, que criou 50 novos empregos.

Na resposta escrita a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, fonte do grupo belga FN Herstal, que detém a Browning Viana, adiantou que “desde o início do projeto de ampliação, em 2022, foram criados cerca de 50 novos postos de trabalho”.

De acordo com o site oficial da Browing Viana na Internet, a empresa emprega mais de 500 trabalhadores. A fábrica, responsável pela produção das armas Browning e Winchester, passou a ocupar “uma área total de 30 mil metros quadrados”.

Trata-se da maior fábrica de armas em Portugal, estando autorizada pela PSP a produzir até 150 mil unidades por ano.​​​​​​​ No final da semana passada, o secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio, esteve na capital do Alto Minho para as comemorações dos 50 anos da empresa.

Luís Nobre, presidente da Câmara de Viana do Castelo, e Pedro Cilínio, secretário de Estado da Economia

A ampliação da unidade fabril vem permitir o “incremento do conteúdo digital de suporte à atividade, a produção de componentes de maior valor acrescentado, o tratamento de superfície de acordo com as determinações do REACH [regulamento da União Europeia para melhorar a proteção da saúde humana e do ambiente face aos riscos que podem resultar dos produtos químicos] e melhorar as condições de trabalho”.

A ampliação da fábrica de armas de caça e desporto, instalada na zona industrial de Neiva, desde abril de 1973, visou a “expansão da área coberta para produção e armazenamento de materiais, novas tecnologias, aumento da capacidade e maior valor acrescentado através da internalização de conteúdo externo”.

O investimento na ampliação das instalações, orçado em 21 milhões de euros, “foi financiado, em 1,5 milhões de euros, por fundos comunitários”. Em março de 2022, a Câmara de Viana do Castelo aprovou por unanimidade o reconhecimento de interesse municipal daquele investimento.

A Browing produz carabinas e espingardas de caça, sendo que “70% da produção se destina ao mercado americano”.

A empresa estima fechar o ano de 2023 com “um volume de negócios de 80 milhões de euros”, prevendo para 2024 um aumento da faturação de oito milhões de euros.

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PayPal entrega planeamento de media a nível global ao GroupM

Segundo estimativas da COMvergence, a PayPal gasta anualmente 130 milhões de dólares (cerca de 122,7 milhões de euros) em media.

O GroupM foi o escolhido pelo PayPal, sistema de pagamento online, para gerir, planear e comprar o seu investimento em media a nível global. O processo de decisão durou mais de um ano.

Antes, esta responsabilidade estava entregue, a nível europeu, maioritariamente à Havas, enquanto a Media.Monks, iProspect (da Dentsu) e Spark Foundry (da Publicis Groupe) trabalhavam as restantes partes do negócio, segundo a More About Advertising.

“Juntos, vamos unir esforços para fazer o PayPal crescer de um líder em pagamentos online para reinventar as várias formas com que o PayPal vai capacitar os nossos clientes a prosperar na economia global”, diz Leanne Sheraton, diretora de marketing do PayPal, citada pela Ad Age.

Sheraton adianta ainda que o PayPal conta com mais de 431 milhões de contas ativas a nível global e que as necessidades e os comportamentos destes consumidores “estão a mudar muito rapidamente”, disse Sheraton.

Segundo estimativas da COMvergence, divulgadas pela Media Post, a PayPal gasta anualmente 130 milhões de dólares (cerca de 122,7 milhões de euros) em media.

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Portugal capta financiamento de 146 milhões para reserva estratégica de medicamentos

Comissão Europeia aprovou a candidatura portuguesa que visa melhorar as reservas estratégicas de medicamentos e de material médico no país. Financiamento supera os 146 milhões de euros.

Bruxelas aprovou a candidatura de Portugal a um projeto que tem como objetivo melhorar “as condições do país na criação de uma reserva estratégica de medicamentos e equipamentos médicos”, adianta o Ministério da Saúde. Financiamento supera os 146 milhões de euros.

“A candidatura portuguesa foi aprovada pela Comissão Europeia após um processo de submissão e avaliação que se iniciou em maio do corrente ano e terá um financiamento superior a 146 milhões de euros“, revela a tutela liderada por Manuel Pizarro, acrescentando que o projeto “tem um prazo de 33 meses”.

Em causa está uma candidatura conjunta de várias entidades ligadas ao setor da saúde, nomeadamente DGS, INEM, Infarmed, INSA, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais e o Laboratório Nacional do Medicamento, tendo em vista melhorar as reservas estratégicas de medicamentos e material médico de Portugal.

Desde 2020, a Comissão Europeia, conjuntamente com os Estados-Membros, criou 11 reservas estratégicas de medicamentos e material médico em 10 países. “Esses stocks fornecem uma capacidade estratégica para responder às ameaças sanitárias transfronteiriças”, aponta o Ministério da Saúde.

Este ano, para facilitar o acesso de medicamentos e evitar ruturas de stock, o Governo avançou com “um aumento controlado” dos remédios mais baratos e o Infarmed tem também uma lista relativa aos medicamentos cuja exportação está temporariamente suspensa e que é atualizada periodicamente. Foi ainda criada uma lista para os medicamentos críticos, que podem ser alvo de medidas específicas para garantir acesso e manutenção no mercado nacional.

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14% dos alojamentos turísticos estiveram fechados ou sem hóspedes em setembro

Turismo português registou quase 8,2 milhões de dormidas em setembro, das quais 2,3 milhões provenientes do mercado interno e 5,9 milhões do mercado externo.

O turismo português continuou a crescer em setembro, quer face ao período homólogo, quer na comparação em cadeia. Ainda assim, segundo a estimativa rápida divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, 14% dos estabelecimentos turísticos estiveram fechados ou não receberam hóspedes no último mês do verão.

No mês passado, Portugal acolheu um total de 3,2 milhões de hóspedes e registou 8,2 milhões de dormidas, adianta o gabinete de estatísticas, salientando que se trata de um crescimento de 9% e 6,7%, respetivamente, face a período homólogo. Já face a agosto deste ano, o número de hóspedes e de dormidas aumentou 5% e 1,8%, respetivamente.

A impulsionar o turismo português estiveram, sobretudo, os turistas estrangeiros. Das 8,2 milhões de dormidas, registadas nesse mês, 5,9 milhões foram de turistas estrangeiros — representa um aumento de 11,3% face a igual período de 2022 –, enquanto os turistas nacionais contribuíram com 2,3 milhões de dormidas (-3,3% em termos homólogos).

Ainda assim, “em setembro, 14% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (10,4% em agosto)”, assinala o INE no mesmo documento.

Quanto aos principais mercados emissores, Estados Unidos e Canadá voltam a registar os maiores crescimentos, com aumentos de 23,7% e 33,7%, respetivamente, face ao período homólogo. Em contrapartida, os mercados sueco e finlandês foram os únicos a registarem decréscimos, tendo recuado 11,2% e 9,4%, face a setembro de 2022.

Os dados do INE revelam ainda que todas as regiões registaram aumentos de dormidas, sendo que o Algarve continuou a concentrar a preferência dos turistas (29,2%), seguida pela Área Metropolitana de Lisboa (24,1%) e pelo Norte do país (17,2%).

Já no acumulado do ano, isto é, entre janeiro e setembro, houve um aumento de 3,2% nas dormidas em alojamentos turísticos em Portugal (-4,4% nos residentes e +7,2% nos não residentes).

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