Perto de 85.000 condutores beneficiaram do perdão de penas das infrações rodoviárias no âmbito da JMJ

  • Lusa
  • 23 Outubro 2023

Perto de 85.000 condutores beneficiaram até ao momento do perdão de penas e amnistia das infrações rodoviárias aprovadas no âmbito da Jornada Mundial da juventude, revelou à Lusa a ANSR.

Perto de 85.000 condutores beneficiaram até ao momento do perdão de penas e amnistia das infrações rodoviárias aprovadas no âmbito da Jornada Mundial da juventude (JMJ), revelou esta segunda-feira à Lusa a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Numa resposta escrita, a ANSR precisa que, até data, foram 84.547 os condutores que beneficiaram do perdão relativo às sanções acessórias das contraordenações com coima máxima aplicável até 1.000 euros.

Segundo a ANSR, são perdoadas as sanções acessórias (inibição de conduzir e apreensão de veículo) das infrações rodoviárias relacionadas com contraordenações rodoviárias graves e muito graves, tais como a inibição de conduzir e a apreensão do veículo.

Os condutores abrangidos por esta lei da amnistia e perdão de penas aprovada no âmbito da JMJ “não ficam isentos do pagamento da coima, o qual deve ocorrer sempre e no prazo estabelecido, nem isenta o registo da infração no Registo de Infrações do Condutores (RIC) nem a perda de pontos, a qual se continua a registar”.

A lei da amnistia, que entrou em vigor no dia 1 de setembro, estabelece que o perdão das sanções acessórias aplica-se independentemente da idade do infrator, desde que as respetivas contraordenações graves e muito graves tenham sido praticadas até às 00h00 de 19 de junho de 2023 e o valor máximo da coima aplicável não seja superior a 1.000 euros.

Fonte da ANSR indicou à Lusa que a maioria dos condutores beneficiou da amnistia relacionada com a sanção acessória de inibição de conduzir.

As contraordenações graves e muito graves praticadas sob influência de álcool ou de estupefacientes, substâncias psicotrópicas, utilização do telemóvel, por terem limites máximos de coima superiores a 1.000 euros, ficam fora do perdão, bem como os crimes de condução perigosa de veículo rodoviário e de condução de veículo em estado de embriaguez ou sob a influência de estupefacientes ou substâncias psicotrópicas e infratores reincidentes.

A lei estabelece ainda o perdão de penas e amnistia de crimes e infrações praticadas por jovens entre 16 e 30 anos, determinando-se um perdão de um ano para todas as penas até oito anos de prisão, além de um regime de amnistia para as infrações penais cuja pena não seja superior a um ano de prisão ou 120 dias de pena de multa.

A lei compreende exceções ao perdão e amnistia, não beneficiando, nomeadamente, quem tiver praticado crimes de homicídio, infanticídio, violência doméstica, maus-tratos, ofensa à integridade de física grave, mutilação genital feminina, ofensa à integridade física qualificada, casamento forçado, sequestro, contra a liberdade e autodeterminação sexual, extorsão, discriminação e incitamento ao ódio e à violência, tráfico de influência, branqueamento ou corrupção.

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Centeno avisa que falta “medir o esforço” do combate às alterações climáticas. Mortágua duvida da eficácia dos “ataques” dos ativistas

  • Lusa
  • 23 Outubro 2023

"Temos feito um enorme esforço em tornarmo-nos muito mais amigos do ambiente mas precisamos de medir esse esforço, o progresso que esse esforço dá”, adverte o governador do Banco de Portugal.

O governador do Banco de Portugal disse esta segunda-feira que é preciso recolher mais dados e fazer mais análise sobre o combate às alterações climáticas, considerando que medir esse esforço é fundamental para evitar a frustração das pessoas.

Na conferência do Banco de Portugal ‘Liga-te aos dados’ para assinalar o Dia Europeu da Estatística, dirigida a estudantes e transmitida no canal do banco central no Youtube, Mário Centeno destacou a importância da recolha e análise de dados na economia e sociedade atual e, questionado sobre em que área devia ser feito mais esforço, considerou que é preciso mais trabalho na recolha, análise e divulgação de dados relativamente ao combate às alterações climáticas.

“Temos feito um enorme esforço em tornarmo-nos muito mais amigos do ambiente mas precisamos de medir esse esforço, o progresso que esse esforço dá”, afirmou na sua intervenção, considerando que ter esse conhecimento “é essencial para não gerar frustração nas pessoas” que podem sentir que nada é feito neste tema por desconhecimento dos dados.

Temos feito um enorme esforço em tornarmo-nos muito mais amigos do ambiente, mas precisamos de medir esse esforço, o progresso que esse esforço dá.

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

Para Centeno, no combate às alterações climáticas, é assim preciso recolher mais dados, analisar informação e divulgá-la e os bancos centrais são fundamentais nesse papel, porque têm “mais tempo, recursos e qualificações”. Centeno vincou que a vantagem do banco central é precisamente o mais tempo que pode tomar nesse trabalho de fundo e comparou com quando foi titular das pastas das Finanças de Governos PS de António Costa.

“No tempo em que fui ministro das Finanças tinha receio ao subir a escadaria do Ministério das Finanças que, quando chegasse ao meu gabinete, um assunto já tivesse passado o prazo para ser resolvido”, afirmou, destacando “o ritmo completamente diferente” do Banco de Portugal e como este tem o dever de “entregar à comunidade o resultado do trabalho” que faz todos os dias. “É um trabalho de elevadíssima qualidade e que tem de ser escrutinado a todo o momento”, disse.

Na mesma conferência, o economista João César das Neves, professor da Universidade Católica, considerou que os dados “são muito perigosos” e que é fácil “fazer aldrabices” com a manipulação dos dados ou até falsificando dados. Deu o exemplo de Thomas Malthus que, no século XIX, previu um crescimento catastrófico da população humana com base em dados falsos.

César das Neves disse ainda que, quando o Governo divulga a proposta do Orçamento do Estado, como aconteceu este mês, se fecha em casa durante cinco horas e todos os anos faz as mesmas contas e que com isso faz análises diferentes das de outros intervenientes da opinião pública porque, afirmou, não vai atrás dos dados de que se fala no momento.

Para o professor catedrático, apesar de se falar tanto em dados, em verdade “ninguém quer dados, o que quer é sabedoria” e recordou a pirâmide do conhecimento, em que na base estão os dados, depois a informação, depois o conhecimento e no topo a sabedoria. “Os dados são a matéria-prima, dados há muitos, toneladas de dados, mas a maior parte daquilo é lixo”, afirmou.

Segundo César das Neves, quando começou a carreira a única fonte que usava era o Banco de Portugal, porque tinha qualidade muito superior à do Ministério das Finanças ou do Instituto Nacional de Estatística e que, desde então, todas essas entidades fizeram um caminho muito importante e que hoje em Portugal “a qualidade técnica [dos dados das instituições públicas] é boa, os dados são sólidos”.

Mesmo a informação do Orçamento do Estado, disse, há uns anos “era uma aldrabice” e “melhorou muito”, a que ajudou a criação de entidades como Conselho das Finanças Públicas (CFP) e Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Contudo, o economista aproveitou a conferência para deixar uma crítica ao Banco de Portugal, considerando que a “qualidade dos dados aumentou espantosamente, o conhecimento aumentou”, mas que a informação prestada por este se tem reduzido. Há uns anos, disse, quando queria sugerir publicações para compreender a economia portuguesa sugeria o Boletim Estatístico, a Síntese Mensal da Conjuntura e outras publicações no Boletim Anual, e que hoje o Banco de Portugal tem milhares de séries no BPstat mas “desistiu de fazer a seleção dos dados”.

“Sinto esta falta e não quis deixar de dizer isto”, afirmou João César das Neves, acrescentando que no futuro deverá aparecer junto aos dados o que hoje aparece nos rótulos das bebidas alcoólicas “Beber com moderação”.

Mortágua duvida da eficácia dos “ataques” dos ativistas climáticos

Também esta segunda-feira, a coordenadora do Bloco de Esquerda disse ter “grandes dúvidas” que os ataques com tinta dos ativistas climáticos a ministros contribuam para criar um “grande movimento” que leve as questões sobre o clima para o centro do debate público.

À margem de uma sessão sobre habitação em Braga, Mariana Mortágua sublinhou que a “emergência climática existe e é mesmo uma emergência” e que é necessário chamar a atenção “para um assunto tão importante e que vai mexer tanto” com as vidas de todos.

“O mundo precisa de um grande movimento transformador, como aquele que foi há uns anos criado em torno da figura de Greta Thunberg (…). A questão que se coloca é se este tipo de ações contribui ou não contribui para criar esse grande movimento transformador, esse grande movimento social que traz estas questões para o centro do debate público. Eu tenho grandes dúvidas que contribua para este tipo de atitude”, acrescentou.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, foi atacado na sexta-feira com tinta verde por uma ativista ambiental, durante uma aula aberta no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Anteriormente, o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, tinha sido alvo de uma ação idêntica.

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Bruxelas aprova aquisição de 47,5% do grupo Net-A-Porter pela Farfetch

  • Lusa
  • 23 Outubro 2023

A Comissão Europeia aprovou venda à Farfetch de 47,5% da plataforma de retalho de luxo Net-A-Porter, considerando que a operação não afeta a concorrência no mercado de retalho de luxo.

“A Comissão Europeia aprovou, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a aquisição do controlo conjunto do Yoox Net-A-Porter Group, de Itália, pela Compagnie Financière Richemont, da Suíça, e pela Farfetch Limited, do Reino Unido”, anuncia o executivo comunitário em comunicado.

De acordo com Bruxelas, a operação “não suscita preocupações em matéria de concorrência, dado o seu impacto limitado sobre a concorrência nos mercados em que as empresas operam”, daí o aval ao abrigo.

A operação foi divulgada em agosto de 2022 pela Farfetch e pela Richemont, que tem até agora o controlo total da Yoox Net-A-Porter Group, uma plataforma de retalho de luxo com lojas multimarcas como a Net-A-Porter e a Mr Porter. A Richemont detém ainda marcas como a Cartier e a Montblanc.

A YNAP, que gere o grupo Yoox Net-A-Porter Group, tem uma base de clientes que ultrapassa os quatro milhões de clientes e operações nos Estados Unidos, Europa, Médio Oriente, Japão, China continental e Hong Kong, fazendo entregas em mais de 180 locais em todo o mundo.

Aquando do anúncio da operação ao mercado, há um ano, era indicado que a venda da participação de 47,5% do grupo à Farfetch seria feita em troca de 53 a 58,5 milhões de ações classe A da empresa luso-britânica.

A plataforma de venda de produtos de luxo Farfetch registou, no segundo trimestre deste ano, prejuízos de 258 milhões de euros (281,3 milhões de dólares), face aos lucros de 62 milhões de euros (67,6 milhões de dólares) do período homólogo.

As receitas da empresa liderada pelo português José Neves caíram para 526 milhões de euros (572 milhões de dólares, face a 579 milhões no período homólogo) e o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) ajustado do grupo piorou para 28 milhões de

Para o resto do ano, a Farfetch espera um crescimento das receitas, para cerca de 2,5 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros).

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Escolas e centros de saúde encerrados. Frente Comum prevê “grande adesão à greve” da Função Pública

Hospitais em serviços mínimos, centros de saúde e estabelecimentos de ensino fechados. Federação sindical antevê uma elevada participação dos funcionários públicos no protesto do dia 27.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum) antevê uma “grande adesão à greve” nacional da Função Pública, marcada para esta sexta-feira, dia 27, véspera da discussão de votação na generalidade do Orçamento do Estado para 2024, afirmou esta segunda-feira o coordenador da federação sindical, Sebastião Santana.

“A informação que a Frente Comum tem recolhido junto dos associados mostra que haverá uma elevada participação dos trabalhadores”, reforçou Sebastião Santana, sublinhando que a federação sindical deverá representar quase metade dos 745 mil trabalhadores do Estado.

“Estarão encerrados centros de saúde, escolas, lojas do cidadão, tudo o que sejam serviços centrais do Estado. Não haverá recolha de resíduos e os hospitais estarão a funcionar em serviços mínimos“, exemplificou o líder da federação sindica, afeta à CGTP. De recordar que a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) também ser irá juntar à paralisação de 24 horas.

A Frente Comum convocou esta greve em protesto contra a proposta “miserabilista” do Governo de uma subida salarial de 52,63 euros, num mínimo de 3% a partir dos 1.807 euros, como classificou Sebastião Santana. De salientar que a federação sindical defende um aumento de 15% com um mínimo de 150 euros por trabalhador, o que contrasta com a proposta do Executivo de 52,63 euros por trabalhador.

A greve foi convocada com “a questão salarial à cabeça”, uma vez que os trabalhadores não entendem a distância entre o que o Governo oferece e o que poderia oferecer”. “Só com aumentos salariais de 52 euros ou 3%, a proposta do Orçamento do Estado para 2024 apenas prevê gastar 847 milhões de euros”, destaca Santana. “São valores miseráveis”, atirou.

Para além disso, o líder da Frente Comum critica o parco investimento na Administração Pública comparativamente com a despesa para contratação de serviços externos. “Este ano, o Governo gastou 13 mil milhões de euros com a aquisição de serviços externos e, no Orçamento para 2024, esse valor vai subir 1.100 milhões de euros para mais de 14 mil milhões de euros”, frisou.

Frente Comum propõe sistema de progressão mais rápido com apenas quatro pontos

O protesto nacional do dia 27 de outubro também visa o atual sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP) que, nas palavras de Sebastião Santana, apenas “promove a estagnação salarial e a degradação dos serviços públicos”.

“É um sistema que tem quotas, que impede a progressão dos trabalhadores”, reforça o coordenador da Frente Comum. Por isso, e enquanto o SIADAP não é revogado, a federação sindical apresentou uma proposta de alteração, que já foi enviada esta segunda-feira ao Governo. Note-se que é a primeira vez que esta estrutura sindical apresenta sugestões de correção ao diploma negocial que está em cima da mesa.

Assim, “a Frente Comum apresenta, até à revogação do SIADAP, a correção de aspetos que são injustos”: “a eliminação das quotas de avaliação; a progressão com quatro pontos, garantindo que em todas as carreiras é possível atingir o topo, no máximo, aos 40 anos; e a definição de prazos objetivos e não indicativos para os avaliadores”, detalhou Sebastião Santana.

O dirigente sindical explicou que, neste momento, apenas os avaliados têm de cumprir os prazos do SIADAP, caso contrário são prejudicados, enquanto, para os avaliadores, as datas são indicativas. Por isso é que “há trabalhadores que ainda aguardam a avaliação do biénio anterior, de 2021/2022, e que já deveriam ter progredido em janeiro”, denunciou o dirigente.

“A Frente Comum não faz esta proposta de ânimo leve. O nosso objetivo é revogar o SIADAP, mas, na mesa negocial, queremos corrigir as insuficiências e melhorar este sistema de avaliação. Este é mais um elemento pelo qual os trabalhadores vão estar a lutar na greve nacional do dia 27”, assinalou.

As negociações para a revisão do SIADAP deverão ser retomadas este mês. Em julho, o Governo entregou aos sindicatos da Função Pública – Frente Comum, FESAP e STE – uma proposta que prevê a passagem do sistema avaliativo de bianual para anual, a possibilidade de progredir mais rapidamente com oito pontos, em vez dos atuais 10, e a criação da nota de “bom”, que dá 1,5 pontos.

Cerca de 65% dos trabalhadores do Estado, o que corresponde a 484 mil funcionários, vão poder progredir mais rápido e, assim, obter uma maior valorização salarial, a partir de 2026, primeiro ano em que produzirá efeitos o novo SIADAP, adiantou, na altura, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Haverá uma redistribuição das quotas, isto é, da percentagem de trabalhadores que podem ganhar pontos. Neste momento, 75% dos trabalhadores podem ser classificados como adequados, o que dá 1 ponto, 25% estão elegíveis para receber a nota de relevante (2 pontos) e 5% podem ter excelente (3 pontos). No novo regime, metade dos funcionários podem obter a classificação de “adequado” que passa a designar-se de “regular” (1 ponto). Porém, um quarto dos trabalhadores (25%) vão poder ter “bom”, uma nova nota intermédia, e que atribui 1,5 pontos, mais elevada em 0,5 pontos face à nota anterior de adequado ou regular (1 ponto). Os níveis mais altos mantêm-se, mudando apenas a nomenclatura de “relevante” para “muito bom” (2 pontos). O “excelente” mantém a designação e os 3 pontos.

Por outro lado, a nota “inadequado”, que subtraía um ponto ao acumulado pelos trabalhadores, deixa de ter impacto negativo, porque passa a valer zero, ainda assim dá direito à abertura de um processo disciplinar.

(Notícia atualizada às 13h16)

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Guimarães terá Escola Superior de Hotelaria e Turismo em final de 2025

A empreitada da futura Escola Superior de Hotelaria e Turismo, na Quinta do Costeado, vai custar 15,5 milhões de euros. Estará concluída em outubro de 2025.

A futura Escola-Hotel do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), em Guimarães, deverá nascer em outubro de 2025 depois da reabilitação de três edifícios da Quinta do Costeado, envolvendo um investimento de 15,5 milhões de euros, avançou em comunicado a autarquia vimaranense liderada pelo autarca Domingos Bragança.

“O início da execução desta obra representa um marco significativo para Guimarães e para a afirmação do território como referência na formação em hotelaria e turismo, com um projeto que não só preserva o património histórico, mas também oferece um ambiente académico em meio a uma beleza simultaneamente natural e urbana única”, destaca o município na mesma nota.

As obras já arrancaram e contemplam a transformação da Casa do Costeado (edifício A), as cavalarias/celeiro (edifício B) e uma construção anexa (edifício C) num hotel académico. Será ainda construído um novo edifício para a instalação da Escola Superior de Hotelaria e Turismo.

O início da execução desta obra representa um marco significativo para Guimarães e para a afirmação do território como referência na formação em hotelaria e turismo.

Câmara Municipal de Guimarães

Projetada pela WorkBook e adjudicada ao Agrupamento Costeira – Engenharia e Construção, S.A. e NVE Engenharias, S.A, a intervenção tem um prazo de conclusão de 730 dias.

Os jardins da quinta servirão como elo entre os edifícios. Serão criadas duas zonas exteriores distintas para cada edifício — hotel/restaurante (edifício ABC) e escola de hotelaria (edifício F) –, com acessos independentes.

“Uma das características que se associa de imediato à identidade do lugar são os seus jardins, inseridos numa unidade de paisagem urbana, mas também de cariz agrícola em diálogo direto com a imensa e vasta unidade agrícola da veiga de Creixomil”, descreve o município de Guimarães.

Ainda segundo a autarquia, o espaço da Quinta do Costeado “é detentor de uma diversidade de espécies muito variada de diferentes portes, que incluem espécies centenárias, criando um ambiente único e revelador de vários séculos de existência“.

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Banco Montepio no mercado para emitir 250 milhões em dívida a três anos

O banco liderado por Pedro Leitão quer emitir dívida sénior preferencial. Oferta dedicada a investidores institucionais deve custar taxa de cerca de 10%, segundo a Bloomberg.

O Banco Montepio está no mercado de investidores institucionais para emitir pelo menos 250 milhões de euros em dívida sénior preferencial a três anos, noticiou a Bloomberg.

A agência cita uma fonte conhecedora do processo e adianta que o banco liderado por Pedro Leitão deverá pagar uma taxa de juro de cerca de 10% para as obrigações que têm maturidade em 30 de outubro de 2026.

É provável que o preço final da emissão fique estabelecido ainda esta segunda-feira, adianta a agência.

A Bloomberg acrescenta que os operadores de mercados da emissão são o Crédit Agricole CIB, o Santander, o NatWest Markets e o JP Morgan.

 

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Empresa de energia offshore está a recrutar 80 trabalhadores até ao final do ano

Das finanças à engenharia, a SBM Offshore tem 80 vagas de emprego abertas para os seus escritórios do Porto. Multinacional holandesa chegou a essa cidade em 2022 e quer agora aumentar a equipa.

A multinacional SBM Offshore, que se dedica à instalação e operação de soluções flutuantes para energia offshore em águas profundas, está a recrutar 80 colaboradores para os seus escritórios do Porto. Há vagas disponíveis nas áreas da engenharia, finanças, tecnologias de informação e recursos humanos.

“A SBM Offshore, líder mundial na conceção, construção, instalação e operação de soluções flutuantes para energia offshore em águas profundas, pretende recrutar para os escritórios do Porto 80 colaboradores até ao final do ano“, indica esta segunda-feira a empresa. Isto numa nota em que revela ainda que em 2024 vão estar abertas mais 70 posições, de modo a que equipa totalize 400 pessoas.

Esta multinacional chegou ao Porto em 2022, “com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de algumas das suas operações em Angola, Guiné Equatorial, Guiana e Malásia“.

Entretanto, decidiu sedear também nessa cidade portuguesa a área financeira, a parte operacional dos recursos humanos e algumas áreas das tecnologias de informação (data, smart enterprise e operações), daí que tenha aberto novas vagas de emprego. As oportunidades estão disponíveis, nomeadamente, no Linkedin.

No pacote de recrutamento “competitivo e diferenciador” preparado para este processo de recrutamento, há a destacar o plano de desenvolvimento personalizado, que é “gerido e monitorizado por um mentor e que tem por base uma análise do perfil, competências e expectativas de cada colaborador”, bem como um programa de saúde “totalmente gratuito” e um serviço personalizado e gratuito de “aconselhamento e apoio em diversas áreas como a saúde, parentalidade, gestão de stress, desenvolvimento de relações pessoais, autoestima e confiança, questões legais e fiscais, luto“.

“O Porto tem um mercado de trabalho muito dinâmico que oferece uma grande variedade de perfis, com talentos altamente qualificados provenientes de várias universidades. Neste momento, o nosso objetivo é reforçar e construir a nossa posição como empregador de excelência em Portugal”, salienta Rita Prates, country manager da SBM Offshore Porto.

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Luís Figueiredo Trindade deixa função de chairman da Media9 e José Carlos Lourenço acumula função

  • Lusa
  • 23 Outubro 2023

Luís Figueiredo Trindade renunciou ao cargo de chairman da Media9Par, holding formada no último ano e detida pelo Emerald Group (90%) e pela Megafin Atlantic (10%).

Luís Figueiredo Trindade deixa o cargo de chairman da Media9Par, que detém o Jornal Económico e o semanário Novo, entre outros títulos, passando o presidente executivo (CEO), José Carlos Lourenço, a acumular funções, anunciou esta segunda-feira a holding de media.

Em comunicado, a Media9 Participações (Media9Par), holding de media detida pelo Emerald Group (90%) e pela Megafin Atlantic (10%), anunciou ter recebido de Luís Figueiredo Trindade o pedido de renúncia ao mandato de presidente do conselho de administração (chairman) da sociedade, com efeitos a partir de 31 de outubro.

“No imediato, José Carlos Lourenço – atual CEO do grupo – acumulará o desempenho de ambas as funções devendo oportunamente ser anunciada a composição definitiva do conselho de administração da sociedade”, adianta a empresa.

Além do Jornal Económico e do Novo, a Media9Par integra no seu portfólio a Forbes Portugal e a Forbes África Lusófona.

“Nesta oportunidade, os acionistas e o conselho de administração da Media9Par gostariam de agradecer o papel relevante que Luís Figueiredo Trindade desempenhou na fundação e na consolidação do projeto, e estão certos de poder continuar a contar com o seu apoio enquanto acionista para o desenvolvimento da visão e da estratégia que esteve na base da criação deste grupo de media de matriz lusófona”, lê-se no comunicado.

Já Luís Figueiredo Trindade, acionista e CEO da Megafin, refere, citado em comunicado: “É um novo ciclo que se inicia e continuarei a colaborar com o grupo para o seu crescimento sustentável preservando os valores fundacionais do projeto”.

De acordo com o comunicado, a Media9Par “aposta na construção de sinergias entre as marcas Forbes Portugal, Forbes África Lusófona, Jornal Económico e o semanário Novo”, tendo também “firmadas várias parcerias editoriais, nomeadamente em Portugal com os jornais digitais Polígrafo e Viral”.

Colabora ainda “com grupos de internacionais de media na criação de conteúdos em português sob diferentes formatos, sempre com o mesmo objetivo estratégico: a celebração da lusofonia enquanto espaço multicultural e a sua integração económica, juntando governos, empresas e cidadãos numa missão transformadora, alicerçada na transição energética, na transformação digital, na inovação social e na economia azul”, conclui.

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Terceiro carregamento de ajuda para Gaza atravessa fronteira de Rafah. Diplomacia europeia considera apoio insuficiente

  • Lusa
  • 23 Outubro 2023

A passagem de Rafah, que liga a Península do Sinai à Faixa de Gaza, é a única via de acesso ao território governado pelo grupo islamita Hamas não controlada por Israel.

Um terceiro comboio de ajuda humanitária entrou esta segunda-feira na Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito, noticiou a agência francesa AFP.

O primeiro carregamento de ajuda, transportada em 20 camiões, entrou na Faixa de Gaza no sábado, a que se seguiu um segundo comboio de 15 camiões no domingo.

A passagem de Rafah, que liga a Península do Sinai à Faixa de Gaza, é a única via de acesso ao território governado pelo grupo islamita Hamas não controlada por Israel.

Diplomacia europeia considera insuficiente apoio humanitário em Gaza

O alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros insistiu que a entrada de 20 camiões com apoio humanitário no território palestiniano por dia “não é suficiente” e que a prioridade dos 27 é aumentá-lo.

“No primeiro dia, foi permitida a entrada de 20 camiões. Ontem outros 20. Mas em alturas normais, sem guerra, entrariam em Gaza 100 camiões por dia. É óbvio que 20 não é suficiente”, sustentou Josep Borrell, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, no Luxemburgo, esta segunda-feira.

O chefe da diplomacia europeia acrescentou que “sem água e eletricidade os hospitais mal conseguem funcionar” e que a Comissão “aumentou o seu apoio, mas há filas e filas de camiões a aguardar permissão para entrar” no território palestiniano, cercado pelas tropas israelitas.

“[Os camiões] têm de entrar e levar as coisas de que desesperadamente necessitam, em particular combustível, necessário para a dessalinização da água”, completou.

Borrell anunciou que os ministros com a pasta dos Negócios Estrangeiros vão também analisar o processo de paz “há muito esquecido” entre Israel e a Palestina e tentar discutir soluções para um cessar-fogo e regresso de todas as partes no Médio Oriente à mesa de negociações.

Irão garante apoio a Hamas e Jihad Islâmica

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amir-Abdollahian, garantiu ao líder do braço político do grupo islamita Hamas, Ismail Haniye, e ao secretário-geral da Jihad Islâmica, Ziad al Najala, apoio às milícias palestinianas no conflito com Israel.

A resistência é forte do lado da Palestina. A estrutura política e de segurança do regime israelita ruiu e só a sua máquina de guerra funciona contra os civis”, afirmou o chefe da diplomacia iraniana na rede social X (antigo-Twitter).

Anteriormente, Amir-Abdollahian teve uma conversa telefónica com o seu homólogo egípcio, Samé Shukri, no âmbito de “consultas diplomáticas” organizadas com “as autoridades dos países islâmicos sobre a necessidade de pôr fim aos crimes de guerra sionistas contra o povo oprimido de Gaza”.

O objetivo final do falso e ocupador regime israelita é a migração forçada dos residentes de Gaza e da Cisjordânia para a região do Sinai no Egito e partes da Jordânia”, disse ao seu homólogo egípcio, segundo um comunicado. “Na verdade, Telavive está a tentar estabelecer um Estado palestiniano, mas fora do território histórico dos palestinianos. Mas a resistência tem sido o principal obstáculo à realização dos perturbados sonhos dos sionistas”, acrescentou.

Hossein Amir-Abdollahian exigiu também a “cessação imediata da matança do povo palestiniano, o envio de ajuda humanitária e uma firme oposição à política de migração forçada dos residentes palestinianos da Faixa de Gaza”.

O ministro iraniano declarou-se “contra a expansão do âmbito da guerra”, mas defendeu “que o povo palestiniano se mantenha nos seus territórios”, contou Shukri, no mesmo comunicado.

Por sua vez, o Hamas disse que a conversa com Amir-Abdollahian tem sido sobre diferentes alternativas para impedir os “crimes brutais” que Israel está a cometer na Faixa de Gaza.

De acordo com um comunicado, Amir-Abdollahian e Haniye discutiram “como usar todos os métodos para impedir os crimes brutais cometidos pelo inimigo na Faixa de Gaza”, e sobre os “últimos desenvolvimentos relacionados com a agressão sionista à Faixa de Gaza”.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h56 com declarações do ministro iraniano)

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Lego monta megaloja no NorteShopping e “procura novas localizações” em Portugal

No próximo sábado, o Grupo Lego inaugura em Matosinhos a segunda loja certificada em território nacional, com 157 m2. Há pouco mais de um ano abriu um espaço no Centro Comercial Colombo, em Lisboa.

Pouco depois de celebrar o primeiro aniversário da loja de Lisboa, instalada no Centro Comercial Colombo, a Lego prepara-se para chegar ao Norte do país com um novo espaço comercial com 157 metros quadrados situado no piso zero do NorteShopping, em Matosinhos. A inauguração está agendada para o próximo sábado, 28 de outubro. A aposta em Portugal não fica por aqui, com o grupo dinamarquês a sinalizar ao ECO que está “sempre à procura de novas localizações”.

“O Porto é uma cidade muito especial em Portugal, cheia de pessoas criativas e acolhedoras, com uma história profunda e culturas alternativas por todo o lado, e quisemos ligar-nos a esta cidade de uma forma mais próxima. Razão pela qual decidimos abrir aqui a segunda loja certificada Lego em Portugal”, explica Vincent Plane, country manager do Grupo Lego Iberia.

O Porto é uma cidade muito especial em Portugal, cheia de pessoas criativas e acolhedoras, com uma história profunda e culturas alternativas por todo o lado, e quisemos ligar-nos a esta cidade de uma forma mais próxima. Razão pela qual decidimos abrir aqui a segunda loja certificada Lego em Portugal.

Vincent Plane

Country manager do Grupo Lego Iberia

Os aficionados pelos famosos tijolos vão encontrar várias surpresas, desde uma francesinha construída com tijolos aos sets mais procurados pelos fãs. A loja nortenha conta também com uma torre Build a Minifigure, onde podem criar minifiguras com os elementos disponíveis (cabelos/chapéus, cabeças, troncos, pernas e acessórios) e com uma Pick a Brick Wall, disponibilizando peças para compra avulso.

No entanto, o império Lego em Portugal não vai ficar por aqui. Vincent Plane, country manager do Grupo Lego Iberia, revela ao ECO que o grupo está “sempre à procura de novas localizações e não [exclui] a possibilidade de abrir novas lojas”.

A nova loja no NorteShopping resulta de uma parceria com a Percassi, uma empresa italiana especializada no desenvolvimento e gestão de redes de franchising. Foi assinada em 2016 para a abertura de lojas certificadas em Itália, França, Espanha e Portugal, exclusivamente dedicadas a produtos Lego.

Vincent Plane, country manager do Grupo Lego Iberia.

Com mais de 900 lojas em todo o mundo, o grupo nórdico está atualmente presente em mais de 140 países e emprega cerca de 23 mil pessoas a nível mundial. No ano passado, registou um lucro recorde de 13.782 milhões de coroas dinamarquesas (1.852 milhões de euros), o que representou um crescimento de 3,7% face ao registado pelo fabricante de brinquedos no ano anterior.

Questionado sobre o segredo do negócio, o gestor realça que “o tijolo Lejo tem um apelo duradouro: transcende a língua, a cultura, a idade e os interesses para trazer experiências criativas de construção para pessoas em todo o mundo, independentemente de como elas escolhem construir e brincar”.

O tijolo Lejo tem um apelo duradouro: transcende a língua, a cultura, a idade e os interesses para trazer experiências criativas de construção para pessoas em todo o mundo.

Vincent Plane

Country manager do Grupo Lego Iberia

Fundada em Billund (Dinamarca) em 1932, por Ole Kirk Kristiansen, a Lego continua a conquistar miúdos e graúdos. Vincent Plane destaca que a Lego “é uma forma de brincar que agrada a pessoas de todas as idades” e que há “uma grande comunidade de adultos apaixonada pelos tijolos”. Os mais velhos representam cerca de 30% das vendas totais.

“Acreditamos que brincar é essencial para todos, e é por isso que lançámos a nossa campanha Play is Your Superpower, porque acreditamos que, através da brincadeira, todos podemos mudar o mundo para melhor, independentemente da idade”, afirma Vincent Plane. No entanto, o country manager da Lego Iberia realça ao ECO que a prioridade do grupo “é, e sempre será, as crianças” — e a missão passa por “incentivá-las e ensiná-las a partir dos 18 meses de idade a aprender através da brincadeira”.

O grupo Lego diz-se comprometido com a sustentabilidade e “continua empenhado em fabricar tijolos Lego a partir de materiais sustentáveis até 2032″. Ainda assim, desistiu de usar plástico reciclado nas peças. O responsável explica que após mais de dois anos de testes, decidiram não avançar com a produção de tijolos PET reciclados, pois percebeu que “esse material não reduz as emissões de carbono”.

Por outro lado, Vincent Plane detalha que o grupo está a investir mais de 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) em iniciativas de sustentabilidade. Iniciou o plano em 2021 e tem um prazo de concretização até 2025. O investimento tem como objetivo “transitar para materiais mais sustentáveis e reduzir as emissões de carbono em 37% até 2032”.

“O Pet reciclado é apenas um de centenas de materiais sustentáveis que testamos, e atualmente estamos a testar e a desenvolver tijolos Lego feitos de vários materiais sustentáveis alternativos, incluindo outros plásticos reciclados e plásticos de fontes alternativas, como o e-metanol. Continuaremos a usar o bio-PE para fazer elementos LEGO como folhas, árvores e acessórios que se encontram em cerca de metade dos nossos sets“, realça o gestor, afiançando que “a operação fabril do Grupo Lego é neutra em carbono desde 2022″.

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Endividamento da economia supera os 811 mil milhões de euros e bate novo recorde

Apesar de, mais uma vez, ter batido um recorde histórico superando os 811 mil milhões, o nível de endividamento da economia é atualmente equivalente a 306,5% do PIB. Há um ano, esse rácio era de 330%.

Há cinco meses consecutivos que o endividamento da economia nacional está a subir. Em agosto, o endividamento do setor não financeiro (Administrações Públicas, empresas e particulares) aumentou 1,4 mil milhões de euros para o valor recorde de 811,2 mil milhões de euros.

“Deste total, 445,0 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 366,2 mil milhões de euros ao setor público (Administrações Públicas e empresas públicas)”, refere o Banco de Portugal.

Apesar da subida em termos absolutos, verifica-se um decréscimo do rácio face ao PIB. Se há um ano o endividamento da economia era de 800,4 mil milhões de euros, o equivalente a 330% do PIB, agora, em agosto, os 811,2 mil milhões de euros traduzem-se num montante equivalente a 306,5% do PIB de 2023 – segundo as projeções do Governo para o PIB para o presente ano constantes na proposta do Orçamento do Estado para 2024.

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O Banco de Portugal revela que, em agosto, o endividamento do setor privado subiu 1,3 mil milhões de euros. No caso das empresas, o endividamento aumentou 1,4 mil milhões de euros, “essencialmente, perante as empresas (1,0 mil milhões de euros), devido à emissão de títulos de dívida de longo praz”, lê-se no comunicado do Banco de Portugal.

Bem diferente foi o comportamento dos particulares, que em agosto registou um decréscimo de 105 milhões de euros do seu nível de endividamento, “principalmente junto do setor financeiro”.

Já as administrações públicas contabilizaram um aumento de 0,46% do seu nível de endividamento em agosto, como resultado de um acréscimo de 1,4 mil milhões de euros. Foi o maior aumento mensal desde setembro do ano passado.

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Comemorações dos 50 anos do 25 de abril com 790 mil euros para apoiar projetos de cinema e audiovisual

  • Lusa
  • 23 Outubro 2023

O orçamento previsto de 790 mil euros conta com um teto máximo de 275 mil euros para a produção de longas-metragens de ficção e primeiras obras e 250 mil euros para séries de animação.

O programa de apoio a projetos de cinema e audiovisual para assinalar os 50 anos da Revolução de 25 de abril abriu esta segunda-feira com uma dotação de 790 mil euros, revelou a estrutura de missão sobre aquela efeméride.

O programa, intitulado “Cinema pela Democracia” e cujo regulamento e condições de acesso estão na página oficial do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), estava inscrito no Orçamento do Estado para 2023 e resulta de uma parceria com a Estrutura de Missão para as Comemorações dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974.

O prazo de candidatura chegou a ser anunciado pela estrutura de missão para o primeiro trimestre deste ano, mas a abertura é em finais de outubro e estende-se até 17 de novembro.

A iniciativa tem como objetivo incentivar a criação de filmes, séries, telefilmes, ações de formação, seminários e ciclos de cinema “que apelem à comemoração dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril e à reflexão sobre a sua relevância na construção da atual democracia”.

E são também elencados três temas aos quais os projetos candidatos devem estar subordinados: “A resistência e a luta contra a ditadura”; “A construção da democracia portuguesa e a modernização do país”; e “Revolução de 1974-1975: o derrube da ditadura; a Revolução (aspetos políticos, culturais, sociais, económicos); a descolonização”.

Segundo o ICA, do orçamento de 790 mil euros está previsto, por exemplo, um teto máximo de 275 mil euros para a produção de longas-metragens de ficção e primeiras obras, e 250 mil euros para séries de ficção, documentário e animação.

Há ainda um faseamento da atribuição dos 790 mil euros entre 2024 e 2027 e o apoio a atribuir “não é cumulável com qualquer outro apoio do ICA ou protocolo bilateral em que o ICA seja parte”.

Esta linha de financiamento faz parte de uma série de apoios programados pela Estrutura de Missão para assinalar aquela efeméride, em parceria com o ICA, mas também com a direção-geral das Artes e com a Fundação para a Ciência e Tecnologia.

De acordo com a Estrutura de Missão, até ao final deste ano abre a linha concursal em parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, destinada a apoiar projetos de Investigação e Desenvolvimento.

O programa de apoio com a DGArtes abriu em janeiro passado e selecionou 45 projetos para receberem um apoio global de um milhão de euros.

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