Mota Engil é a 14ª maior construtora europeia

  • ECO
  • 13 Setembro 2023

Entre as construtoras europeias, a Mota-Engil subiu da 21.ª para a 14.ª posição no ranking anual da Engineering News-Record (ENR), uma publicação internacional especializada na construção.

A Mota-Engil subiu da 21.ª para a 14.ª posição no ranking anual da Engineering News-Record (ENR), uma publicação internacional especializada no setor da construção.

E entre o ranking das 250 maiores construtoras do mundo, em termos europeus, a construtora portuguesa subiu sete posições em relação ao ano passado.

Em comunicado, o grupo liderado por Carlos Mota dos Santos salienta que “assegurou nesta edição a sua melhor classificação de sempre entre as maiores do mundo”, sendo considerada, também, como a quinta maior construtora na América Latina – subindo do 7.º lugar no ano passado – e a 9.ª posição em África, a terceira maior europeia neste continente.

“Para além de integrar o restrito lote das 100 maiores construtoras mundiais ao nível do volume de negócios, a empresa atingiu a 35.ª posição entre as construtoras mais internacionalizadas a nível mundial, um feito alcançado pelo crescimento que se verificou em 2022 nas regiões de África e América Latina”, acrescenta ainda o comunicado.

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Alemã Claudia Buch é a nova líder da supervisão da banca europeia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Setembro 2023

Com a nomeação da vice-presidente do Bundesbank para o Banco Central Europeu, a espanhola Nadia Calviño fica com mais hipóteses de liderar o Banco Europeu de Investimento.

Claudia Buch, atual vice-presidente do Deutsche Bundesbank, vai ser a principal supervisora financeira da Zona Euro, depois de ser nomeada para o cargo de presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), substituindo Andrea Enria nos próximos cinco anos, anunciou esta quarta-feira a instituição liderada por Christine Lagarde.

Juntamente com a outra candidata na corrida, a vice-governadora do Banco de Espanha, Margarita Delgado, a alemã foi ouvida pela comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu em julho, que depois partilhou a sua avaliação ao Conselho do BCE.

A votação no Conselho do Banco Central Europeu foi secreta, tendo-se registado uma “maioria a favor de Claudia Buch”, escreve a instituição em comunicado. Falta agora que a escolha seja aprovada pelo Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia.

As declarações de Buch numa entrevista ao Financial Times fazem antever uma abordagem mais rigorosa à supervisão dos bancos da Zona Euro face ao italiano Andrea Enria, que abandona o cargo no início de 2024. Em julho, a candidata agora nomeada afirmou que era necessária uma “mentalidade mais crítica” na supervisão do setor, alertando que este ainda enfrenta riscos significativos devido às recentes perturbações macroeconómicas.

O Conselho de Supervisão do BCE nasceu em 2014 para harmonizar a supervisão bancária em todo o bloco, respondendo assim à crise da dívida soberana. O mecanismo supervisiona os 110 maiores bancos da Zona Euro, que, em Portugal, inclui a Caixa Geral de Depósitos, o Banco Comercial Português e o Novobanco.

A rejeição da candidatura da espanhola Margarita Delgado deverá aumentar as probabilidades da vice-primeira-ministra e ministra das Finanças de Espanha, Nadia Calviño, na corrida à presidência do Banco Europeu de Investimento (BEI), cuja discussão sobre a nomeação terá início na sexta-feira, num encontro do Ecofin.

Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia com a pasta da Concorrência que tirou uma licença sem vencimento desde a última semana, é a principal concorrente de Nadia Calviño à liderança do BEI.

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Julgamento de Miguel Alves é adiado pela quarta vez

O julgamento do antigo secretário de Estado Adjunto de Costa, Miguel Alves, e da empresária Manuela Couto foi adiado devido a um impedimento de um dos advogados deslocar-se ao tribunal.

Pela quarta vez, o julgamento do antigo presidente da Câmara de Caminha e ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, e da empresária Manuela Couto foi adiado. Segundo avança o Porto Canal, o motivo prende-se com o impedimento de um dos advogados deslocar-se ao tribunal de Viana do Castelo. A nova data provisória foi fixada para janeiro de 2024.

Em causa está a construção de um Centro de Exposições Transfronteiriço em Caminha, no distrito de Viana do Castelo, uma obra que ainda não começou depois do contrato-promessa entre o promotor e a autarquia ter sido assinado em 2020. Os dois arguidos estão acusados, em coautoria, do crime de prevaricação de titular de cargo político.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), datada de 8 de novembro de 2022, o antigo autarca – que se demitiu do cargo de secretário de Estado adjunto de António Costa após saber da acusação – violou normas de contratação pública quando acordou com Manuela Couto serviços de assessoria de comunicação para o município “sem qualquer procedimento de contratação pública”.

No despacho de acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto lê-se que o processo teve origem numa “denúncia anónima efetuada no Portal do DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal]” em 03 de julho de 2019, a dar nota de que o então presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, “celebrara vários contratos com a empresa MIT — Make It Happen, Branding Comunicacional, Lda, sociedade da empresária Manuela Couto”, em 2015 e em 2016.

Segundo a acusação, em 2014, Miguel Alves e Manuela Couto “mantiveram contactos com vista à prestação de serviços de comunicação, gestão de imagem e assessoria de comunicação à autarquia pelas sociedades MIT e Mediana”, detidas e controladas pela arguida.

O despacho de acusação refere que Miguel Alves e Manuela Couto, em reunião realizada em 4 de julho de 2014 na Câmara Municipal de Caminha, acordaram que uma das empresas “começaria, de imediato, a prestar serviços de assessoria de comunicação ao município”.

O MP diz que, pelo menos, durante o mês de julho de 2014 e a partir daquela data, a arguida Manuela Couto “determinou que funcionárias das suas empresas, nomeadamente da MIT e da Mediana, prestassem serviços de assessoria de imprensa e promoção do município de Caminha, o que fez com conhecimento e acordo do arguido Miguel Alves”.

Estes serviços de comunicação e assessoria foram efetivamente prestados pelas duas empresas MIT e Mediana (…), mas sem qualquer enquadramento formal, contratual ou contabilístico, nomeadamente sem qualquer requisição externa, nota de despesa ou de encomenda ou documento equivalente, com vista à faturação dos serviços prestados pelas empresas à câmara, o que era do conhecimento do arguido Miguel Alves”, sustenta a acusação.

O MP refere que, “somente a 30 de março de 2015, por determinação do arguido Miguel Alves, e depois de já prestados” os serviços pela MIT e pela Mediana à autarquia, “sem qualquer procedimento de contratação ou suporte legal ou documental”, é que o então presidente deste município do distrito de Viana do Castelo “determinou e provocou o início de procedimento de contratação pública”.

Manuela Couto, mulher do antigo autarca de Santo Tirso Joaquim Couto, está a ser julgada no processo da “Operação Éter”, relacionado com contratos ilícitos celebrados pela entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), com 29 arguidos e cerca de 150 crimes económicos.

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Processo disciplinar de Ivo Rosa decidido a 26 de setembro

O ex-juiz de instrução do Ticão está com a promoção para a Relação pendente há quase um ano à custa deste processo disciplinar. CSM diz que decisão será no final deste mês.

O processo disciplinar do juiz Ivo Rosa será decidido a 26 de setembro. Segundo o que fonte oficial do Conselho Superior da Magistratura garantiu ao ECO, “este procedimento disciplinar será decidido na próxima sessão da Secção de Assuntos Inspetivos e Disciplinares (SAID) do Conselho Permanente, agendada para o dia 26 de setembro”.

No final de junho de 2022, o CSM concluiu o inquérito que deu origem ao processo disciplinar a Ivo Rosa, tendo disso dado conhecimento ao então juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). O procedimento disciplinar tem na base o apuramento de factos que poderão configurar “infração do dever de obediência à Constituição e à lei” e “interferência ilegítima na atividade jurisdicional de outro magistrado”.

Em causa estão acórdãos da Relação de Lisboa que revogaram e criticaram a legalidade de decisões tomadas por Ivo Rosa que interferiam e anulavam decisões jurisdicionais de outros magistrados, designadamente Carlos Alexandre, outro dos juízes do TCIC; à data.

Segundo uma nota divulgada anteriormente pelo CSM, a decisão de instaurar o procedimento disciplinar foi tomada, por unanimidade, em sessão da Secção de Assuntos Inspetivos e Disciplinares do Conselho Permanente Ordinário do CSM, ocorrida em 24 de fevereiro de 2022.

Entretanto, Ivo Rosa ficou colocado no Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), no âmbito do movimento judicial ordinário para os Tribunais da Relação, mas a vaga para a promoção do magistrado está dependente deste processo disciplinar e da eventual sanção. Em setembro de 2022, o CSM comunicou também a substituição de Ivo Rosa na instrução do processo BES/GES, atribuindo o processo ao novo ocupante do lugar de Juiz 2 no TCIC, o juiz de instrução Pedro Santos Correia.

Nesse mesmo mês, Ivo Rosa reconheceu que teria desistido da candidatura à Relação de Lisboa se soubesse que seria acusado no processo disciplinar CSM, mas sempre tencionou deixar o TCIC, de acordo com a exposição enviada ao CSM e o requerimento apresentado em junho anterior, a que a Lusa teve acesso.

“Caso tivesse equacionado um desfecho de acusação teria apresentado a minha desistência ao concurso para os Tribunais da Relação e teria apresentado requerimento para a transferência para outros tribunais de primeira instância”, disse o juiz, sublinhando: “Era meu propósito, caso não tivesse ficado graduado para os Tribunais da Relação, concorrer no presente movimento judicial para outros tribunais de primeira instância”.

Ivo Rosa fundamentou a sua candidatura aos Tribunais da Relação por “pretender exercer funções como juiz desembargador”, além de defender que o TCIC tinha “deixado de ser um tribunal especializado” com a reorganização que foi efetuada no início de 2022. Por outro lado, assumiu também um desconforto no TCIC: “Permanecer no mesmo tribunal (…) constitui para mim (e creio que para a justiça também) uma situação “desconfortável”.

“Por considerar que estou absolutamente inocente quanto aos factos em causa e estar convencido que o único desfecho seria o arquivamento, decidi manter o propósito de aceder ao Tribunal da Relação”, frisou, salientando que a acusação no processo disciplinar só foi conhecida no dia 6 de junho, uma data posterior ao prazo limite de 31 de maio para candidatura no movimento judicial ordinário.

O juiz, cuja promoção à Relação de Lisboa está suspensa em virtude do processo disciplinar, abordou ainda a sua situação pessoal e a instrução dos processos BES/GES e “O Negativo”. Ivo Rosa alegou que, após o problema de saúde que teve no primeiro trimestre de 2022 e que o obrigou a uma cirurgia ao coração, ficou com a “capacidade de trabalho e de dedicação (…) muito mais limitada” e que o processo disciplinar o deixou numa “situação de bastante fragilidade emocional”.

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CUF compra grupo de Penafiel com um hospital e seis clínicas

Criado há quatro décadas e com 300 trabalhadores, a Arrifana de Sousa está presente em Penafiel, Lousada, Marco de Canaveses, Paredes, Alpendurada e Vila Meã. CUF passa a somar 31 unidades no país.

Vai passar para as mãos da CUF o Grupo Clínica Médica Arrifana de Sousa, que engloba um hospital com dois blocos operatórios e ainda seis clínicas nas localidades de Penafiel, Lousada, Marco de Canaveses, Paredes, Alpendurada e Vila Meã, empregando um total de 300 pessoas. O negócio, que ainda aguarda luz verde da Autoridade da Concorrência, reforça a presença no Norte do país por parte da empresa liderada por Rui Diniz desde janeiro de 2021.

Rui Diniz, presidente da Comissão Executiva da CUF

Já foi assinado o contrato de compra e venda com os anteriores acionistas, que iniciaram atividade neste setor em 1982 com um pequeno espaço de prestação de cuidados de saúde de medicina geral e familiar e de enfermagem em Penafiel. Este movimento representa a chegada da CUF à região do Tâmega e Sousa, onde residem mais de meio milhão de pessoas, pouco mais de um mês após ser autorizada a compra das clínicas AtlantiCare.

Sem revelar o valor do investimento, a CUF indica em comunicado que esta compra assenta numa “estratégia de expansão e consolidação que se mantém firme na intenção de continuar a chegar a cada vez mais territórios e pontos do país, consolidando a sua rede integrada de cuidados de saúde a nível nacional, de modo a responder às necessidades da população”.

“A CUF dará continuidade a esta história de sucesso, contribuindo para o desenvolvimento socioeconómico de uma região que, por si só, é já muito dinâmica e dispõe de recursos humanos muito qualificados. Para tal, contribuirá a qualidade do trabalho desenvolvido até aqui pela atual equipa da Clínica Médica Arrifana de Sousa, com a qual [esperamos] continuar a contar no futuro”, acrescenta o grupo, que passa a ter 31 unidades no país.

Reclamando a liderança nacional na “prestação privada de cuidados de saúde de qualidade”, com mais de 14 mil funcionários, a rede da CUF era até agora composta por 24 hospitais e clínicas em 15 municípios: Lisboa, Porto, Almada, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra, Torres Vedras, Santarém, Leiria, Coimbra, Viseu, S. João da Madeira, Matosinhos, Montijo e Lagoa, nos Açores.

Para 18 de setembro está agendada a apresentação formal do Hospital CUF Açores, outra aquisição recente, numa cerimónia que vai contar com a presença do presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, da presidente da Câmara Municipal da Lagoa, Cristina Calisto, do presidente do Conselho de Administração da CUF, Salvador de Mello, e do presidente da Comissão Executiva da CUF, Rui Diniz.

Em maio, a Câmara da Covilhã anunciou a aprovação pela autarquia de um pedido de informação prévia (PIP) para a edificação de uma nova unidade de saúde para acolher um hospital da rede CUF, num investimento avaliado em 40 milhões de euros. Segundo o município, “o projeto nasceu no âmbito de uma parceria entre a Forumlar, proprietária do futuro edifício, a Edivisa, do Grupo Visabeira, responsável pela construção do hospital”.

De acordo com os números oficiais, a CUF realizou no ano passado mais de 2,5 milhões de consultas, 45 mil teleconsultas, cerca de um milhão de exames de imagiologia, 402 mil urgências, 58 mil cirurgias, perto de 4 mil partos, 44 mil sessões de radioterapia e ainda mais de 14 mil sessões de quimioterapia.

No primeiro semestre deste ano, o grupo CUF registou lucros de 25,4 milhões de euros, mais 63,7% do que no mesmo período do ano anterior. A melhoria dos resultados consolidados foram explicados à CMVM com o “crescimento generalizado da atividade assistencial, que permitiu incrementar os proveitos operacionais e diluir os custos fixos”, e a “gestão rigorosa dos custos operacionais, nomeadamente ao nível dos fornecimentos e serviços externos e das áreas centrais”.

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Hungria, Roménia e Eslováquia mantêm proibição de importar cereais ucranianos. Bulgária vai suspender

  • Lusa
  • 13 Setembro 2023

“Se Bruxelas não tomar uma decisão sobre a prorrogação da moratória existente, tomaremos medidas nacionais individualmente”, avisou a Hungria. Bulgária vai suspender proibição esta sexta.

A Hungria anunciou esta quarta-feira que vai prolongar a proibição de importações de cereais da Ucrânia em conjunto com a Roménia e Eslováquia, seguindo a decisão da Polónia, mas a Bulgária quer sair do acordo e suspender a medida.

Em abril, a União Europeia (UE) autorizou cinco Estados-membros (Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia) a proibir a comercialização de trigo, milho, colza e sementes de girassol ucranianos no seu território, desde que isso não impedisse o trânsito dos cereais para outros países. A medida destinou-se a proteger os agricultores destes países, que culpavam estas importações pela queda dos preços nos seus mercados locais.

As proibições expiram na próxima sexta-feira, segundo o calendário definido então por Bruxelas, mas Hungria e Polónia querem prolongá-las até ao final do ano. O ministro da Agricultura húngaro, Istvan Nagy, afirmou esta quarta, em mensagem divulgada na rede social Facebook, que o Governo chegou a acordo com os parceiros romenos, eslovacos e búlgaros.

“Se Bruxelas não tomar uma decisão sobre a prorrogação da moratória existente, tomaremos medidas nacionais individualmente”, explicou. Apesar do anúncio do ministro húngaro incluir a Bulgária, o primeiro-ministro búlgaro, Nikolay Denkov, afirmou esta quarta, em comunicado, que decidiu levantar até à próxima sexta-feira a proibição temporária de importação de cereais ucranianos, referindo ter o apoio dos partidos no poder, o reformista PP-BD e o conservador GERB, e a minoria turca DPS.

“Reconhecendo a solidariedade da Bulgária com a Ucrânia e garantindo a segurança alimentar global (…), a Bulgária não apoia a continuação da proibição após 15 de setembro (…)”, lê-se no texto que será submetido a votação do parlamento. Denkov defendeu ainda que o levantamento da proibição vai estimular a concorrência no mercado nacional e facilitar uma moderação dos preços dos alimentos básicos e da inflação.

Já o ministro húngaro admitiu mesmo estender as restrições a vários outros produtos agrícolas ucranianos. “Estamos a proteger os interesses dos agricultores”, enfatizou Istvan Nagy. Na terça-feira, o Governo polaco também avançou com uma decisão semelhante, caso Bruxelas não aceite a prorrogação pedida pelos Estados em causa. “Qualquer que seja a decisão subsequente da Comissão [Europeia], não abriremos a fronteira aos cereais ucranianos após esta data”, referiu o executivo polaco numa declaração em que sublinhou a necessidade de continuar a procurar uma solução para esta questão a nível europeu.

“Se Bruxelas não mantiver o embargo, nós próprios implementaremos estas soluções. Esta é uma questão fundamental para nós. Os interesses do lado polaco são os mais importantes para nós”, justifica o Governo de Varsóvia. Embora a Polónia seja um importante fornecedor de ajuda militar e humanitária à Ucrânia e acolha cerca de um milhão de refugiados ucranianos, a questão das importações de cereais provocou uma disputa diplomática entre os dois países vizinhos.

A Ucrânia tornou-se completamente dependente de rotas na UE para as suas exportações de cereais depois de a Rússia ter abandonado unilateralmente em julho o acordo de exportação que tinha permitido a Kiev enviar os seus produtos agrícolas em segurança para países de África e da Ásia através do Mar Negro. No entanto, os Governos da Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária e Eslováquia têm estado sob pressão dos respetivos setores agrícolas, que criticaram o facto de esta medida concedida à Ucrânia colocar as suas produções em risco.

Perante isto, a Comissão Europeia proibiu a importação de trigo, milho, colza e sementes de girassol da Ucrânia para estes países. No dia 5 de junho, o veto foi prorrogado até 15 de setembro. Kiev tem pedido repetidamente que a proibição não seja prorrogada, acusando os cinco Governos da UE de falta de solidariedade no meio de uma campanha de bombardeamentos russos contra os portos e o setor agrícola ucraniano, que não pode exportar por mar devido ao bloqueio militar do Mar Negro pela Rússia.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, afirmou na terça-feira que a posição de Varsóvia “é populista” e alertou que o Governo de Kiev “será forçado” a recorrer à Organização Mundial do Comércio para exigir eventuais compensações aos países que mantiverem as restrições.

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Quinta da Boeira antecipa quatro milhões de euros de faturação em 2026

Reforço dos mercados dinamarquês e americano, entrada no Vietname, lançamento de novos vinhos do Porto e abertura de uma pousada fazem parte da estratégia que vai dar um maior impulso.

O grupo Quinta da Boeira, em Vila Nova de Gaia, antecipa quase triplicar até 2026 os 1,5 milhões de euros com que fechou 2022, ascendendo aos quatro milhões de euros, tendo em conta o impulso que vai gerar no negócio com novos vinhos do Porto e a abertura do futuro Boeira Port Club como pousada. Assim como o reforço do posicionamento pelo preço e “elevada” qualidade nos mercados da Dinamarca e EUA e a recente entrada no Vietname.

“Em finais de 2026 queremos ir até aos quatro milhões de euros de faturação”, avançou o sócio-gerente da Quinta da Boeira, Albino Jorge, durante a apresentação dos novos Porto Vintage 2021 e Porto 50 anos. O primeiro produto será lançado em outubro deste ano com um pack de três garrafas, com um custo de 170 euros em Portugal e de 200 euros no mercado internacional. “Ao todo, são 3.500 caixas de três garrafas, estando 50% delas já reservadas a clientes nacionais e internacionais”, contabiliza o empresário.

“O Porto Vintage 2021 é um vinho mais jovem, que nos deu muito trabalho em termos de adega. Temos aqui os fatores frescura, tanino. Tem potencial de envelhecimento em garrafa”, descreve a enóloga Helena Teixeira enquanto Albino Jorge vai adiantando que a outra referência nova, o Porto 50 anos, já está à venda, com uma edição de 500 garrafas, por 300 euros cada.

Em finais de 2026 queremos ir até aos quatro milhões de euros de faturação.

Albino Jorge

Sócio-gerente da Quinta da Boeira

Com estes novos produtos, o sócio-gerente da Quinta da Boeira antecipa que o grupo tenha um novo impulso nos mercados onde tem maior peso — Dinamarca, EUA, Suécia. Também faz sucesso no Canadá, Luxemburgo, China e Macau e prevê crescer no Vietname onde acabou de entrar. “Fechámos contrato, na semana passada, no Vietname e vamos entrar nos hotéis e garrafeiras“, divulga o sócio-gerente da Quinta da Boeira que recentemente adquiriu um terreno de vinhas velhas contíguo à quinta do Douro, em Alijó, esta última com 17 hectares de vinha e que o grupo comprou em 2021.

Estas são as estratégias do grupo Quinta da Boeira para os próximos três anos apresentadas, durante o lançamento de duas novas referências de vinho do Porto, num encontro com a comunicação social em que Albino Jorge abordou as novas áreas de negócio, e a aposta em embalagens inovadoras e requintadas dos produtos. Só em 2022, o grupo produziu meio milhão de garrafas de vinho do Douro e Porto, avançou.

Sócio-gerente Albino Jorge e a enóloga Helena Teixeira (Quinta da Boeira) Anabela Trindade 13 setembro, 2023

Está assim prevista a abertura em finais de 2024 do futuro Boeira Port Club com pousada — com cinco suítes e salão —, no âmbito da requalificação de um palacete contíguo à Quinta da Boeira, classificado de interesse municipal. Foi projetado no século XIX pelo famoso arquiteto Teixeira Lopes, que pertenceu à família C. da Silva, um nome também conhecido no contexto de exportação de vinhos do Porto.

A empreitada vai manter a traça original deste palacete e também inclui a construção de um túnel de acesso ao armazém da quinta, num investimento que rondará os 700 mil euros. O grupo gastou 1,5 milhão de euros na aquisição do palacete.

A Quinta da Boeira, em Alijó, e o Boeira Port Club, em Vila Nova de Gaia, fazem, assim, parte de um plano de investimento de 40 milhões de euros do grupo que começou, em 1999, com a aquisição do palacete, que se encontrava em avançado estado de degradação. O edifício foi alvo de obras de requalificação, dando lugar a escritórios e a um restaurante de luxo.

Entretanto, o grupo avançou com mais obras como a construção da maior garrafa do mundo, com 32 metros de comprimento por dez de diâmetro. Depois desta atração, seguiu-se a edificação do Boeira Garden Hotel Porto Gaia – Curio Collection by Hilton, um hotel de cinco estrelas, com 119 quartos e cinco suítes, explorado pela cadeia Hilton e que, entretanto, foi vendido a um grupo de israelitas, parceiro da Quinta da Boeira nalguns negócios, mas Albino Jorge escusou-se a divulgar o valor do negócio.

Em relação ao projeto do Boeira Port Club, o empresário revelou que este já deu entrada na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e espera ter a obra pronta em finais de 2024. “Será um espaço de alta qualidade para acrescentar valor”, destacou enquanto apresentava os novos Porto Vintage 2021 e o Porto 50 anos. Albino Jorge acredita que este empreendimento dará um novo impulso aos negócios do grupo juntamente com a estratégia de reforço dos mercados internacionais.

Administração da Quinta da BoeiraAnabela Trindade 13 setembro, 2023

Outra área de negócios passa pela produção de azeite virgem em Alijó, com a particularidade de ser servido em pote de barro decorado com réplica de azulejos portugueses do século XIX. Com uma edição limitada de 2.500 garrafas de 500 mililitros, a empresa quer conquistar consumidores de produtos premium.

Em 2022 a Quinta da Boeira produziu 1500 litros de azeite virgem, em Alijó, e este ano prevê-se uma quebra“, adianta o sócio-gerente da Quinta da Boeira sem, contudo, antecipar a quantidade.

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Parlamento Europeu aprova metas de descarbonização na aviação. Incorporação de biocombustíveis nos 70% em 2050

Proposta acordada informalmente, em abril, recebeu "luz verde" no Parlamento Europeu. Metas de incorporação de SAF arrancam em 2025 com o mínimo de 2%, subindo progressivamente até aos 70% em 2050.

O Parlamento Europeu (PE) chegou a acordo formal sobre o plano de descarbonização do setor da aviação. A proposta já tinha sido acordada entre os eurodeputados e os ministros do Conselho da União Europeia, em abril, num trílogo informal, mas esta quarta-feira os eurodeputados oficializaram as metas “verdes” para o setor no âmbito da estratégia ReFuelEU da Comissão Europeia.

O documento aprovado entre os eurodeputados prevê que os aeroportos da UE e os fornecedores de combustível assegurem que, a partir de 2025, pelo menos 2% do jet fuel seja de origem ecológica (SAF, na sigla em inglês). Estes combustíveis são, por exemplo, produzidos a partir de óleo alimentar usado ou de resíduos biológicos. Em 2030, a fasquia sobe para os 6% e em 2035, a exigência será de 20%. Em 2050, a quota mínima de SAF incorporado no jet fuel deverá atingir os 70%.

Este é um passo tremendo rumo à descarbonização da aviação“, afirmou relator do Parlamento, José Ramón Bauzá Díaz. “Num mundo complexo e competitivo, acredito plenamente que o ReFuelEU é uma grande oportunidade para posicionar a União Europeia como líder mundial na produção e utilização de combustíveis de aviação sustentáveis”.

Além da incorporação de SAF, os Estados-membros devem garantir que uma proporção específica do mix de combustíveis inclua combustíveis sintéticos, também conhecidos por e-fuels, produzidos a partir da combinação de gás de hidrogénio (H2) e dióxido de carbono (CO2). O diploma aprovado pelo Parlamento Europeu prevê que a incorporação de e-fuels seja de 1,2% em 2030, 5% em 2035, evoluindo progressivamente até atingir os 35% em 2050.

A proposta visa ainda que, a partir de 2025, as companhias aéreas adotem um rótulo que informe o desempenho ambiental dos voos, indicando a pegada de carbono esperada de uma viagem por passageiro e a sua eficiência esperada de CO2 por quilómetro.

As novas regras relativas aos combustíveis de aviação sustentáveis foram adotadas por 518 votos a favor, 97 votos contra e 8 abstenções. Uma vez aprovadas pelo Conselho, estas regras serão aplicáveis a partir de 1 de janeiro de 2024 e algumas disposições a partir de 1 de janeiro de 2025.

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Área de Direito Espacial cresce nos escritórios de advogados. DLA Piper cria equipa

Depois de firmas como a Mayer Brown e a Hogan Lovells, chegou a vez de a DLA Piper "lançar-se" na área de Direito Espacial. A equipa da multinacional será liderada por Christian Ford.

A área de Direito Espacial está a ganhar destaque nos escritórios de advogados. Depois de firmas como a Mayer Brown e a Hogan Lovells, chegou a vez de a DLA Piper “lançar-se” nesta área de prática, avança o Financial Times. O crescimento desta área surge numa época em que as empresas espaciais emergem devido à queda acentuada nos custos de lançamento.

A DLA Piper criou assim uma equipa global para aconselhar o setor em questões regulamentares e de propriedade intelectual, bem como na resolução de litígios. Segundo o Financial Times, a equipa será liderada por Christian Ford, um ex-advogado do departamento de Defesa dos EUA.

Para o co-chair da DLA Piper, Frank Ryan, “há alguns anos, eram necessárias capacidades financeiras à escala de um Estado para se poder entrar no espaço”, mas atualmente “já não é esse o caso”.

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FMI pede urgência na redução da dívida pública “teimosamente elevada”

Fundo Monetário Internacional pressiona os governos a tomarem medidas capazes de reduzirem as vulnerabilidades da dívida, nomeadamente por via de reformas no mercado de trabalho.

Por cada 100 euros de riqueza gerada anualmente, o mundo endivida-se em 238 euros. Os dados são do Fundo Monetário Internacional (FMI), que advoga a necessidade de os governos cortarem urgentemente os seus níveis de sobre-endividamento.

“Apesar da retoma do crescimento económico a partir de 2020 e de uma inflação muito mais elevada do que o previsto, a dívida pública manteve-se teimosamente elevada“, refere a equipa do FMI liderada por Vítor Gaspar, num comunicado publicado esta quarta-feira a propósito do lançamento da atualziação da Global Database.

A dívida mundial alcançou 220 biliões de euros no ano passado, o equivalente a 238% do PIB no ano passado, cerca de 9 pontos percentuais acima do valor registado em 2019 e 187 mil milhões de euros acima do nível registado em 2021.

“A China tem sido uma forte força da tendência de subida da dívida mundial, especialmente nos últimos 15 anos”, refere Vítor Gaspar na apresentação do update da Global Database do FMI, com as contas de Pequim a mostrarem um crescimento do nível de endividamento acima da taxa de crescimento do PIB.

“Nos próximos anos, os decisores políticos terão de ser inabaláveis no seu empenhamento em preservar a sustentabilidade da dívida”, refere o FMI, notando que os défices orçamentais da maioria dos governos contribuíram para manter os níveis da dívida pública elevados, “uma vez que muitos governos gastaram mais para impulsionar o crescimento e responder aos aumentos dos preços dos produtos alimentares e da energia, mesmo quando terminaram o apoio orçamental relacionado com a pandemia”.

Como resultado destas políticas, a dívida pública mundial diminuiu apenas 8 pontos percentuais do PIB nos últimos dois anos, “compensando apenas cerca de metade do aumento relacionado com a pandemia”, referem os analistas do FMI.

O Fundo destaca também que, nos últimos dois anos, a dívida privada, que inclui a dívida das famílias e das empresas não financeiras, diminuiu a um ritmo mais rápido, caindo 12 pontos percentuais do PIB. “Mesmo assim, o declínio não foi suficiente para apagar o aumento da pandemia”, salienta na mesma publicação.

Por essa razão, os analistas do Fundo recomendam que os governos tomem medidas urgentes para ajudar a reduzir as vulnerabilidades da dívida e inverter as tendências da dívida a longo prazo, nomeadamente através de reformas nos mercados de trabalho e do comércio que promovam o aumento da produção potencial a nível nacional.

No campo da dívida privada, o FMI ressalva que as políticas a adotar podem “incluir um acompanhamento atento dos encargos da dívida das famílias e das empresas não financeiras e dos riscos de estabilidade financeira conexos”. Por outro lado, indica ainda que, em relação às vulnerabilidades da dívida pública, “a criação de um quadro orçamental credível poderia orientar o processo de equilíbrio entre as necessidades de despesa e a sustentabilidade da dívida”.

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Azeite, laranja, cebola, cenoura. Quais os produtos alimentares em que o preço mais disparou no verão?

  • Lusa
  • 13 Setembro 2023

Observatório de Preços regista evolução num cabaz de 26 produtos das fileiras dos cereais, frutas, legumes, carne, peixe, ovos, azeite e laticínios. Em alguns compara valores na produção e consumo.

O preço médio do azeite subiu mais de 63% no período de 17 de julho a 13 de agosto face ao período homólogo de 2022, segundo indica a plataforma do Observatórios de Preços agroalimentar, que ficou hoje disponível.

O Observatório de Preços compara a evolução dos preços de um cabaz de 26 produtos alimentares representativos das fileiras dos cereais, frutas, legumes, carne, peixe, ovos, azeite e laticínios, tendo em alguns produtos a comparação de valores na produção e no consumo.

De acordo com os dados disponibilizados na plataforma, o preço médio do azeite no consumo foi de 6,22 euros nas quatro semanas entre 17 de julho e 13 de agosto, valor que traduz uma subida de 63,68% (ou de 2,42 euros) em termos homólogos. Por comparação com as quatro semanas imediatamente anteriores, a subida foi de 0,94%.

Com uma subida homóloga do preço médio próxima dos 50% esteve a laranja, cujo quilo custou em média ao consumidor 1,44 euros no período considerado, refletindo um acréscimo de 47,26% do que no mesmo período de 2022 e de 15,73% face ao anterior.

O quilo de cebola e de cenoura no consumo registou, por seu lado, uma subida do preço médio de 44,9% e 42,7% respetivamente, em termos homólogos, ainda que face às quatro semanas imediatamente anteriores registem ambos descidas (-6,7% e 4,6%, pela mesma ordem).

De acordo com a mesma informação, os sete produtos hortícolas para os quais é fornecida a evolução do preço registaram subidas homólogas no consumo, exceto a alface cujos 1,99 euros por quilo representa um recuo de 13,5% face ao mesmo período do ano passado e de 2,11% face ao anterior.

O Observatório de Preços permite também verificar a evolução do preço de alimentos na produção, com os dados disponíveis a indicarem que, no caso da alface, este recuou 38,61% por comparação com o preço praticado no mesmo período de 2022 e caiu 3,5% em relação ao período anterior.

À semelhança do que se verificou nos legumes, também nas frutas (considerando novamente o consumo) a tendência do preço médio foi de subida no que diz respeito à comparação com o preço registado um ano antes, sendo esta mais expressiva (além do caso já referido do quilo da laranja) na pera (+32,86%) e na maçã (19,2%), ainda que na variação em cadeia haja a registar descidas nestes dois frutos ou no quilo de pêssegos, por exemplo.

No peixe, o preço médio das duas espécies disponíveis (dourada e pescada) aponta para descidas homólogas de respetivamente 13,32% e 6,9%, e em cadeia (ainda que de menor dimensão).

Na carne, o preço médio do quilo de frango inteiro rondou, naquelas quatro semanas de meados de julho a meados de agosto, 2,86 euros, o que reflete uma quebra de 0,34% em termos homólogos e uma subida de 2,75% em cadeia. Já o preço na produção registou uma quebra homóloga de 1,49% e de 0,7% em cadeia.

A compra de bifanas de porco também pesou no bolso do consumidor que pagou em média 5,04 euros por cada quilo, ou seja, mais 13,3% do que um ano antes e mais 2,9% do que nas quatro semanas imediatamente anteriores.

Já o esparguete, depois de ter registado um ‘pico’ de 1,72 euros a 7 de novembro do ano passado, custava no referido período de 17 de julho a 13 de agosto 1,52 euros, tendo recuado 11,4% em termos homólogos e 0,5% na comparação em cadeia.

O Observatório de Preços Agroalimentar foi apresentado esta manhã durante uma reunião dos ministros da Agricultura e da Economia na reunião da Plataforma para a Avaliação das Relações na Cadeia Agroalimentar. Anunciado em maio de 2022, o Observatório foi criado com o objetivo de fazer uma “monitorização eficaz” dos custos e preços ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar.

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Benfica foi o sétimo clube que mais investiu no atual plantel fora das ‘big 5’

  • Lusa
  • 13 Setembro 2023

Plantel das águias representa investimento de 188 milhões de euros. FC Porto (152 ME) e Sporting (151 ME) ocupam a 11.ª e 12.º posições na lista referente aos clubes fora das cinco principais ligas.

O Benfica foi o sétimo clube fora das cinco principais ligas que gastou mais na construção do atual plantel, num investimento total de 188 milhões de euros (ME), segundo um estudo divulgado esta quarta-feira pelo Observatório do Futebol (CIES).

Os rivais FC Porto e Sporting ocupam a 11.ª e 12.º posições na lista referente aos clubes fora dos ‘big 5’ que mais investiram no atual grupo de jogadores, no valor de 152 ME e 151 ME, respetivamente, numa classificação dominada pelos emblemas ingleses.

A Premier League coloca oito clubes nos 10 primeiros posicionados, entre os quais os três que gastaram mais para construir os plantéis existentes na época 2023/24, todos acima dos 1.000 ME: Manchester United (1.150 ME), Chelsea (1.134 ME) e Manchester City (1.042 ME), campeão inglês e europeu.

O Paris Saint-Germain, que atingiu a marca exata de 1.000 ME e ocupa a quarta posição, e o Real Madrid, oitavo, com 708 ME investidos, são os ‘intrusos’ na lista elaborada pelo CIES, que parece um decalque do campeonato inglês.

Arsenal (quinto, com 836 ME), Tottenham (sexto, com 829 ME), Liverpool (sétimo, com 770 ME), Newcastle (nono, com 661 ME) e West Ham (10.º, com 505 ME), completam o ‘top 10’, segundo uma avaliação que soma valores fixos da transferência e variáveis em função de objetivos, independentemente de terem sido concretizados.

Dos 20 clubes da Premier League, apenas o recém-promovido Lutton não integra a hierarquia do Observatório do Futebol, seguindo-se a Liga italiana, com 15 equipas, espanhola, com 12, francesa e alemã, ambas com 11.

Fora das cinco ligas mais importantes, o Al Hilal, clube saudita treinado pelo português Jorge Jesus, foi mais gastador no atual lote de futebolistas, no valor de 382 ME, seguido do Leicester, com 281 ME, uma das três formações da segunda liga inglesa que integram a lista do CIES, em conjunto com Southampton e Leeds.

Os clubes do Championship estão à frente dos três ‘grandes’ portugueses, que, na classificação geral, ocupam posições substancialmente mais modestas: o Benfica está colocado no 45.º posto, enquanto o FC Porto é 51.º e o Sporting é 52.º.

Por setores, o Liverpool foi o que gastou mais na contratação dos atuais guarda-redes, no valor de 73 ME, enquanto o Manchester United investiu mais na defesa (383 ME), o Real Madrid no meio campo (447 ME) e o PSG no ataque (557 ME).

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