Hoje nas notícias: Rui Rio, Meo e urgências

  • ECO
  • 14 Dezembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

No seguimento da Operação Influencer, Rui Rio considera que Lucília Gago “deveria abandonar o cargo”. Francisco Assis lança António Costa para a presidência do Conselho Europeu. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta quinta-feira.

Rui Rio sugere demissão da Procuradora-Geral da República

O ex-líder do PSD, Rui Rio, considera numa entrevista que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, “deveria abandonar o cargo” no seguimento do que aconteceu depois da Operação Influencer, que fez cair o Governo. Critica ainda o Ministério Público, que considera que “faz o que quer e como quer”. O antigo dirigente mostrou-se ainda contra a dissolução do Parlamento.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

Assis lança Costa para o Conselho Europeu

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, considera que o futuro político de António Costa “não acabou”, por ser “novo”, e acredita que pode passar pela liderança do Conselho Europeu. “Pessoalmente, gostaria de o ver, se possível, na presidência do Conselho Europeu”, disse. Para o socialista, o primeiro-ministro seria “muito útil” ao projeto europeu. “Não estou a ver, entre os primeiros-ministros em funções, alguém que tenha um perfil tão adequado ao desempenho daquela função quanto o António Costa”, rematou.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Casos não urgentes deixam de ser atendidos nas urgências

Mais uma mudança na calha do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O Governo pretende que os doentes com casos pouco graves ou não urgentes, equivalentes às pulseiras de triagem azul e verde, sejam reencaminhados para os centros de saúde. A consulta decorrerá no mesmo dia ou no dia seguinte num centro de saúde ou um hospital de dia. O objetivo da medida, que vai ser submetida a consulta pública, é reduzir a procura excessiva das urgências hospitalares.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Interesse saudita na Meo no radar do Governo

Fonte oficial do gabinete do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa assegura que, caso haja interesse da Saudi Telecom na compra da Altice Portugal, ela merecerá uma “análise” por parte do Governo. Apesar de não ter sido formalizada até ao momento, o executivo assegura que “está atento” à evolução de um setor que considera “estruturante para o país”, como é o das comunicações.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Escassez de pessoas é ameaça à construção

Um estudo da Michael Page revela que há falta de mão-de-obra nos setores da construção e engineering & manufacturing e que estes vão continuar sob pressão em 2024. Também a escassez de talento vai existir na área de tecnologias de informação. Em termos salariais, os indicadores de mercado não preveem para 2024 “grandes oscilações relativamente ao ano anterior na maioria dos setores”, revela o estudo.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso livre).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de dezembro

  • ECO
  • 14 Dezembro 2023

Ao longo desta quinta-feira, 14 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Função Pública tem tolerância de ponto a 26 de dezembro e 2 de janeiro

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2023

Função Pública terá tolerância de ponto nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro, exceto serviços e organismos essenciais, devido à "tradição" do Natal e do Ano Novo.

O Governo decidiu conceder tolerância de ponto nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro aos trabalhadores que exercem funções públicas no Estado, de acordo com uma nota do gabinete do primeiro-ministro divulgada esta quinta-feira.

“É concedida tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas nos serviços da administração direta do Estado, sejam eles centrais ou desconcentrados, e nos institutos públicos nos próximos dias 26 de dezembro de 2023 e 02 de janeiro de 2024″, é referido na nota.

Na nota, o gabinete de António Costa justifica as tolerâncias de ponto pelo facto de ser “tradicional a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência no período natalício e de ano novo tendo em vista a realização de reuniões familiares”.

Em relação a estes dois dias de tolerância de ponto, é salientado que se “excetuam os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período, em termos a definir pelo membro do Governo competente”.

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O Grupo Bancalé adquire a sede corporativa da Sareb em Madrid num processo assessorado pela Anticipa-Aliseda

  • Servimedia
  • 14 Dezembro 2023

A Sociedade de Gestão de Ativos provenientes da Reestruturação Bancária (Sareb) concluiu o processo ordenado de venda de sua sede social em Madrid, dirigido pela Anticipa-Aliseda.

A operação, assinada ontem, foi concluída com um acordo com o Grupo Bancalé, de origem aragonesa e especializado no setor imobiliário e logístico. O grupo, que possui ativos avaliados em 300 milhões de euros, adquiriu o prédio sob um modelo de sale&lease, pelo qual a Sareb continuará sendo a locatária do imóvel. A entidade assinou ontem o contrato de venda e locação de forma simultânea.

A Anticipa-Aliseda, que também é responsável pelos serviços de gestão e comercialização da carteira de imóveis e empréstimos da entidade pública, foi encarregada de dirigir e organizar a venda, que se enquadra no mandato de desinvestimento e pagamento da dívida da Sareb.

A Sareb ocupa este imóvel, localizado no bairro madrileno de Mirasierra, desde 2020. Localizado na rua Costa Brava, 12, foi completamente reformado em 2018 e possui uma área de mais de 6.000 metros quadrados de escritórios, distribuídos por quatro andares acima do solo, além de 145 vagas de estacionamento. É um prédio que possui a certificação de sustentabilidade Breeam. A área térrea é destinada a áreas comuns para os dois locatários e inclui auditório, salas de reuniões e cafetaria.

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“Limpar” a imagem custaria à ex-CEO da TAP mais de 12 mil dólares mensais

Quatro meses depois de ter sido despedida da TAP, a gestora francesa foi contactada por duas consultoras, uma americana e outra britânica, a propor os serviços para melhorar a reputação.

Quatro meses depois de ter sido despedida da TAP com justa causa, a ex-CEO foi contactada por duas empresas, uma americana e outra inglesa, especializadas em gestão de imagem, sobretudo online, a propor à gestora os seus serviços para travar os prejuízos reputacionais e profissionais “vincados por todo o mundo” e para tentar “mitigar a situação de descrédito internacional”.

Uma das empresas é a Status Labs, sedeada no Reino Unido, considerada como a principal empresa de gestão de reputação digital, marketing online e relações públicas. Segundo a documentação anexada ao processo movido pela gestora francesa contra as duas empresas do universo TAP – a que o ECO teve acesso – o gestor da empresa sugere vários pacotes de serviços e campanhas, que duram entre dois a seis meses, para limpar a imagem de Christine Ourmières-Widener com valores fixados entre os “oito mil e os 12 mil dólares mensais, dependendo do objetivo”, lê-se num email enviado pela Status Labs a Floyd Widener, marido da gestora francesa.

Entre os vários serviços oferecidos, a Status Labs recomendou uma estratégia de gestão de reputação online que passaria por “limpar” as notícias negativas sobre Christine Ourmières-Widener das primeiras páginas de pesquisa do Google.

Na prática, esta agência de comunicação escolheria entre dez a 20 artigos com um tom positivo ou neutro para as “puxar” para a primeira página quando se pesquisa pelo nome da ex-CEO da TAP, acima das notícias negativas. Como? Dando relevância a essas notícias positivas através de uma estratégia de backlinks (hiperligações noutros sites), que “são um fator importante que determina como o Google determina o conteúdo que é mais relevante para uma determinada palavra-chave”.

Além disso, a Status Labs sugeriu ainda limpar a imagem pessoal de Christine Ourmières-Widener gerindo e criando conteúdos publicados no sites pessoais da gestora, onde se incluem, por exemplo, a publicação de artigos de fundo, entrevistas, perfis profissionais. Desta forma, é publicado conteúdo mais positivo e que aparece nos resultados de pesquisa em plataformas e sites de alta credibilidade aos olhos do Google.

No email enviado ao marido da gestora, a empresa inglesa sugeriu também editar a página da Wikipedia de Christine Ourmières-Widener, alterando a informação sobre a gestora nas páginas referenciadas. Esta campanha, que pode durar entre três a seis meses, tem custos que flutuam “entre os 10 mil e os 20 mil dólares”, sendo que o “preço final e duração da campanha depende do volume e da complexidade das alterações necessárias”, lê-se no documento.

A outra empresa que contactou, em julho, Christine Ourmières-Widener a oferecer os seus serviços para travar danos reputacionais e profissionais foi a americana Trident DMG, com sede em Nova Iorque, especializada em mitigar danos em contexto de crise, de estratégia e de comunicação. No entanto, entre a documentação anexa ao processo não constam detalhes nem valores dos serviços propostos à gestora francesa por esta empresa.

O ECO sabe que a gestora ainda não aceitou os serviços destas duas empresas estando a analisar as duas soluções. No processo lê-se que “os custos com este acompanhamento são bastante elevados”, mas com os prejuízos pessoais e profissionais que enfrenta, a gestora pode vir a ser “obrigada a aceitar” os serviços da Status Labs e da Trident DMG para “tentar mitigar a situação de descrédito internacional”, em que se encontra.

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Alívio da inflação e recessão à espreita pressionam BCE a cortar juros em 2024

O BCE vai manter os juros e tentar contrariar as expectativas agressivas de alívio da política monetária em 2024 apesar da inflação estar a aliviar e economia a caminho de uma recessão.

Com a inflação a aliviar de forma mais célere do que o esperado e a intensificarem-se os sinais de que a economia da Zona Euro não vai escapar a uma recessão, o Banco Central Europeu (BCE) tem esta quinta-feira a difícil tarefa de contrariar as estimativas agressivas do mercado para os cortes de juros em 2024.

A autoridade monetária vai manter a taxa dos depósitos em 4%, na segunda pausa consecutiva que surge depois de dez aumentos ao longo de 15 meses, num total de 450 pontos base (4,5 pontos percentuais). As taxas de juro aplicáveis às operações de refinanciamento (4,5%) e de cedência de liquidez (4,75%) também vão ficar estáveis.

A manutenção das taxas é a única certeza para a reunião do Conselho do BCE em Frankfurt. A forma como o BCE vai ajustar o seu discurso perante a evolução dos últimos indicadores económicos e as alterações de expectativas dos mercados é a grande incógnita, pelo que o conteúdo do comunicado (13h15 em Lisboa) e as palavras de Christine Lagarde (13h45) serão determinantes para moldar as estimativas para a evolução da política monetária em 2024.

A inflação da Zona Euro desceu em novembro para 2,4%, o nível mais baixo desde julho de 2021. No espaço de apenas três meses, a inflação caiu para menos de metade (5,2% em outubro), sendo que o indicador que exclui alimentos e energia (inflação subjacente) também está a acelerar a tendência descendente, embora ainda distante da meta dos 2% (atingiu 3,6% em novembro).

Na frente da atividade económica, também são evidentes os efeitos do aperto da política monetária. O PIB da Zona Euro recuou 0,1% no terceiro trimestre e os economistas apontam para uma contração da mesma dimensão nos últimos três meses do ano, o que deixará a economia em recessão técnica. Para já, os economistas estimam que o movimento negativo será passageiro, mas a recuperação em 2024 será branda.

Neste contexto, o BCE já começou a dar sinais de que o ciclo de subida das taxas de juro chegou ao fim. A mensagem mais explícita veio de Isabel Schnabel, a influente membro do Conselho do BCE, que reconheceu o alívio mais forte do que previsto da inflação, colocando em causa a narrativa de pausa prolongada nas taxas de juro que vinha a ser transmitida pelo banco central.

Investidores preveem cortes agressivos

As declarações de Schnabel, em conjunto com os indicadores económicos, motivaram um ajuste muito pronunciado nas expectativas dos investidores ao longo do último mês. O mercado está atualmente a apontar para uma redução de 130 pontos base nas taxas de juro em 2024, com o primeiro corte (25 pontos base) a surgir já em março. No final de outubro, quando aconteceu a última reunião, as expectativas apontavam para cortes de 70 pontos base em 2024. Entre os economistas as expectativas são mais contidas, com a média das previsões a apontarem para um corte até julho e uma redução total de 75 pontos base no próximo ano.

Perante estas expectativas, é provável que Christine Lagarde opte por manter um discurso conservador, continuando a descartar cortes de juros no primeiro semestre e a deixar as próximas decisões reféns da evolução dos indicadores económicos. As projeções para o crescimento do PIB e evolução da inflação serão revistas em baixa, sendo que a dimensão do ajuste também dará uma maior visibilidade sobre a trajetória dos juros no próximo ano.

“Esperamos que o BCE reconheça que a inflação está a descer de forma mais rápida do que o esperado, mas seja tímido em declarar vitória de forma prematura”, referem os economistas do Deutsche Bank, estimando que o banco central reitere a “orientação de que a manutenção das taxas em níveis restritivas por um período suficientemente longo trará a inflação de regresso à meta” dos 2%.

Ainda assim, tendo em conta a evolução da inflação e o tom dos responsáveis do BCE, o banco alemão está agora a estimar um total de 150 pontos base em 2024, a começar em abril. Há um mês só esperava a primeira descida em junho, num total de 75 pontos base em 2024. No início de dezembro, apontava para apenas 100 pontos base de cortes no próximo ano.

A velocidade do ajuste das previsões dos economistas não é um exclusivo do Deutsche Bank. A Capital Economics está atualmente a prever que o primeiro corte de juros vai surgir em abril, depois de há duas semanas ter apontado para julho e antes estimar setembro. “Não gostamos particularmente de efetuar alterações tão significativas nas nossas estimativas num curto período de tempo”, referem os economistas da consultora, destacando que outros economistas e o mercado efetuaram um ajuste semelhante para refletir a surpresa na inflação e as declarações de Schnabel.

Lagarde deixa opções em aberto

Para os economistas do ING, “o grande desafio do BCE passa por manter todas as opções em aberto sem parecer muito brando (dovish), mas também não deslocado da realidade”. O banco dos Países Baixos salienta que existe o risco de o BCE estar a subestimar o ritmo da desinflação, como como aconteceu em 2021 e 2022 quando desvalorizou a intensidade da tendência de subida de preços.

A ironia poderá muito bem ser que, ao aprender com o primeiro erro, o BCE acabe por cometer outro”, comenta o ING, salientando que ainda é muito cedo para avaliar se o BCE já está “atrás da curva”. “Dado o historial dos últimos anos, o banco central não se pode dar ao luxo de tentar antecipar o que vai acontecer” na economia, “terá de esperar que aconteça”, refere o ING. Dito de outra forma, o BCE só abrirá a porta a descida de juros quando for mesmo evidente que a inflação está a caminho dos 2%.

O Goldman Sachs espera que o Conselho do BCE reconheça claramente que os últimos números da inflação surpreenderam pela positiva e que existe um progresso no rumo da inflação para a meta. Contudo, vinca que não é expectável que Lagarde forneça qualquer orientação de calendário para decisões de política monetária, optando antes por continuar a vincular as perspetivas para os juros “à confiança de que a inflação regressará a 2% de forma sustentável”.

O banco de investimento aguarda que o Conselho do BCE aborde o tema dos reinvestimentos das obrigações adquiridas no âmbito do PEPP (programa de compra de ativos implementando na pandemia) e que chegam à maturidade. O Goldman Sachs aguarda que seja adotada uma decisão formal em janeiro, limitando os reinvestimentos a dez mil milhões de euros por mês a partir de abril e o fim dos reinvestimentos em julho.

O BCE assumiu o compromisso de reinvestir as obrigações adquiridas no programa de apoio monetário durante a pandemia até ao fim de 2024, mas vários responsáveis do banco central (incluindo Christine Lagarde) já admitiram o fim mais célere. O Deutsche Bank só estima uma decisão final sobre a redução do balanço em março e o fim faseado dos reinvestimentos a partir do terceiro trimestre.

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Airbus “aterra” na fábrica de Santo Tirso com nova injeção de sete milhões e 250 empregos

Multinacional do setor da aviação faz aumento de capital de sete milhões de euros na Airbus Atlantic Portugal para expandir a unidade industrial de Santo Tirso, que já emprega mais de 250 pessoas.

A gigante Airbus Atlantic avançou com um aumento de capital no valor de sete milhões de euros na empresa que detém em Portugal, de acordo com os documentos consultados pelo ECO. Na fábrica de Santo Tirso, especializada na montagem de fuselagem metálica, emprega mais de 250 pessoas e produz peças para as famílias Airbus A320 e A350.

A subsidiária do grupo francês do setor aeronáutico, fabricante de aeroestruturas e assentos para pilotos e passageiros, confirma ao ECO que com esta injeção de capital, oficializada em outubro e subscrita pela sócia única Airbus Atlantic SAS, “pretende continuar a sua expansão, consolidando a presença em Santo Tirso e dando resposta ao potencial de desenvolvimento da atividade em Portugal”.

“A Airbus Atlantic está a cumprir com o plano delineado e com os compromissos que tem definidos para Portugal. Desde o início da operação no país já foram criados mais de 250 postos de trabalho altamente qualificados e o objetivo é continuar a recrutar em 2024, de forma a acompanhar o aumento de produção previsto”, detalha fonte oficial da empresa. Criada em janeiro de 2022, juntando as unidades da Airbus em Nantes e Montoir-de-Bretagne com a Stelia Aerospace, soma 13 mil funcionários em cinco países (França, Canadá, Marrocos, Tunísia e Portugal) e fatura mais de 3,5 mil milhões de euros por ano.

Desde o início da operação no país já foram criados mais de 250 postos de trabalho altamente qualificados e o objetivo é continuar a recrutar em 2024, de forma a acompanhar o aumento de produção previsto.

Fonte oficial da Airbus Atlantic

Foi em setembro do ano passado que a Airbus Atlantic inaugurou oficialmente as instalações na Zona Industrial da Ermida, que ocupam uma área de 20 mil metros quadrados e que representaram um investimento próximo dos 40 milhões de euros neste concelho do Vale do Ave. Tem atualmente várias posições por preencher, incluindo as de administrador financeiro (CFO), inspetor de qualidade, técnico de manutenção e operador de montagem de estruturas aeronáuticas.

Em junho, a empresa anunciou que estava a recrutar para atingir um “objetivo a médio prazo” de acrescentar 250 postos de trabalho altamente qualificados aos 170 que tinha nessa altura. Na segunda metade do ano abriu cinco cursos de formação com a duração total de quatro meses — três no Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM) e o último na fábrica. Aos cerca de 20 formandos de cada curso prometeu uma bolsa mensal de 720 euros e contrato sem termo caso fossem bem-sucedidos.

Há pouco mais de um ano, o CEO da Airbus Atlantic, Cédric Gautier, já dizia estar “muito confiante” no aumento do investimento no país. Recorrendo à “experiência” em Marrocos, Tunísia e Canadá, em que os montantes aplicados “foram, pelo menos, duplicados face ao inicialmente previsto”, apontou Portugal como “um bom candidato” a recebê-los, notando que a empresa já o antecipava quando em 2020 comprou um terreno que “corresponde à duplicação do investimento” realizado.

Serviços partilhados dão 850 empregos em Lisboa e Coimbra

Além desta unidade de montagem em Santo Tirso, a Airbus tem também um centro de serviços partilhados em Portugal, que emprega atualmente mais de 850 pessoas, de acordo com os dados oficiais fornecidos ao ECO. Está instalado no Parque das Nações (Lisboa) e tem um escritório satélite em Coimbra, onde já trabalham também 50 pessoas.

Da área das finanças aos recursos humanos, passando pelas compras ou pela área jurídica, a Airbus Global Business Services (Airbus GBS), uma operação iniciada em julho de 2021 e liderada por Charles Huguet, dá suporte a 16 funções diferentes nas operações globais, apoiando as divisões Airbus Commercial Aircraft, Airbus Helicopters e Airbus Defence & Space.

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Só portaria de extensão acabaria com polémica nos aumentos salariais dos médicos

Governo fechou acordo sobre salários com os médicos, mas só um dos sindicatos assinou o entendimento. Há dúvidas sobre que profissionais estão incluídos. Advogados avisam que só portaria esclareceria.

Meio mês depois de o Governo ter chegado a acordo com os médicos, ainda não é claro se todos os clínicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) terão ou não acesso aos aumentos salariais aí previstos.

É que esse entendimento foi assinado por apenas uma das estruturas sindicais — o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) –, deixando em dúvida se os reforços remuneratórios também serão aplicados aos médicos com contratos individuais de trabalho não sindicalizados ou filiados noutros sindicados.

Os advogados ouvidos pelo ECO admitem que a questão não é pacífica e avisam que só uma portaria de extensão poria termo à polémica. O Ministério da Saúde ainda não tem uma resposta fechada para dar, e diz que está a avaliar.

Após 36 reuniões e 19 meses de negociação, a 29 de novembro o Governo chegou a acordo com o SIM em várias matérias, nomeadamente no que diz respeito aos aumentos salariais dos médicos. Ficou prevista, por exemplo, uma subida de 14,6% dos ordenados dos assistentes hospitalares com efeitos a partir de janeiro.

Embora só o SIM tenha firmado esse entendimento, o Ministério da Saúde fez questão de frisar, no comunicado divulgado logo nessa data, que o aumento salarial acordado seria aplicado “a todos os médicos, privilegiando as remunerações mais baixas”.

Porém, as dúvidas não tardaram a surgir. Poucas horas depois, o SIM veio indicar que o acordo só abrangeria os sócios deste sindicato.

O acordo irá abranger os médicos com contratos em funções públicas, que são a esmagadora maioria dos que estão nos cuidados primários, e os que têm contratos de trabalho individual sindicalizados no SIM.

Jorge Roque da Cunha

Secretário-geral do SIM

“O acordo irá abranger os médicos com contratos em funções públicas, que são a esmagadora maioria dos que estão nos cuidados primários, e os que têm contratos de trabalho individual sindicalizados no SIM“, sublinhou o secretário-geral dessa estrutura sindical.

Estava, pois, a sinalizar que os médicos com contrato de trabalho individual não sindicalizados ou filiados noutros sindicatos não teriam direito a estes aumentos.

A propósito, convém explicar a diferença entre o contrato de trabalho em funções públicas e o contrato individual de trabalho.

Em causa estão dois tipos de vínculos diferentes ao Estado enquanto empregador, sendo que o primeiro tem uma série de direitos (das majorações dos dias de férias à progressão na carreira) que estão vedados aos segundos. Nos hospitais, atualmente, só os médicos mais velhos têm contratos em funções públicas, segundo o SIM.

As referidas declarações do SIM não caíram bem junto da outra estrutura sindical que representa os médicos, e que ficou de fora do referido acordo.

Da parte da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), não demorou a chegar o argumento (apoiado por um parecer jurídico) de que os aumentos seriam para “todos os médicos especialistas e até médicos internos, sindicalizados ou não, que trabalham no SNS“.

Com o SIM de um lado e a FNAM do outro, o Ministério da Saúde foi questionado pelos jornalistas. Mas, em contraste com a assertividade do primeiro comunicado, a tutela sublinhou a 30 de novembro que “ainda estava a ultimar os termos concretos da operacionalização” do acordo.

Esta semana — meio mês depois do início desta polémica –, o Ministério da Saúde, nas declarações que enviou ao ECO a indicar que impacto orçamental terá a revisão salarial acordada com o SIM, aproveitou para dar notar que está a ser avaliada “a tramitação necessária à aplicação do acordo no universo de profissionais médicos, em conformidade com os vínculos laborais e direitos sindicais“.

“Regista-se que o sindicato que não subscreveu o acordo defende que os seus associados tenham direito ao resultado do mesmo”, sublinhou o gabinete de Manuel Pizarro. Ou seja, persistem as dúvidas.

Os advogados ouvidos pelo ECO defendem que estas questões só serão resolvidas se o Governo assinar uma portaria de extensão, isto é, recorrer ao instrumento que legalmente estende os efeitos de um acordo “mesmo a trabalhadores que não estejam sindicalizados, mas que desempenhem as mesmas funções daqueles que optaram por se sindicalizar”, define a advogada Isabel Araújo Costa, da Antas da Cunha ECIJA.

Dois princípios constitucionais em confronto

Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM.Lusa

Ao ECO, a associada sénior da Antas da Cunha ECIJA explica o que está em questão.

De um lado, está o princípio da filiação, que diz que uma convenção coletiva apenas obriga o empregador que a subscreve ou filiado em associação de empregadores celebrante, e os trabalhadores ao seu serviço que sejam membros de associação sindical celebrante.

Do outro, está o princípio da igualdade, que determina que ao trabalho igual deve corresponde salário igual.

Há, portanto, dois princípios previstos na Constituição em confronto. Assim, Isabel Araújo Costa reconhece: “este acordo de valorização salarial foi celebrado apenas com o Sindicato Independente dos Médicos, pelo que, por um lado, e à luz daquele princípio da filiação, este aumento só seria, em tese, de se aplicar aos médicos filiados no SIM, deixando de fora inúmeros profissionais de saúde”.

Mas ressalva: “Por outro lado, deverá aplicar-se a todos os médicos, independentemente da filiação, sob pena de fazer perigar um outro princípio basilar que é o do trabalho igual, salário igual”.

“A não se estender estas condições a todos os médicos, pode estar a condicionar-se a liberdade sindical e a forçar uma sindicalização dos médicos no SIM só para poderem beneficiar deste aumento. Não podemos olvidar o princípio constitucionalmente consagrado da liberdade sindical.

Isabel Araújo Costa

Associada sénior do departamento de Direito do Trabalho e da Segurança Social da Antas da Cunha ECIJA

Aliás, se os aumentos não forem estendidos a todos os médicos, a liberdade sindical poderá estar a ser posta em causa, alerta a advogada, na medida em que se estaria a “forçar uma sindicalização dos médicos no SIM só para poderem beneficiar deste aumento”.

“Não podemos olvidar o princípio constitucionalmente consagrado da liberdade sindical, pois que nenhum trabalhador é obrigado a inscrever-se num sindicato“, assinala a advogada.

Por outro lado, há advogados que discordam da própria natureza do entendimento e, portanto, da capacidade de sequer ser alargado. Tiago de Magalhães, associado sénior de Direito do Trabalho & Fundos de Pensões da CMS Portugal, destaca que o acordo a que o Ministério da Saúde chegou com o SIM é um “acordo intercalar”, e não uma convenção coletiva. “Neste sentido, não se deverão aplicar as regras de incidência subjetiva dos acordos coletivos de trabalho, pelo que, o acordo alcançado apenas se deverá aplicar aos trabalhadores que tenham como empregador o SNS e que estejam filiados no SIM“, entende.

Argumentos à parte, o que está em cima da mesa?

Neste momento, certo é que todos médicos com contratos de trabalho em funções públicas filiados ao SIM têm direito aos aumentos salariais.

E os que não são sindicalizados ou não são filiados ao SIM também deverão ter — esse sindicato não tem contestado, aliás, esse ponto. “Não sendo filiados no SIM, parece resultar que os médicos com contrato de trabalho em funções públicas poderão beneficiar deste aumento“, assegura Isabel Araújo Costa.

O mesmo não se diga dos médicos não filiados e com contrato individual“, atira a mesma advogada. No caso dos que têm contrato de trabalho individual, a valorização está assegurada, se forem filiados no SIM. Para os demais — “nos hospitais, a maioria dos médicos tem contratos individuais de trabalho“, chegou a adiantar o secretário-geral do SIM –, a questão está em aberto.

“O Governo deverá lançar mão de um instrumento legislativo, como o da portaria de extensão, que alargue o âmbito subjetivo a todos os médicos do Serviço Nacional de Saúde, independentemente da sua filiação e da natureza do seu vínculo“, apela Isabel Araújo Costa.

Vasco Miguel Sabino, advogado da LegalPartners, também reconhece que, nestes casos, a portaria de extensão é a chave para o esclarecimento das dúvidas. “A aplicação dos termos do acordado com o Sindicato Independente dos Médicos aos profissionais com contrato individual de trabalho depende de determinação da publicação de Portaria de Extensão“, afirma.

Lembra, contudo, um Acórdão proferido pelo Tribunal da Relação de Évora que defendeu que “a portaria de extensão não deverá abranger o alargamento de aplicação de uma convenção coletiva aos trabalhadores de um sindicato não signatário do acordo e aos empregadores filiados noutra associação de empregadores”.

Segundo esse advogado, tal acórdão veio, de resto, confirmar “a opinião do falecido professor Pedro Romano Martinez, que justificava que ‘se um determinado sindicato não quis negociar e celebrar aquela convenção coletiva”, é porque tinha alguma objeção.

Vasco Sabino acrescenta ainda que, “admitindo-se que a extensão do instrumento autónomo pode abranger trabalhadores filiados em outra associação sindical, estar-se-ia a pôr em causa a autonomia contratual desse sindicato, cuja liberdade negocial ficaria coartada“.

Há, portanto, argumentos dos dois lados da balança. A bola está agora do lado do Governo.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que o INE confirma a inflação de novembro, o Conselho do Banco Central Europeu vai reunir para decidir sobre as taxas de juro.

Num dia marcado pela divulgação de vários dados estatísticos, incluindo a confirmação da taxa de inflação de novembro, o Banco Central Europeu vai reunir para decidir sobre as taxas de juro. No Parlamento, os deputados vão discutir a situação dos serviços públicos, num debate que foi requerido pelo PSD.

INE confirma inflação de novembro

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai confirmar esta quinta-feira a taxa de inflação de novembro. A estimativa rápida divulgada no final do mês passado apontava para uma taxa de 1,6% em novembro, uma descida de 0,5 pontos percentuais face ao mês anterior. Este número fica já abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu.

BCE e Banco de Inglaterra decidem juros

O Conselho do Banco Central Europeu reúne esta quinta-feira para decidir sobre a política monetária e as taxas de juro, sendo que a expectativa é que se mantenham no nível atual, numa altura em que a inflação na Zona Euro recuou para os 2,4% em novembro. Neste mesmo dia, o Banco de Inglaterra também anuncia a sua decisão sobre os juros.

Como evolui atividade turística e construção?

O INE vai também divulgar dados sobre a Atividade Turística, referentes ao mês de outubro, bem como estatísticas sobre o setor da construção. Serão conhecidos os Índices de Produção, Emprego, Remunerações na Construção para outubro, bem como os dados sobre as Obras Licenciadas e Concluídas no terceiro trimestre deste ano.

Parlamento debate situação dos serviços públicos

Os deputados reúnem esta quinta-feira à tarde em plenário para um debate de cerca de duas horas e meia sobre a “Situação dos Serviços Públicos”. O tema que está na ordem do dia na Assembleia da República foi escolhido pelo grupo parlamentar do PSD.

Eurostat divulga PIB e consumo per capita

O gabinete de estatísticas da União Europeia vai divulgar esta quinta-feira dados sobre o Produto Interno Bruto e o consumo per capita, bem como sobre os índices de nível de preços durante o período de 2020 a 2022. Estes dados vão permitir fazer uma comparação entre os Estados-membros, nestes anos marcados pela pandemia e pela invasão da Ucrânia.

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É urgente? Ligue para a LUZ 24

  • BRANDS' ECO
  • 14 Dezembro 2023

A linha de triagem e aconselhamento clínico do Hospital da Luz trabalha com uma equipa especializada, a quem pode recorrer quando a doença bate à porta.

Já todos passámos por momentos de indecisão face a um problema súbito de saúde. Devemos ir logo para a urgência mais próxima? Podemos esperar mais um pouco? Há maneira de resolver a situação em casa? É claro que ir a correr para o hospital deve apenas acontecer quando a situação é verdadeiramente urgente. Então, o que fazer? Se é urgente, ligue para a Luz 24: 217 104 424! Com o serviço LUZ 24, a triagem e o aconselhamento clínico gratuito está literalmente à distância de um telefonema para o número 217 104 424.

Disponível para crianças e adultos, este serviço de triagem clínica por telefone funciona 24 horas por dia e dá uma resposta à sua urgência, avaliando a gravidade da situação e indicando o que deve fazer. Do outro lado da linha, vai encontrar uma equipa de enfermagem especializada que, através de protocolos definidos com base nas melhores práticas internacionais, pode encaminhá-lo de imediato para o atendimento urgente numa das unidades da rede nacional do Hospital da Luz ou dar-lhe outras opções.

O serviço LUZ 24 tem também uma resposta pediátrica, apoiando pais e cuidadores quando os mais pequenos mais precisam. Se não sabe se deve ou não ir a um serviço de urgência de Pediatria, fale primeiro com os especialistas do Hospital da Luz para melhor o aconselharem sobre como proceder.

Se for indicada a ida a um Atendimento Urgente do Hospital da Luz, de adultos ou de pediatria, terá acesso a uma senha prioritária na admissão hospitalar. Os profissionais clínicos já terão a informação da LUZ 24 sobre o seu caso e estarão prontos para ajudar no que for preciso.

Se, em vez disso, a situação puder ser resolvida sem que tenha de sair de casa, será disponibilizada a realização de uma videoconsulta urgente ou, em casos menos graves, o agendamento de uma consulta prioritária num período máximo de 48 horas. Nos casos em que a indicação seja ficar em casa com autocuidados, a equipa de enfermagem da Luz 24 tem capacidade técnica para dar todas as indicações sobre como deve agir para melhorar rapidamente. Sem deslocações e sem esperas desnecessárias. Quando sentir uma dor ou estiver preocupado com o seu estado de saúde, a equipa da LUZ 24 vai estar do outro lado da linha para ajudar – sem custos, sem demoras e onde quer que esteja.

A LUZ 24 está sempre por perto, também no MY LUZ do seu telemóvel. Na página de entrada da app do Hospital da Luz encontrará o botão para ligar diretamente para a LUZ 24. Ligue 217 104 424 (chamada para a rede fixa nacional), sempre que a doença tocar à porta.

NOTA: A LUZ 24 não deve ser usada em caso de emergência, em que tem de ser acionado, antes, o serviço 112.

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A curadoria musical ajuda a ligar marcas.

  • BRANDS' ECO
  • 14 Dezembro 2023

"When the music is over, turn out the lights" (The Doors).

Jim Morrison, vaticinou, vociferou, serpenteou, que quando a música acaba, apaga-se a luz. A verdade é que desde o ano louco de 67 para cá, a música contrariou vaticínios, fintou piratas, diversificou géneros e, consequentemente, multiplicou públicos. Registaram-se constantes novas formas de acesso, dos telemóveis, aos festivais, até mesmo à Inteligência Artificial (quem vaticinaria), num todo muito rápido, muitas vezes preocupante ou até mal-entendido, mas as luzes da música não podem estar mais ligadas e mais brilhantes.

Aos dias de hoje há muito mais “música acesa” que segue pela internet, pelas redes, do post à partilha (nunca o verbo foi tão usado), à velocidade dos likes & clicks, somando a facilidade de gravação e edição; nascem e proliferam projetos que resultam numa diversidade de opções, para mais descobertas. Em paralelo, a explosão dos festivais de música vs concertos pontuais de sala e estádios, abre espaço livre para mais música, mais artistas, mais novos estilos e ambientes e mais opções estéticas para pessoas, fãs, marcas e consumidores se apresentarem ligados à musica. Um todo capaz de trazer, desta respeitável indústria, um contributo acima dos 80 mil milhões de euros por ano para a economia da UE.

Tal como a música, a comunicação também se modificou. Há mais vida para além das campanhas de publicidade tradicionais, fixadas em spots de TV, cartazes e rádio. O mundo do digital, das redes, do branded content, das ativações e “experiências”, constituem novas formas de comunicar para tocar e contactar, clientes e amigos, numa lógica de algoritmo dinamizador de engagement, fixador de fãs. A música terá sempre essa capacidade de criar fãs; a marca terá sempre essa necessidade de fidelizar clientes. Este novo mundo da música constitui uma forma diferenciada para a criação, difusão e dinamização de mensagens; para estabelecer relações com um número alargado (ou intimista) de consumidores, de acordo com valores e objetivos assentes em conceitos de comunicação de curadoria musical. Por tal, cada vez mais artistas e managers, entendem esta ligação, quando bem feita, como bem-vinda e capaz de formatos win-win. Até marcas que, por razões diversas, não podem comunicar, podem, associadas a conteúdos de arte, dar mais vida às luzes da música e cultura.

A curadoria musical ou musicbranding, irá sempre aliar eficácia na hora de contar melhor a “história” que a marca quer comunicar. E ainda há muito espaço, nesta associação dos dois mundos, para inovar, fazer mais e melhor, de forma diferente, e consistente – até porque todas as marcas são diferentes, logo, os seus conceitos e posicionamentos também.

Só “As Portas” fechadas por Morrison, apagaram a luz viva deles. A música, essa, irá sempre iluminar a comunicação das marcas que a ela se ligarem, acendendo positivamente as vidas das pessoas.

Luís de Carvalho, Founder @Bandsandbrands

 

 

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Brasil atribui 192 concessões de prospeção e exploração de petróleo e gás por 78,61 milhões

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2023

“Não poderia haver contrassenso maior que a realização deste leilão um dia após o término da COP-28, onde as nações buscam por caminhos para enfrentar o colapso climático", criticam ambientalistas.

O Brasil atribuiu 192 concessões de prospeção e exploração de petróleo e gás a 16 empresas, num leilão realizado esta quarta-feira, um dia depois da COP28 ter aprovado uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis.

O leilão foi precedido de uma manifestação de ambientalistas liderada pela organização não-governamental Greenpeace contra a decisão do Brasil de continuar a leiloar concessões petrolíferas, bem como pela inclusão de áreas na Amazónia.

“Não poderia haver contrassenso maior que a realização deste leilão um dia após o término da COP-28, onde as nações buscam por caminhos para enfrentar o colapso climático. O incentivo à exploração e produção de petróleo no Brasil distancia cada vez mais o discurso do Presidente Lula das ações concretas para uma política energética voltada para o futuro”, disse o porta-voz do Greenpeace Brasil, citado pela imprensa local.

Em resposta, o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Rodolfo Saboia, afirmou que não há contradição entre o país continuar a oferecer concessões e o compromisso do Governo, reafirmado na COP28, de acelerar a transição energética. Os vencedores do leilão pagaram 421,7 milhões de reais (78,61 milhões de euros) pelas licenças e comprometeram-se a um investimento mínimo de 2.000 milhões de reais (370 milhões de euros).

As áreas mais disputadas foram concedidas a grandes empresas do setor, como a estatal brasileira Petrobras, a Shell, a Chevron, a chinesa CNOOC, a australiana Karoon e a norueguesa Equinor. A região mais disputada foi a bacia marítima de Pelotas, um novo horizonte petrolífero no sul do país, onde 44 concessões foram distribuídas entre as grandes empresas. Nesta bacia, o consórcio da Petrobras e da Shell ganhou 26 concessões.

Outro consórcio liderado pela Petrobras e composto pela Shell e pela CNOOC ganhou três áreas e a Chevron ganhou as outras 15. Na bacia offshore de Santos, foram atribuídas duas concessões à Karoon, uma à CNOOC e uma à Equinor. A grande maioria das novas concessões está localizada em bacias terrestres, principalmente na região nordeste do Brasil, mas também no meio da floresta amazónica, e foi atribuída a pequenas empresas brasileiras.

A grande surpresa do leilão foi a desconhecida empresa Elysian, fundada em agosto passado pelo empresário Ernani Jardim de Miranda Machado, que ganhou cerca de 110 concessões em áreas terrestres. O concurso permitiu à Agência Nacional do Petróleo (ANP, o regulador) atribuir direitos a 192 das 602 áreas que ofereceu, ou seja, 32% do total em oferta.

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