Comissão Europeia revê orçamento. Portugal pode ser chamado a contribuir mais

Bruxelas apresenta revisão do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027. Medidas surgem em altura de aumento de custos, bem como mais apoios à Ucrânia.

A incerteza continua a marcar o panorama económico no futuro próximo, tendo também dificultado as previsões para estes tempos. Vendo-se a braços com a invasão da Ucrânia, já em fevereiro de 2022, e uma inflação que continua em níveis elevados, a Comissão Europeia vai avançar com uma revisão do orçamento do bloco, que é apresentada esta terça-feira. E os Estados-membros, incluindo Portugal, podem ser chamados a contribuir mais para os cofres europeus, ainda que se antecipe resistência por parte de alguns países.

As mudanças no orçamento de longo prazo da União Europeia têm em vista apoiar a Ucrânia nos próximos anos, mas também lidar com custos mais altos, nomeadamente relacionados com o serviço da dívida conjunta, emitida para financiar a bazuca europeia de resposta à Covid-19, segundo sinalizaram autoridades da UE à Reuters.

No que diz respeito ao apoio à Ucrânia, estará em causa um instrumento que contempla empréstimos, subvenções e garantias para a reconstrução após a guerra. Além disso, funcionários da UE sinalizaram que a revisão provavelmente também vai incluir uma proposta para uma nova fonte de receita para o orçamento, os chamados “recursos próprios”, ligada aos lucros corporativos.

O eurodeputado português José Manuel Fernandes, responsável por elaborar um relatório sobre as fontes de financiamento da UE, já tinha sinalizado ao ECO que “se não tivermos novas receitas para o Orçamento da UE, Portugal é dos países mais penalizados”. Isto já que “a partir de 2027, o custo da dívida de NextGenEU é 10% do OE anual, mais de 15 mil milhões por ano”, indicava, em fevereiro.

“Não havendo novas receitas”, há cortes, por exemplo, na política de Coesão e na PAC, “que são cruciais para Portugal: a Coesão representa mais de 85% do investimento público” no país, alertou.

No entanto, para além de introduzir novos recursos próprios, a Comissão também deverá pedir mais contribuições aos Estados-membros, segundo reporta o Politico. De acordo com funcionários informados sobre o assunto, é provável que a Comissão peça aos países que contribuam com mais dinheiro, não apenas para a Ucrânia, mas também para cobrir despesas inesperadas e aumento de custos.

Este pedido deve, contudo, receber resistência. Um aumento no orçamento exige que todos os 27 países da UE concordem, mas alguns responsáveis já sinalizaram que não estão de acordo com essa abordagem. “Neste momento, temos negociações muito difíceis nos Estados-membros, incluindo a Alemanha, então não é hora de pedir mais financiamento”, disse o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, na sexta-feira.

Da parte dos Países Baixos, a ministra das finanças e vice-primeira-ministra holandesa Sigrid Kaag também defendeu na semana passada que entende que “este foi um período muito desafiador, mas quando se trata de despesas regulares, como o aumento imprevisto das taxas de juros, outros investimentos necessários, esperamos que a Comissão faça os ajustes necessários nos orçamentos”.

O que está aqui em causa é o quadro financeiro plurianual de 2021-2027, que foi adotado em 2020. Já em 2022 a Comissão Europeia anunciou que iria propor uma “revisão ambiciosa” no segundo trimestre de 2023, afirmando que “as necessidades imprevistas criadas pela guerra na Europa estão muito além dos meios disponíveis no atual quadro financeiro plurianual”. Na altura, indicavam que “novas fontes de financiamento terão que ser identificadas”, mas são ainda incertos os contornos desta proposta que será agora revelada.

As contribuições dos Estados-membros para o orçamento da UE são calculados de forma equitativa em função dos seus recursos, sendo que “quanto maior for a economia do país, mais este pagará”. Segundo a página da Comissão, com valores totais para Portugal referentes a 2020, as transferências públicas recebidas da UE atingiram os 4.799,1 milhões de euros (equivalente a 2,4% do PIB português), enquanto as transferências públicas pagas à União Europeia foram de 2.199,9 milhões de euros (equivalente a 1,1% do PIB português).

Existem também outros recursos próprios, incluindo um novo existente desde 2021, baseado nos resíduos de embalagens de plástico não reciclados, cujo objetivo é servir como incentivo para reduzir o consumo de plásticos de utilização única.

Em antecipação desta revisão, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse em setembro que seria criado um “novo Fundo Europeu de Soberania”, com o objetivo de ajudar as empresas da UE a competir com os subsídios e créditos fiscais incluídos na Lei de Redução da Inflação dos EUA, bem como com a China.

Tudo aponta que este fundo poderá mesmo avançar, segundo um rascunho da proposta de revisão à qual a Lusa teve acesso, onde é sugerida a criação da Plataforma de Tecnologias Estratégicas para a Europa, que “reforçará e potenciará os atuais instrumentos da UE para uma rápida disponibilização de apoio financeiro”, acrescendo a programas existentes focados nas tecnologias limpas, biotecnologias e digitalização.

A reagir à proposta da Comissão esta terça-feira estará a eurodeputada portuguesa Margarida Marques, em conjunto com o polaco Jan Olbrycht, correlatores do Parlamento Europeu sobre o Quadro Financeiro Plurianual. Os eurodeputados dizem estar “muito preocupados que, se não se tomarem as medidas necessárias, o aumento dos custos dos empréstimos para o Instrumento de Recuperação da União Europeia vão provavelmente limitar muito severamente a capacidade do orçamento da UE para financiar as prioridades da União e as suas políticas e responder às necessidades emergentes”, em declarações citadas em comunicado do Parlamento Europeu.

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IAG faz “operação de charme” em Lisboa para preparar corrida à TAP

Luis Gallego, CEO do grupo IAG, esteve em viagem-relâmpago em Lisboa para promover candidatura à privatização da TAP e afastar riscos do 'papão' Ibéria. Um dos encontros foi com Carlos Moedas.

O presidente executivo do grupo IAG, dono da British Airways e da espanhola Iberia, esteve em Lisboa numa operação de charme para preparar a corrida à operação de reprivatização da TAP. Ao que o ECO apurou, Luis Gallego reuniu na segunda-feira com responsáveis de várias entidades, como o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, com o objetivo de desmistificar a ameaça de Madrid ao aeroporto de Lisboa.

O grupo, de que fazem parte também a Vueling e a Air Lingus, é um dos interessados na venda do capital da companhia aérea portuguesa, que o Governo já pôs em marcha. O interesse da dona da Iberia, cuja operação está centrada no aeroporto de Barajas, tem sido visto como uma ameaça ao hub da TAP no aeroporto Humberto Delgado. “Particularmente penso que Iberia não é uma boa solução”, chegou a dizer o ministro da Economia, António Costa Silva, no Parlamento.

Luis Gallego esteve na capital portuguesa para sublinhar que a Iberia é só uma das várias companhias aéreas do grupo e que o objetivo não é canibalizar as rotas da TAP no aeroporto de Lisboa, mas aproveitar as ligações ao Brasil, EUA e África, apurou o ECO. O CEO do grupo IAG esteve reunido com a Câmara Municipal de Lisboa e com a Confederação do Turismo de Portugal. Da agenda desta viagem-relâmpago não terão feito parte nem o Governo, nem a própria TAP.

Este é mais um sinal do interesse na companhia aérea de bandeira portuguesa, depois do grupo IAG ter contratado assessores jurídicos e de comunicação para a operação: o escritório de advogados Vieira de Almeida (VdA) e agência Cunha Vaz & Associados (CVA), respetivamente.

O IAG, que tem uma capitalização bolsista equivalente a 9,4 mil milhões de euros, tem sido um dos principais atores da consolidação do setor na Europa. Em fevereiro, anunciou um acordo para comprar a totalidade do capital da espanhola Air Europa, do empresário Juan José Hidalgo. Pagou 400 milhões para ficar com os 80% que ainda não controlava. Agora volta as atenções para a TAP.

Os dois outros principais interessados na operadora aérea portuguesa são a Lufthansa e do grupo Air-France – KLM. A companhia alemã assumiu, durante a apresentação dos resultados de 2022, no início de março, que os alvos mais interessantes para fusões e aquisições na Europa são a TAP e a ITA, estando a negociar com o governo italiano a aquisição de 40% do capital desta última. No mês passado, a Air France – KLM respondeu ao ECO que avança para a transportadora nacional se o modelo de privatização for “atrativo“.

O Governo já deu o pontapé de saída na operação, com a aprovação no final de abril da resolução de Conselho de Ministros que mandata a Parpública para contratar duas entidades para fazerem a avaliação da companhia aérea. Ficou a faltar ainda o decreto-lei da reprivatização, onde constarão as condições da operação, previsto para julho.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou na comissão parlamentar de inquérito que o diploma vai definir critérios de natureza estratégica para o país” e que “privilegiem o papel da TAP enquanto motor importante do crescimento económico”. O que passa pela “manutenção da hub em Lisboa, pela manutenção de uma companhia com autonomia própria e um projeto de desenvolvimento da companhia e da sua expansão”. “São condições que terão primazia sobre quaisquer outras”, garantiu.

Há largos meses que a TAP está a trabalhar com o banco de investimento americano Evercore, que sondou potenciais investidores na companhia aérea e elaborou um relatório já mostrado ao Governo. No entanto, Fernando Medina já assegurou que a Evercore não será o assessor financeiro do Estado nesta operação.

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Comissão Europeia prepara-se para controlar exportações de bens e tecnologias militares

  • ECO
  • 19 Junho 2023

Comissão Europeia apresenta na terça-feira estratégia europeia de segurança económica para reduzir exposição à China, que poderá retirar poderes aos governos nacionais.

A Comissão Europeia prepara-se para controlar as exportações de bens militares. Na terça-feira, o executivo comunitário vai apresentar a estratégia europeia de segurança económica. Entre as medidas, admite-se retirar poderes aos governos nacionais na exposição a investimentos de países como a China, refere a agência Reuters (acesso livre).

A proposta aponta para a limitação de exportações e de investimentos que permitam a países estrangeiros ter acesso a tecnologias com efeitos a nível militar, como a computação quântica, a inteligência artificial, o 6G, a biotecnologia e a robótica. Também estão em causa os riscos de fornecimento da energia e nas infraestruturas críticas, como as redes de telecomunicações. Haverá ainda cuidados adicionais em relação aos riscos de fuga de tecnologia de ponta.

O documento será apresentado a pouco mais de uma semana de o Conselho Europeu abordar as relações com a China. A proposta refere que os países da União Europeia devem ter parceiros que partilham preocupações a nível de segurança e aponta para a “eliminação de riscos”, nomeadamente na diminuição da dependência económica sobre a China.

Resta saber se a Comissão Europeia vai manter o direito de os governos nacionais gerirem os direitos de exportação de bens. Em Bruxelas, admite-se que surja uma lista adicional com as tecnologias críticas para a segurança económica da região.

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Alemanha apoia com dez mil milhões fábrica de chips da Intel

  • ECO
  • 19 Junho 2023

Empresa de semicondutores dos EUA vai receber apoio de 10 mil milhões de euros do Governo federal da Alemanha. Quando estiver concluída, fábrica vai empregar três mil trabalhadores qualificados.

A Intel vai construir uma fábrica de semicondutores na Alemanha. A empresa americana vai investir 30 mil milhões de euros numa unidade em Magdeburgo, capital do estado da Saxónia. Em troca, a Intel vai receber um apoio do Governo federal de dez mil milhões de euros, indica esta segunda-feira a agência Reuters (acesso livre).

A construção da fábrica vai implicar a contratação de sete mil trabalhadores. Quando a unidade estiver pronta, serão necessários cerca de três mil funcionários altamente qualificados. As instalações deverão começar a funcionar dentro de quatro a cinco anos, depois de a Comissão Europeia aprovar o subsídio do Governo alemão.

A Comissão Europeia procura atrair os fabricantes de semicondutores para tornar a região menos dependente das fábricas localizadas fora do continente, nomeadamente na Ásia e nos Estados Unidos. Nesta fábrica serão produzidos semicondutores para computadores e smartphones.

Desde março de 2022 que a Intel estava a negociar este investimento na Alemanha. Inicialmente, a empresa previa injetar 17 mil milhões de euros no projeto, com ajuda estatal de 6,8 mil milhões de euros. Agora, o investimento privado tem maior peso do que o financiamento federal alemão.

Este é o terceiro grande investimento da Intel anunciado nos últimos quatro dias. No domingo, a empresa revelou que vai apostar cerca de 23 mil milhões de euros numa unidade em Israel; dois dias antes, a multinacional escolheu a Polónia para apresentar uma fábrica de 4,2 mil milhões de euros.

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Concurso para nova ponte rodoferroviária sobre o Douro será lançado até ao Natal

  • Lusa
  • 19 Junho 2023

Projeto da alta velocidade para ligar Porto e Lisboa inclui a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro com dois tabuleiros: um para uso rodoviário e outro para fins ferroviários.

O concurso para a construção da nova ponte rodoferroviária sobre o rio Douro, que ligará o Porto a Vila Nova de Gaia, deverá ser lançado até ao Natal, revelou esta segunda-feira o presidente da Câmara de Gaia. “Até ao Natal ou início do ano, garantidamente [lançamento do concurso]”, disse Eduardo Vítor Rodrigues aos jornalistas, no final da reunião pública do executivo municipal.

O projeto da alta velocidade, que prevê ligar Porto e Lisboa em cerca de uma hora e 15 minutos, inclui a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro com dois tabuleiros: um para uso rodoviário e outro para fins ferroviários.

O autarca explicou que, neste momento, falta “tratar a discussão pública”, que já terminou, e, portanto, acabar o processo. Depois disso, acrescentou, o caderno de encargos será lançado a concurso público.

Vista da nova ponte rodoferroviária entre Porto e Gaia.

A nova travessia vai custar 110 milhões de euros, noticiou a Lusa em 6 de abril, com base numa resposta do Ministério das Infraestruturas ao deputado Firmino Pereira (PSD). O investimento vai ser suportado “integralmente” pelo Estado, sublinhou Eduardo Vítor Rodrigues.

A consulta pública ao traçado ferroviário da linha de alta velocidade Porto – Aveiro, consultada pela Lusa, encerrou com 822 participações e gerou críticas de autarquias atravessadas pelo percurso, sobretudo no distrito de Aveiro.

Eduardo Vítor Rodrigues considerou “natural” que um projeto desta envergadura interfira “aqui e acolá”, mas sendo estruturante para o país entendeu que é preciso compensar quem for prejudicado.

A construção do troço Porto-Soure (que integra ainda o lote Aveiro-Soure), está prevista para o período entre 2024 e 2028 e a entrada em funcionamento do serviço ferroviário em 2029, e a ligação a Lisboa deverá estar a funcionar em 2031.

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Federação dos médicos aplaude pedido da PGR ao Tribunal Constitucional sobre horas extra

Sindicato liderado por Joana Bordalo e Sá aplaude o pedido de inconstitucionalidade feito pela PGR sobre horas extra dos médicos e diz que lei "degrada as condições de trabalho" destes profissionais.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) aplaude o pedido feito pela Procuradora-Geral da República (PGR) — que solicitou que o diploma relativo às horas extraordinárias pagas aos médicos, aprovado há um ano, seja considerado inconstitucional pelo Tribunal Constitucional (TC), — referindo que este “degrada as condições de trabalho dos médicos e aumenta os riscos nos cuidados de saúde”.

“A FNAM saúda e subscreve o pedido de apreciação e declaração de inconstitucionalidade da Procuradora-Geral da República sobre o excesso de horas suplementares dos médicos, que degrada as condições de trabalho dos médicos e aumenta os riscos nos cuidados de saúde“, aponta o sindicato liderado por Joana Bordalo e Sá, em comunicado divulgado esta segunda-feira.

Já o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), diz que desconhece “os fundamentos do acórdão da PGR” e sublinha que da parte deste sindicato “existe uma norma dos acordos coletivos de trabalho” que estabelece um limite máximo de “150 horas semanais”. Ainda assim, Jorge Roque da Cunha admite, ao ECO, que “os médicos têm excesso de trabalho”.

Em causa está o decreto-lei sobre o pagamento do trabalho suplementar realizado pelos médicos em serviço de urgência, aprovado no ano passado, tendo em vista incentivar os profissionais de saúde a trabalhar horas extras nas urgências hospitalares, de modo a diminuir a diminuir a necessidade de contratar médicos externos (os chamados “tarefeiros”).

De acordo com o pedido da PGR, inicialmente noticiado pela TVI/CNN, a lei não estabelece um “limite máximo” de horas extraordinárias a realizar pelos médicos, o que coloca em causa o direito ao descanso e pode levar muitos médicos à exaustão, ameaçando, também, a saúde dos doentes, bem como viola o princípio de proporcionalidade. De notar, que entretanto este regime já sofreu alguns ajustes, mas continua a não impor um limite de horas extra.

A FNAM lembra ainda, que, em julho do ano passado, já tinha pedido “a várias entidades, a apresentação, junto do Tribunal Constitucional, de um pedido de apreciação e de declaração de inconstitucionalidade” da norma que criou este regime excecional e insta o Ministério da Saúde a”abandonar as suas posições radicais relativamente a uma política de pensos rápidos para o SNS”.

Até ao final deste mês, estão a decorrer as negociações com os sindicatos médicos, sendo que até agora não há avanços no que respeita às grelhas salariais e ao regime de dedicação plena. Os sindicatos admitem endurecer as formas de luta, sendo que a FNAM já anunciou uma greve para 5 e 6 de julho.

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Ajustamento nas tarifas de acesso à rede “compensa energia estar mais barata”

  • Lusa
  • 19 Junho 2023

“Tem de haver um equilíbrio. Sabendo nós que o preço da energia está muito mais baixo, então não temos de ter tarifas de acesso à rede tão negativas”, justifica o ministro do Ambiente.

O ministro do Ambiente justificou esta segunda-feira o ajustamento das tarifas de acesso às redes de eletricidade em julho nos níveis de tensão mais elevados com a necessidade de compensar a redução do preço da energia.

“Tem de haver um equilíbrio. Sabendo nós que o preço da energia está muito mais baixo, então não temos de ter tarifas de acesso à rede tão negativas”, explicou Duarte Cordeiro, no final de um conselho de ministros da União Europeia (UE) com a pasta da Energia, no Luxemburgo.

Por isso, acrescentou o governante, “houve um pequeno ajustamento da parte do regulador nas tarifas de acesso à rede, sendo que para os consumidores de baixa tensão não muda o preço”. “Houve um ligeiro ajustamento nas tarifas de acesso à rede para os outros níveis de tensão, exatamente para compensar o facto de a energia estar mais barata”, completou o ministro.

Duarte Cordeiro considerou que, nos últimos seis meses, para uma parte dos consumidores portugueses “houve um preço especialmente baixo” e lembrou que houve pessoas indexadas ao preço de mercado com “preços negativos”.

Deste modo, vai ser possível continuar a reduzir o preço da eletricidade, “mas face a este semestre em concreto, obviamente que esse ajustamento era necessário”. “Não me parece que faça sentido ter preços negativos na tarifa de acesso à rede face ao preço da energia especialmente baixo”, avaliou.

Duarte Cordeiro reforçou que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) “tinha aplicado tarifas muito negativas”, mas como o preço da eletricidade “ficou mais baixo” houve necessidade de “ajustar as expectativas” para o que havia no início do ano.

“Continuamos a achar que as políticas que adotamos contribuem para uma competitividade elevada dos preços da eletricidade no nosso país para todos os consumidores. Este ajustamento não mexe em nada o pano de fundo”, finalizou.

Europa sem acordo sobre reforma do mercado elétrico

Por outro lado, os ministros europeus fizeram “progressos”, mas não chegaram a acordo sobre o redesenho do mercado elétrico da União Europeia (UE), por ainda persistirem “diferenças” entre os Estados-membros relativas aos contratos por diferença, foi anunciado.

“Fizemos progressos, mas ainda não concluímos hoje e deixaremos para os embaixadores no Coreper [representantes permanentes junto da União Europeia] a tarefa de avançar”, anunciou a ministra da Energia da Suécia, falando em nome da presidência sueca do Conselho da UE no final de uma reunião dos ministros da tutela, no Luxemburgo. Ebba Busch acrescentou ter “boas esperanças” de que o acordo seja ainda alcançado este mês, até ao final da presidência sueca rotativa do Conselho, por se tratar de “uma questão técnica por resolver”, mas ainda assim “difícil”.

“As negociações mostram que existem pontos de vista diferentes que, por vezes, são difíceis de fundir, obviamente, mas as conversações também mostraram o empenho sincero dos Estados-membros no nosso objetivo comum de reformar o mercado da eletricidade e reforçar a produção de eletricidade, bem como de poder proteger os consumidores e as empresas que dependem de preços de eletricidade justos e estáveis”, adiantou a responsável.

Também a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, disse à imprensa na ocasião que “não foi possível encontrar uma abordagem geral sobre todo esse pacote de propostas para a reforma da conceção do mercado da eletricidade”. “Fizemos progressos no sentido de eliminar as diferenças na maioria dos pontos pendentes, mas ainda temos uma questão de redação no que se refere à aplicação dos contratos por diferença aos investimentos em ativos existentes”, assinalou a comissária europeia, considerando que este “se trata de um ponto importante porque tem implicações para a promoção do investimento e para o mercado único e a igualdade de condições entre os Estados-membros”.

“Por isso, decidimos que precisamos de mais algum tempo para chegar a uma solução viável e tenho esperança de que o Coreper consiga resolver as restantes questões. E só posso repetir que chegar a um acordo sobre uma reforma será muito importante para tornar o nosso sistema energético mais resistente a quaisquer novos choques e mais adequado ao nosso futuro descarbonizado”, salientou Kadri Simson.

A Comissão Europeia quer reduzir a volatilidade dos preços da luz na UE ao diminuir a influência do gás na eletricidade, promovendo contratos de energia limpa assentes em valores prefixados e garantias governamentais, propôs a instituição num pacote divulgado em março passado.

Bruxelas disse querer promover contratos bidirecionais por diferença, de incentivo ao investimento e promovidos pelos Estados, que acordam um preço (uma espécie de teto) com produtores de renováveis e que serão, ao abrigo do redesenho do mercado elétrico, obrigados a canalizar o excesso de receitas para os consumidores.

A instituição sugeriu também aos países europeus que apostem numa maior utilização de acordos de aquisição de energia sustentável, que são celebrados entre operadores privados – normalmente um produtor de energia renovável e um consumidor industrial –, e relativamente aos quais a reforma obriga os Estados-membros a garantir a disponibilidade de garantias para evitar riscos de crédito dos compradores.

O executivo comunitário defendeu ainda a promoção de contratos a termos fixos para evitar picos, a partilha de energias renováveis entre a vizinhança (em agregados familiares ou em empresas de menor dimensão) como solar em telhados e ainda regulamentação de preços em situações de crise.

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Associação da hotelaria acorda aumento salarial médio de 6,7% com sindicato afeto à UGT

  • Lusa
  • 19 Junho 2023

Os 6,7% de aumento médio incluem o aumento do salário mínimo nacional, sendo a subida salarial distinta consoante as categorias profissionais.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) disse esta segunda-feira que chegou a acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Sitese) para a revisão das tabelas salariais e que implica um aumento salarial médio de 6,7%.

Em comunicado, a AHP disse que o acordo com o sindicato afeto à UGT “acarreta um aumento médio de 6,7%”, sendo o aumento salarial distinto em função das categorias profissionais.

Questionada pela Lusa, a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, disse que os 6,7% de aumento médio incluem o aumento do salário mínimo nacional (decretado pelo Governo) e que, no Orçamento do Estado de 2023, há incentivos fiscais para empresas com majoração dos gastos relacionados com aumentos salariais (50% em que o aumento seja pelo menos 5,1%) desde que não seja agravado o leque salarial entre a maior e menor remunerações atribuídas aos trabalhadores num determinado ano.

Segundo Cristina Siza Vieira, até à categoria 10 o aumento salarial médio é superior, de 7,8%.

Nos estabelecimentos hoteleiros de grupo C (hotéis de 1, 2 e 3 estrelas) o salário da categoria mais baixo é de 760 euros (valor do salário mínimo nacional), no grupo B (hotéis de 4 estrelas e pousadas) a base salarial passa a 771 e no grupo A (hotéis de cinco estrelas) a 776 euros.

A responsável disse que também se aumentou o valor do prémio de língua (passa de 45 para 47,30 euros por mês) e do subsídio de alimentação (de 107 euros para 214,40 euros mensais).

Cristina Siza Vieira frisou que este Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) abrange todo o território nacional e “realidades muito assimétricas”, pelo que o definido são “mínimos denominadores comuns”.

No comunicado divulgado esta segunda-feira, a associação do setor disse que o acordo para revisão das tabelas salariais e das cláusulas de expressão pecuniária convencionadas no CCT, em vigor desde dezembro de 2021, representa “um sinal significativo para os trabalhadores do setor” e que reflete o seu compromisso “em reconhecer a importância dos trabalhadores da hotelaria no crescimento e sucesso contínuo do setor”. As negociações entre a AHP e o Sitese decorriam desde novembro de 2022.

A AHP sublinha ainda a importância da hotelaria e do turismo na economia portuguesa e diz que os resultados do setor “só são possíveis com as equipas motivadas e a funcionar em pleno”.

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“Ciclo difícil do mercado de resseguros continuará em 2024”

  • ECO Seguros
  • 19 Junho 2023

O CFO da Munich Re, Christoph Jurecka, prevê que o ciclo de hard market persistirá até 2024, a menos que 2023 se prove um ano muito benigno em relação a catástrofes naturais.

Christoph Jurecka, diretor financeiro da Munich Re, prevê que o ciclo hard market do mercado se mantenha em 2024, a menos que 2023 seja um ano muito benigno em termos de catástrofes naturais.

O CFO da Munich Re, Christoph Jurecka, afirmou que continua a existir um desequilíbrio considerável entre a oferta e a procura.

O CFO falou recentemente com analistas da Goldman Sachs e observou que continua a existir um desequilíbrio considerável entre a oferta e a procura, com o capital a não estar ainda pronto para entrar no setor e com alguns intervenientes a saírem completamente do mercado imobiliário.

Os analistas explicaram que existe também a possibilidade de as seguradoras primárias se sentirem desconfortáveis com a volatilidade das perdas com catástrofes e procurarem o resseguro.

Jurecka afirmou que a Munich Re está a avançar em relação aos seus objetivos para 2025, embora tenha acrescentado que estas ambições foram definidas numa parte diferente do ciclo. No entanto, a estratégia comercial continua a ser a mesma, ou seja, o crescimento das linhas não cíclicas, que incluem a Global Specialty e a ERGO.

A Munich Re afirma que também irá aproveitar esta oportunidade para obter uma margem mais elevada no negócio de propriedade e acidentes (P&C) Re, uma vez que terá de recuar na parte mais suave do ciclo, e é nessa altura que será visível o benefício de ter um negócio mais estável.

No primeiro trimestre, a resseguradora registou um resultado líquido de cerca de 1,3 mil milhões de euros, inferior ao do ano anterior (1,5 mil milhões de euros), uma vez que as catástrofes naturais provocaram perdas acima da média para a empresa, devido ao terramoto na Turquia e na Síria.

No entanto, a nível do Grupo, as receitas de seguros provenientes de contratos de seguro emitidos aumentaram para 14,3 mil milhões de euros no 1º trimestre de 2023, face a 13,3 mil milhões de euros no ano anterior.

O negócio de seguros, que contribuiu com 1,05 mil milhões de euros para o resultado líquido do Grupo no trimestre, as receitas de seguros de contratos de seguros emitidos atingiram 9,2 mil milhões de euros, em comparação com 8,7 mil milhões de euros no ano passado.

Na altura, a empresa afirmou: “a Munich Re espera que o ambiente de mercado se mantenha positivo e que apresente oportunidades de crescimento atrativas nas próximas rondas de renovação de julho”. Os últimos comentários do diretor financeiro parecem corroborar essa afirmação.

Christoph Jurecka é membro do Conselho de Administração e Diretor Financeiro da Munich Reinsurance Company desde janeiro de 2019. É atualmente responsável pelos Relatórios Financeiros e Regulamentares, Finanças Corporativas e Desempenho, Gestão Integrada de Riscos, Tributação do Grupo e Relações com Investidores e Agências de Rating.

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Seguradoras globais com dúvidas sobre alianças carbono-zero

  • ECO Seguros
  • 19 Junho 2023

A Aliança de Seguros com Emissões Líquidas Zero (NZIA) encolhe para apenas 13 empresas devido a acusações de violação das leis antitrust nos Estados Unidos e pressões políticas na Europa.

As seguradoras globais estão a testar os limites dos organismos ecologicamente sustentáveis apoiados pelas Nações Unidas, levantando dúvidas sobre a eficácia dessas iniciativas.

A agência Reuters apontou, nesta segunda-feira, que a Aliança de Seguros com Emissão Zero Carbono (NZIA), que reunia 30 empresas em março, agora conta apenas com 13 membros, representando aproximadamente 15% do volume global de prémios.

Nos E.U.A., um grupo de procuradores-gerais estaduais republicanos acusa a NZIA, juntamente com a Aliança Bancária de Emissão Líquida Zero (NZBA) e a Aliança de Proprietários de Ativos de Emissão Líquida Zero, de violar as leis antitrust do país.

O cenário tornou-se especialmente relevante para as seguradoras, uma vez que o setor é regulado a nível estadual. A incerteza jurídica e política resultante dessa acusação tem levado algumas empresas a abandonarem a NZIA, enquanto outras arriscam perder negócios devido à “guerra contra a ideologia woke” promovida por políticos estaduais.

Mas a Reuters aponta que o desafio enfrentado pelos organismos ecologicamente sustentáveis vai para além dos Estados Unidos. Apesar das promessas da União Europeia de abandonar o petróleo e o gás russos até 2027 e reduzir as emissões, a crise de segurança energética de 2022 está a mudar o foco dos políticos europeus. Países como a Alemanha estão aumentar a sua dependência do carvão para impulsionar as suas economias. No ano passado, a geração de eletricidade a partir do carvão na maior economia da Europa aumentou 8,4%, com o combustível ‘sujo’ a representar um terço da produção de eletricidade do país em 2022, de acordo com dados do Gabinete Federal de Estatísticas da Alemanha.

Essa mudança de direção política tem impactos significativos nas seguradoras. Apesar das declarações corporativas favoráveis à descarbonização, muitas instituições financeiras preferem evitar novas metas nesse sentido. A pressão política na Europa está cada vez mais direcionada para manter as empresas de carvão como clientes, em vez de abandoná-las, o que coloca em perspetiva o compromisso com as metas de emissão líquida zero.

Embora outros grupos financeiros, fora do setor de seguros, ainda estejam a aderir à Aliança Financeira de Glasgow para Emissão Líquida Zero (GFANZ), isso ocorre, em parte, porque a adesão se tornou mais flexível. No ano passado, o órgão teve que abandonar a exigência de que os membros se comprometessem com a campanha “Rumo ao Zero”.

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ASF quer recrutar financeiros para as áreas EIOPA e Organização da Supervisão

  • ECO Seguros
  • 19 Junho 2023

A Autoridade de Supervisão Financeira anuncia planos de recrutamento de profissionais para as áreas da EIOPA e Organização da Supervisão. O prazo para apresentação de candidaturas é até 10 de julho.

A Autoridade de Supervisão Financeira (ASF) anunciou, nesta segunda-feira, os seus planos de recrutamento de profissionais especializados direcionados para a Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA) e de Organização da Supervisão. Com o objetivo de fortalecer equipas de supervisão e regulamentação, a ASF está em busca de talentos financeiros experientes para desempenhar funções-chave nas respetivas áreas.

A decisão da ASF de recrutar profissionais para essas áreas específicas é uma resposta às crescentes demandas e desafios enfrentados nas organizações.

A EIOPA, como a autoridade europeia responsável pela supervisão do setor de seguros e pensões complementares de reforma, desempenha um papel fundamental na promoção da cooperação e coordenação entre as autoridades nacionais de supervisão. A ASF pretende ainda reforçar a sua equipa de Organização da Supervisão, responsável por garantir a eficiência e a eficácia dos processos de supervisão financeira.

Os candidatos ideais para essas posições deverão possuir conhecimentos nas áreas de finanças, regulação e supervisão, juntamente com experiência relevante no setor segurador. Além disso, é desejável que os candidatos demonstrem habilidades interpessoais, capacidade analítica e capacidade de trabalhar em equipa.

Os interessados podem candidatar-se diretamente no website da ASF, onde encontrarão informações adicionais sobre as vagas disponíveis, requisitos específicos e o processo de seleção.

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Novobanco poupa 20 milhões com reembolso antecipado de obrigações

Banco liderado por Mark Bourke pagava uma taxa de 3,5% por linha de obrigações que iria vencer no próximo ano. Poupança estimada com esta operação ronda os 20 milhões de euros.

O Novobanco decidiu fazer o reembolso antecipado de uma linha de obrigações sénior preferenciais de 300 milhões de euros que iriam vencer em 2024. A informação foi comunicada esta segunda-feira através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O Novobanco informa que, no seguimento da autorização recebida pelo Single Resolution Board, tomou a decisão de reembolso antecipado da emissão de 300 milhões de euros 3,5% Fixed/Floating Rate Callable Senior Preferred Notes com maturidade em 2024 (ISIN: PTNOBIOM0014)”, lê-se na nota.

De acordo com o banco liderado por Mark Bourke, o reembolso antecipado “terá efeito em 23 de julho de 2023, em conformidade com os termos e condições das obrigações que constam do prospeto datado de 20 de julho de 2021 relativamente a essas obrigações”.

O CFO Benjamin Dickgiesser, citado pelo Jornal de Negócios, frisa que “o reembolso sem substituição destes 300 milhões de euros de obrigações denota uma forte geração de capital do negócio do Novobanco” e poupa 20 milhões à instituição financeira, já que as condições da emissão previam que a taxa mais do que duplicaria, se o banco nada fizesse.

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