Apicultores do Algarve em dificuldades queixam-se da falta de apoios

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

A apicultura do Algarve enfrenta o segundo ano de dificuldades devido à seca e ao aumento dos custos de produção, sem contar com qualquer apoio do Ministério da Agricultura.

A apicultura do Algarve enfrenta o segundo ano de dificuldades devido à seca e ao aumento dos custos de produção, sem contar com qualquer apoio do Ministério da Agricultura, criticou a Associação de Apicultores do Sotavento Algarvio (Melgarbe).

A Agência Lusa esteve com produtores da associação algarvia e os apicultores disseram estar a debater-se com a mortalidade dos efetivos devido à vegetação seca e à falta de alimento no campo, situação que se soma ao aumento dos custos e fatores de produção, como o gasóleo ou o alimento que permite a formação das colmeias ou a sua subsistência em tempos de escassez de alimento.

“Este ano, as previsões são péssimas, porque já tivemos um ano de seca anterior e perdeu-se muita frota. Este ano, os apicultores tentaram repor a frota que perderam e apanhamos com um ano que, neste momento, está entre dois meses a dois meses e meio avançado. Portanto, vamos ter um verão muito mais prolongado e as previsões são de que será pior do que o ano passado ou muito pior‘”, afirmou o presidente da Melgarbe, Manuel Francisco.

O produtor na zona de Tavira, no sotavento algarvio, lamentou que não haja apoios para a apicultura, ao contrário do que acontece com outros setores agrícolas que receberam ajudas das entidades oficiais, e antecipou um ano em que as “despesas são cada vez mais e a produção cada vez menor”, levando os apicultores “a passar mais dificuldades”.

Segundo o dirigente associativo, a flora, neste momento, está tão seca como está na maior parte dos anos no fim de agosto e o verão, “em vez de três meses, passa a cinco ou a seis”, afetando a viabilidade das colmeias e a produção.

“A abelha não tem néctar fora da colmeia porque está tudo seco, não faz reprodução de abelhas e a frota vai-se eliminando por ela própria, porque o ciclo de vida acaba e chegamos ao pé das colmeias e elas não têm abelhas pela impossibilidade de a rainha poder reproduzir novas para ir repondo o número de abelhas para a colmeia funcionar”, explicou.

Paulo Ventura, que tem produção de mel na zona de Odeleite, no concelho de Castro Marim, e também é técnico na Melgarbe, estimou que os apicultores venham a produzir “uns 30% em relação à produção que houve no ano passado”, que, “em média, não deve chegar aos cinco quilos por colmeia”.

A mesma fonte lembrou que, no ano transato, o verão se “prolongou imenso” e isso causou “bastante mortalidade de colmeias no outono e no inverno”, os apicultores tentaram “repor os seus efetivos”, mas “hoje já estão a morrer colmeias”.

As perdas situam-se entre “20 a 30% de colmeias, no total”, porque no litoral, onde há agricultura intensiva, “todos os anos morrem mais de metade das colmeias” e “no ano passado morreram perto de 70%”, referiu.

“Depois temos outro problema, termos um Ministério da Agricultura que não olha para o setor apícola como um setor da atividade económica e agrícola como os outros”, criticou.

Paulo Ventura argumentou que os apicultores estão a encadear “anos seguidos de problemas, com mortalidade de colmeias, seca extrema e alterações climáticas”.

De acordo com o responsável, a reposição dos efetivos “vai esgotando o orçamento dos apicultores do Algarve”, onde a Melgarbe tem cerca de 300 associados, que representam cerca de 70.000 a 72.000 colmeias, ou seja, 10% do efetivo nacional.

Paulo Ventura afirmou que os apicultores “nunca tiveram nada da parte do ministério [da Agricultura], à semelhança do que acontece com outras atividades”, como os caprinos, os ovinos ou os bovinos, e frisou que só a montagem de uma colmeia custa cerca de 150 euros, a que se somam também os custos de alimentação do efetivo em tempos de escassez.

“A apicultura portuguesa nunca teve apoios nesse sentido, nunca teve reconhecimento sério e efetivo de quem nos governa e cria-nos todos os dias mais problemas e mais dificuldades manter estes efetivos e fazer face aos compromissos que temos também com o setor da fruticultura”, salientou.

O produtor recordou que são os apicultores do Algarve quem leva colmeias para fazer a polinização das amendoeiras do Alentejo, dos abacates do Algarve ou da framboesa da costa vicentina.

 

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Ex-vice-presidente Mike Pence apresenta candidatura à presidência dos EUA

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

O conservador evangélico, feroz opositor à legalização do aborto, oficializa na quarta-feira, quando completa 64 anos, a sua entrada na corrida presidencial com um comício no Iowa.

O antigo vice-presidente norte-americano Mike Pence apresentou esta segunda-feira a sua candidatura à Casa Branca, segundo os documentos publicados pela comissão eleitoral federal (FEC), e vai desafiar o seu antigo chefe Donald Trump nas primárias republicanas de 2024.

O conservador evangélico, feroz opositor à legalização do aborto, oficializa na quarta-feira, quando completa 64 anos, a sua entrada na corrida presidencial com um comício no Iowa, um dos estados decisivos para as primárias, após meses de especulação sobre a sua possível participação na disputa pela nomeação republicana.

Pence foi um próximo aliado de Trump durante os seus quatro anos de mandato, mas a sua colaboração deteriorou-se na sequência das denúncias de fraude eleitoral do então Presidente, mas que foram recusadas por todas as instâncias judiciais.

Para além de Trump e Pence também se incluem na lista de pré-candidatos Ron DeSantis ou Nikki Haley. As sondagens colocam Trump na liderança das preferências republicanas (53 por cento), seguido de DeSantis (26%) e com Pence num modesto terceiro lugar (06%).

Nos últimos meses, Pence foi a estados decisivos nas primárias, incluindo Carolina do Sul ou New Hampshire, apesar de se ter concentrado em Iowa, o primeiro local onde vão decorrer as eleições primárias do Partido Republicano.

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BdP estuda obrigar empresas a aceitar dinheiro e um meio de pagamento eletrónico

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

Entre as linhas de ação inclui-se “estudar uma alteração legislativa que imponha a obrigação de as empresas aceitarem, em conjunto com o numerário, pelo menos um instrumento de pagamento eletrónico".

O Banco de Portugal quer o estudo de uma alteração legislativa que imponha a obrigação de as empresas aceitarem, em conjunto com o numerário, pelo menos um instrumento de pagamento eletrónico, segundo uma consulta pública divulgada esta segunda-feira.

Esta medida consta da Estratégia Nacional para os Pagamentos a Retalho para o horizonte de 2025, que o supervisor bancário português colocou em consulta pública até ao dia 5 de julho. A estratégia, elaborada pelo Fórum para os Sistemas de Pagamentos (FSP) – uma estrutura consultiva do Banco de Portugal (BdP) – guia-se por quatro objetivos: proximidade e transparência; inovação e eficiência; segurança e usabilidade; e resiliência e sustentabilidade.

Entre as 34 linhas de ação previstas inclui-se “estudar uma alteração legislativa que imponha a obrigação de as empresas aceitarem, em conjunto com o numerário, pelo menos um instrumento de pagamento eletrónico”. A estratégia propõe estudar também o modelo técnico que viabilize a disponibilização de alternativas digitais aos talões em papel em operações em TPA e em CA, por opção do utilizador ou “estudar o desenvolvimento de soluções de e-invoicing [faturação eletrónica] nomeadamente nos pagamentos a ou de entidades públicas”.

Prevê ainda a identificação e dinamização de processos de reciclagem de cartões de pagamento, bem como “avaliar a eventual eliminação da obrigatoriedade de os bancos pagarem cheques até 150 euros nas situações de insuficiência de fundos na conta do sacador”.

No que toca à segurança, propõe a análise da “viabilidade de criação de um mecanismo, no âmbito dos débitos diretos, para controlo de entidades credoras não idóneas, ao nível interbancário”, analisar a evolução das tipologias de fraude e de burla e definir ações concertadas de prevenção e mitigação e, entre outras medidas, “facilitar a adoção da solução de identidade digital que vier a ser promovida” pela Comissão Europeia.

As linhas de ação passam ainda por implementar uma solução de request-to-pay (RTP) para as transferências (a crédito e imediatas) na comunidade nacional, dinamizar soluções de pagamento tap-to-phone e similares e “avaliar os impactos, no âmbito dos pagamentos, da potencial evolução para um contexto de open finance”.

Estudar “as implicações da criação do padrão harmonizado europeu de QRcodes para transferências imediatas nos pontos de interação com o cliente, identificando as adaptações necessárias a nível nacional” é outra das medidas previstas.

Os interessados em participar na consulta pública deverão remeter eventuais contributos, em formato editável para o e-mail [email protected]. O supervisor financeiro avisa que “poderá publicar os contributos recebidos ao abrigo desta consulta pública, devendo os respondentes que se oponham à publicação, integral ou parcial, da sua comunicação fazer menção disso no contributo enviado”.

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Governo alarga certificados à banca para reduzir custos com distribuição

Bancos não se comprometem a venderem certificados, mas Governo espera baixar custos com a distribuição que está sobretudo nas mãos dos CTT.

Os bancos só decidirão se vão comercializar Certificados de Aforro aos seus balcões quando conhecerem as condições, mas do lado do Governo há a expectativa de que ter mais canais de venda além dos CTT vai ajudar a aumentar a concorrência e a baixar os custos com a distribuição deste produto.

A possibilidade de os Certificados de Aforro poderem ser subscritos nas agências ou sites dos bancos “responde a uma proposta do IGCP, justificada com o objetivo de estimular a concorrência na distribuição dos Certificados de Aforro e assim potenciar o alargamento dos canais de distribuição à disposição dos investidores, bem como de reduzir os custos de distribuição”, dizem as Finanças.

O ministério liderado por Fernando Medida acrescenta que “esta alteração vai ao encontro das observações que têm vindo a ser feitas pelo Tribunal de Contas”, que tem pressionado o Governo a alargar os canais através dos quais pode distribuir os certificados que ganharam enorme pujança nos últimos meses à boleia da subida dos juros e das baixas remunerações dos depósitos.

Ainda assim, lembram as Finanças, até hoje nenhum banco manifestou interesse na distribuição dos Certificados de Aforro. “O IGCP não recebeu quaisquer propostas para distribuição destes produtos por parte de outras instituições para além da atual, os CTT”, frisa.

O ECO contactou os CTT, mas não obteve uma resposta até à publicação deste artigo. Em todo o caso, os Correios têm obtido um jackpot com a corrida das famílias aos Certificados de Aforro. No primeiro trimestre do ano, tiveram receitas na área dos serviços financeiros de quase 30 milhões de euros, disparando 141,6% em termos homólogos, devido à venda de dívida pública nos seus postos – colocou 7,5 mil milhões de euros entre janeiro e março, um disparo de 550%.

Antes de o Governo ter decidido baixar a remuneração dos Certificados de Aforro, os CTT falavam mesmo em “perspetivas sólidas” para este negócio – recebem comissões pela colocação deste produto junto das famílias –, mas a redução da taxa de juro e o alargamento da distribuição aos bancos poderão ter mudado a previsão.

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Descontos fiscais na gasolina e gasóleo voltam a cair em junho

O Governo mantém inalterado para o mês de junho o desconto no ISP que vigorou no mês anterior. Mas atualiza em alta a taxa de carbo

O Governo mantém o desconto no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e atualiza a taxa de carbono em cerca de dois cêntimos na gasolina e no gasóleo durante o mês de junho.

“O Governo mantém inalterado para o mês de junho o desconto no ISP que vigorou no mês anterior, traduzindo-se num desconto de 13,1 cêntimos por litro no gasóleo e de 15,3 cêntimos por litro na gasolina“, informa o ministério em comunicado. Ao mesmo tempo, o Governo prossegue o descongelamento gradual taxa de carbono, atualizando a taxa em cerca de dois cêntimos na gasolina e no gasóleo.

Tendo em conta as medidas em vigor, a redução da carga fiscal passará a ser de 28 cêntimos por litro de gasóleo e de 30 cêntimos por litro de gasolina em junho. O ministério de Fernando Medina tinha decidido, para o mês de maio, reduzir os descontos em sede de ISP para 30 cêntimos por litro no gasóleo e de 31,6 cêntimos na gasolina e, por outro lado, começar a descongelar a taxa de carbono.

O setor tinha apontado para combustíveis mais baratos esta semana com uma redução estimada de 2,5 cêntimos na gasolina e de 0,5 cêntimos no gasóleo. Agora, com esta atualização fiscal, o gasóleo ficará mais caro.

No quadro das medidas de apoio ao setor agrícola, mantém-se a redução de 6 cêntimos por litro na tributação do gasóleo agrícola, acrescenta a nota.

O Governo justifica estas alterações essencialmente com dois argumentos: “O preço de referência do gasóleo e da gasolina está atualmente abaixo do preço verificado em outubro de 2021, [preço] que justificou as medidas iniciais de mitigação ao nível do ISP” e o consumo de combustíveis tem aumentado, contrariando os objetivos ambientais assumidos pelo Executivo.

De acordo com o ministério, o consumo de combustíveis nos primeiros quatro meses de 2023 atingiu o recorde da última década, e o consumo de combustíveis rodoviários, em abril (o último mês com dados publicados) regista um crescimento de 19% face ao período homólogo.

O Governo aproveita também para sublinhar que “a tributação dos combustíveis em Portugal está significativamente abaixo da média ponderada da Zona Euro: 16% no gasóleo e 11% na gasolina”.

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Câmara de Lisboa vai investir 4,4 milhões em transporte escolar ate 2026

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

Câmara de Lisboa investe 4,4 milhões de euros, até 2026, em transporte escolar para crianças da rede pública de jardins-de-infância e escolas do ensino básico e secundário.

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou, esta segunda-feira, a contratação de transporte escolar para crianças da rede pública de jardins-de-infância e escolas do ensino básico e secundário, para os próximos três anos letivos, no valor total de 4,4 milhões de euros.

Em causa está a decisão de contratar e de autorização da despesa, através de um procedimento por concurso público, com publicação no jornal oficial da União Europeia, para a aquisição de serviço de transporte escolar para as crianças dos jardins-de-infância e alunos do ensino básico e secundário da rede pública da cidade de Lisboa, para o ano letivo 2023/2024, com possibilidade de renovação nos anos letivos de 2024/2025 e 2025/2026.

Em reunião privada do executivo, a proposta foi apresentada pela vereadora da Educação, Sofia Athayde (CDS-PP), e foi viabilizada após a aprovação de alterações sugeridas pelo Livre e pelo PCP. Ainda vai ser submetida a votação na Assembleia Municipal de Lisboa.

Entre os 17 membros do executivo municipal, a proposta da vereadora da Educação foi viabilizada com uma abstenção do BE e os votos a favor dos restantes, nomeadamente da liderança PSD/CDS-PP (que governa sem maioria absoluta, com sete eleitos), de PS, PCP, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

A proposta do Livre, subscrita pelo BE, foi aprovada por unanimidade, acrescentando que a primeira renovação do contrato de serviço de transporte escolar deve ser precedida da apresentação do estudo/projeto previsto na proposta n.º 164/2022 de gratuitidade do transporte coletivo para residentes em Lisboa. Ou seja, para “conceção de um novo serviço de mobilidade escolar através do recurso a miniautocarros elétricos — Os Amarelinhos — que promova a autonomia das crianças e jovens, e ajude a diminuir as viagens de carro dentro da cidade”.

Já a proposta do PCP, viabilizada com a abstenção da liderança PSD/CDS-PP, introduz três novos pontos, entre os quais a divulgação, até final de julho deste ano, dos resultados do estudo de um serviço a criar pela empresa municipal Carris dedicado ao transporte escolar, que está a ser implementado como projeto-piloto em 10 escolas da cidade e que resulta de uma iniciativa dos comunistas, aprovada por unanimidade em fevereiro de 2022.

O caderno de encargos, anexo à proposta da vereadora da Educação, prevê a possibilidade de não dar continuidade à vigência do contrato para os anos letivos de 2024/2025 e 2025/2026, bastando para tal notificar a entidade a ser contratada 30 dias antes do término do contrato sobre a não intenção de prorrogar o mesmo.

Apesar de terem sido aprovados novos pontos à proposta da vereadora Sofia Athayde, o BE decidiu abster-se na votação final, por considerar que o contrato deveria incluir o transporte escolar para as crianças que frequentavam a Escola do Vale de Alcântara, que foi encerrada no mandato anterior por questões de segurança.

A proposta de contrato para os três anos letivos apresenta uma despesa no valor estimado de 4,15 milhões de euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor de 6%, perfazendo o total de 4,4 milhões de euros, de acordo com o documento.

Para o atual ano letivo 2022/2023, o contrato de serviço de transporte escolar foi adjudicado à empresa Barraqueiro Transportes, no âmbito do concurso público, e tem vigência até 31 de julho deste ano, “sem possibilidade de renovação”.

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Guterres propõe pacto global para gerir desenvolvimento da Inteligência Artificial

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

O objetivo é que Governos, setor privado e sociedade civil possam adotar este grande acordo em setembro de 2024, durante a Cimeira do Futuro convocada pela ONU.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, propôs esta segunda-feira um pacto global para gerir as tecnologias digitais, incluindo o rápido avanço da Inteligência Artificial (IA), que, segundo a organização, pode trazer ameaças difíceis de controlar. Guterres, que em 2021 propôs um Pacto Digital Global que já defendia a promoção da regulamentação da IA, apresentou as suas ideias sobre como fazê-lo num documento de 30 páginas.

A intenção das Nações Unidas é que Governos, setor privado e sociedade civil possam adotar este grande acordo em setembro de 2024, durante a Cimeira do Futuro convocada pela ONU. Embora o Pacto Digital Global proposto por Guterres seja muito amplo, um dos seus eixos de maior destaque é o da Inteligência Artificial, principalmente depois dos rápidos avanços que se têm registado nos últimos meses.

Começamos a perceber a dimensão do seu potencial disruptivo, tanto positivo como negativo, mas ainda não nos reunimos para ponderar as questões e colaborar na identificação de riscos e formas ágeis de os mitigar”, explicou o ex-primeiro-ministro português.

Guterres sublinhou que um “limiar digital foi recentemente ultrapassado, com o uso generalizado de IA generativa na forma do ChatGPT [um sistema que simula conversas e produz conteúdos] e muitas outras aplicações”, uma tecnologia que terá um grande impacto, mas que, segundo frisou, não é claro se será positivo.

A perspetiva de mais progresso tecnológico muitas vezes tem gerado mais medo do que esperança. Mesmo aqueles que desenvolveram a IA e lucram mais com ela expressaram profunda preocupação e apelaram – até mesmo imploraram – por ações de governança”, destacou.

Guterres considera necessário garantir que o design e o uso da IA ​​sejam transparentes, seguros e sob o controlo de humanos que possam ser responsabilizados, por isso está empenhado em combinar diretrizes e padrões internacionais, quadros regulatórios nacionais e padrões técnicos numa estrutura que facilita a gestão “ágil” dessas novas tecnologias.

No geral, Guterres procura uma cooperação entre as autoridades e a própria indústria. Assim, entre as ações que propõe estão o lançamento urgente de um trabalho de investigação com empresas para garantir que os sistemas de IA sejam seguros e alinhados com os valores humanos ou o estabelecimento de um grupo consultivo de alto nível com especialistas que se reúnam regularmente para abordar essas questões.

Além disso, pede aos Governos que tracem – juntamente com a indústria – diretrizes que orientem o desenvolvimento da IA ou que assumam compromissos para reforçar a transparência e incluir equipas de direitos humanos e ética nesse trabalho.

Por fim, o líder das Nações Unidas apela a que se ponderem “proibições de utilização de aplicações tecnológicas cujo potencial ou impacto não possam ser justificados ao abrigo do direito internacional dos direitos humanos”, embora não tenha entrado em detalhes. Ao longo dos últimos anos, o secretário-geral da ONU tem vindo a alertar, por exemplo, para o risco das chamadas armas autónomas, sistemas militares guiados por inteligência artificial que podem tomar as suas próprias decisões ao lançar um ataque.

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GNR começa a fiscalizar veículos pesados de mercadorias e passageiros

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

A operação de controlo e fiscalização rodoviária de veículos pesados de passageiros e de mercadorias pretende promover a concorrência leal no setor dos transportes rodoviários.

A GNR realiza a partir desta segunda-feira, em todo o país, uma operação de controlo e fiscalização rodoviária de veículos pesados de passageiros e de mercadorias, para promover a concorrência leal no setor dos transportes rodoviários.

A operação, que vai decorrer até domingo, realiza-se no âmbito do Euro Contrôle Route (ECR), um grupo de organismos europeus de fiscalização dos transportes rodoviários que cooperam para melhorar a segurança rodoviária, a sustentabilidade, a concorrência leal e as condições de trabalho no transporte rodoviário, refere a GNR, em comunicado.

A Guarda Nacional Republicana indica que, enquanto parceira do ECR, vai desenvolver ações de fiscalização que contribuam para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores profissionais.

Segundo a GNR, as ações de fiscalização vão incidir sobre as alteração de características e transformação, tempos de condução diária e semanal, pausas e períodos de descanso diários e semanais e velocidades instantâneas registadas pelo aparelho de controlo durante as últimas 24 horas, bem como funcionamento do aparelho de controlo (tacógrafo).

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Porto SAD levanta 55 milhões de euros junto de 3.758 pequenos investidores

Operação pública de subscrição das obrigações FC Porto SAD 2023-2026 terminou com a procura a exceder em 1,37 vezes a oferta. Fernando Gomes assegura que taxa de juro de 6,25% é "sustentável".

A FC Porto SAD colocou a totalidade da oferta de obrigações de 55 milhões de euros junto de 3.758 pequenos investidores. De acordo com informação avançada esta segunda-feira pela Euronext Lisboa, a operação contou com uma procura 1,37 vezes acima da oferta, com as ordens a chegarem a quase 75,5 milhões de euros.

Esta operação de financiamento através de obrigações dirigidas para o retalho, oferecendo uma remuneração anual bruta de 6,25% ao longo de três anos, foi composta por duas ofertas: uma componente de subscrição, que ascendeu a 37,1 milhões de euros; e outra de troca de obrigações que emitiu há dois anos e que superou os 17,9 milhões de euros.

O objetivo inicial da SAD portista passava por garantir o financiamento necessário para reembolsar o empréstimo obrigacionista “FC Porto SAD 2021-2023”, atualmente com um montante em dívida de 39,8 milhões de euros, e que vencerá a 26 de novembro deste ano. Mas a 31 de maio, a dois dias do fim da operação, aumentou a oferta para 55 milhões, o que já indiciava uma boa adesão por parte parte dos pequenos aforradores.

Para os novos credores, a SAD azul-e-branca assumiu o compromisso de pagar uma taxa de cupão anual de 6,25%, pago semestralmente, até 7 de dezembro de 2026, através da subscrição das obrigações FC Porto SAD 2023-2026. Trata-se assim de uma emissão a três anos e seis meses.

Para os antigos credores, existia a possibilidade de os investidores trocarem as obrigações FC Porto SAD 2021-2023, que carregam uma taxa de cupão de 4,75%, pelas novas obrigações FC Porto SAD 2023-2026, acrescido de um prémio monetário de 0,05 euros, o equivalente a 1% do valor nominal das antigas obrigações.

A FC Porto SAD atingiu ao quarto dia, a 25 de maio, a meta dos 55 milhões de euros, segundo a informação divulgada esta tarde. O montante mínimo de subscrição foi de 2.500 euros, sendo que a maioria dos investidores (1.717) que participaram na oferta de subscrição investiu entre 2.505 e 5.000 euros. No caso da oferta de troca, a maior participação (377 investidores) em termos de valor subscrito foi no intervalo entre os 10.005 euros e os 50.000 euros.

Na sessão desta tarde, realizada nas instalações do Porto, onde a Euronext tem duas operações (a Interbolsa e um centro tecnológico inaugurado em 2017 e onde trabalham quase 300 pessoas), coube ao presidente da SAD, Jorge Nuno Pinto da Costa, o tradicional “toque do sino”, desta vez na cidade Invicta.

O diretor financeiro, Fernando Gomes, assinalou o “sucesso” desta operação, salientando a “longa experiência” em operações deste género, elogiou a “camaradagem e resposta pronta” do Haitong Bank, que assegurou a coordenação global, e aproveitou para agradecer aos “pequenos investidores [que] responderam novamente ao apelo” da SAD portista.

Taxa fica “um bocadinho” acima da média de financiamento anual

Durante a conferência de imprensa, questionado pelo ECO sobre se esta taxa de 6,25% é sustentável para as finanças da SAD, Fernando Gomes garantiu que sim, notando que “a comparação terá de ser com os meios alternativos de financiamento”, uma vez que os empréstimos obrigacionistas são “verdadeiramente insuficientes para as necessidades financeiras ao longo do ano”.

“Contrariamente ao que hoje domina a comunicação social, que é uma opinião pública insatisfeita com a banca pela frágil remuneração dos depósitos, a verdade é que, quando se trata de financiar, a banca leva taxas bem elevadas. Estamos a pagar um bocadinho mais do que aquilo que é a nossa média de financiamento anual, portanto é sustentável”, indicou o administrador.

Por via do financiamento direto não se consegue taxas muito mais baixas. Mesmo com garantias muito fortes, como são, por exemplo, os recursos da Liga dos Campeões. Mesmo nessas circunstâncias, as taxas de financiamento que conseguimos não são tão atrativas assim para considerarmos que esta taxa é muito elevada.

Fernando Gomes

CFO da SAD do FC Porto

Fernando Gomes calculou que “por via do financiamento direto não se consegue taxas muito mais baixas” do que a praticada na mais recente oferta de obrigações. “Mesmo com garantias muito fortes, como são, por exemplo, os recursos da Liga dos Campeões. Mesmo nessas circunstâncias, as taxas de financiamento que conseguimos não são tão atrativas assim para considerarmos que esta taxa é muito elevada”, acrescentou.

Já sobre o patamar mínimo de mais-valias que os dragões têm de gerar nas próximas semanas, o porta-voz respondeu que, tal como acontece com Benfica e Sporting, “não há alternativa” à venda de “alguns dos principais ativos para realizar mais-valias e equilibrar as contas”. E este ano não será exceção, com Fernando Gomes a escusar-se a adiantar nesta fase qual o encaixe que será necessário, mas a notar que será menor devido aos mais de 40 milhões de receitas da UEFA que estão garantidos pelo apuramento para a próxima edição da Liga dos Campeões.

Há uma pressão acrescida para realizar essas vendas de jogadores até ao final deste mês? “Isso é iniludível. É assim mesmo. Tem de ser até 30 de junho porque só os resultados que forem conseguidos até à meia-noite de 30 de junho é que contam para o fecho das contas deste ano. A acontecer alguma coisa para equilibrarmos as contas – e tem de acontecer – é até 30 de junho”, concluiu responsável financeiro e vice-presidente da SAD.

(Notícia atualizada às 17h25 com declarações de Fernando Gomes)

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Sánchez assegura que presidência espanhola da UE não será prejudicada por eleições

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

"Os objetivos já estão definidos. Além disso, não são objetivos que estabelece apenas a presidência espanhola, são partilhados pelo resto dos Estados-membros e pela Comissão Europeia”, disse Sánchez.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, garantiu esta segunda-feira que a presidência do Conselho da União Europeia (UE) no segundo semestre do ano, que assumirá Espanha, não será prejudicada pela antecipação das eleições legislativas no país para 23 de julho.

Os objetivos já estão definidos. Além disso, não são objetivos que estabelece apenas a presidência espanhola, são partilhados pelo resto dos Estados-membros e pela Comissão Europeia”, afirmou Sánchez, em Madrid, numa conferência de imprensa ao lado do homólogo sueco, Ulf Kristersson, cujo país assume atualmente a presidência semestral europeia.

Entre esses objetivos estão, afirmou Sánchez, avanços nas negociações do pacto de imigração e asilo da UE e das novas regras fiscais e macroeconómicas para os Estados-membros, assim como o aprofundamento da designada “autonomia estratégica” da Europa, para diminuir a dependência de fornecedores externos, como a China.

São objetivos que todos partilhamos e esperamos que cheguem a bom porto antes do final do ano”, disse o primeiro-ministro espanhol, que acrescentou que “não há nenhum risco de que não se possam cumprir todos os objetivos”, que foram definidos antes da antecipação das eleições.

Sánchez acrescentou que já houve eleições noutros países enquanto tinham a presidência semestral europeia e “não aconteceu absolutamente nada”. O primeiro-ministro de Espanha realçou que só está prevista uma cimeira europeia antes das eleições legislativas, que estavam inicialmente marcadas para dezembro.

Essa cimeira que se vai realizar antes das eleições vai juntar os líderes da UE com os da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Bruxelas, em 17 e 18 de julho. Não há uma cimeira UE-CELAC há oito anos e este novo impulso às relações entre a Europa e a América Latina, também no contexto do debate da “autonomia estratégica” europeia, é outra das marcas que Espanha pretende deixar com a sua presidência do Conselho da UE.

Neste contexto, o Governo de Madrid, como reafirmou o próprio Sánchez, espera também que no segundo semestre deste ano se conclua a revisão dos acordos comerciais da UE com o Chile e com o México e que seja dado um “passo decisivo” para o acordo com o Mercosul (Mercado Comum do Sul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).

O primeiro-ministro de Espanha destacou ainda como objetivos da presidência espanhola a continuidade do apoio à Ucrânia, mantendo a unidade dos Estados-membros nesta matéria. Espanha vai receber a presidência semestral do Conselho da UE da Suécia, cujo primeiro-ministro, Ulf Kristersson, garantiu que no primeiro semestre houve progressos no pacto de imigração e asilo da União Europeia, cabendo agora à presidência espanhola também um “papel muito importante” nesta negociação.

Tanto Kristersson como Sánchez realçaram a importância de fechar este dossiê – e outras negociações – antes do final da atual legislatura europeia, ou seja, antes das eleições para o Parlamento Europeu de junho de 2024. Quanto à antecipação das eleições espanholas, Ulf Kristersson afirmou que outros países foram também a votos enquanto assumiam as presidências semestrais europeias e “não há nenhum problema”.

A própria Suécia, lembrou, teve eleições imediatamente antes de assumir a presidência do Conselho da UE e França, por exemplo, teve presidenciais a meio. Espanha vai ter eleições legislativas gerais antecipadas em 23 de julho, convocadas pelo próprio Pedro Sánchez na sequência da derrota do Partido Socialista (PSOE), que lidera, nas regionais e municipais de 28 de maio.

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Mawdy prolonga cobertura Covid-19 nos seguros viagem

  • ECO Seguros
  • 5 Junho 2023

A seguradora, antes conhecida por Mapfre Asistencia, considera que há risco de novas variantes e países que podem exigir cobertura para efeitos da Covid-19 para entrada no seu território.

Mesmo depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado que o vírus Covid-19 deixou de se configurar como emergência sanitária global, a Mawdy, nova designação da seguradora Mapfre Asistencia, refere que a OMS mantém que o vírus ainda se encontra ativo, podendo surgir novas variantes com efeitos relativamente imprevisíveis.

Por esse motivo, a Mawdy anunciou que os seus seguros de viagem da passam a cobrir os efeitos da doença provocada por Covid-19, “sempre que a doença impossibilite o segurado de viajar ou exija o recurso a serviços médicos de assistência. Mesmo que não seja contratado o produto específico para cobrir Covid-19“.

Assim, o produto Covid-19 ainda se manterá disponível para subscrição, uma vez que podem existir autoridades estatais que ainda exigem a menção “Covid-19” no certificado de seguro.

Em comunicado, a seguradora refere que “a manutenção deste produto também se afigura relevante para salvaguardar situações no futuro em que novas variantes possam surpreender, pois só esta solução cobre a decisão de não viajar perante um teste positivo a Covid-19, ainda que a contração do vírus não acarrete complicações de saúde”. Ou seja, basta o teste positivo para ativar o seguro.

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Preço do gás dispara 20%. É o maior salto desde março

A evolução acontece num dia em que surgem sinais de uma procura mais forte por gás da parte da Ásia.

O contrato de referência na Europa, o holandês Title Transfer Facility (TTF), está a subir 16,57% para os 27,62 euros por megawatt-hora (MWh) esta segunda-feira, 5 de junho, e já chegou a disparar 20% para os 28,5 euros, o maior salto desde março.

O preço dos contratos de gás natural regressa, desta forma, a níveis que já não tocava desde o dia de 31 de maio. No acumulado dos últimos cinco dias, já se conta uma subida de quase 8%, relata o site especializado Barchart.

Esta evolução acontece num dia em que surgem sinais de uma procura mais forte por gás da parte da Ásia e, em simultâneo, a oferta no mercado de gás natural liquefeito parece ter apertado, relata a Bloomberg.

Além disto, os preços podem estar a ser pressionados depois de o maior exportador mundial de petróleo, a Arábia Saudita, anunciar que vai cortar a produção em cerca de um milhão de barris por dia em julho. Esta redução poderá ser estendida, caso seja necessário.

Na semana passada, no entanto, os preços do gás tocaram o nível mais baixo dos últimos dois anos.

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