“Continua a haver enorme insatisfação nos utentes e profissionais” do SNS, admite Fernando Araújo

Diretor do Serviço Nacional de Saúde (SNS) reconhece que "continua a haver" utentes e profissionais insatisfeitos e lembrou que há mudanças que vão levar anos ou décadas a terem impacto.

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, admitiu esta quinta-feira que “continua a haver uma enorme insatisfação dos utentes e profissionais” em relação ao SNS. “Se continuarmos com as mesmas políticas, seguramente não vamos conseguir obter resultados”, defendeu.

Fernando Araújo interveio na cerimónia do sétimo aniversário da Altice Labs, o polo tecnológico da Altice Portugal, localizado em Aveiro, em que as exportações já valem 85% das receitas.

Salientando que “todos os países ocidentais” estão a enfrentar estes desafios, o responsável defendeu uma “aposta franca na prevenção da doença” e lembrou que, apesar do aumento significativo das verbas do Orçamento do Estado para a Saúde nos últimos anos, as “políticas podem demorar anos ou décadas a terem resultados impactantes”.

Aproveitando uma plateia maioritariamente composta por profissionais de tecnologia e telecomunicações, o diretor executivo do SNS enalteceu que uma das respostas “é a inovação” como “instrumento para conseguirmos mudanças disruptivas que tragam melhorias a curto e médio prazo”.

De seguida, Fernando Araújo foi dando exemplos de tecnologias inovadoras na Saúde e salientou que “a tecnologia é uma ferramenta essencial” para mudar os sistemas de saúde. “Estamos muito atentos e motivados a acompanhar esta mudança”, atirou.

Um dos exemplos destacados e que, segundo o responsável, está a “revolucionar” os cuidados de saúde, é “a recolha de dados biológicos” — “em muitos casos sem custos porque os utentes recolhem de forma passiva esses dados”, contribuindo para a prevenção, o diagnóstico e até a investigação científica.

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Num mês, mais de 24 mil portugueses pediram baixa por doença através do SNS 24

Mais de 24 mil pessoas pediram uma baixa por doença através do SNS 24, desde que a medida entrou em vigor. A maioria dos pedidos foi recebido pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo e pela ARS Norte.

No espaço de um mês, mais de 24 mil pessoas pediram uma baixa por doença através do SNS 24. Quase oito em cada dez foram na região de Lisboa e Vale do Tejo e na região Norte.

Em causa está uma das medidas previstas na alteração à Lei laboral, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, que entrou em vigor no passado 1 de maio, permitindo aos utentes pedirem uma autodeclaração de doença de curta-duração, através da linha SNS 24. Estas baixas não podem ultrapassar os três dias consecutivos, e estão limitadas a duas vezes por ano.

Deste então, “24.770 pessoas solicitaram a autodeclaração de doença”, dos quais mais de 14 mil são mulheres e mais de 10 mil homens, revela a Direção Executiva do SNS, em comunicado enviado às redações. Cerca de metade (52,6%) foi pedida através da app SNS24, 45,43% através da área pessoal do portal do SNS e apenas cerca de 2% a partir da linha SNS 24.

Em termos regionais, a maioria dos pedidos foi recebido pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e pela ARS do Norte, com 10.700 e 8.657 pedidos de declaração, respetivamente. Segue-se a ARS do Centro (com 3.250), a ARS do Alentejo (997), a ARS do Algarve (971), os Açores (170) e a Madeira (156). Contas feitas, quase oito em cada dez pedidos (78,1%) foram recebidos pela ARS de LVT e pela ARS Norte.

Já por faixa etária, o maior número de pedidos foram feitos pela faixa etária entre os 19 e os 44 anos (mais de 18 mil), seguido da faixa etária dos 45 aos 64 anos (mais de 5.700).

A emissão deste documento depende de uma autodeclaração de doença do trabalhador, sob o seu compromisso de honra, sendo que a entidade patronal pode a veracidade destas baixas, acedendo ao portal do SNS24. Nesse caso, caberá ao trabalhador facultar à empresa o código de acesso que recebeu através de SMS ou e-mail, na sequência da emissão da autodeclaração.

 

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Exportações já valem 85% das receitas da Altice Labs

Unidade tem contribuído positivamente para os resultados da Altice Portugal e 85% das receitas do polo tecnológico de Aveiro já correspondem a exportação.

O peso das exportações nas receitas da Altice Labs já ascende a 85%, enquanto a restante parcela diz respeito a vendas à Meo, a operadora do grupo, disse esta quinta-feira a presidente executiva da Altice Portugal, Ana Figueiredo. Em meados do mês passado, no congresso das comunicações, a responsável tinha referido que a parcela das exportações era de 80%.

A Altice Labs, o polo de inovação do grupo, está a comemorar o sétimo aniversário, se for excluído o período em que se chamava PT Inovação e pertencia à antiga Portugal Telecom. A partir de Aveiro exporta tecnologia para “mais de 60 países”, impactando 300 milhões de pessoas, avançou a gestora numa cerimónia.

Nos últimos meses, o impacto positivo da Altice Labs nas receitas da Altice Portugal tem sido notório. Só no primeiro trimestre de 2023, a empresa obteve 364 milhões de euros com serviços empresariais, um aumento de 22% face ao período homólogo que a dona da Meo justificou com o “crescimento da Altice Labs”. Em fevereiro, a empresa recusou indicar ao ECO “valores desagregados” sobre a evolução do negócio deste polo tecnológico.

Esta quinta-feira, Ana Figueiredo parabenizou o líder da Altice Labs, Alcino Lavrador, e destacou o efeito da unidade “no desenvolvimento regional”, no “crescimento da Altice Portugal” e na “expansão da tecnologia portuguesa” além-fronteiras. Segundo a CEO, a Altice tem apostado num “investimento contínuo em investigação e desenvolvimento” que, no ano passado, atingiu 80 milhões de euros.

Para o futuro, a empresa quer continuar a “patentear o que de melhor se faz na Altice Labs” e tenciona duplicar o número de patentes de 50 para 100 até 2030, referiu a executiva.

Noutra intervenção, o diretor-geral da Altice Labs acrescentou que a unidade terminou 2022 com “quase 29 milhões de casas com tecnologia de fibra ótica” desenvolvida em Aveiro e que já foram vendidos dez milhões de routers. A empresa vai iniciar também a exportação de um novo equipamento desta categoria para os EUA, indicou Alcino Lavrador.

Feitas as contas, a atividade da Altice Labs é “sustentável” e vai “libertando recursos” para poder continuar a “investir em inovação e investigação”. “É marcadamente um negócio internacional. Acrescentámos mais países ao nosso mapa, mais parceiros e mais clientes”, atirou o diretor.

Altice desvenda nova tecnologia que diz ser relevante para 5G e 6G

Por ocasião do sétimo aniversário, a Altice Labs realiza a “primeira demonstração real” da tecnologia 25G-PON, que é “extremamente relevante” para o 5G e futuramente para 6G e que serve para alimentar infraestruturas como aeroportos.

Cláudio Rodrigues, responsável da área de comunicações óticas da Altice Labs, explicou que esta tecnologia é uma “evolução natural das atuais redes de acesso óticas” e que tem aplicações em infraestruturas como aeroportos, universidades e hospitais, entre outros. “Evoluímos para a tecnologia 25G-PON, sendo o próximo grande passo tecnológico que nos permite tirar benefícios das atuais redes instaladas de fibra ótica”, prosseguiu, explicando o que é que esta traz de novo.

“Traz um aumento de dez vezes mais velocidade face à tecnologia que temos atualmente na rede de fibra ótica”, permitindo “velocidades na ordem dos 25 gigabits por segundo simétricos”, acrescentou Cláudio Rodrigues.

Esta tecnologia “é extremamente relevante para as novas redes móveis, ou seja, o 5G atual”, mas também “para futuras aplicações como, por exemplo, o 6G”, de que já se fala, “ou aplicações imersivas de realidade virtual, tais como realidade aumentada, assim como de comunicações holográficas”. Esta é uma tecnologia mais dirigida ao mercado empresarial, através da qual “podemos alimentar um aeroporto”, um campo universitário ou até um hospital, rematou.

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Produção da indústria portuguesa encolheu 7% em abril

Energia foi a principal responsável por esta quebra no índice de produção industrial. Empresas justificam ainda a "intensidade da redução" com o escoamento de stocks e a quebra de encomendas.

A produção industrial voltou a desacelerar em abril, seguindo a tendência verificada no mês anterior. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de produção industrial apresentou uma variação homóloga de -7% em abril, com o setor da energia a ser o principal motivador desta quebra. Em março, redução tinha sido de 3,6%.

“A intensidade da redução poderá estar relacionada com o escoamento de stocks e quebra de encomendas, referidas por diversas empresas”, detalha o INE no relatório divulgado esta quinta-feira. Sem contar com o agrupamento de energia, o INE indica que esta variação foi de -4,6%, em abril e -0,9% em março.

ÍNDICE DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL – abril 2023Instituto Nacional de Estatística

 

O agrupamento de energia apresentou o contributo mais influente para a variação do índice total, representando uma quebra de 3,2 pontos percentuais no índice de produção industrial no mês de referência. Essa quebra é motivada por uma taxa de variação de -18,1% em maio, que se segue a uma quebra de 16,3% no mês anterior.

Os bens de consumo e intermédios acompanharam a tendência, contribuído com uma desvalorização de 2,4 p.p. e 1,9 p.p., respetivamente, para a variação total do índice. Segundo o INE, isto acontece em resultado de variações homólogas de -7,1% e de -5,6% (-0,8% e -4,3% em março), pela mesma ordem.

O único contributo positivo, embora ligeiro (0,6 p.p.), partiu do agrupamento de bens de investimento que, ainda assim, abrandou, passando de uma taxa de variação de 7,3%, em março, para 4,2% no mês em análise.

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Há menos milionários e valor das fortunas caiu 3,6% em 2022. É o maior tropeção da década

Número de milionários caiu para 21,7 milhões, segundo um estudo publicado pela consultora Capgemini. América do Norte continua a ser região mais rica do mundo.

No ano passado, o número de milionários encolheu, para 21,7 milhões, e as fortunas também ficaram mais reduzidas, segundo o World Wealth Report da Capgemini. Foi o maior declínio da última década, adianta o research institute da multinacional no relatório publicado esta quinta-feira.

O valor das fortunas dos milionários caiu 3,6% em 2022, para 83 biliões de dólares. Isto traduz-se em perdas de três biliões, devido à desvalorização das ações nas bolsas de valores. O número de pessoas com ativos investidos de mais de um milhão de dólares (excluindo a casa principal de habitação) também recuou 3,3%.

Quanto às regiões mais ricas, a América do Norte continua a liderar o ranking, ainda que tenha registado a queda mais acentuada da riqueza (7,4%). Por outro lado, África, América Latina e Médio Oriente foram os únicos locais onde se verificou um crescimento no valor das fortunas, nomeadamente devido ao desempenho do setor do petróleo e do gás.

Na Europa, a tendência foi de queda, com a riqueza a recuar 3,2%. Aconteceu o mesmo na região da Ásia-Pacífico, onde as fortunas encolheram 3,7% em 2022, face ao ano anterior, ainda de acordo com a Capgemini.

Este estudo abrangeu um total de 71 países que são responsáveis por mais de 98% do rendimento nacional bruto e por 99% da capitalização bolsista a nível mundial, indica a empresa.

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Japonesa Nintendo termina atividade comercial na Rússia

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

Nintendo segue decisão adotada por empresas como a Sony, Microsoft ou Electronic Arts. Produtos à venda através do portal online já estavam indisponíveis devido à suspensão das transações em rublos.

A empresa japonesa de jogos de vídeo Nintendo anunciou esta quinta-feira que vai terminar as atividades na Rússia, onde já tinha reduzido as operações desde 2022, na sequência da invasão da Ucrânia pelas tropas russas.

A Nintendo tinha suspendido “de forma temporária” em março do ano passado as exportações para a Rússia. Os produtos à venda através do portal da empresa na internet estavam já indisponíveis devido à suspensão das transações em rublos (divisa da Rússia).

“Em resultado desta situação e devido às perspetivas económicas, a Nintendo Europa decidiu encerrar as atividades da filial russa”, escreveu a empresa japonesa numa breve declaração divulgada na quarta-feira à noite.

O grupo empresarial com sede em Kyoto, região ocidental japonesa, indicou ainda que os clientes que já tinham uma “conta Nintendo” vão poder descarregar conteúdos digitais que já tenham sido adquiridos, mas que “já não é possível criar uma nova conta”.

No portal, os dados referentes aos pagamentos foram igualmente eliminados “por razões de segurança”, refere ainda o comunicado da empresa.

A Sony, empresa japonesa que concorre com a Nintendo no setor dos jogos de vídeo, já tinha anunciado em 2022 a suspensão das exportações de jogos e de consolas para a Rússia.

Outras grandes empresas de jogos de vídeo, como a Microsoft, a Electronic Arts, a Activision Blizzard, a Epic Games, a Niantic e a Take-Two, também anunciaram medidas semelhantes.

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Mais de 70 carros da Ucrânia entraram em Portugal com isenção de ISV

Iniciado em 1 de julho de 2022, regime especial de ISV para cidadãos refugiados da Ucrânia já representou 1,5 milhões de euros em isenção de receitas para o Estado.

Desde 1 de julho de 2022 que os cidadãos refugiados da Ucrânia podem introduzir em Portugal os carros provenientes do outro lado da Europa sem terem de pagar o imposto sobre veículos (ISV). O regime especial criado no Orçamento do Estado para 2022 já conta com mais de 70 adesões, segundo dados pedidos pelo ECO junto da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Em 2022, a medida praticamente não foi utilizada, tendo contado com a adesão de quatro automóveis e um montante total de isenção de 64.991,83 euros. Este ano, no entanto, as adesões têm sido muito mais significativas: até ao final de maio, já foram matriculados 67 veículos, com o valor total da isenção a ascender a 1.472.593,28 euros.

O Estado, em praticamente ano e meio, concedeu 1.537,585,11 de euros em isenção de ISV para veículos oriundos da Ucrânia.

Durante a validade da autorização da residência temporária, de um ano, os refugiados ucranianos que são proprietários de automóveis não estão sujeitos a apresentar a Declaração Aduaneira de Veículos (DAV) no prazo de 20 dias úteis. Devem fazer-se acompanhar do Título de Residência Temporária emitido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), dos documentos do veículo e identificação pessoal para exibição às autoridades fiscalizadoras sempre que seja solicitado, assim refere o ofício da AT.

Como pedir a isenção

Com a autorização de residência temporária, cada proprietário do veículo pode pedir a isenção do ISV no Portal das Finanças: no capítulo 02 do regime do imposto, dedicado ao regime especial de introdução no consumo, é necessário introduzir o código de benefício 174 – “pessoas refugiadas da Ucrânia”. O pedido também pode ser feito na alfândega da área de residência.

Além dos documentos do veículo e da autorização de residência temporária, é necessário levar o carro à inspeção para que seja atribuída a matrícula portuguesa. No centro de inspeção, é emitido um comprovativo e a homologação técnica do veículo por parte do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

A declaração de isenção do ISV é válida por 10 anos e atribuída a um carro ou a um motociclo por beneficiário. Os veículos isentos, no entanto, podem ser conduzidos por qualquer pessoa habilitada para tal.

Caso o pedido de isenção de ISV seja recusado, no imediato, o carro pode continuar a circular em Portugal sem ser preciso apresentar a declaração aduaneira, enquanto durar a autorização temporária.

No prazo de 30 dias após o fim do prazo da autorização temporária de residência, há quatro cenários: registar o veículo em Portugal – desde que seja titular de autorização de residência do SEF –, reexportar o veículo, abandonar o veículo a favor do Estado ou mesmo destruí-lo, sob controlo aduaneiro. Se nada disto for cumprido, o automóvel ou a mota passam ser a considerados como introduzidos ilegalmente em território português.

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Ex-presidente brasileiro Collor de Mello condenado a oito anos e 10 meses de prisão

  • Lusa
  • 1 Junho 2023

A sentença final foi quase quatro vezes menor do que a pena de 33 anos proposta inicialmente pelo magistrado Edson Fachin.

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil condenou na quarta-feira o ex-presidente Fernando Collor de Mello a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O STF considerou que o também ex-senador recebeu subornos que entre 2010 e 2014, quando exercia o cargo.

A pena foi fixada pela mais alta instância judicial na sétima sessão do julgamento contra o ex-presidente, depois de Collor de Mello ter sido considerado culpado na quinta-feira passada pela maioria dos dez juízes que compõem o STF, com oito votos a favor e dois contra.

De acordo com a decisão do Supremo, a sentença do ex-presidente é para cumprir em regime fechado, ou seja, na prisão.

No entanto, como ainda pode recorrer da decisão e possui benefícios penais devido à sua idade (73 anos), permanecerá em liberdade até que todos os recursos apresentados pela sua defesa sejam julgados.

A sentença final foi quase quatro vezes menor do que a pena de 33 anos proposta inicialmente pelo magistrado Edson Fachin, juiz de instrução do processo, além de uma pena pecuniária de 20 milhões de reais (3,4 milhões de euros), que na quarta-feira foi convertida em multa de 450 salários mínimos (cerca 110 mil euros).

Em comunicado divulgado na imprensa local, o advogado do ex-chefe de Estado brasileiro, Marcelo Bessa, disse que “a defesa, reafirmando a sua convicção sobre a inocência do ex-presidente Collor, vai aguardar a publicação do acórdão para apresentar os recursos cabíveis”.

De acordo com a denúncia apresentada contra Collor de Mello pelo Ministério Público em 2015, o ex-chefe de Estado usou a sua influência na política para beneficiar o empresário João Lyra, com quem tem uma “relação de amizade”, em contratos fraudulentos com a BR Distribuidora, subsidiária da petrolífera estatal Petrobras.

Pela intermediação desses contratos, no valor total de 240 milhões de reais (hoje cerca de 45 milhões de euros), o ex-presidente recebeu uma “comissão” equivalente a cerca de 15% desse valor, segundo o que a Justiça deu como provado.

Collor de Mello governou o Brasil entre 1990 e 1992, altura em que se demitiu do cargo quando o Parlamento se preparava para concluir um processo de destituição contra ele por alegada corrupção, do qual viria a ser absolvido no Supremo Tribunal Federal.

Entre 2007 e 2023, ocupou um lugar no Senado e, no ano passado, foi candidato, sem sucesso, ao cargo de governador do estado de Alagoas, que já tinha ocupado antes de se tornar Presidente brasileiro.

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Desemprego na Zona Euro desce para 6,5% em abril

Segundo o gabinete de estatísticas, 13.028 milhões de pessoas na UE, das quais 11.088 milhões da Zona Euro, estavam desempregadas em abril. Portugal com taxa acima da média europeia.

A taxa de desemprego na Zona Euro em abril fixou-se nos 6,5%, o que representa uma ligeira descida de 0,1 ponto percentual (p.p.) face ao mês anterior, e de 0,2 p.p comparativamente ao período homólogo. Na União Europeia (UE), por sua vez, o desemprego estabilizou nos 6%, abaixo dos 6,1% registados em abril de 2022, revelam os dados publicados esta quinta-feira pelo Eurostat. Portugal também viu em abril o desemprego recuar para 6,8%, mas ainda acima da média europeia.

Segundo o gabinete de estatísticas da UE, 13.028 milhões de pessoas na UE, das quais 11.088 milhões da Zona Euro, estavam desempregadas em abril.

Entre o conjunto dos Estados-membros, Espanha (12,7%), Grécia (11,2%) e Itália (7,8%) são os países que apresentaram, em abril, as maiores taxas de desemprego, enquanto a Polónia, República Checa (2,7% cada) e Malta (2,8%) registaram as taxas menores.

Em Portugal, o desemprego em abril diminuiu para 6,8%, uma descida de 0,2 p.p. face ao apurado no mês anterior e um recuo de 0,3 p.p. comparativamente a janeiro. Em termos homólogos, contudo, o desemprego nacional aumentou 0,9 p.p. A esta taxa corresponde uma população desempregada de 357 mil pessoas, segundo os dados provisórios divulgados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Entre as mulheres, a taxa de desemprego fixou-se nos 6,3% na UE, enquanto entre os homens foi de 5,8%. Na Zona Euro a diferença foi ainda mais acentuada: 6,9% no caso das mulheres e 6,2% no caso dos homens. Já na realidade portuguesa, enquanto a taxa de desemprego feminino foi de 7,1%, o desemprego masculino fixou-se nos 6,5%.

Desemprego jovem na Zona Euro fixa-se nos 13,9%. Em Portugal nos 18,3%

No que diz respeito ao desemprego jovem, em abril, 2.644 milhões de jovens (com idade inferior a 25 anos) estavam desempregados na União Europeia, dos quais 2.206 milhões na Zona Euro. A taxa de desemprego jovem era, assim, de 13,8% na UE e de 13,9% na Zona Euro, ambas inferiores à taxa de 14% apurada no mês anterior. E a trajetória tem sido de diminuição.

Face a março de 2023, 28 mil jovens e oito mil jovens saíram do desemprego na UE e na Zona Euro, respetivamente. Já comparativamente ao mesmo mês do ano passado, a diminuição foi de 17 mil jovens na União Europeia e de oito mil jovens na Zona Euro.

Em Portugal, o desemprego jovem também tem vindo a cair, mas continua significativamente acima da média europeia. Em abril, a taxa de desemprego jovem nacional foi de 18,3%, tendo descido dos 19,8% verificados em março, dos 18,9% registados em fevereiro e dos 20,8% apurados em janeiro. Face ao período homólogo — altura em que a taxa se fixou nos 20,6% –, o desemprego jovem caiu 2,3 p.p.

Espanha, Grécia e Suécia foram os Estados-membros que registaram, em abril, as taxas de desemprego jovem mais elevadas, com 28,4%, 27,4% e 21%, respetivamente.

Por outro lado, com taxas inferiores a 8%, estava a Alemanha (6,1%) e a Holanda, Irlanda e República Checa (que registaram a mesma taxa de 7,9%).

(Notícia atualizada pela última vez às 11h19)

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Morreu o empresário Manuel Fino

  • ECO
  • 1 Junho 2023

Morreu esta madrugada, aos 98 anos, o histórico empresário Manuel Fino, confirmou o ECO junto da família. O velório vai realizar-se esta quinta-feira em Cascais e o funeral será amanhã em Cascais.  

Morreu esta madrugada o empresário Manuel Fino, que tinha 98 anos, confirmou o ECO junto da família. O velório vai realizar-se esta quinta-feira em Cascais e o funeral será amanhã em Cascais.

Filho de uma família de Portalegre com negócios no setor dos lanifícios, o empresário ingressou no mundo dos negócios na produção de tecidos sintéticos, tendo posteriormente entrado no negócio do vestuário, ao representar a francesa Printemps em Portugal.

Manuel FinoJOAO RELVAS/LUSA

Manuel Fino ficou conhecido pela sua ligação à Cimpor. Através da holding Investifino, o empresário comprou em 2004 a TDP, empresa instrumental da Teixeira Duarte, onde estava parqueada uma posição de cerca de 10% na Cimpor, na sequência da privatização da cimenteira. Além disso, foi também acionista de referência da construtora Soares da Costa e chegou a controlar mais de 2% do BCP.

Porém, foi o investimento em ações do BCP, em 2007, que levou o grupo do empresário à falência. “A causa, para mim, foi o grupo ter investido no BCP. Essa foi a razão para as perdas e consequências do grupo Manuel Fino”, declarou José Cabral dos Santos, na comissão de inquérito à CGD, em 2019. “Se o grupo Investifino não tivesse aquela operação, em 2007, de 180 milhões para comprar ações do BCP, não teria tido nenhum problema”, disse o antigo diretor e administrador do banco público.

Manuel Fino esteve ligado à guerra de poder no BCP, travada há 16 anos, que opôs Jorge Jardim Gonçalves a Paulo Teixeira Pinto, ficando do lado deste último. No auge da disputa do poder no maior banco privado português, um grupo de sete acionistas do BCP, do qual Fino fazia parte, pediu a marcação de uma assembleia-geral para propor o fim do conselho geral e de supervisão, que era presidido por Jardim Gonçalves. A proposta acabou por ser aprovada e, com isso, o banco regressou ao modelo societário que vigorava até 2006.

O empresário Manuel Fino à entrada para a Assembleia Geral de acionistas do BCP, na Alfândega do PortoJOSE COELHO /LUSA 12 abril, 2010

Mas esta luta de poderes — e, sobretudo, a crise financeira que assolou a economia e as bolsas mundiais em 2008 — revelaram-se fulcrais na destruição da sua riqueza. Em 2007, Manuel Fino, que já controlava a construtora Soares da Costa através da sua empresa, a Investifino, recorre à Caixa Geral de Depósitos para obter um financiamento com o intuito de reforçar as suas posições acionistas em várias empresas cotadas da bolsa nacional, nomeadamente no BCP.

Em troca, Manuel Fino deu como garantia cerca de 10% do capital da Cimpor. Com a queda das bolsas no rescaldo da crise do subprime em 2008, as posições acionistas caíram a pique e a garantia que tinha dado revelou-se insuficiente para cobrir o empréstimo bancário. Acabando mais tarde, no início de 2009, por ficar a Caixa com esses títulos e o investidor com uma dívida de quase 260 milhões de euros ao banco público.

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Após subida, inflação na Zona Euro volta a abrandar para 6,1% em maio

Em Portugal, a inflação medida pelo índice harmonizado de preços no consumidor, indicador utilizado para a comparação europeia, abrandou no mês passado, para 5,4%.

Após uma subida em abril, a inflação na Zona Euro voltou a abrandar, de 7% para 6,1% em maio, segundo as estimativas rápidas divulgadas pelo Eurostat esta quinta-feira. Preços da comida são os que mais sobem. Em Portugal, a inflação também abrandou no mês passado, para 5,4% em termos homólogos.

Entre as principais componentes da inflação na área do euro, foi a alimentação, álcool e tabaco que registou o maior aumento na taxa anualizada em maio (12,5%, face a 13,5% em abril), segundo indica o gabinete de estatísticas da União Europeia. Seguem-se os bens industriais não energéticos (5,8%, face 6,2% em abril), serviços (5,0% face 5,2% em abril).

Já os preços da energia foram os únicos que registaram uma queda, sendo de recordar também que a comparação é feita com o mesmo período do ano passado, altura em que os preços disparara devido à invasão russa da Ucrânia. Em maio, os preços da energia recuaram 1,7%, o que compara com uma inflação de 2,4% em abril.

Olhando para os países da Zona Euro, foi na Eslováquia (12,3%), Letónia (12,3%) e Estónia (11,2%) que se registaram as taxas de inflação mais elevadas. Já Portugal fica a meio da tabela, abaixo da média da Zona Euro, ao registar uma variação do índice harmonizado de preços no consumidor, indicador utilizado para a comparação europeia, de 5,4% em maio, um abrandamento face aos 6,9% observados em abril.

Por outro lado, os países do euro com uma taxa mais baixa foram o Luxemburgo (2%), a Bélgica (2,7%) e Espanha (2,9%), segundo as estimativas rápidas do Eurostat para o mês de maio.

(Notícia atualizada às 10h30)

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Voltalia inaugura projeto solar de 11 milhões de euros em Pinhal Novo

O parque faz parte de um conjunto de mais quatro centrais solares que compõem o Complexo Garrido, avaliado em 50 milhões de euros. Central em Pinhal Novo vai abastecer 19 mil pessoas.

A Voltalia investiu 11 milhões de euros para inaugurar um parque solar Pinhal Novo com uma potência instalada de 11,8 megawatts (MW).

De acordo com o comunicado enviado às redações esta quinta-feira, a infraestrutura faz parte de um conjunto de mais quatro centrais solares que compõem o Complexo Garrido, sendo constituído por cerca de 22 mil módulos solares que irão permitir uma capacidade de produção anual de 24,3 gigawatts-hora (GWh). A nota dá conta de que a energia produzida vai ser suficiente para fornecer eletricidade a cerca de 19 mil pessoas e reduzir as emissões de carbono para a atmosfera em 6.402 toneladas por ano.

Pinhal Novo

O Complexo Garrido, do qual Pinhal Novo faz parte, é composto por mais quatro parques: Alcochete, Antuzede, Vale Serrão e Oliveira de Frades, representando um investimento de 50 milhões de euros e uma potência instalada de 50,6 MW. A energética francesa estima que estes investimentos terão capacidade de produção total por ano de 96,7 GWh, fornecida através de mais de 94 mil módulos solares.

O complexo fornecerá eletricidade a cerca de 73 mil pessoas e vai permitir reduzir as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera em mais de 25.000 toneladas por ano.

“Queremos ter uma presença cada vez mais forte no mercado nacional e contribuir para que a nossa indústria e a de outros países que queiram vir para Portugal tenham acesso a eletricidade a valores competitivos”, cita o comunicado as declarações do diretor da Voltalia em Portugal, João Amaral.

“Somos um país com muito sol, temos de aproveitar e tornar este atrativo atributo numa mais-valia no que diz respeito à energia, tal como já acontece com o turismo”, acrescentou o mesmo responsável.

Com mais de 1500 trabalhadores, a Voltalia está cotada na Euronext Paris. A sua carteira de projetos em desenvolvimento ascende a 14,2 gigawatts (GW).

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