Bruxelas disponível para distribuir 250 milhões por países mais afetados por seca e cheias

  • Lusa
  • 30 Maio 2023

Bruxelas vai estudar a "possibilidade da mobilização de 250 milhões de euros da reserva agrícola para fazer face a estas situações e para os Estados-membros mais afetados", disse a ministra.

A Comissão Europeia está disponível para distribuir 250 milhões de euros pelos Estados-membros mais afetados pela situação de seca extrema e pelas cheias, anunciou esta terça-feira a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

O comissário [da Agricultura, Janusz Wojciechowski,] disponibilizou-se a estudar a possibilidade da mobilização de 250 milhões de euros da reserva agrícola para fazer face a estas situações e para os Estados-membros mais afetados”, disse Maria do Céu Antunes, depois de um Conselho Ministros de Agricultura e Pescas da União Europeia (UE), em Bruxelas.

O pedido foi feito por Portugal e subscrito pelos governantes de França, Itália e Espanha, acrescentou a ministra. “A pecuária extensiva está com problemas gravíssimos porque os pastos não se desenvolveram e com isso nós estamos a assistir antes do tempo à utilização de alimentação composta e com preços muito altos“, desenvolveu.

A expectativa é de que “em breve” seja possível receber este apoio, apesar de Maria do Céu Antunes ainda não poder precisar quando em concreto: “Aquilo que o comissário nos deixou antever e aquilo que os Estados-membros pediram foi muita urgência. Aquilo que sabemos é que esta mobilização da reserva agrícola tem de acontecer antes de setembro.”

A avançar, Maria do Céu Antunes referiu que ainda não é possível saber quanto poderá calhar a Portugal desde ‘bolo’. Mais de 40% do território português está em situação de seca.

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SNTSF/Fectrans desconvoca greve na CP esta quarta-feira. Só revisores mantêm paralisação

  • Lusa
  • 30 Maio 2023

Sindicatos da CP dividiram-se após reunião com a tutela sobre a greve marcada para esta quarta-feira. Só o sindicato dos revisores optou por manter a paralisação.

Os sindicatos da CP que convocaram greve para quarta-feira dividiram-se depois de uma reunião com o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, tendo o SNTSF/Fectrans decidido desconvocar a paralisação e o SFRCI optado por manter.

Em declarações à Lusa, José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), adiantou que a organização e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) decidiram desconvocar a greve depois da reunião desta terça com o governante. O sindicalista apontou um “conjunto de algumas garantias transmitidas pelo secretário de Estado” e um acordo com a CP, indicando que irão “continuar um processo de negociação”.

“Esta é uma fase intermédia”, disse, destacando que nas questões relativas ao número de tripulantes por comboio “há algumas garantias do secretário de Estado que renovam o que foi acordado em 2018”. Em causa está, entre outras coisas, a questão do agente único, segundo a qual os comboios vazios poderiam circular apenas com maquinista.

De acordo com José Manuel Oliveira, serão agora “marcadas reuniões mais particulares com o secretário de Estado para discutir alguns problemas do setor ferroviário”, incluindo “as questões que têm a ver com a segurança na circulação”. Este acordo traduz-se num aumento intercalar de 50 euros por mês, indicou.

“Há resolução de alguns problemas que colocamos e vamos continuar a discutir e a negociar com a empresa outras matérias”, concluiu. Por sua vez, Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), disse à Lusa que a estrutura mantém o pré-aviso de greve para quarta-feira.

Fomos afetados com a questão da retirada dos revisores das marchas, vamos perder postos de trabalho e estamos a ser, na distribuição do aumento complementar, discriminados face a outros trabalhadores”, lamentou. Referindo-se à decisão do Estado de conceder um aumento intercalar de 1%, Luís Bravo disse que a CP, com a “urgência do acordo com o sindicato dos maquinistas”, acabou por “absorver grande parte desse orçamento”, ficando os outros trabalhadores “muitos lesados”.

Há esta falta de equidade que está a gerar desigualdades incompreensíveis. E põe em causa os nossos postos de trabalho”, disse, indicando que “o secretário de Estado ouviu, está a avaliar as questões”, mas não deu ainda resposta. Por isso, “não temos condições para levantar o pré-aviso”, concluiu. O outro sindicato que convocou greve, o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins, também “acompanhou a posição” da Fectrans e do SNTSF, disse José Manuel Oliveira.

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Nova campanha do BPI apoia a Seleção Nacional de Futebol Feminino

A criatividade é da Dentsu Creative Portugal e a produção da Ministério dos Filmes. O BPI é patrocinador oficial da Seleção A de futebol feminino desde 2018 e dá nome à liga.

A nova campanha institucional lançada pelo BPI visa apoiar a Seleção Nacional de futebol feminino que vai participar pela primeira vez no Mundial de Futebol. A campanha contou com a criatividade da agência Dentsu Creative Portugal e com a produção da Ministério dos Filmes.

Num “tom emocional e inspirador”, o spot acompanha a evolução emocional de um pai, desde o desejo de ter um rapaz (que afinal era uma rapariga), até se tornar no maior fã da filha, a qual, passo a passo, cumpre o sonho de jogar na seleção nacional.

Na campanha participa o selecionador nacional Francisco Neto, bem como as jogadoras Ana Capeta, Ana Borges, Ana Rute Rodrigues, Dolores Silva, Jéssica Silva, Kika Nazareth e Vanessa Marques.

Trata-se de uma história inspiradora, com a qual muitos de nós nos podemos relacionar, seja porque somos mulheres, pais, porque temos aspirações e sonhos. A campanha mostra que ‘o mundo já está a mudar o mundo’ – da mesma forma que o percurso futebolístico da filha convence o pai a apoiar decididamente as suas aspirações, também a qualidade das jogadoras portuguesas tem vindo a mudar mentalidades e a conquistar fãs em todo o país”, afirma, citada em comunicado, Constança Macedo, diretora executiva de comunicação e marca do BPI.”Temos muito orgulho no crescimento do futebol feminino, que apoiamos desde 2018”, acrescenta.

A campanha – apresentada esta terça-feira antes do anúncio da convocatória para o campeonato do mundo, que teve lugar no novo espaço BPI All in One, em Lisboa – marcará presença em televisão, rádio, digital, redes sociais e em toda a rede comercial do Banco.

A seleção feminina de futebol portuguesa vai participar pela primeira vez na competição, depois de ter garantido o apuramento ao vencer os Camarões por 2-1.

Na fase final a equipa portuguesa junta-se ao grupo E, onde vai defrontar as seleções dos Países Baixos (23 de julho), do Vietname (27 de julho) e dos Estados Unidos (1 de agosto), esta última a campeã em título da competição.

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Maratonas Fotográficas FNAC convida a fotografar cidades portuguesas

As inscrições estão abertas até ao dia 3 de junho, podendo ser feitas nas lojas físicas ou em fnac.pt. A inscrição tem o custo de 35 euros ou 30 euros, caso o interessado seja aderente do Cartão FNAC.

A 18.ª edição das Maratonas Fotográficas FNAC desafia os participantes a “registar as melhores imagens que captem a evolução das sociedades, da cultura e da tecnologia nas cidades ao longo do último quarto de século”.

Tendo como mote “A evolução dos últimos 25 anos”, a iniciativa visa precisamente assinalar o 25º aniversário da marca em Portugal. A FNAC convida assim a registar fotograficamente as cidades de Lagos (10 junho), Almada (11 junho), Funchal (17 junho), Viana do Castelo (17 junho), Porto (18 junho), Lisboa (24 junho), Cascais (25 junho), Leiria (1 julho) e Aveiro (2 julho).

As Maratonas Fotográficas funcionam já como um registo histórico das cidades”, afirma Inês Condeço, diretora de marketing e comunicação da FNAC em Portugal, explicando que nas 17 edições anteriores “foram captados momentos distintos da evolução do País, criando-se assim uma espécie de arquivo do nosso desenvolvimento arquitetónico, social e até cultural”.

“Além disso, a FNAC assume-se como um agente promotor de cultura a todos os níveis, sendo impulsionadora da partilha de conhecimento e do potenciar de nomes emergentes, tal como já acontece, por exemplo, com os Novos Talentos FNAC”, diz ainda a diretora de marketing e comunicação da FNAC.

As inscrições estão abertas até ao dia 3 de junho, podendo ser feitas nas lojas físicas ou em fnac.pt. A inscrição tem o custo de 35 euros ou 30euros, caso o interessado seja aderente do Cartão FNAC.

A avaliação será feita por um júri (dois representantes da FNAC e um fotojornalista convidado), com a divulgação dos vencedores – um primeiro lugar e duas menções honrosas – agendada para o dia 19 de agosto, dia Mundial da Fotografia. O vencedor recebe um cartão oferta FNAC no valor de 750 euros e as menções honrosas um cartão oferta de 150 euros.

“Não interessa se são apenas curiosos pela fotografia ou profissionais; se fotografam com o telemóvel ou com uma máquina topo de gama – aos participantes só se pede paixão pela fotografia e disponibilidade para fazer parte desta festa”, refere-se em nota de imprensa.

“A edição deste ano traçou uma rota que vai passar por museus, matas nacionais e mercados, ainda se incluindo visita a mosteiros, castelos e outros edifícios históricos. Na Madeira está preparado um Safari Fotográfico e, em algumas cidades, provas de mel ou doçaria tradicional. Já para não falar na possibilidade de os participantes visitarem locais que poucos conhecem como são exemplo a Caravela Boa Esperança (Algarve), o interior da Câmara Municipal do Porto ou o Farol da Nazaré“, acrescenta-se.

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Coface começa ano com resultados líquidos de 61,2 milhões

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2023

Um aumento de 17% em relação aos 52,3 milhões de euros que a seguradora de crédito registou no mesmo período em 2022.

A seguradora de crédito Coface registou um forte início de ano com lucros líquidos de 61,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023. O valor representa um aumento de 17% em relação ao valor do lucro líquido de 52,3 milhões de euros que a Coface relatou no primeiro trimestre de 2022.

“A Coface manteve a sua tendência de crescimento com um aumento de 11,4% no volume de negócios e uma taxa recorde de retenção de clientes”, disse Xavier Durand, diretor executivo da Coface.

O lucro operacional do trimestre foi de 90 milhões, um aumento de 11,4% em comparação com os 80,8 milhões de euros do ano passado.

Ao mesmo tempo, a seguradora registou 395,3 milhões de euros em prémios brutos ganhos para o primeiro trimestre, uma melhoria substancial em comparação com 359,2 milhões de euros do segundo trimestre de 2012.

Por outro lado, a seguradora de crédito também registou um volume de negócios consolidado de 475,1 milhões de euros, um aumento de 11,4% em perímetro constante e FX em comparação com o T2.

O volume de negócios de seguros (incluindo cauções e risco único) aumentou +10.9% a perímetro constante e em FX. A Coface observou que o crescimento beneficiou de um aumento acentuado na atividade dos clientes, bem como de um nível de retenção recorde de 95,7%, um aumento de +0,9% em comparação com o T2.

O rácio combinado da Coface, líquido de resseguro, situou-se em 66,2% no trimestre, uma melhoria de 1,8 pontos em termos anuais e 7,2 pontos em comparação com o trimestre do ano anterior.

O rácio de perdas brutas situou-se em 40,7%, um aumento de 9,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A Coface observou que este valor reflete um aumento da frequência de sinistros desde o primeiro semestre de 2011, com o número de sinistros próximo dos níveis pré pandémicos, e o retorno de sinistros relativamente elevados, que, no entanto, permanecem abaixo da média. A libertação de reservas permanece elevada.

Xavier Durand, diretor executivo da Coface, comentou: “a Coface manteve a sua tendência de crescimento com um aumento de 11,4% no volume de negócios e uma taxa recorde de retenção de clientes. Outras atividades, incluindo receitas de serviços (vendas de informação, cobrança de dívidas e receitas de taxas e comissões) continuaram a crescer a dois dígitos, provando mais uma vez a solidez do modelo de negócio da Coface”.

O executivo acrescentou: “embora tenha ajudado a moderar a inflação, o aperto monetário em curso pelos principais bancos centrais também revelou fraquezas num sistema financeiro que se tinha habituado a taxas muito baixas. Os receios decorrentes das falências dos bancos regionais dos E.U.A. provavelmente levarão a uma redução geral na oferta de crédito corporativo”, explicou Durand.

“O primeiro trimestre de 2023 é também o primeiro em que foram aplicadas as normas contabilísticas IFRS 17 e IFRS 9. Essas normas não causaram grandes alterações na avaliação do desempenho financeiro da Coface, que permanece forte. Sob este novo quadro contabilístico, a Coface registou um aumento de 17% no rendimento líquido para 61,2 milhões de euros e um rácio combinado líquido de 66,3% para um retorno anualizado sobre o capital tangível de 13,6%, acima dos objetivos de meio do ciclo”, disse o diretor da Coface.

“Por último, na sequência da assembleia geral de 16 de maio, foi pago um dividendo de 1,52 euros por ação (que corresponde a 80% dos nossos ganhos de 2022) em 24 de maio de 2023″, concluiu o líder.

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Restauração foi o negócio com mais tentativas de assalto

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2023

Em 2022, subiram 4% as ocorrências registadas pela Prosegur devido a alarmes desarmados, comparando com 2021. Porto, Lisboa, Coimbra e Setúbal foram as mais afetadas. Negócios foram os mais visados.

Dados divulgados pela Prosegur Alarms revelam que 22% dos assaltos, em 2022, foram registados em negócios e habitações em que os alarmes se encontravam desligados. Das tipologias de negócio que sofreram mais assaltos, destacam-se os cafés, as papelarias e o retalho, sendo que a área da restauração é o tipo de negócio que registou mais tentativas de assaltos no decorrer do ano passado. Porto, Lisboa, Coimbra e Setúbal foram as regiões que registaram mais alertas de assaltos.

O mesmo estudo indica que se registaram mais tentativas de assaltos em negócios do que em habitações. Destas, o relatório indica que se registaram mais ocorrências em moradias, que comparativamente com 2021, tiveram um aumento de 8%.

“O resultado do relatório evidencia uma tendência crescente nos assaltos em casas em que os alarmes estão desligados. Com a Prosegur Smart App, é possível programar o alarme, ativá-lo e desativá-lo em segundos através de um smartphone e desde qualquer local”, apontou Carlos Vaqueirinho, Diretor-Geral da Prosegur Alarms.

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Mais de 50% dos executivos não percebe termos de cibersegurança

  • ECO Seguros
  • 30 Maio 2023

Estudo da Kaspersky alerta que embora mais de 50% dos executivos de topo portugueses considerem ciberameaças um risco importante, não dominam termos relativos a cibersegurança.

Cerca de 47% dos executivos de topo globais considera que a linguagem utilizada em cibersegurança é o maior obstáculo à compreensão das questões de segurança por parte da sua equipa de gestão.

Um estudo da Karspersky, empresa de proteção digital sediada no Reino Unido, interrogou 1800 executivos de empresas com mais de 1000 trabalhadores, em 13 países, 200 dos quais em Portugal. O inquérito ‘Separados Por uma Linguagem Comum: Podem os Executivos de C-level decifrar e agir perante a ameaça real dos ciberataques?’ concluiu que 52% dos gestores portugueses inquiridos considera que os ciberataques são o maior risco enfrentado pelas suas empresas, à frente dos fatores económicos, que alcançam 33%. No entanto, o interesse não é suficiente para que dominem os termos relativos à cibersegurança.

Entre os inquiridos portugueses, 30% dos executivos de C-level portugueses não compreendem o termo “ataques de phishing“, 34% consideram a palavra malware” confusa, 29% não percebem a expressão “ataques à cadeia de abastecimento” e 28% dizem o mesmo em relação a “ataques de ransomware.

“São resultados preocupantes, tendo em conta que os ataques de ransomware duplicaram em 2022 em todo o mundo, tendo os especialistas da Kaspersky avisado, no início deste ano, que a tendência ascendente continuaria em 2023“, escreve a empresa tech em comunicado.

Apesar de a totalidade dos inquiridos estar consciente da frequência com que as suas empresas são atacadas por agentes de ameaças, apenas 44% dos executivos afirmaram que a cibersegurança está sempre na agenda das suas reuniões, em comparação com os 51% que admitiram que este tema só faz parte da agenda “às vezes”.

Por dimensão da organização, 55% das empresas com entre 1.000 e 1.999 colaboradores em Portugal afirmam que a cibersegurança é sempre um tema nas suas reuniões, em comparação com 41% das organizações com entre 2.000 e 2.999 trabalhadores e os 25% das empresas com mais de 5 mil colaboradores. Quanto maior é a empresa, menor é a presença da cibersegurança na agenda das reuniões executivas.

Quando questionados sobre que medidas de cibersegurança são mais importantes para a sua organização, 43% dos inquiridos portugueses indicou a segurança da cadeia de abastecimento, 42% a segurança dos dados gerados pela empresa e 38% as ameaças internas, perda de dados e níveis de acesso aos dados.

“Embora as equipas de gestão sénior considerem os ciberataques o maior risco para o seu negócio, a dificuldade em compreender a natureza das ameaças significa que não é uma prioridade ao nível da direção”, de acordo com David Emm, Analista de Segurança Principal da Kaspersky.

“Isto significa que muitas vezes são tomadas decisões críticas sem uma imagem clara do cenário de ameaças, o que coloca negócios em risco. A linguagem inibe a capacidade das organizações de estabelecerem uma cultura de melhores práticas de cibersegurança, partilharem conhecimentos e implementarem inteligência de ameaças acionável”, sublinhou o especialista.

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Pinto Moreira retomou mandato de deputado do PSD na segunda-feira

  • Lusa
  • 30 Maio 2023

No dia em que Montenegro retirou a confiança política ao deputado social-democrata, Pinto Moreira retomou funções no Parlamento sem qualquer indicação até ao momento de passar a não-inscrito.

O deputado do PSD Joaquim Pinto Moreira retomou o mandato na segunda-feira e mantém-se no grupo parlamentar social-democrata, não tendo comunicado ao presidente da Assembleia da República a intenção de passar a não inscrito.

Na reunião desta terça-feira da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, a presidente, Alexandra Leitão, comunicou que o deputado Joaquim Pinto Moreira informou o parlamento na quinta-feira de que iria retomar funções “a partir de 29 de maio, inclusive”, ou seja, segunda-feira.

A presidente da comissão indicou que “normalmente, nestas circunstâncias, não se faz parecer”, pelo que também não houve votação – ao contrário do que acontece quando um deputado pede a suspensão do mandato –, mas que foi seu entendimento trazer esta questão à reunião da comissão, como costuma “fazer sempre”.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do gabinete de Augusto Santos Silva indicou não ter dado entrada até ao final da tarde desta terça qualquer comunicação de Pinto Moreira a dar conta de querer passar a deputado não inscrito. De acordo com o Regimento da Assembleia da República, “os deputados que não integrem qualquer grupo parlamentar, e que não sejam únicos representantes de um partido, comunicam o facto ao presidente da Assembleia da República e exercem o seu mandato como deputados não inscritos”.

Na segunda-feira, o presidente do PSD indicou que o partido decidiu retirar a confiança política a Joaquim Pinto Moreira, mas que o parlamentar continuará a integrar a bancada social-democrata “se tiver essa vontade”, salientando que o mandato de deputado tem uma componente individual em que o partido não pode interferir.

Luís Montenegro justificou que a retoma do mandato deveria ter sido coordenada com a direção do partido – tal como tinha sido a suspensão depois de ser constituído arguido na “Operação Vórtex”, pelo que o deputado “deixará de expressar” a posição política da bancada social-democrata. Questionado diretamente se Pinto Moreira deveria passar a deputado não inscrito, respondeu: “Por nossa iniciativa, não”.

Na sexta-feira, a direção do PSD já tinha afirmado ter sido apanhada de surpresa por este pedido de Pinto Moreira, negando qualquer articulação prévia com o antigo presidente da Câmara de Espinho, um dos homens fortes de Luís Montenegro na última campanha interna e que chegou a ser vice-presidente da bancada parlamentar e a presidir à comissão de revisão constitucional.

A Assembleia da República tinha aprovado em 29 de março a suspensão do mandato do deputado de Joaquim Pinto Moreira, eleito pelo círculo do Porto, “por período não inferior a 30 dias e até ao máximo de seis meses” (o máximo permitido por legislatura), invocando “motivos ponderosos de natureza pessoal”.

Esta suspensão foi pedida após Pinto Moreira ter sido constituído arguido no âmbito da Operação Vórtex, que está relacionada com “projetos imobiliários e respetivo licenciamento [na Câmara de Espinho], respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”, segundo a Polícia Judiciária.

Em causa está a “alegada prática” de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político – “eventualmente agravado” se a vantagem “for de valor elevado” ou “consideravelmente elevado” –, prevaricação, tráfico de influência e abuso de poderes, segundo o parecer da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados.

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“Obrigação de venda da TAP não faz parte do plano de reestruturação”, garante ex-secretário de Estado

Miguel Cruz, ex-secretário de Estado do Tesouro, garante que o plano de reestruturação não obriga à venda, mas aponta movimento de consolidação no setor.

Miguel Cruz, antigo secretário de Estado do Tesouro entre 2020 e 2022, garantiu aos deputados da comissão parlamentar de inquérito à TAP que o plano de reestruturação da companhia aérea aprovado por Bruxelas não obriga à privatização.

“A obrigação de venda da TAP não fazia parte do plano de reestruturação” aprovado pela Comissão Europeia, garantiu esta terça-feira Miguel Cruz aos deputados. “A privatização da TAP não fazia parte das condições estabelecidas”, disse, referindo, no entanto, que o Governo via no mercado que a posição das companhias aéreas era no sentido da consolidação.

O ex-governante afirmou que a Bruxelas não exigiu despedimentos ou outras matérias, mas “havia necessidade de reduzir os custos. A Comissão Executiva “tem como objetivo assegurar que o plano de reestruturação permita que a TAP atinja uma sustentabilidade de médio e longo prazo”.

O antigo secretário de Estado garantiu que não teve conhecimento ou sinal de obstrução ao contacto da TAP com as Finanças, existindo uma relação regular com a companhia aérea. Diz também que não teve informação prévia sobre o acordo com Alexandra Reis nem conhecia divergências da antiga administradora com Christine Ourmière-Widener.

Nos cerca de dois anos que estive em funções “nunca tive sinal ou evidência de que a TAP não pudesse contactar as Finanças”, garantiu o antigo governante, questionado por Paulo Moniz, do PSD. A antiga CEO da TAP afirmou na sua audição que tinha recebido um email do antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, a dizer que o contacto da companhia devia ser com o Ministério das Infraestruturas. “Não tive conhecimento de qualquer impedimento”, reiterou.

Miguel Cruz descreveu que existiam contactos frequentes com a TAP, nomeadamente com o administrador financeiro, em particular devido às negociações do plano de reestruturação e das medidas financeiras para a companhia.

“Passámos cerca de dois anos a trabalhar sobre esta matéria diariamente. Em momento nenhum o Ministério das Finanças se alheou do processo de gestão da TAP”, assegurou, questionado sobre se tinham entregue a condução da companhia ao ex-ministro Pedro Nuno Santos.

O ex-secretário de Estado do Tesouro garantiu também que só soube do acordo para o pagamento de uma indemnização bruta de 500 mil euros paga à antiga administradora Alexandra Reis pela notícia do Correio da Manhã de 24 de dezembro de 2022. Miguel Cruz afirmou que falava frequentemente com o administrador financeiro da companhia aérea, Gonçalo Pires, mas nunca abordou o tema da saída de Alexandra Reis.

Miguel Cruz disse também que nunca teve razões para duvidar que a saída se tratava de uma renúncia, conforme foi comunicado ao mercado, a 4 de fevereiro de 2022. Filipe Melo, do Chega, quis saber como é que a informação da renúncia chegou às Finanças e se tinha existido um comunicado. “Não tem de haver comunicado. “Não existe um comunicado. Esse é feito à CMVM. Foi enviada a carta de renúncia pela empresa ao acionista”, disse.

Nesse dia, o antigo secretário de Estado do Tesouro falou com Alexandra Reis. “A minha conversa com a engenheira Alexandra Reis foi uma conversa simpática e que envolveu o abraçar de novos desafios e que estava a estudar alternativas. Na conversa não foi identificado facto que indicasse mal-estar com CEO ou outros factos até então desconhecidos”.

Miguel Cruz afirmou que nunca se deu conta da existência de divergências profundas com a ex-CEO, Christine Ourmière-Widener. “Nas reuniões sobre o plano de restruturação, qualquer uma delas era muito opinativa e com muitas sugestões e havia momentos em que conversas se sobrepunham mas nada que mostrasse mal-estar”, contou.

O ex-governante disse que partilhou com o então ministro das Finanças, João Leão, que era inoportuna a saída de Alexandra Reis, depois de meses antes ter saído o ex-administrador financeiro, João Weber Gameiro. Paulo Moniz quis saber se nenhum deles teve a curiosidade de questionar os motivos da saída: “Entre duas pessoas que estão nesta conversa é natural perguntar: ‘mas saiu porquê’”? “A resposta estava dada. Renunciou para abraçar novos desafios profissionais”, respondeu Miguel Cruz.

“Hoje sabemos” que não foi renúncia

“No momento em que a engenheira Alexandra Reis saiu, o motivo que é do conhecimento do Ministério das Finanças, leia-se da DGTF, da secretaria de Estado do Tesouro ou das Finanças é que é uma renúncia”, sublinhou o atual presidente da Infraestruturas de Portugal. “Com certeza que hoje sabemos que não foi assim“.

“Uma saída com pagamento indemnizatório não tem de ser do conhecimento da tutela financeira?”, insistiu Filipe Melo. “Esta figura da renúncia por acordo que viemos a conhecer não existe no Estatuto do Gestor Público. Isso deixa-nos com duas opções. Ou se trata de uma renúncia e o acionista não tem nada a fazer sobre essa matéria. Ou não se tratando de uma renuncia tem de ir à assembleia geral, que é onde se podem destituir ou substituir membros do conselho de administração”, respondeu o antigo secretário de Estado. Afirmou, no entanto que “o Ministério das Finanças devia ter sabido mas não foi informado”.

O que feito, sabemos agora, não foi uma renúncia e a indemnização não foi paga ao abrigo do Estatuto do Gestor Público”, acrescentou Miguel Cruz. “A indemnização não tem de ir à assembleia geral, mas no caso da TAP teria de ir à comissão de vencimentos”, disse ainda.

O ex-governante defendeu o atual administrador financeiro da companhia aérea neste tema. “Não considero que Gonçalo Pires tenha sonegado informação. A informação tinha se der prestada pela TAP, não pelo Dr. Gonçalo Pires. Nestas circunstâncias de substituição da engenheira Alexandra Reis, a TAP tinha de solicitar formalmente ao Ministério das Finanças a marcação de uma assembleia geral. E isso tem de ser feito pelos órgãos próprios da TAP, o chairman ou a CEO. Não é uma comunicação que o administrador financeiro tenha de fazer à tutela financeira”, defendeu.

Os deputados confrontaram também o gestor com a saída de João Weber Gameiro, que na sua audição na comissão parlamentar de inquérito revelou que deixou a TAP por não ter um seguro de diretors & officers com um valor que refletisse as responsabilidades assumidas ou um contrato de gestão que o assegurasse. No comunicado publicado pelo Governo era dito que saía por motivos pessoais.

“Pessoalmente não tinha condições para lidar com pressão que estávamos a ter”, respondeu Miguel Cruz. “As razões subjacentes imagino que tenham sido ampliadas pela questão do seguro. Admito que isso tenha ajudado. A razão porque toma a decisão não é por ter o seguro. É o único administrador que apresenta a renúncia sendo que todos estão na mesma circunstância”, apontou o gestor público. “Considera pessoalmente que a sua leitura de risco não lhe permite continuar”, justifica.

Explicou ainda que o seguro de de diretors & officers existia, mas devido à situação da covid e ao plano de reestruturação não estar ainda aprovado, “o mercado não estava a fazer seguro nas condições que a TAP desejaria”.

Miguel Cruz foi secretário de Estado do Tesouro, com a tutela financeira da TAP, entre junho de 2020 e março de 2022. Antes foi presidente da Parpública, a sociedade gestora de participações do Estado, nomeadamente a companhia aérea.

O ex-governante fazia já parte do Executivo quando o Governo anunciou a compra da posição de 22,5% de David Neeleman na TAP, voltando o Estado a ter a maioria do capital. Esteve também muito envolvido, da parte das Finanças, na negociação do plano de reestruturação da companhia aérea, que obrigou a despedimentos, cortes salariais significativos, a redução da frota e a cedência de slots.

Miguel Cruz era também secretário de Estado quando a TAP acordou com a antiga administradora Alexandra Reis um acordo de rescisão com uma indemnização de 500 mil euros. O Ministério das Finanças tem afirmado que não teve qualquer conhecimento do acordo, que teve a intervenção do Ministério das Infraestruturas.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas vai recuar até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estendendo-se até 23 de julho.

(noticia atualizada às 24h00)

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Ana Teresa Marques é a nova diretora executiva da Portugal Film Commission

  • Lusa
  • 30 Maio 2023

Ana Teresa Marques, nascida em Lisboa em 1969, era, desde 2018, técnica superior no departamento de Comunicação e Marketing Digital do Turismo de Portugal.

A técnica Ana Teresa Marques, do Turismo de Portugal, é a nova diretora executiva da Portugal Film Commission (PFC), revelou hoje à agência Lusa fonte do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

Ana Teresa Marques assume o cargo antes ocupado pela jurista Sandra Neves, e integra a PFC numa altura em que esta estrutura faz parte da orgânica do ICA.

Numa audição parlamentar, o presidente do ICA, Luís Chaby Vaz, revelou esta terça-feira que a nova diretora executiva entrou em funções no início de maio.

Ana Teresa Marques, nascida em Lisboa em 1969, era, desde 2018, técnica superior no departamento de Comunicação e Marketing Digital do Turismo de Portugal.

Licenciada em Comunicação Social, especializou-se em cinema e televisão, tem formação em Ecoturismo, trabalhou na área de programação da RTP e foi formadora da Escola Técnica de Imagem e Comunicação.

De acordo com a nota curricular disponibilizada pelo ICA, entre 2012 e 2018 coordenou o gabinete de imprensa da Câmara Municipal de Coruche, no distrito de Santarém.

Por via de um decreto-lei aprovado em fevereiro, a orgânica do ICA foi alterada para passar a incluir as competências da Portugal Film Commission e o presidente do instituto, Luís Chaby Vaz, acumula as funções de ‘film commissioner’.

Na PFC, Luís Chaby Vaz é coadjuvado por uma diretora executiva – agora nomeada – e por uma “rede de pontos focais”, uma das novidades da reestruturação orgânica do ICA.

Essa rede de pontos focais é composta por “representantes de gabinetes ministeriais das áreas governativas da internacionalização, da modernização administrativa, do turismo e da cultura, bem como por representantes de outras entidades de especial relevância”, lê-se no decreto-lei.

A PFC deve reunir-se duas vezes por ano com a rede de pontos focais, que tem como funções emitir pareceres e “pronunciar-se sobre questões suscitadas” sobre a atividade daquela estrutura.

Na audição parlamentar de hoje, Chaby Vaz disse que o ICA está a “desenhar o plano de atividades” e que terá as primeiras reuniões com os pontos focais em junho.

À orgânica do ICA é ainda acrescentado um conselho consultivo, ao qual a PFC tem de submeter um plano estratégico para cada triénio e planos e relatórios anuais de atividade.

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Fesap ameaça fazer greves em julho na saúde, inspeção e ADSE

  • Lusa
  • 30 Maio 2023

A intenção de avançar com greves na primeira quinzena de julho para os vários setores foi avançada em conferência de imprensa pelo secretário-geral da Fesap, José Abraão.

A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) ameaçou esta terça-feira avançar para várias greves setoriais em julho, caso o Governo não encontre soluções, até ao final de junho, para algumas carreiras na saúde, inspeção e na ADSE. A intenção de avançar com greves na primeira quinzena de julho para os vários setores foi avançada em conferência de imprensa pelo secretário-geral da Fesap, José Abraão.

Na área da saúde, em relação aos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, segundo o sindicalista, “falta resolver a contagem dos pontos para efeitos de progressão” e também “reposicionar os administrativos, os assistentes operacionais e técnicos superiores, no que respeita àquilo que é o contrato que celebraram, em muitos casos, há mais de 20 anos”.

O sindicalista ameaçou ainda avançar para a greve em julho caso não haja solução “até final de junho” para os trabalhadores das carreiras de inspeção externa do Estado, nomeadamente os inspetores da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), Segurança Social e fundos comunitários, devido à “demora na abertura dos concursos de promoção, há largos meses a aguardar despacho do Ministério das Finanças”.

A revisão das carreiras especiais de informática, da polícia municipal e da Justiça é outra das questões que a Fesap quer ver resolvida até ao final do próximo mês. “Se até final do mês de junho também não houver uma resposta clara a estes trabalhadores, a Fesap emitirá um pré-aviso de greve para a primeira quinzena de julho”, reforçou José Abraão.

Quanto à ADSE, a estrutura sindical critica a falta de pessoal verificada no instituto de proteção e assistência na doença, face ao aumento do número de beneficiários, e defende uma redução dos descontos compensada com contribuições por parte dos empregadores públicos.

Segundo Abraão, a isenção das autarquias do pagamento das comparticipações dos beneficiários da ADSE representa uma despesa de cerca de 80 milhões de euros. José Abraão criticou ainda a proposta do Governo sobre a revisão do sistema de avaliação de desempenho (SIADAP), que deverá começar a ser negociada em breve, já que “mantém a injustiça das quotas” e só produzirá efeitos em 2026.

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Depoimento de Marcelo na comissão de inquérito à TAP foi chumbado

  • Lusa
  • 30 Maio 2023

O objetivo do requerimento do Chega era que o Presidente da República prestasse depoimento, “por escrito, a propósito da atuação do Serviço de Informações de Segurança, na recuperação do computador".

PS e PCP chumbaram esta terça-feira o requerimento do Chega para o depoimento do Presidente da República, por escrito, à comissão de inquérito da TAP sobre a atuação do SIS nos acontecimentos de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas.

No início da reunião da comissão de inquérito à TAP, os deputados chumbaram este pedido com os votos contra do PS e PCP, a abstenção do PSD e BE e os votos a favor apenas de Chega e IL. O objetivo do requerimento era que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prestasse depoimento, “por escrito, a propósito da atuação do Serviço de Informações de Segurança (SIS), na recuperação do computador de Frederico Pinheiro”, ex-adjunto do ministro João Galamba.

No período de intervenções, apenas o PS e o Chega usaram da palavra, tendo o coordenador socialista, Bruno Aragão, voltado a justificar este voto contra com o facto de o pedido estar fora do âmbito da comissão de inquérito. O deputado do Chega Filipe Melo voltou a acusar o PS de usar o “rolo compressor” da maioria absoluta, reiterando a importância deste depoimento do chefe de Estado.

Na mesma reunião da comissão de inquérito à TAP, foi aprovado o pedido de documentação do PCP para seja enviada pela Segurança Social a “informação sobre os pagamentos realizados nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020 provenientes de rendimentos do trabalho na TAP ou na Atlantic Gateway dos administradores da TAP SA e da TAP SGPS”.

Este fim de semana, o presidente do Chega, André Ventura, tinha anunciado este requerimento. “Mesmo sabendo o quão sensível isto pode ser, eu quero anunciar-vos que o Chega endereçou hoje para a comissão parlamentar de inquérito à TAP um ofício a pedir que o senhor Presidente da República preste um depoimento escrito à comissão de inquérito a explicar o que é que o primeiro-ministro lhe disse, quem é que teve interferência no uso do SIS e como é que esta interferência aconteceu”, afirmou André Ventura, que discursava no Conselho Nacional do partido, que decorreu em Vila Real.

Os acontecimentos do dia 26 de abril estão relacionados com Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro João Galamba, e envolvem denúncias contra o ex-adjunto por violência física no Ministério das Infraestruturas e o alegado furto de um computador portátil, já depois de ter sido demitido, caso que está a ser investigado pelo Ministério Público.

Durante o debate da semana passada na Assembleia da República, o primeiro-ministro disse não ver qualquer tipo de ilegalidade na atuação do SIS na recuperação do computador do ex-adjunto do ministro João Galamba, assegurando que nenhum membro do Governo deu qualquer instrução ou orientação para a ação daquele serviço. António Costa considerou também, perante os deputados, que o SIS agiu “de forma adequada, proporcional e não excedendo as suas competências”.

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