Douro Vinhateiro eleito “Obra-Prima de Portugal” em campanha da Xiaomi

As votações decorreram entre os dias 15 e 20 de maio, tendo sido registado um total de 2622 votos. O objetivo passou pela promoção das paisagens e obras-mestras portuguesas.

O Douro Vinhateiro foi eleito a Obra-Prima de Portugal, depois de ter sido o mais votado numa campanha que decorreu nas redes sociais da Xiaomi Portugal, durante 10 dias. O Cante Alentejano e a Aldeia Histórica de Piódão ocupam o segundo e terceiro lugar.

O resultado da votação surge no culminar de uma campanha da Xiaomi que, através do seu telemóvel Xiomi 13 Pro, quis dar a conhecer o país através de uma viagem de norte a sul, não esquecendo as ilhas dos Açores e da Madeira, sob o olhar dos fotógrafos João Amorim e João Bernardino.

A Obra-Prima de Portugal não só permitiu promover o nosso país a partir do ponto de vista criativo do João Amorim e João Bernardino que captaram imagens únicas, como também nos mostrou que o novo Xiaomi 13 Pro permite aos seus utilizadores experimentar sistemas de câmara profissional com uma autêntica experiência Leica“, disse Tiago Flores, country diretor da Xiaomi em Portugal.

Segundo Tiago Flores, “estamos contentes de ter contado com mais de 3 mil interações na votação para ‘A obra-prima de Portugal’ e damos os parabéns ao Douro Vinhateiro por ter ganho na preferência dos portugueses”.

Com o final desta campanha onde a Xiaomi juntou a mais alta tecnologia, com arte e cultura, ficaram registadas imagens únicas, que nos levam ao imaginário da criatividade de dois grandes talentos, que transmitiram através das suas fotografias aquilo que consideram ser as grandes obras primas do nosso país”, refere-se em nota de imprensa.

No total foram registados 2622 votos distribuídos pelo Douro Vinhateiro (363 votos), Cante Alentejano (323), Aldeia Histórica de Piódão (211), Galo de Barcelos (182), Parque Natural do Faial (153), Trilho dos Pescadores (140), Fajãs Açores (122), Cerâmica/Azulejaria (121), Ponta de São Lourenço (121), Pesca Tradicional/Arte Xávega (117 votos), Vulcão dos Capelinhos (104), Olaria (100 votos), Serra da Estrela (97 votos), Salinas (95), Serra da Freita (82), Vinho da Madeira (76), Queijo da Ilha/Queijo de São Jorge (74), Fanal da Madeira (71) e Judiaria (70).

O objetivo passou pela promoção das paisagens e obras-mestras portuguesas, pelo que a iniciativa contou com referências naturais, culturais, históricas, arquitetónicas ou gastronómicas, mediante as escolhas, visões e estilos dos protagonistas da campanha.

As votações decorreram entre os dias 15 e 20 de maio. No âmbito da campanha foram ainda publicados vídeos redes sociais da Xiaomi Portugal, nomeadamente no Instagram e Facebook.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Easyjet revê em baixa adesão à greve para 60%. Sindicato mantém participação “total”

  • Lusa
  • 26 Maio 2023

Cerca de 40% dos tripulantes escalados para trabalhar esta sexta compareceram ao serviço, avança a empresa. Já os sindicatos mantêm que a adesão se manteve nos 100% e 386 foram voos cancelados.

A easyJet estimou esta sexta-feira, ao final da tarde, que 40% dos trabalhadores escalados se apresentaram ao serviço no primeiro dia de paralisação, um número contestado pelo sindicato dos tripulantes de cabine, que afirma que a adesão se manteve nos 100%.

Fonte oficial da companhia aérea disse à Lusa que, até à tarde, cerca de 40% dos tripulantes escalados para trabalhar esta sexta compareceram ao serviço nos respetivos aeroportos, depois de na manhã ter estimado este indicador nos 30%. Estes números reduzem assim a taxa de adesão à greve de 70%, na manhã, para 60% no final da tarde do primeiro dia de greve, segundo a companhia.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, manteve em 100% a adesão dos trabalhadores à greve e remeteu para os 386 voos cancelados depois do anúncio do pré-aviso de greve.

“O balanço é muito simples de fazer. A empresa cancelou logo 386 voos desde que nós fizemos o pré-aviso de greve, portanto, podemos dizer que a empresa assumiu que a greve ia ter um impacto considerável e que, neste momento, excetuando os serviços mínimos, a greve foi uma adesão total”, disse Ricardo Penarroias, que acrescentou que não percebe os números avançados pela empresa.

Dezenas de tripulantes de cabine da easyJet estiveram concentrados junto ao terminal 1 do aeroporto de Lisboa para pedir melhores condições de trabalho, no primeiro de cinco dias de greve, que levaram a empresa a cancelar previamente 386 voos. Na ocasião, e em declarações aos jornalistas, o presidente do SNPVAC insistiu que a empresa tem vindo ao longo dos anos a aproximar-se das exigências dos trabalhadores noutros países, mas não em Portugal.

A greve dos tripulantes de cabine da easyJet teve início esta sexta e repete-se nos dias 28 e 30 de maio e 1 e 3 de junho. A paralisação abrange “todos os voos realizados pela easyJet”, bem como os “demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, cujas “horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 e fim às 24:00 de cada um dos dias” mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.

Quando a paralisação foi marcada, a easyJet disse ter ficado “extremamente desapontada” com a convocação da greve, considerando a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% “impraticável”, e anunciou que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.

Num comunicado no dia 19 de maio, o SNPVAC garantiu que “a easyJet decidiu previamente proceder ao cancelamento massivo de voos: dos 458 voos originais a saírem das bases portuguesas de Lisboa, Porto e Faro, a companhia já cancelou previamente 384 voos, ou seja, 84% dos voos planeados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Temos um bom problema, um baixo nível de desemprego”, diz secretário de Estado

  • Lusa
  • 26 Maio 2023

"É um problema para quem tem de contratar, mas é um melhor problema do que se tivéssemos um alto nível de desemprego”, destacou Miguel Fontes.

A imigração está a contribuir para a sustentabilidade da Segurança Social, numa altura em que atingiu o maior saldo dos últimos dez anos, disse esta sexta-feira o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes.

O governante, que falou, em conjunto com a ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva, à margem do Fórum Social do Porto, que começou esta sexta e continua no sábado, disse que há “uma participação de imigrantes no nosso mercado de trabalho muitíssimo maior do que era há meia dúzia de anos”.

“Temos um bom problema, um baixo nível de desemprego. É um problema para quem tem de contratar, mas é um melhor problema do que se tivéssemos um alto nível de desemprego”, destacou.

Para Miguel Fontes, “esse problema tem de ser combatido, entre outras medidas, através da atração de pessoas que queiram olhar para Portugal como um local em que faz sentido construírem as suas vidas, os seus projetos profissionais”, destacando que “Portugal é hoje muito atrativo para muita gente nos mais diversos setores, nomeadamente nos mais qualificados”.

“E, por isso, hoje vemos com agrado pessoas das mais diferentes proveniências, obviamente com predominância dos países com quem temos laços históricos e que partilham a mesma língua, mas de um modo geral temos uma imigração que vem de todo o tipo de geografias e que está a ajudar ao desenvolvimento do país e a contribuir para a sustentabilidade da Segurança Social, com as suas contribuições”.

A Segurança Social registou o maior excedente orçamental em mais de uma década, atingindo 4.059 milhões de euros, em 2022, uma melhoria de 1.711 milhões face a 2021, avançou o Conselho de Finanças Públicas (CFP) esta quinta-feira.

Por sua vez, Mariana Vieira da Silva destacou que “a economia portuguesa, depois da pandemia e mesmo apesar da guerra” recuperou, nomeadamente em termos de emprego e salários, destacando que estão a ser cumpridos “aqueles que eram os objetivos”.

“Temos sempre que ter presente que precisamos de uma estratégia transversal e depois aprofundar aos problemas específicos, sejam eles de saúde mental, pobreza infantil ou resposta aos que são mais vulneráveis”, disse ainda a ministra, quando questionada sobre temas sociais.

Sempre que olhamos para os problemas apenas nas suas versões mais micro tendemos a não conseguir as respostas todas, porque para qualquer economia ter uma boa proteção social também precisa de ter uma economia a crescer, os salários a subir até porque isso normalmente traduz-se em menos pressão sobre as prestações sociais”, referiu.

Miguel Fontes, por sua vez, destacou o esforço “que o país exige, de elevar o nível das qualificações profissionais e antecipação de necessidades futuras”. “Sabemos que há obsolescência de competências, trabalhos que vão ficando para trás, pessoas que correm o risco de ver as suas vidas profissionais interrompidas, mas isso não nos deve permitir afastar do essencial que é que ninguém pode ficar para trás”, destacou.

“As competências podem ficar obsoletas, mas as pessoas não. Temos de mobilizar tudo e todos os recursos para requalificar essas pessoas para lhes dar novas oportunidades de trabalho”, indicou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Do Brexit ao contexto económico, Reino Unido perde atratividade como destino de emigração

No ano passado, os migrantes provenientes da UE representaram apenas 13% do fluxo total para o Reino Unido. Um valor valor que fica muito aquém dos 52% registados em 2018 e dos 42% em 2019.

Depois de anos a tornar-se a ‘casa’ de milhares de emigrantes à procura de melhores condições de vida, o Reino Unido está a perder a sua atratividade, tendo registado uma acentuada quebra dos emigrantes oriundos da União Europeia (UE). No ano passado, as pouco mais de 150.000 chegadas traduzem-se em apenas cerca de metade das registadas em 2019, segundo os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas Britânico. E a culpa não é apenas do brexit.

“O número de pessoas da Europa de Leste e do Sul dispostas a mudar-se diminuiu na segunda metade da década de 2010”, começa por explicar John Springford, deputy director do Centre for European Reform, citado pela Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). “Há (também) o efeito do brexit, que está a pôr em causa a migração pouco qualificada.”

Mas o brexit não é o único fator que está a travar o fluxo de trabalhadores da UE de que o Reino Unido costumava depender. Da Polónia a Portugal, as economias da UE estão a gerar mais empregos e melhores salários do que a Grã-Bretanha. E preveem-se taxas de crescimento mais rápidas nos próximos anos em algumas das regiões do sul da Europa consideradas como problemáticas há uma década, entre as quais se incluem Portugal, Espanha e Grécia.

“As oportunidades no mercado de trabalho melhoraram, definitivamente, no sul da Europa”, diz Riccardo Marcelli Fabiani, economista da Oxford Economics.

Ao mesmo tempo, as perspetivas no Reino Unido deterioraram-se. Embora o desemprego continue baixo, o crescimento é modesto e os salários reais a longo prazo estagnaram.

“A economia do Reino Unido não está a ter um desempenho particularmente bom. Os empregos mais atrativos estão agora na Holanda e na Alemanha, e não no Reino Unido. As pessoas ainda se podem mudar, mas provavelmente não virão para o Reino Unido”, considera Pawel Bukowski, investigador da London School of Economics.

Os migrantes provenientes dos Estados-membros da UE representaram no ano passado apenas 13% do fluxo total para o Reino Unido. Um valor valor que fica muito aquém do registado em 2018 (52%) e em 2019 (42%).

O contexto económico mudou, e outro fator que o prova é a diminuição do fosso de prosperidade entre o Reino Unido e as regiões menos prósperas da Europa. Os dados do Banco Mundial mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Reino Unido, numa base de paridade do poder de compra, que ajusta os diferentes custos entre países, mais do que duplicava o da Polónia em 2001. Em 2021, contudo, já era apenas 29% superior. Nos últimos 20 anos, os salários na Polónia quase duplicaram, e este era precisamente um dos países com maior representação na migração para o Reino Unido. Em 2010, os polacos tornaram-se a maior população estrangeira nascida no Reino Unido, ultrapassando a Índia.

“O mercado de trabalho e a economia polaca sofreram uma mudança dramática”, afirma Pawel Bukowski, investigador da London School of Economics, que se mudou da Polónia para o Reino Unido em 2016. “Basicamente, partindo de um nível de desenvolvimento económico muito, muito baixo no início da década de 1990 e de um nível baixo de salários reais, conseguimos recuperar o atraso”, continua.

Com o tema na agenda política inglesa, o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, culpando os conservadores, avisou que a Polónia está a caminho de ultrapassar o Reino Unido em termos de PIB per capita até 2030. Piotr Arak, diretor do Instituto Económico Polaco, considerou a previsão demasiado otimista para a Polónia, mas também deixou um aviso: “Na Polónia, algumas regiões e algumas cidades tornaram-se muito competitivas. Com o salário que se pode obter aqui, é possível ter uma vida bastante agradável em comparação com as outras capitais da UE.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Primeira-dama dos EUA visita Lisboa no dia 5 de junho

  • Lusa
  • 26 Maio 2023

Jill Biden chega a Portugal no âmbito de uma digressão de seis dias pelo Médio Oriente, África do Norte e Europa, para promover o empoderamento das mulheres e dos jovens.

A primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, visitará Lisboa, no dia 5 de junho, para a abertura das celebrações do 60º aniversário do programa Arte nas Embaixadas, promovidas pela embaixada dos EUA em Portugal.

Jill Biden chega a Portugal no âmbito de uma digressão de seis dias pelo Médio Oriente, África do Norte e Europa, para promover o empoderamento das mulheres e dos jovens, de acordo com informação divulgada pelo seu gabinete.

Na viagem, a primeira-dama participará num casamento real na Jordânia (entre o príncipe Al Hussein bin Abdullah e Rajwa Khald Alseif), para além de visitar o Egito, Marrocos e Portugal.

Em Lisboa, Jill Biden estará na cerimónia de abertura das celebrações de três dias para promover a arte e artistas que estão expostos na residência oficial da embaixadora norte-americana em Portugal, Randi Charno Levine, e que ficarão agora disponíveis ao público numa coleção nas instalações da Universidade Católica, intitulada “Celebrar a Diversidade: Democracia e Representação em Arte Contemporânea”.

“A primeira-dama acredita que apoiar a juventude no mundo é crítico para o nosso futuro comum, com a educação, saúde e empoderamento no cerne de tudo isso”, explicou Vanessa Valdivia, porta-voz de Jill Biden, referindo-se ao espírito da viagem. No Egito e em Marrocos, a primeira-dama vai reunir com mulheres e jovens ligados a projetos educativos com investimento norte-americano.

Em Portugal, Jill Biden abre as comemorações do programa Arte nas Embaixadas, que inclui uma exposição que dará visibilidade a artistas norte-americanos (incluindo Sanford Biggers, Nick Cave; Deborah Kass; Maya Lin; Christopher Myers; Aliza Nisenbaum; Amy Sherald; Deborah Willis; Hank Willis Thomas) a que se juntam artistas portugueses (Leonor Antunes, Vasco Araújo, Ângela Ferreira, Fernanda Fragateiro, Mónica de Miranda e Diana Policarpo).

A iniciativa da embaixada dos EUA em Portugal conta ainda com debates sobre o papel da arte na diversidade e nas democracias. “As artes desempenham um papel importante na diplomacia, destacando os nossos valores e desafios partilhados e criando um espaço seguro para discussão e debate em torno de algumas das questões sociais mais prementes dos nossos tempos”, comentou Randi Charno Levine, num comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tecnológica Coreflux promove ‘trabalhadores digitais’

  • Lusa
  • 26 Maio 2023

A portuguesa Coreflux apresentou o Anselmo e o Graham Beel, dois 'trabalhadores digitais', e está já a trabalhar num terceiro.

A tecnológica portuguesa Coreflux tem dois “grandes projetos” de inteligência artificial (IA), os trabalhadores digitais Anselmo e Graham Bell, e já está a trabalhar num terceiro “mais ambicioso”, disse à Lusa o cofundador Paulo Mota. O lançamento destes projetos com base em IA decorre num evento na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. “Atualmente, temos dois grandes projetos de inteligência artificial, ambos na categoria de ‘digital workers’ [trabalhadores digitais], e um terceiro mais ambicioso, ainda em desenvolvimento“, acrescentou o mesmo responsável.

O projeto Anselmo “é a versão mais capacitada dos nossos trabalhadores digitais, cuja funcionalidade inclui interpretação de fluxos de trabalho industriais e a geração automática de código para criar aplicações que deem resposta a esses requisitos“, detalhou o responsável.

Por exemplo, numa situação em que um operador precisa que um robô de 6-eixos (braço robótico) cumpra uma função, “esta é descrita em linguagem natural, por texto ou voz, e o nosso trabalhador digital gera o código necessário correspondente e integra-o diretamente na máquina, ficando esta capacitada para começar a produzir de acordo com as regras, instruções e limites que lhe foram atribuídos“, descreve Paulo Mota.

Entretanto, o mais recente trabalhador digital da Coreflux chama-se Graham Bell e é um assistente virtual que habita na comunidade Discord, “sendo projetado especificamente para atuar como um especialista técnico e, assim, apoiar a comunidade de integradores internos e externos da Coreflux”, adiantou.

Paulo Mota adianta que “esta é uma ferramenta inovadora na indústria, tanto quanto possível apurar a primeira implementação deste tipo, trabalhando em conjunto com o utilizador através de linguagem natural num processo de cocriação de soluções Coreflux, customizadas aos detalhes específicos das suas necessidades“.

O Graham Bell “é capaz de interagir em tempo real, respondendo a perguntas, fornecendo suporte técnico, preparando configurações técnicas, e aconselhando sobre as melhores soluções para diferentes cenários” e “muito em breve, uma versão mais avançada deste será a face do nosso novo ‘website’, interagindo com os visitantes rumo à solução que procuram”, referiu.

O cofundador da Coreflux garante que a tecnológica tem “uma procura crescente” desta versão para implementar “em múltiplas indústrias que beneficiam diretamente de suporte customizado e especializado”.

No que respeita ao terceiro projeto assente em IA, “contamos em breve revelar mais novidades, podendo avançar apenas que temos estado ativamente a desafiar as fronteiras das atuais tecnologias com novas perspetivas, no sentido de trazer ao mercado soluções de inovação nacional”, acrescentou.

"A tecnológica dedica-se às áreas da Internet das Coisas Industrial – ‘Industrial Internet-of-Things (IIoT) – e Dados e “surgiu como resultado de mais de duas décadas de experiência na indústria, em algumas das suas vertentes mais exigentes”.”

Quanto ao investimento inicial do projeto, Paulo Mota disse que “partiu de capitais próprios, validados pelo volume de vendas e grau de implementação” que a Coreflux já tinha no mercado. “Foi nesse seguimento que se associou a este empreendimento um conjunto de investidores que preferem manter-se como ‘silenciosos‘” e que “avançaram com um plano de investimento inicial que ronda os dois milhões de euros, rumo à concretização de um projeto definido com um âmbito internacional”, adiantou.

A tecnológica dedica-se às áreas da Internet das Coisas Industrial – ‘Industrial Internet-of-Things (IIoT) – e Dados e “surgiu como resultado de mais de duas décadas de experiência na indústria, em algumas das suas vertentes mais exigentes”.

Sem adiantar valores, Paulo Mota explica que “está já em curso uma primeira fase de procedimentos de contratação para crescimento da equipa, bem como um processo de internacionalização suportado na criação de ramos da empresa em pontos geográficos estratégicos, com a formação de equipas locais“.

“Prevemos a curto/médio prazo a contratação de uma equipa de 25 pessoas”, com o objetivo de “reforçar as capacidades de desenvolvimento de produto e marca, promover a inovação e potenciar a exportação das soluções de topo da engenharia nacional”, referiu.

Paralelamente, “temos também quatro trabalhadores digitais internos, encarregues da gestão automatizada de projetos e processos documentais“, sendo que “a cada um destes elementos virtuais atribuímos nomes e narrativas próprias, potenciando dessa forma um maior envolvimento da equipa na manutenção e evolução das capacidades dos mesmos”, relatou.

Para a Coreflux, Portugal “é, antes de mais, o laboratório de desenvolvimento e validação de produto”, mas tem planos de expansão a nível internacional. “Temos, neste momento, conversações exploratórias para consolidação de bases de trabalho na América do Norte (Estados Unidos da América), América do Sul (Brasil), Europa (Espanha, Alemanha, Polónia) e Ásia (Singapura)”, detalhou Paulo Mota. Além disso, “é, obviamente, com orgulho que, em alguns destes países, vemos a iniciativa de contacto partir de empresas locais, tendo visto a nossa marca surgir recorrentemente em soluções avulso implementadas e a funcionar”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moody’s sobe ratings de bancos portugueses

  • ECO
  • 26 Maio 2023

Depois de ter melhorado a perspetiva para a dívida portuguesa, a Moody's subiu os ratings dos depósitos e dívida senior da Caixa, Santander, BPI, Crédito Agrícola e Banco Montepio.

A Moody’s subiu os ratings dos depósitos de longo prazo e dívida sénior não garantida de vários bancos portugueses, deixando o BCP e o Novobanco sem alterações, isto depois de ter melhorado a perspetiva para a notação de risco de Portugal há uma semana.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) viu o rating dos depósitos de longo prazo subir um nível, de “Baa2” para “Baa1”, três degraus acima da fronteira com o nível considerado “investimento especulativo”, enquanto foi reiterado o rating para a dívida sénior não garantida no nível “Baa2”.

“A Moody’s considerou o fortalecimento do perfil de crédito da CGD, nomeadamente a melhoria da qualidade dos ativos e dos rácios de capital, a par do continuado incremento dos resultados recorrentes”, nota o banco público em comunicado entretanto enviado ao mercado.

Quanto ao Santander Totta e BPI, a Moody’s melhorou a classificação de risco para a dívida sénior não garantida, em ambos os casos de “Baa2” para “Baa1”, reiterando os ratings dos depósitos de longo prazo (A3).

Quanto ao BCP e Novobanco, não há mexidas, mantendo-se os ratings dos depósitos de longo prazo em “Baa2” e “Ba1”, respetivamente.

Já o Crédito Agrícola e Banco Montepio viram os seus ratings dos depósitos de longo prazo e da dívida sénior não garantida aumentarem num nível.

Adicionalmente, a Moody’s deixou os ratings dos depósitos de longo prazo e da dívida sénior não garantida da CGD, BCP, Novobanco e Banco Montepio com perspetivas de evolução (outlook) positivas, devido à expectativa de melhoria do perfil de crédito destas instituições nos próximos 12 a 18 meses.

Antecipando um “aumento moderado dos empréstimos problemáticos” tendo em conta a subida dos juros e da inflação, a agência considera que a deterioração não deverá materializar-se num enfraquecimento dos bancos.

Para o BCP, os ratings só voltam a subir se os problemas com a sua subsidiária polaca, o Bank Millennium, forem contidos, nota a Moody’s.

(atualizado às 21h46 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Três estações do metro de Lisboa fechadas e trânsito condicionado devido a jogo do Benfica

  • Lusa
  • 26 Maio 2023

Estações do Marquês de Pombal, Parque e Picoas vão ser encerradas este sábado a antecipar o jogo do Benfica, onde se pode sagrar campeão.

As estações do metro do Marquês de Pombal, Parque e Picoas, em Lisboa, serão encerradas sábado à tarde e várias estradas condicionadas, antes do início do último jogo do Benfica no campeonato nacional de futebol, anunciou esta sexta-feira a PSP. O último jogo do Benfica no campeonato, contra o Santa Clara, está marcado para as 18:00, no Estádio da Luz.

Num comunicado, a PSP indica que, “na eventualidade de serem realizadas celebrações do campeão da Liga Bwin”, levará a cabo uma operação especial para que os festejos “decorram num ambiente festivo e em segurança”. Assim, a partir das 16:30 vão existir condicionamentos no eixo Entrecampos/Marquês de Pombal (onde se inclui o corte na Rotunda de Entrecampos, Avenida da República, Praça Duque de Saldanha e Avenida Fontes Pereira de Melo) e no eixo Praça de Espanha/Marquês de Pombal (Praça de Espanha e Avenida António Augusto Aguiar).

Também o eixo Amoreiras/Marquês de Pombal (Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, onde se inclui o corte e isolamento do túnel do Marquês e Rua Joaquim António de Aguiar) e o eixo Restauradores/Marquês de Pombal (Praça dos Restauradores e Avenida da Liberdade) vão estar condicionados.

Tal como em anos anteriores, a PSP definiu locais através dos quais é possível aceder à Praça do Marquês de Pombal, a partir das 17:00, “após controlo e revista pela PSP”: Avenida Fontes Pereira de Melo com a Rua Tomás Ribeiro, Avenida Fontes Pereira de Melo com a Rua Martens Ferrão e a Rua Braamcamp.

Outros dos locais definidos são a Avenida da Liberdade com a Rua Alexandre Herculano, Avenida Joaquim António de Aguiar com a Rua Castilho, Avenida Duque de Loulé com a Rua Eça de Queiroz e Avenida António Augusto Aguiar. A implementação deste perímetro de acesso ao Marquês de Pombal “levará, a partir das 16:30, ao encerramento de estações do Metropolitano para entrada e saída de passageiros nas estações do Marquês de Pombal, Parque e Picoas”, indica a PSP.

No comunicado, a polícia aconselha os adeptos a privilegiarem os transportes públicos e a não estacionarem em locais proibidos, nem a deixar objetos expostos no interior, caso optem pelo carro. Lembrando que vai ser feito um controlo de entrada de objetos no perímetro dos festejos, a PSP aconselha os adeptos a verificarem os objetos que transportam.

A polícia aconselha ainda todos os adeptos a terem “comportamentos e atitudes adequados a um ambiente desportivo e festivo, de respeito por todos os participantes, evitando o incentivo à violência”. Benfica e FC Porto entram para a ronda decisiva da 89.ª edição da I Liga separados por apenas dois pontos, esperando os ‘dragões’ um volte-face ‘milagroso’ para arrebatarem o título.

As ‘águias’ conquistarão o 38.º título da sua história se vencerem em casa o já despromovido Santa Clara, mas um empate também pode servir, desde que, à mesma hora, os ‘azuis e brancos’ não derrotem o Vitória de Guimarães e superem os 11 golos de diferença favoráveis ao Benfica na contagem entre tentos marcados e sofridos. O clube da Luz também festejará em caso de derrota, desde que o FC Porto não triunfe frente ao Vitória de Guimarães.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Circularidade do Sistema Alimentar em debate no Porto

  • Conteúdo Patrocinado
  • 26 Maio 2023

O próximo Ciclo de Conversas acontece já no dia 1 de junho, às 18 horas, no Porto Innovation Hub. Esta é a quarta de 10 conferências, organizadas pela Câmara do Porto, sobre neutralidade carbónica.

A quarta conferência do “Ciclo de Conversas – Rumo à Neutralidade Carbónica 2030” irá decorrer na próxima quinta-feira, dia 1 de junho, pelas 18 horas, no Porto Innovation Hub.

Esta iniciativa decorre no âmbito do Pacto do Porto para o Clima e pretende incentivar a implementação de projetos com vista a que o Porto consiga alcançar a neutralidade carbónica já em 2030.

“Circularidade do Sistema Alimentar” é o tema da próxima sessão, moderada por Luísa Magalhães, Diretora Executiva da Associação Smart Waste Portugal, na qual se pretende compreender o que está a ser feito e o que pode melhorar no sistema alimentar através de boas práticas que possam ser escaladas, tendo em vista alcançar melhores resultados.

No âmbito do Pacto Ecológico Europeu, com destaque para a estratégia “Do prado ao prato”, a Comissão Europeia pretende implementar, em todos os Estados-membros, objetivos de redução do desperdício alimentar até 2030. Dados oficiais da UE demonstram que cerca de 57 milhões de toneladas de comida são desperdiçados na União Europeia todos os anos, o equivalente a 127 quilos por habitante.

Os números do ano 2020, publicados pelo INE, mostram que Portugal está acima da média da UE, sendo o 4º país da União onde mais se desperdiça comida: em média quase 184 quilos de alimento por ano.

Perante estes dados, esta conferência pretende promover uma consciencialização do Porto para o país, através de uma gestão mais eficiente e de um trabalho em rede que permitirão não só a poupança de recursos a montante, como também efetivas transições de sistemas alimentares lineares para sistemas alimentares circulares.

Este esquema virtuoso de circularidade, apoiado no combate ao desperdício, torna evidente que esta transformação pode ser feita em diversos elos da cadeia de valor: na produção, com incentivos a uma produção de maior proximidade; no consumo, tornando-o mais equilibrado, mais local e com um impacto mais reduzido; no (re)aproveitamento, com o envolvimento da indústria na criação de estratégias e subprodutos que reduzam o desperdício alimentar; na recolha e tratamento dos resíduos orgânicos, garantindo o seu correto tratamento e apoio ao enriquecimento dos solos para nova agricultura.

Para debater estes e outros temas, a quarta conferência do Ciclo de Conversas contará com a presença de Duarte Torres, Subdiretor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto; Pedro Rocha, Grower’s Network Weaver da Noocity; Pedro Lago, Diretor de sustentabilidade e economia circular da Sonae MC; e Luís Assunção, Administrador da Porto Ambiente.

As inscrições são gratuitas, mas limitadas aos lugares disponíveis. Os interessados podem efetuar reserva aqui.

Veja, abaixo, os temas das próximas sessões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preço do cabaz alimentar diminuiu 7,48% desde entrada do IVA zero

Desde 17 de abril, dia em que o IVA zero entrou em vigor, que o preço do cabaz alimentar abrangido pela medida caiu 7,48%, indica a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

O preço do cabaz alimentar de produtos abrangidos pelo IVA zero diminuiu 7,48% desde a entrada em vigor da medida. De acordo com os dados compilados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), “desde 17 de abril, o dia que antecedeu a entrada em vigor da isenção, até ao dia 22 de maio, “o preço do cabaz alimentar diminuiu 7,48%“.

A informação surge no âmbito da terceira reunião da comissão de acompanhamento do pacto para a estabilização e redução do preço dos bens alimentares, segundo um comunicado enviado pelo Ministério da Economia e do Mar.

Em discussão esteve a monitorização e acompanhamento da evolução dos preços dos bens alimentares, após a entrada em vigor da isenção de IVA nas 46 tipologias de produto. Presentes na reunião estiveram o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda e do secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues.

O valor corresponde àquele apresentado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). Segundo as contas da entidade, até ao passado dia 17 de maio, o preço do cabaz alimentar abrangido pelo IVA zero teve uma redução de 7,9%, deixando de custar 138,77 euros e passando a custar 127,81 euros.

Notícia atualizada às 18h46

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo coloca em consulta pública simplificação do licenciamento industrial

Projeto-lei para eliminar licenças, autorizações, atos e procedimentos dispensáveis ou redundantes vai estar em consulta pública até 18 de junho.

Já está em consulta pública o projeto de decreto-lei de simplificação de procedimentos administrativos ao nível do urbanismo, ordenamento território e indústria, avançou em comunicado esta sexta-feira o Ministério da Economia.

O projeto de decreto-lei, que se insere na reforma de simplificação dos licenciamentos, ao nível das empresas pretende simplificar “um conjunto de licenciamentos industriais no âmbito do Sistema da Indústria Responsável (SIR)”, para reduzir os encargos das empresas e os cidadãos.

Esta medida do Simplex prevê a eliminação de vistorias prévias nos procedimentos de “tipo 1” do SIR, ou seja, os estabelecimentos industriais de maior perigosidade. Mas há uma exceção: se estas vistorias decorrerem de legislação especial.

Por outro lado, o Executivo propõe “a eliminação de quase todos os procedimentos de “tipo 3” do SIR, o que envolve a dispensa de cerca de 21 mil procedimentos”. Estes são os estabelecimentos industriais que exigiam uma mera comunicação prévia para a sua instalação e exploração. Mas depois a exploração “só pode ter início após a emissão do título digital”, que é solicitado junto do Balcão do empreendedor no momento em que é feita a comunicação prévia, e paga a taxa correspondente nos casos em que se aplica.

Além disso, este tipo de indústrias “está sujeita a todas as exigências legais em vigor e aplicáveis ao imóvel onde está situado, bem como aos condicionamentos legais e regulamentares aplicáveis à atividade industrial, designadamente em matéria de ambiente, segurança e saúde no trabalho, segurança alimentar e segurança contra incêndio em edifícios”.

O documento, que vai estar em consulta pública até 18 de junho, quer pôr os organismos do Estado a falar a uma só voz, por isso o diploma “prevê que todos os atos administrativos, pareceres ou pronúncias em sede de comunicação prévia, que sejam necessários para a concretização de projetos de investimento com um valor inicial bruto igual ou superior a 25 milhões de euros, sejam substituídos por um único ato através de uma conferência procedimental deliberativa”, explica o Ministério da Economia em comunicado.

Em causa estão os famosos Projetos de Potencial Interesse Nacional (PIN), projetos financiados por fundos europeus e pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que envolvam investimento inicial bruto igual ou superior a milhões de euros.

A Conferência Procedimental Deliberativa pretende “coordenar a resposta de entidades administrativas em certos tipos de projetos complexos e que é aplicável a todos os procedimentos administrativos e não apenas aos relativos ao urbanismo, ordenamento do território e indústria”.

Outras das alterações previstas para eliminar licenças, autorizações, atos e procedimentos dispensáveis ou redundantes de forma a reduzir custos de contexto são:

  • Eliminar a necessidade de “obtenção prévia do Número de Controlo Veterinário pelo investidor, que é dispensado de “qualquer ato de iniciativa”.
  • Abolir a licença do Instituto Português da Qualidade para os equipamentos e recipientes sob pressão – que é composta por 28 taxas – mas mantém-se a necessidade de realização de inspeções periódicas.
  • Suprimir a licença (com quatro taxas) para motores fixos, deixando de ser necessárias a declaração prévia e a aprovação para a instalação de motores com mais de 75Kw e 560 Kw, respetivamente.
  • Revogar normas para comercialização e utilização de máquinas usadas. Deixa de ser “necessária a obtenção de uma certificação e a disponibilização do manual de instruções para a venda de máquinas por comerciantes, na sua atividade comercial”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Buscas a casas de oligarca russo foram ilegais, decide tribunal alemão

  • ECO
  • 26 Maio 2023

Um dos 26 oligarcas visados nas sanções da UE foi alvo de buscas por branqueamento de capitais, mas o tribunal distrital de Frankfurt considerou que foram "ilegais".

O tribunal distrital de Frankfurt decidiu a favor de um dos oligarcas russos visados pelas sanções da União Europeia por considerar que as buscas que decorreram à sua propriedade privada, na Alemanha, foram ilegais.

De acordo com a notícia avançada pela revista alemã Der Spiegel e citada pelo Financial Times, esta sexta-feira, as investigações decorreram no âmbito de uma investigação resultante de acusações contra o multimilionário Alisher Usmanov de branqueamento de capitais, evasão fiscal e violação de sanções.

Apesar das acusações, o tribunal distrital de Frankfurt considerou esta sexta-feira que não havia motivos para suspeitar de branqueamento de capitais, revogando os mandados de busca. A justiça alemã considera que as buscas realizadas “não cumpriram os requisitos mínimos da definição do crime que está a ser investigado” e acusam os procuradores de se terem baseado num vídeo do YouTube de Alexei Navalny para formalizarem a acusação.

Os procuradores fizeram buscas em três propriedades em Rottach-Egern, a sul de Munique, no iate de Usmanov e num apartamento de outro cidadão uzbeque ligado a Usmanov em Königstein, uma pequena cidade perto de Frankfurt. Segundo a revista alemã, foram confiscados objetos de arte e documentos.

Usmanov é um dos 26 oligarcas russos visados nas sanções da União Europeia contra a Rússia, na sequência da guerra na Ucrânia. O multimilionário começou a acumular riqueza enquanto diretor da empresa estatal russa de gás Gazprom, na década de 1990.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.