PAN afasta acordo com a AD e exige acordo escrito com o PS
Inês Sousa Real diz que a saída de Miguel Albuquerque era o único desfecho aceitável na Madeira e diz não concordar com a visão do Presidente da República.
O PAN afasta um acordo com a Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) para as eleições legislativas antecipadas, de 10 de março. Não obstante, Inês Sousa Real admite integrar a geringonça caso haja um compromisso escrito.
Em entrevista ao Jornal de Notícias (acesso pago), Inês Sousa Real diz que a saída de Miguel Albuquerque era o único desfecho aceitável na Madeira. “Foi, para nós, uma condição de imediato que Miguel Albuquerque renunciasse ao seu lugar e que fosse substituído, através da indigitação por parte do PSD, de um novo nome”, sublinhou, aproveitando para deixar também alguns reparos a Marcelo Rebelo de Sousa. “Não concordamos com esta visão do Presidente da República. Não nos podemos esquecer que o facto de estarmos sistematicamente em dissolução de Parlamentos, seja a nível regional, seja a nível nacional, só contribui para a instabilidade política e para que o país não discuta as reformas estratégicas que precisa de fazer”, explicou.
Apesar do entendimento que existe com o PSD na Madeira, a líder do PAN desde 2021 rejeita dar a mão a “uma AD absolutamente bafienta”. “Não vejo como é que é possível o PAN, sendo um partido que respeita os direitos humanos e, em particular, os das mulheres, aliar-se a uma força política que tem alguém [Gonçalo da Câmara Pereira] que entende que as mulheres não têm lugar na vida política e que acha legítimo bater numa mulher”, frisou. E, à semelhança do que já fez no passado, seja ao nível do acordo de incidência parlamentar na Madeira, seja ao nível do Orçamento do Estado, “qualquer acordo que o PAN possa vir a celebrar” com o PS “terá sempre por base um acordo escrito”. “Porque, como é evidente, prestamos contas ao nosso eleitorado”, justifica, um eleitorado que espera dar-lhe votos suficientes para subir de um para quatro deputados, e voltar a eleger no Porto.
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