Preço das casas vendidas no verão acelera em 13 dos maiores municípios
Barcelos e Guimarães foram os concelhos onde o preço mediano das casas e apartamentos vendidos entre julho e setembro mais acelerou. Em Lisboa os preços desaceleraram 5,6 pontos percentuais.
Entre julho e setembro de 2023, o preço mediano das casas e apartamentos vendidos em Portugal foi de 1.641 euros por metro quadrado. O que traduz uma subida homóloga de 10%, revelam os dados divulgados esta terça-feira pelo INE.
E entre os 24 concelhos com mais de 100 mil habitantes (os mais populosos) foi registada uma subida da variação homóloga em 13 municípios, evidenciando-se Barcelos com mais 9,1 pontos percentuais, e Guimarães, onde a subida do valor mediano das casas vendidas durante o verão do ano passado acelerou 8,9 pontos percentuais.
No Porto a aceleração dos preços atingiu os 5,8 pontos percentuais e em Lisboa foi registado um decréscimo de 5,6 pontos percentuais.
No oposto, foi assinalada pelo INE uma desaceleração dos preços da habitação em 11 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se o Funchal com um decréscimo de 13,2 pontos percentuais, mas que, ainda assim, regista um crescimento homólogo acima da média nacional, de 20,2%, e um preço mediano de 2.667 euros por metro quadrado.
As casas vendidas em Lisboa, entre julho e setembro, registaram o preço mais elevado do país, de 4.167 euros por metro quadrado, seguindo-se Cascais com 4.045 euros por metro quadrado e Oeiras com 3.216 euros por metro quadrado. Em quarto lugar está o Porto, com 3.104 euros por metro quadrado.
Os dados do INE revelam ainda que todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa – Grande Lisboa e Península de Setúbal – e da Área Metropolitana do Porto, com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional.
E deste conjunto de 17 municípios, nove apresentaram taxas de variação homólogas superiores à nacional, de 10%, destacando-se Matosinhos (+23,3%), Porto (+19,2%) e Cascais (+17,1%).
Já Vila Franca de Xira (+9,6%), Loures (+9,4%), Santa Maria da Feira (+7,6%), Lisboa (+7,3%), Odivelas (+6,7%), Gondomar (+5,8%), Maia (+5,5%) e Oeiras (+4,7%) registaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional.
De acordo com os dados, a habitação comprada pelos portugueses teve um valor de 1.602 euros por metro quadrado, mais 9,4% face ao trimestre homólogo. O valor das casas compradas pelos restantes setores institucionais, durante o mesmo período, atingiu um valor mediano de 1.578 euros por metro quadrado, ficando 18,4% acima do preço do trimestre homólogo.
Já as casas e apartamentos vendidos no terceiro trimestre de 2023 a estrangeiros atingiram um valor mediano de 2.279 euros por metro quadrado, mais 4,5% relativamente ao trimestre homólogo, sendo que nas regiões da Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano das transações efetuadas por estrangeiros superou, respetivamente em +83,4% e +56,8%, o preço das casas e apartamentos comprados pelos portugueses.
Entre as 24 freguesias de Lisboa, no período de 12 meses acabado em setembro de 2023, os preços medianos da habitação mais elevados foram registados em Santo António 6.080 euros por metro quadrado, em Marvila com 5.575 euros por metro quadrado, na Misericórdia com 5.199 euros por metro quadrado e na Estrela com 5 mil euros por metro quadrado. Mas foi nos Olivais onde os preços mais subiram com uma variação homóloga de 29,2% sendo a maior registada nas freguesias da capital.
Na Invicta, são as de União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (3.821 euros por metro quadrado) e a União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau
e Vitória (3.227 euros por metro quadrado) com os valores mais elevados. Mas é a freguesia de Paranhos onde o preço da habitação mais subiu durante os últimos 12 meses a terminar em setembro de 2023, com uma subida homóloga de 21,4%.
(Notícia atualizada às 12h17 com mais informação)
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