Polónia critica Hungria e Eslováquia por “convívio” com Rússia
"Os colegas de Bratislava e Budapeste provam mais uma vez que as nossas opiniões sobre determinadas questões são demasiado diferentes", afirma o primeiro-ministro polaco.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, criticou esta segunda-feira os ministros dos Negócios Estrangeiros húngaro e eslovaco por se terem encontrado com o homólogo russo, Serguei Lavrov, durante um fórum regional na Turquia. Tusk afirmou que o encontro com Lavrov no mesmo dia em que o líder da oposição russa, Alexei Navalny, foi enterrado em Moscovo não era apenas “uma expressão de bom ou mau gosto”.
“A questão do banquete no dia do funeral de Alexei Navalny (…) é apenas mais um sinal do Governo húngaro, que consideramos difícil de aceitar por razões morais e políticas”, afirmou Tusk numa conferência de imprensa em Vílnius. Os ministros húngaro Peter Szijjarto e eslovaco Juraj Blanár encontraram-se com Lavrov na sexta-feira, durante o Fórum Diplomático de Antalya.
Szijjarto divulgou pormenores do jantar nas redes sociais. “Os colegas de Bratislava e Budapeste provam mais uma vez que as nossas opiniões sobre determinadas questões são demasiado diferentes”, afirmou Tusk, citado pela agência norte-americana AP. “Certamente no que diz respeito à atitude em relação à Rússia e ao ataque à Ucrânia”, acrescentou.
A primeira-ministra lituana, Ingrida Simonyte, que se reuniu com Tusk, descreveu o encontro com Lavrov como “uma escolha lamentável”. Os países da Europa Central estão divididos em relação à guerra russa contra a Ucrânia e à forma de resolver o conflito. Enquanto a Polónia e a República Checa estão unidas num apoio firme à Ucrânia, incluindo o fornecimento de armas, a Hungria e a Eslováquia têm opiniões muito diferentes.
A guerra começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia. As autoridades ucranianas têm manifestado o receio de que o apoio dos aliados ocidentais possa esmorecer com divisões e com o passar do tempo. Alexei Navalny morreu em 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa colónia penal no Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos de prisão. As autoridades russas disseram que a morte do opositor do regime se deveu a causas naturais.
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