Empresários prometem usar poupança no IRC para comprar equipamentos e tecnologia
Valor poupado com baixa do IRC será investido em equipamentos ou tecnologia (61%), enquanto 34% aumentará salários. Montenegro deve priorizar reformas estruturais na justiça e administração pública.
Se o novo Governo cumprir a promessa de baixar gradualmente o IRC 2% por ano, passando dos atuais 21% para 15% no espaço de três anos, os empresários portugueses prometem canalizar essa poupança fiscal para investir em equipamentos ou tecnologia (61%), enquanto 34% opta por aumentar salários.
Segundo a edição de abril do barómetro Kaizen, que inquiriu mais de 220 gestores de médias e grandes empresas — em conjunto representam mais de 35% do PIB nacional –, a justiça (82%) e a administração pública (62%) são apontadas como as áreas prioritárias para as reformas estruturais com que o novo Executivo deve avançar.
Por outro lado, no que diz respeito ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e “apesar da sua importância para impulsionar a recuperação económica e promover a resiliência do país”, nota a consultora que realiza este estudo de opinião semestral, metade dos inquiridos confirma não estar a fazer investimentos no âmbito da chamada bazuca europeia.
Face à última edição deste estudo, realizada em outubro de 2023, a confiança dos gestores na economia nacional subiu de 10,62 para 12,19. Quase oito em cada dez inquiridos “avaliza” as previsões do Banco de Portugal, acreditando que a economia nacional crescerá à volta de 2% durante este ano.
Se as guerras e as tensões geopolíticas, apontadas por 86% dos inquiridos, são as maiores ameaças à economia nacional, a atração e retenção de talento (78%) e a transformação tecnológica (57%) encabeçam a lista de desafios para as empresas no curto e médio prazo. Dois terços dos empresários dizem já ter sentido escassez de mão-de-obra qualificada no recrutamento devido à emigração de jovens licenciados.
Finalmente, para garantir a continuidade da trajetória de crescimento nos seus negócios em 2024, os inquiridos pelo Kaizen Institute afirmam que as suas maiores apostas serão no aumento de produtividade (72%), na melhoria da força de vendas e da customer journey (48%) e nas vertentes da tecnologia e da Inteligência Artificial (45%).
É de suma importância que as empresas atuem estrategicamente, investindo no aumento da produtividade das suas operações, na capacitação e melhoria contínua da sua força de vendas.
“No ambiente empresarial competitivo, incerto e em constante evolução em que vivemos, é de suma importância que as empresas atuem estrategicamente, investindo no aumento da produtividade das suas operações, na capacitação e melhoria contínua da sua força de vendas, bem como na adoção e integração eficaz de soluções de transformação digital”, refere António Costa, CEO do Kaizen Institute.
Citado em comunicado, o responsável da consultora, que está presente em Portugal desde 1999 e tem escritórios no Porto e Lisboa, sublinha ainda que “estas iniciativas não apenas impulsionam a eficiência e a eficácia dos processos internos, como também fortalecem a capacidade da empresa para satisfazer a procura do mercado atual, permitindo assim um crescimento sustentável e um posicionamento competitivo sólido no cenário empresarial”.
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