Governo demite administração da Aicep

Os nomes da nova equipa estão a ser avaliados pela CRESAP e poderão ser conhecidos ainda esta segunda-feira, mas o ECO sabe que são pessoas sem perfil político, mas antes ligados à Aicep.

O Governo resolveu nomear uma nova administração para a Aicep, avançou a Sic Notícias e confirmou o ECO. Nenhum dos elementos da equipa liderada por Filipe Santos Costa será reconduzido.

Os nomes da nova equipa estão a ser avaliados pela CRESAP e poderão ser conhecidos ainda esta segunda-feira, mas o ECO sabe que são pessoas sem perfil político, mas ligados à Aicep.

A dissolução do conselho de administração da Aicep será alvo de uma resolução do Conselho de Ministros e a nova equipa, que não conta com reconduções, irá iniciar um novo mandato de três anos.

Esta decisão surge no dia em que a Aicep avançou que, desde o início deste ano, contratou investimentos de 44 milhões de euros com incentivos à Investigação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT). Foram “quatro contratos de investimento assinados pela AICEP com três empresas dos setores automóvel e farmacêutico, mais especificamente a Bosch Car Multimédia (dois contratos), a Huf Portuguesa e a BIAL, num valor total de 44.042.401,3 euros”, referiu a agência em comunicado.

A Sic Notícias revelou ainda que Filipe Santos Costa recebeu esta manhã uma carta dos Ministérios da Economia e Negócios Estrangeiros, que tutelam em conjunto a agência, e convocou uma reunião da comissão executiva, onde anunciou a saída da liderança da Aicep.

A equipa de Santos Costa iniciou funções no início de junho de 2023 e tinham um longo caderno de encargos que passava por preparar a agência para os desafios do triénio, nomeadamente, a redefinição da rede externa, lançar um novo ciclo de atração de investimento produtivo e capacitar mais empresas para que possam apostar na internacionalização.

Mas, um ano depois, a cúpula da Aicep é substituída, mas deixa já “obra feita”. No final do ano passado a Aicep revelou ao ECO que havia já mais de três mil milhões de euros em projetos de investimento inscritos no Registo de Pedido de Auxílio (RPA), o novo mecanismo de apoio às grandes empresas que ficaram de fora do Portugal 2030, que tem uma dotação anual de 150 milhões de euros. Um montante que mais do que quintuplicou em dois meses e meio.

(Notícia atualizada com mais informações)

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