Banco de Fomento já assinou todos os contratos do Programa de Venture Capital
“No programa de Venture Capital, neste momento, todos os contratos estão assinados e apenas um Regulamento de Gestão permanece por estabilizar”, avançou ao ECO fonte oficial do Banco de Fomento.
O Banco Português de Fomento já assinou todos os contratos no âmbito do programa de Venture Capital, avançou ao ECO fonte oficial da instituição liderada por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.
O Programa de Venture Capital, que tem uma dotação de 400 milhões de euros, só tem 4,94 milhões de euros investidos em empresas, ou seja 2%, mas já estão contratados 358,9 milhões de euros, sendo que os intermediários financeiros, as capitais de risco, já receberam 14,24 milhões de euros, de acordo com a última atualização dos dados publicada pelo Banco de Fomento a 3 de junho.
“No programa de Venture Capital, neste momento, todos os contratos estão assinados e apenas um Regulamento de Gestão permanece por estabilizar”, avançou ao ECO fonte oficial do Banco de Fomento.
A diferença entre os 358 milhões contratados e os 400 milhões de dotação reside no facto de o programa ter ainda de superar duas etapas de verificação de metas de execução: uma este mês e a segunda em março de 2025. “O cumprimento dos objetivos definidos nestas metas permitirá aos fundos de capital de risco candidatarem-se a um reforço da comparticipação do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR)”, explicou fonte oficial da instituição. Assim, o programa precisa ter dotação “para acolher os possíveis reforços dos fundos”.
Razão pela qual o BPF também não equaciona para já a transferência de verbas para programas como o Consolidar, nos quais as capitais de risco apresentam pipelines fortes e que leva algumas a pedir um reforço de verbas, tal com o ECO escreveu, mas também porque há maior apetite dos investidores para apostar na consolidação de empresas em detrimento de startups.
Das 19 capitais de risco inicialmente escolhidas, três desistiram o que libertou 84,85 milhões de euros do FdCR e três já investiram em empresas: Indico, Alea e Oxy.
O investimento mais avultado é da Indico que apostou em três empresas, duas na área das TIC e uma do comércio eletrónico. O destaque vai para a Rows com um investimento total de 4,98 milhões de euros, na empresa do Porto, a que se somam mais 19,56 mil euros na Rows GmbH, sedeada em Berlim. Mas esta plataforma de folha de cálculo baseada em Inteligência Artificial conseguiu levantar oito milhões de euros na ronda concluída em maio, elevando para 30 milhões o capital já levantado, e que permitirá à empresa crescer em mercados como os EUA e a Europa (em particular Alemanha e Reino Unido), onde se gasta mais em software.
A Routinedisplay foi a empresa de e-commerce, criada há quatro anos em Braga, na qual a capital de risco de Stephan Morais apostou 1,5 milhões de euros.
Com um volume de investimento semelhante, a Alea Capital Partners entrou em fevereiro na Keeyns Portugal, uma empresa que nasceu no Porto em 2017 para ajudar as empresas a cumprir as suas obrigações fiscais de forma fácil e sem serem afetados pela natural rotatividade das consultoras. A solução desenvolvida por antigos partners fiscais de consultoras internacionais pretende servir empresas com receitas de cinco ou 500 milhões de euros.
Já a Oxy Capital foi a primeira a investir no âmbito deste programa ao injetar 625 mil euros na Crossing Answers em fevereiro deste ano, uma empresa dedicada ao desenvolvimento de software para operações não atendidas (como vending machines) e sistemas operativos para quiosques digitais e publicidade programática.
Os investimentos feitos pelas capitais de risco nas diversas empresas têm de estar concluídos pelos beneficiários finais até final de dezembro de 2025.
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