BNP Paribas arrenda torre do Colombo por mais oito anos
Banco com 8.700 trabalhadores em Portugal concluiu a renegociação do contrato de extensão e expansão das suas instalações na Torre Ocidente pelo prazo de oito anos.
O banco BNP Paribas vai manter-se instalado na Torre Ocidente do Colombo, em Lisboa, por mais oito anos, tendo concluído “recentemente a renegociação do contrato de extensão e expansão das suas instalações” neste imóvel até 2033.
A informação foi avançada pela consultora imobiliária Worx, que representou o banco francês nesta operação, envolvendo o arrendamento de mais de 27 mil metros quadrados de área para escritórios. A esmagadora maioria deste espaço já é ocupado atualmente pelo BNP.
Segundo Bernardo Vasconcelos, head of agency da Worx, esta será uma das maiores transações no mercado de escritórios “de sempre”. “É um dos maiores contratos que já foram assinados ao nível de arrendamento com uma entidade privada”, tendo “praticamente a dimensão da aquisição pela Caixa Geral de Depósitos do edifício WellBe“, acrescentou, referindo-se àquela que será a nova sede do banco público a partir de 2026.
O imóvel é gerido atualmente pela South Capital, uma empresa especializada na gestão de ativos imobiliários, e tem entre os seus proprietários o multimilionário francês Pierre Castel, fundador do Castel Group e um dos homens mais ricos de França, que detém muitos outros edifícios na capital.
O comunicado em que é anuncia a operação, envolvendo “cerca de 27 mil metros quadrados” de espaço de escritórios, segundo números da Worx, não refere valores e Bernardo Vasconcelos também não os quis revelar, justificando com a confidencialidade da operação.
Além do BNP Paribas, a Torre Ocidente do Colombo tem como inquilinos a Sonae Sierra e a farmacêutica Lilly, mas a South refere no seu site que o espaço é ocupado “quase exclusivamente pelo BNP Paribas”. Segundo Bernardo Vasconcelos, o novo contrato de arrendamento do BNP Paribas pressupõe ocupar a área atualmente usada pela Sierra.
Segundo uma nota de imprensa, “a Torre Ocidente está a ser alvo de obras de reestruturação, visando responder às necessidades que advêm de um modelo implementado de forma estratégica por um grupo com mais de 8.700 trabalhadores” no país. Esse modelo prevê “espaços de trabalho flexíveis”.
Citado no mesmo comunicado, o administrador do BNP Paribas com o pelouro operacional, Xavier Jombart, diz que desta aposta resulta, assim, a manutenção de “dois hubs em Lisboa (Torre Ocidente e Exeo) e um no Porto (Urbo)”. Este nível de presença, segundo o gestor, dá “resposta ao crescimento esperado dos próximos anos”.
O BNP Paribas também ocupa algum espaço de escritórios na outra torre do Colombo, e conta ainda com unidades instaladas noutros edifícios, um deles na Avenida Almirante Gago Coutinho, em Lisboa. A intenção do banco francês é concentrar as operações nos três hubs referidos por Xavier Jombart.
Em 2022, o BNP Paribas comprou à Avenue os edifícios Aura e Echo, inseridos no campus Exeo, num total de 37 mil metros quadrados de área e mais 13 mil metros quadrados de jardins abertos ao público. O espaço adquirido tem capacidade para acolher 5.000 trabalhadores em regime “flexível”, disse na altura o BNP Paribas, que já se encontra a usar os imóveis.
“Depois de mais de 35 anos a operar no mercado português, sentimos que este é o passo certo, reforçando um compromisso de longa duração”, diz Xavier Jombart. Segundo dados a que o ECO teve acesso, o BNP Paribas era um dos dez maiores empregadores de Portugal em junho, ocupando a oitava posição, depois da Randstad, mas à frente da TAP.
Também citado na nota, Bernardo Vasconcelos diz que, “após uma análise às alternativas existentes no mercado, a decisão do BNP Paribas foi a de prolongar a sua presença na Torre Ocidente, salvaguardando a sua expansão futura como ocupante institucional deste ativo”.
“É um sinal de confiança que, vindo de uma das principais instituições financeiras mundiais, nos reforça a convicção de que Lisboa continua a ser uma cidade atrativa para as principais multinacionais”, acrescenta.
Este mês, a consultora Savills publicou dados que mostram que Lisboa foi uma das cidades europeias onde a ocupação de escritórios mais subiu no primeiro semestre, em comparação com a média dos últimos cinco anos, tendo sido ultrapassada apenas por Praga, capital da República Checa.
(Notícia corrigida a 30 de agosto, às 15h06, depois de a South Capital ter clarificado ao ECO que Pierre Castel é um de vários proprietários do imóvel, através da participação num fundo. Uma versão anterior desta notícia sugeria que Castel era o único proprietário. Aos leitores e visados, um pedido de desculpas.)
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