Banco de Fomento está a analisar 17 operações no Programa Deal-by-Deal
A dois anos de terminar prazo de execução, Programa Deal-by-Deal tem apenas três investimentos aprovados, num total de 20,4 milhões de euros, ou seja, 10,22% do fundo.
O programa de coinvestimento Deal-by-Deal do Banco de Fomento, a dois anos de terminar o seu prazo de execução, tem apenas três investimentos aprovados, num total de 20,4 milhões de euros, ou seja, 10,22% do fundo. Mas há 17 operações em análise que têm subjacente um investimento superior a 52 milhões de euros, avançou ao ECO fonte oficial da instituição.
“Relativamente ao Programa de Coinvestimento Deal-by-Deal, destacamos que, nos últimos meses, foi investido um montante total de 38,9 milhões de euros”, disse fonte oficial do BPF. “Adicionalmente, estão em análise 17 operações, com um montante de investimento superior a 52 milhões de euros”, acrescentou a mesma fonte.
A mais recente operação contratada neste programa foi com a Oceano Fresco. Com um investimento global de 11,5 milhões de euros, esta startup da Nazaré que se dedica à produção sustentável de amêijoas e outros bivalves, conta com 8,05 milhões de euros do Fundo de Recapitalização Estratégica, criado em julho de 2021 com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Esta operação insere-se numa uma ronda de financiamento de 17 milhões que visa “apoiar a expansão comercial e capacidade de produção”, explicou a empresa em comunicado, detalhando que aos oito milhões do BPF se juntam 3,45 milhões do Indico Blue Fund, um fundo de capital de risco da Indico Capital Partners, e mais quatro milhões da BlueCrow e da Aqua-Spark, que já tinham apoiado esta pequena empresa, com 40 trabalhadores, fechou no final de julho.
O programa já tinha dois investimentos aprovados, num total de 27,39 milhões de euros: 7,4 milhões na Mota-Engil Renewing, classificado como o primeiro investimento “totalmente alinhado com os princípios ESG (Ambiental, Social e de Governança)” e 19,99 milhões de euros na Nova Motorsports, cuja denominação comercial anterior era Turbalvoroço, uma empresa unipessoal de Lisboa, de fabrico e comercialização de produtos derivados da borracha natural e sintética destinados à indústria de pneus de desportos motorizados de alta performance, criada em novembro do ano passado. Estes dois investimentos consumiram 12,39 milhões da dotação de 200 milhões do programa Deal-by-Deal.
Este programa visa fomentar a constituição de novas empresas e/ou capitalização empresarial, prioritariamente nas fases de arranque. O FdCR pode investir até 70% na empresa, mas tem de ser acompanhado por 30% de investimento privado.
As candidaturas abriram a 17 de janeiro de 2023 e foram entregues 24. Só foram consideradas elegíveis 15, que tinham subjacente um investimento de 54,63 milhões do FdCR. A Indico foi a primeira sociedade gestora escolhida para este programa. A demora na obtenção de respostas às candidaturas ao programa levou a Cedrus Capital a apresentar uma intimação, tal como o ECO avançou no início de março deste ano.
O Banco de Fomento alerta que, “com frequência, os dossiês de candidatura são apresentados de forma incompleta, não cumprindo os requisitos publicados na documentação dos programas e que estão disponíveis no site”, o que depois obriga a “várias interações destinadas a garantir a completude dos dossiês” com o tempo adiciona que isso exige.
Os três investimentos suportados por este programa – dois já investidos e um contratado – enquadram-se na janela C do programa, destinada às operações cujo montante de investimento do FdCR é igual ou superior a dois milhões de euros. Por isso, foram submetidas a consulta prévia da comissão técnica de investimento do fundo.
Em termos globais, o FdCR (que tem uma dotação de 1,32 mil milhões) já contratou 65% da sua dotação, mas pagou apenas 11,5% (152,45 milhões de euros).
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