Digi tem preços mais baixos? “Não estamos a comparar maçãs com maçãs”, responde líder da Altice
Ana Figueiredo reagiu esta sexta-feira à chegada da Digi a Portugal, afirmando que a única "variável" da oferta do novo concorrente é o preço, sem disponibilizar o mesmo nível de serviço.
No final de uma semana marcada pela chegada da Digi a Portugal, com ofertas mais baratas que as das operadoras já estabelecidas no mercado, a presidente executiva da Altice Portugal comentou esta sexta-feira que não viu outra “variável” nos serviços da Digi além do preço: “Até agora, efetivamente, a única variável que eu vi foi o preço, e não estamos a comparar maçãs com maçãs em algumas matérias”.
À margem de uma conferência da associação internacional de operadores Connect Europe (antiga ETNO), promovida pela Altice em Lisboa, a gestora foi questionada sobre o novo concorrente que tem preços que chegam a ser menos de metade dos praticados, por exemplo, pela operadora Meo. Porém, o nível de serviço da Digi ainda é limitado, com a empresa de origem romena impossibilitada de instalar antenas nos túneis do metro de Lisboa ou a garantir apenas 92% de cobertura da população com 2G e 4G, e menos de metade da população com 5G, exclusivamente em áreas urbanas.
“Estamos ainda nos primeiros passos”, apontou Ana Figueiredo em relação ao novo concorrente. Questionada se também considera que a Digi é opaca — crítica feita esta semana pelo líder da operadora Nos, Miguel Almeida, numa entrevista –, a líder da operadora com maior quota de mercado em Portugal respondeu apenas não conhecer “o suficiente da Digi”. “Estamos cá para ver. Estaremos cá para competir com eles nos aspetos que consideramos fundamentais”, atirou.
A CEO da Altice Portugal não quis dizer se irá ajustar os preços praticados pela Meo ou pela operadora low-cost Uzo, que também detém: “Não quero comentar as nossas políticas comerciais. Serão, obviamente, implementadas nos momentos certos”. Mas definiu como “aspetos fundamentais” do serviço da Meo a “qualidade” e a “inovação”.
“Se virmos, como consumidores, o que temos atualmente disponível em termos de abundância de dados, de qualidade de redes… Estamos na quinta geração ao nível do móvel. Há 15 anos estávamos no 2G. Existe uma melhoria da qualidade e isso é aposta nossa, investimento”, recordou.
A gestora portuguesa participou num painel em que alertou para o atraso europeu face a outros mercados ao nível do digital, repetindo o slogan popularizado por Donald Trump nos EUA, mas com uma ligeira adaptação: “É preciso tornar a Europa grande outra vez”, disse Ana Figueiredo.
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