Unicorn Factory tem 20 mil euros para apoiar cidades mais verdes

Inscrições para o programa "Clean Future" decorrem até 9 de junho. Nesta 2.ª edição, o programa tem uma vertente internacional, com a colaboração das cidades de Helsínquia, San Sebastian e Marselha.

A Unicorn Factory Lisboa tem 20 mil euros para apoiar soluções que promovam cidades mais sustentáveis. As inscrições para o “Clean Future” decorrem até 9 de junho, e, nesta segunda edição, o programa assume uma vertente internacional, com a colaboração das cidades europeias de Helsínquia, San Sebastian e Marselha, abrindo “mais mercados às startups, através de sessões de matchmaking“.

“Na Unicorn Factory Lisboa temos como missão potenciar a inovação e o respetivo impacto na cidade de Lisboa e na sociedade em geral. Neste sentido, o Programa ‘Clean Future’ vem apoiar soluções que promovam a sustentabilidade das cidades, um dos alicerces do progresso, especialmente no que toca ao desenvolvimento de cidades no futuro. Fruto do sucesso do ano anterior, este ano alargámos o âmbito internacional do programa, com a participação de três cidades europeias, com o objetivo de ampliar o impacto da Unicorn Factory Lisboa e acelerar a transição para cidades mais verdes e sustentáveis”, afirma Gil Azevedo, diretor executivo da Unicorn Factory Lisboa, citado em comunicado.

O programa tem como objetivo apoiar startups nas áreas de construção, mobilidade e retalho, áreas com impacto na vida dos habitantes nas cidades. Em parceria com a MEXT (Mota-Engil), a EMEL, a GS1 Portugal, o Eletrão e a Galp, o “Clean Future” oferece um “laboratório vivo de dez semanas com mentoria e masterclasses, culminando numa apresentação final (a 3 de outubro) onde serão atribuídos prémios de cinco mil euros por categoria e um prémio adicional de cinco mil euros ao vencedor global”.

Nesta segunda edição, após a eleição de Lisboa como Capital Europeia da Inovação, o programa assume uma vertente internacional, em parceria com Helsínquia (Finlândia), San Sebastian (Espanha) e Marselha (França), com o apoio da Urban Tech Helsinki, do Fomento San Sebastian e do L’Accélérateur M.

“Estas organizações vão permitir a participação de um maior número de startups internacionais e um reforço do apoio aos participantes, potenciando a inovação através da partilha de conhecimento e de mentores entre cidades”, destaca a Unicorn Factory em comunicado. Em simultâneo, “vai abrir mais mercados às startups, através de sessões de matchmaking, que vão permitir às startups participantes no programa a ligação direta com outros ecossistemas e a promoção de sinergias com outras startups dessas cidades”.

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Presidente da TAP chamado ao Parlamento para explicar prejuízos trimestrais

  • Lusa e ECO
  • 22 Maio 2024

O presidente da TAP, Luís Rodrigues, vai ser chamado ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre os prejuízos do primeiro trimestre, no seguimento de requerimentos apresentados pelo Chega e PSD.

O presidente da TAP, Luís Rodrigues, vai ser chamado ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre os prejuízos do primeiro trimestre, no seguimento da aprovação por unanimidade de requerimentos apresentados pelos grupos parlamentares do Chega e do PSD.

Os deputados da comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação aprovaram esta quarta-feira, por unanimidade, o requerimento do grupo parlamentar do Chega para audições do presidente do Conselho de Administração e presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, e do administrador financeiro, Gonçalo Pires, “sobre os prejuízos registados no quarto trimestre de 2023 e no primeiro trimestre de 2024”.

Foi também aprovado com o acordo de todos os grupos parlamentares o requerimento do PSD para “audição para acompanhamento da situação económica e financeira da TAP”.

A TAP comunicou prejuízos de 71,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um agravamento face ao resultado líquido negativo de 57,4 milhões registados no mesmo período do ano passado. Em 2023, a companhia aérea registou um lucro ‘recorde’ de 177,3 milhões de euros, com um prejuízo de 26,2 milhões no último trimestre daquele ano.

O CEO da TAP protagonizou uma polémica esta semana. Em declarações ao Financial Times, Luís Rodrigues recomendou ao Governo que mantenha uma posição no capital da companhia aérea no processo de privatização em curso. A partir de Bruxelas, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, respondeu que Luís Rodrigues deve focar-se na gestão da empresa, em vez de se “imiscuir em problemas que são do acionista”.

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Há mais trabalhadores insatisfeitos com o salário em Portugal

56% dos trabalhadores portugueses dizem-se insatisfeitos com o salário, ainda que os vencimentos estejam a aumentar, segundo a Michael Page. Ordenados são a chave para atração e retenção de talento.

Ainda que os salários estejam a aumentar, há mais trabalhadores portugueses insatisfeitos com o que recebem todos os meses do que havia há um ano. Segundo um estudo divulgado esta quarta-feira pela empresa de recursos humanos Michael Page, mais de metade dos profissionais não estão contentes com o ordenado e identificam essa insatisfação como um dos principais motivos pelos quais estão abertos a mudar de emprego.

“Em Portugal, o número de profissionais insatisfeitos com a sua remuneração atual aumentou para 56%, colocando o salário no topo dos motivos pelos quais se procura um novo emprego“, explica a Michael Page, que dá conta que esse descontentamento está a tornar o mercado de trabalho “mais dinâmico”.

Outro dado pertinente é que 58% dos profissionais portugueses dizem dar prioridade ao salário no momento de se candidatarem a uma posição ou de aceitarem um novo emprego.

Mais: 30% dos profissionais portugueses tentaram negociar um aumento salarial nos últimos 12 meses, destaca a Michael Page, sendo que, destes, apenas 10% tiveram sucesso.

Já do lado das empresas, 59% acreditam que oferecer um salário superior ao atual “é essencial para conseguir recrutar novos colaboradores” e 61% apontam os ordenados competitivos como essenciais para reter talento.

“Para as empresas, a mensagem é clara: o salário é fundamental para atrair e manter os colaboradores. Isto também foi evidente entre os profissionais”, sublinha o diretor-geral da Michael Page. Álvaro Fernández defende também que “o objetivo seria conseguir o equilíbrio certo entre o que os colaboradores procuram e o que o orçamento permite”.

Para as empresas, a mensagem é clara: o salário é fundamental para atrair e manter os colaboradores. Isto também foi evidente entre os profissionais.

Álvaro Fernández

Diretor-geral da Michael Page

Flexibilidade importa mais noutros países europeus

Ainda que a flexibilidade seja uma tendência também no mercado de trabalho português, os trabalhadores de outros países europeus tendem a valorizar mais este benefício do que quem exerce funções em Portugal, segundo o estudo conhecido na manhã desta quarta-feira. “Portugal é mesmo o país europeu que menos valoriza este fator”, realça a consultora.

Por exemplo, no que diz respeito aos modelos de trabalho, o regime híbrido, que mistura teletrabalho com trabalho presencial, está a ganhar terreno na Europa, mas Portugal situa-se abaixo da média.

Em concreto, enquanto menos de metade dos profissionais portugueses estão sujeitos a esse regime, no conjunto da Europa mais de metade já estão nessa situação (43% contra 52%).

“Em Portugal, 13% dos que passam mais tempo no escritório do que há 12 meses e têm um modelo híbrido fazem-no por acreditarem que é mais benéfico para o desenvolvimento das suas carreiras”, acrescenta ainda a Michael Page.

Além disso, regista-se uma “ligeira queda” na percentagem dos profissionais que em Portugal referem como prioritário o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Este estudo teve por base entrevistas a 49.407 pessoas em todo o mundo, incluindo 1.218 entrevistados em Portugal, “entre os quais 372 são empresas e 876 são profissionais, entre os 20 e 50 anos”.

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Bosch garante que 1.200 empregos na fábrica de Ovar estão “protegidos”. Portugal já não é “apenas manufatura”

Os 1.200 trabalhadores da fábrica de Ovar, em processo de venda, vão manter os empregos e as condições, assegura Carlos Ribas. Bosch vai construir uma segunda linha das bombas de calor em Aveiro.

Os 1.200 postos de trabalho da Bosch na fábrica de Ovar não serão afetados pela venda da unidade pela multinacional alemã. A garantia é deixada pelos responsáveis da empresa, que no ano passado voltou a faturar mais de 2.000 milhões de euros em Portugal e que empregava mais de 7.000 pessoas no final do ano passado. Quanto às restantes operações, o grupo nota que Portugal assume uma “posição estratégica”, que vai bem além da manufatura.

“A Bosch quer estar no top 3 dos negócios em que está presente. Negócios pequenos para a Bosch não fazem sentido. Não somos competitivos”, justificou Carlos Ribas, responsável pela operação nacional, em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira no Porto. na apresentação dos resultados anuais de 2023 esteve também presente Javier González Pareja, presidente da Bosch para Portugal e Espanha.

Carlos Ribas garantiu que, apesar de a empresa ter decidido reestruturar a sua divisão Building Technologies para se focar no mercado de integração de sistemas — alienando a maior parte do negócio de produtos, incluindo as unidades de negócios de Vídeo, Acesso e Intrusão e Comunicação –, a Bosch procurou um comprador para a unidade de Ovar “alinhado com uma estratégia de futuro e que assegure a continuidade das pessoas”, mantendo as condições de trabalho.

Em termos de negócio, Ribas refere que o “impacto será o [que a fábrica tem] da faturação em Portugal”. Embora não detalhe a divisão das vendas pelas várias unidades de negócio no país, apontou que Braga é a área de negócio com maior peso na faturação, entre “60% a 65%”, enquanto o resto das vendas é “mais ou menos dividido” entre Aveiro e Ovar. Isto significa que a venda da fábrica de Ovar poderá ter um impacto até 20% na faturação gerada em Portugal.

Centenas de vagas abertas

Depois de ter contratado mais 450 pessoas no ano passado, o grupo alemão, que é um dos maiores empregadores e exportadores do país, prevê continuar a reforçar a sua força de trabalho, que já supera os 7.000 colaboradores.

O grupo diz ter abertas centenas de vagas de trabalho nas várias unidades do grupo, estando neste momento a recrutar para Braga, Ovar e também Lisboa. “Em Aveiro já contratámos no ano passado”, acrescenta. A Bosch tem atualmente 3.700 funcionários em Braga, 1.600 em Aveiro, 1.200 em Ovar e 650 no centro de serviços em Lisboa.

Quanto a grandes investimentos, depois do anúncio de um investimento de cerca de 100 milhões de euros em Aveiro, até 2026, para aumentar a produção de bombas de calor nessa fábrica, o grupo prevê continuar a “investir em todas as linhas da Bosch em Portugal”. A garantia foi dada por Carlos Ribas, notando que esta é uma empresa tecnológica e “o investimento em tecnologia é extremamente caro”.

Segunda linha de bombas de calor em Aveiro

Com importantes unidades de negócio no país para o grupo, que a nível global faturou 91,6 mil milhões de euros em 2023, Portugal tem vindo a crescer em várias áreas de negócio e assume hoje operações que nunca tinham saído da Alemanha, sublinha Carlos Ribas.

“Portugal já não é, para a Bosch, um país apenas de manufatura”, garante o responsável da multinacional em Portugal, acrescentando que o grupo está a deixar que a parte do conhecimento, da inovação e serviços também venham para Portugal.

Aveiro é uma fábrica extremamente importante para Bosch. É o centro de competência a nível global para desenvolver soluções de água quente

Carlos Ribas

Responsável da Bosch em Portugal

É o que está a acontecer, por exemplo, com alguns serviços partilhados no centro de Lisboa, mas também em Aveiro, apontada como “uma fábrica extremamente importante” para o grupo. É o centro de competência a nível global para desenvolver soluções de água quente, como esquentadores elétricos e a gás, e também bombas de calor. Segundo Carlos Ribas, a parte da competência e do desenvolvimento do produto está centralizada em Aveiro, mesmo que nem tudo seja fabricado nesse local.

Esta unidade está “em fase de crescimento” e vai produzir também bombas de calor, estando já garantida uma “autorização para construir uma segunda linha das bombas de calor” na fábrica de Aveiro, detalha o mesmo responsável. “Acreditamos que vai ser a energia de futuro”, conclui.

Já na fábrica de Braga, uma das maiores do grupo a nível mundial, a Bosch continua a apostar em nova tecnologia na área da mobilidade, estando neste momento a apostar no desenvolvimento de computadores de bordo, sensores, câmaras e radares. A condução autónoma é outra das áreas que está focada na unidade minhota.

Depois do grupo ter fechado o último ano com um ligeiro crescimento das vendas em Portugal – 1,7%, para 2,1 mil milhões de euros -, Ribas nota que “o mercado está bastante instável e numa fase de indefinição”. Por exemplo, no segmento automóvel, a maior percentagem dos negócios do grupo — cada novo carro produzido tem 600 euros de material da Bosch, contabiliza –, a “tecnologia em si, dependendo dos construtores automóveis, não é igual em todos”. “Há uma indefinição em termos de tecnologia”, completa.

Por outro lado, a tendência em termos de produção automóvel é para que se produzam menos carros. O ano de 2017 marcou um máximo na produção, com 97 milhões de novos carros produzidos a nível global. No ano passado, esse número situou-se em 90 milhões.

Face a esta indefinição em várias áreas, desde a tecnologia, à sustentabilidade, Carlos Ribas antecipa uma fase de estabilização ao nível das vendas nos próximos dois a três anos, “para depois passar para a fase seguinte quando a tecnologia estiver mais madura e voltar a crescer”.

Quanto à possibilidade de realizar aquisições para crescer no mercado nacional, Javier González Pareja garante que “não há nada em vista em Portugal”.

Já em termos de mercados, a China, que se tornou o maior mercado do grupo, superando a Alemanha com um peso de 20% nas vendas, é o grande motor de crescimento. “A China é um parceiro, um grande cliente e um tremendo concorrente”, conclui Carlos Ribas.

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Salesforce traz maior eficiência e produtividade às empresas com Inteligência Artificial

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  • 22 Maio 2024

Encontro Salesforce World Tour Lisboa mostrou, esta terça-feira, o potencial da tecnologia aplicada aos negócios. Já são 88% dos profissionais de serviços que reconhece ganhos competitivos com IA.

A frase “os dados são o novo petróleo” foi repetida várias vezes esta terça-feira durante o Salesforce World Tour, que juntou no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, cerca de 1000 executivos de vários setores da economia para debater o potencial da inteligência artificial (IA). A conclusão é clara: sem bases de dados estruturadas e de qualidade, não há tecnologia que permita ganhos de eficiência e produtividade. “Os benefícios destas novas tecnologias só são alcançáveis quando existe uma estratégia real de consolidação de dados”, apontou Fernando Braz, Country Manager da Salesforce Portugal.
Para o líder nacional da tecnológica norte-americana, ter “uma base de dados sólida e de confiança” é um ingrediente fundamental para alimentar sistemas de IA que possam responder a alguns dos principais desafios das empresas. Entre eles, garantir que a gestão do relacionamento com clientes (CRM) é eficaz, mas também eficiente e agregadora de valor para o negócio. Este foi o principal tema do encontro no CCB, onde foram partilhados casos de sucesso de organizações que já estão a utilizar estas soluções no seu dia-a-dia.

Fernando Braz, Country Manager da Salesforce Portugal. no evento Salesforce World Tour Lisboa

A Salesforce, especialista em produtos de CRM de Inteligência Artificial, tem vindo a aprofundar a integração de IA no seu portefólio de soluções, nomeadamente a plataforma Einstein 1, que permite automações em escala em aplicações de vendas, marketing, comércio e serviços, entre outros. Aliado ao Data Cloud, que permite às empresas utilizarem os seus dados de forma segura para potenciar a eficácia da IA, o potencial em ganhos de produtividade é palpável. O relatório State of Service, que auscultou mais de 5500 profissionais de serviços em 30 países, evidencia que a maioria das organizações (72%) já está a avaliar ou a dar os primeiros passos na implementação de IA e que 88% dos profissionais desta área reconhece poupar tempo com a utilização da tecnologia.

Melhor serviço ao cliente

A eficiência e os ganhos de produtividade são fundamentais para empresas como a Moneris, especialista em contabilidade e consultoria, que tem cerca de seis mil clientes. “Os meus clientes são as pequenas e médias empresas. Enviam papéis, e-mails, fazem telefonemas e agora conseguimos concentrar tudo isso numa plataforma”, explica Carlos Duarte de Oliveira, fundador e CEO da empresa. Porém, assegura o responsável, a principal motivação para implementar a plataforma Salesforce a que chamaram Moneris Skin foi garantir “facilitar a vida das nossas pessoas” e “mudar a forma como interagem entre si, com os seus managers e com os clientes”.

Este projeto, que começou a ser pensado há pouco mais de um ano, permite “a total desmaterialização dos documentos”, que são depois lidos e interpretados por um motor de IA. “A grande revolução é que, no fim de contas, os meus colaboradores podem gastar muito menos horas em tarefas administrativas e mais em tarefas de pensamento”, acrescenta Carlos Duarte de Oliveira.
A grande expectativa do chairman da Moneris é poder, a breve trecho, vir a utilizar a plataforma Einstein para, com base em todo o lago de dados interno, ter “análises e sugestões” que podem ser “muito úteis para os nossos clientes” e, dessa forma, acrescentar diferenciação e valor. A longo prazo, a empresa espera vir a automatizar 70% da sua atividade e conseguir, em “dois ou três anos”, aumentar “as vendas em 30%” e ter “pessoas mais felizes” no trabalho.

Revolução da IA está nos dados

O impacto positivo da IA na vida das organizações é particularmente evidente quando o tema são vendas, marketing ou o serviço ao cliente, para lá das vantagens que pode trazer no backoffice. “As equipas evitam mais problemas e trabalho com um autoatendimento mais inteligente”, aponta Fernando Braz, que assinala ainda que isso permite “dedicar mais tempo e energia à geração de receitas”. Para o Country Manager da Salesforce Portugal – cujas soluções merecem hoje a confiança de empresas como a Moneris, Galp ou Brisa -, não há dúvidas sobre a revolução trazida pela IA aos negócios. “Esta realidade está a trazer mudanças fundamentais ao papel de cada profissional dentro de uma empresa”, reforça.

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CUF paga 4,75% para se financiar em 30 milhões em obrigações sustentáveis

Grupo de saúde arranca esta quinta-feira com um empréstimo obrigacionista ligado a fatores de sustentabilidade no valor de 30 milhões de euros.

A CUF anunciou um empréstimo obrigacionista ligado a fatores de sustentabilidade para se financiar em 30 milhões de euros. O grupo de saúde oferece uma taxa de juro bruta de 4,75% pelos títulos que têm uma maturidade de cinco anos, numa operação dirigida a investidores particulares e empresas estabelecidas em Portugal.

A oferta arranca já esta quinta-feira e prolongar-se-á até 6 de junho de 2024, inclusive, de acordo com o prospeto. A CUF adianta ainda que pode aumentar a oferta de obrigações caso haja muito interesse da parte dos investidores.

“Serão emitidas até 60.000 obrigações, com o valor nominal unitário de 500 euros e o valor nominal global inicial de até 30 milhões de euros, o qual poderá ser aumentado, por opção do Emitente, mediante publicação de adenda ao Prospeto aprovada pela CMVM e divulgada até 4 de junho de 2024”, adianta. O investimento mínimo é de 2.500 euros, correspondendo a cinco obrigações.

Se não cumprir os objetivos definidos, a CUF pagará uma remuneração adicional de 1,25 euros por cada obrigação na data de reembolso, em 2029.

Com este empréstimo, que irá render cerca de 28,6 milhões de euros à CUF depois do pagamento de encargos com a montagem da operação, publicidade, custos regulatórios, entre outros, o grupo “pretende diversificar as fontes de financiamento e alargar a maturidade média da sua dívida”.

Liderado por Rui Pires Diniz, o grupo tem como atividade principal a prestação de cuidados de saúde, nomeadamente na área da prestação de cuidados de saúde privados, na prestação de cuidados de saúde domiciliários e ainda na prestação de serviços de logística e reprocessamento de dispositivos médicos.

A CUF é controlada pela José de Mello Capital, que detém 65,85% do capital da empresa, sendo que a a Farminveste detém uma participação de 30%. Registou lucros de quase 37 milhões de euros no ano passado, cerca de três vezes mais do que em 2022.

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Líder da extrema-direita alemã abandona AfD após declarações polémicas

Depois de Krah defender que um membro nazi das SS “não é automaticamente criminoso”, Le Pen rompeu a aliança com o AfD. Cabeça-de-lista foi banido de fazer campanha e acabou mesmo por sair do partido.

O cabeça-de-lista da Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemã), Maximilian Krah afastou-se da liderança do partido, depois de ter sido de fazer campanha pelo AfD a propósito das eleições europeias. Em causa estão as declarações polémicas proferidas pelo próprio, a defender que um membro nazi das forças armadas Schutzstaffel (SS) “não é automaticamente um criminoso”.

De acordo com a DW, o AfD confirmou a sua posição em relação ao seu cabeça-de-lista esta quarta-feira depois de o Reagrupamento Nacional (RN), partido de Marine Le Pen atualmente liderado por Jordan Bardella, ter rejeitado sentar-se ao lado do partido alemão na próxima legislatura, no próximo Parlamento Europeu. Os dois partidos integram a família Identidade e Democracia (ID), do qual o Chega também faz parte. Krah anunciou a demissão poucos momentos depois, avança a Bloomberg.

A menos de três semanas das eleições europeias, as declarações de Krah abalam a família política de extrema-direita no Parlamento Europeu. E as ondas de choque já foram sentidas a nível nacional. Esta terça-feira,António Tânger-Corrêa admitiu que o Chega pode vir a mudar de família política e juntar-se aos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) na próxima legislatura.

O cabeça-de-lista do Chega informou que estão a decorrer “negociações” entre os partidos que compõem o ID e o ECR, que poderão fazer “aumentar a base de apoio conservadora em que o Chega se insere” no futuro, embora não rejeitando a possibilidade de os dois grupos se juntarem no próximo hemiciclo.

As declarações de Maximilian Krah foram proferidas numa entrevista ao jornal italiano La Repubblica, divulgada durante o fim de semana. O candidato admitiu que “nunca diria que alguém que usasse um uniforme das [Schutzstaffel] SS é automaticamente um criminoso”. Uma referência ao romancista alemão Günter Grass, que admitiu tardiamente ter-se alistado nas Waffen-SS quando era adolescente. “Eu acho que se deveria avaliar se alguém é culpado caso a caso“, disse.

As declarações não agradaram os aliados franceses. O diretor da campanha de Jordan Bardella, o cabeça-de-lista e presidente do RN, assumiu na terça-feira ao “Libération” a separação do eixo franco-alemão da extrema-direita: “Não nos sentaremos mais com eles no decorrer do próximo mandato”, afirmou Alexandre Loubet.

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Impresa e Nova IMS criam primeiro laboratório de dados e IA aplicado aos media

  • Lusa
  • 22 Maio 2024

O acordo de colaboração prevê o desenvolvimento de um conjunto de projetos de pesquisa aplicada e a implementação de programas avançados de formação, incluindo o primeiro curso de 'Data Journalism'.

A Impresa e a Nova IMS acabam de lançar o primeiro laboratório de dados e inteligência artificial (IA) aplicado aos media, iniciativa que pretende lançar projetos para ajudar a combater a desinformação, anunciaram hoje as entidades.

Em declarações à Lusa, o presidente executivo (CEO) da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, explica que “ambas as partes sairão beneficiadas com este projeto”.

Por um lado, a Impresa, “com a ligação à academia e à experiência da Nova IMS, que é conhecida por ser a melhor escola de ensino na área dos dados, e que nos ajudará a tornar a nossa atividade cada vez mais ‘data-driven‘” e, por outro, “a Nova IMS, que terá uma ligação à realidade prática das empresas, ainda por cima numa área dinâmica e em constante como os media, tendo na Impresa um parceiro que preza a inovação e no qual poderá testar as suas ideias“, prossegue o gestor.

Francisco Pedro Balsemão recorda que o Plano Estratégico da Impresa “contém um ponto sobre a necessidade de desenvolvimento na área dos dados”.

O objetivo “é o de que todos na Impresa compreendam que os dados são fundamentais para a tomada de decisão, que deve depender cada vez menos da mera intuição (embora esta seja naturalmente importante), e esse processo de transformação cultural será acelerado por especialistas externos, como é o caso da Nova IMS, que nos possam guiar pelo caminho certo“, acrescenta.

O acordo de colaboração prevê o desenvolvimento de um conjunto de projetos de pesquisa aplicada e a implementação de programas avançados de formação – incluindo o primeiro curso de ‘Data Journalism’ [jornalismo de dados] em Portugal -, além de programas de desenvolvimento profissional para os colaboradores do grupo Impresa, ministrados por especialistas da Nova Information Management School (IMS).

“O protocolo entre as duas entidades foi assinado no dia 21 de maio, mas na realidade já foram realizados workshops pela Nova IMS na Impresa, nomeadamente na área dos novos hábitos de consumo de conteúdos de informação”, refere Francisco Pedro Balsemão.

A ideia desta colaboração surgiu “através de contactos informais, inicialmente, e visitas a ambas as entidades, que levaram à conclusão de que deveríamos estabelecer uma parceria formal pelas razões já mencionadas”, remata o gestor.

O laboratório Media & Analytics Lab, “uma iniciativa pioneira que une a ciência de dados e a inteligência artificial ao setor dos media”, está localizado nas instalações do grupo Impresa e “ambiciona ser um centro de excelência para a inovação e a aplicação prática de análise de dados no jornalismo e na comunicação social”, segundo um comunicado.

Numa era global onde as notícias falsas são vistas como uma ameaça séria às democracias, este laboratório equipa os nossos jornalistas com ferramentas essenciais de ciência de dados e IA, cruciais no combate à desinformação e na promoção de um jornalismo rigoroso e fundamentado“, afirma Francisco Pedro Balsemão, citado em comunicado.

Além do jornalismo, a parceria serve também para identificar soluções para os principais desafios dos media hoje em dia, tais como a relação dos jovens com as notícias e os novos hábitos de consumo de media“, acrescenta.

O diretor da Nova IMS, Miguel de Castro Neto, segue a mesma ideia: “A capacidade de processar e analisar grandes volumes de dados de forma eficiente é crucial num mundo onde os dados são produzidos a uma velocidade e volume sem precedentes”.

Estas tecnologias “garantem uma verificação rápida e fidedigna da veracidade das informações, o que é fundamental na luta contra a desinformação, um dos grandes desafios do nosso tempo”, sublinha o responsável da Nova IMS, citado em comunicado.

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“Se houver instabilidade política vai ser quase impossível cumprir metas do PRR”, alerta Castro Almeida

O ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, avisa que a instabilidade política é uma ameaça ao cumprimento das metas e marcos acordados com a Comissão Europeia.

“Se houver instabilidade política vai ser muito difícil, quase impossível cumprir as metas do Plano de Recuperação e Resiliência“, alertou o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, à margem do encontro anual do PRR, realizado esta quarta-feira.

Se houver novos períodos de instabilidade, acho que será praticamente impossível cumprir. Isto é uma questão que fica à avaliação das forças políticas, que terão de pensar em tudo isso e ver o que é que é melhor para o país”, sublinhou o responsável num recado à oposição. “Temos de trabalhar num cenário de estabilidade, em que as forças políticas são responsáveis, sabem medir o alcance das decisões que tomam”, disse.

É do interesse nacional não fazer algo que possa pôr em causa o cumprimento das metas do PRR, porque é de facto uma oportunidade única para podermos desenvolver o país”, sublinhou ainda o ministro que tem agora a tutela dos fundos europeus.

Castro Almeida depois de ter anunciado na sua intervenção que Portugal vai solicitar em junho os 713 milhões de euros que foram retidos por Bruxelas referentes ao terceiro pedido de pagamento, aos jornalistas reiterou a meta já definida pelo primeiro-ministro de solicitar o quinto cheque da bazuca, no valor de 3,2 mil milhões de euros, até 11 de julho. “É esse o nosso objetivo”.

Ao contrário do que aconteceu com o terceiro e quarto cheques do PRR, Portugal só vai solicitar um cheque de cada vez. “Será feito um único pedido. Vamos separar. O sexto pedido será feito uns meses depois”, precisou.

(Notícia atualizada com mais informações)

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Recuperação do tempo de serviço “aplica-se a todos os docentes”, garante Ministério da Educação

"O acordo aplica-se a todos os docentes, independentemente de os sindicatos que o assinarem e de os docentes serem ou não sindicalizados", assegura ao ECO o Ministério liderado por Fernando Alexandre.

Apesar de ter sido rejeitado por cinco dos 12 sindicatos do setor da Educação, o acordo para a recuperação do tempo de serviço dos professores que ainda está congelado desde a troika “aplica-se a todos os docentes” afetados, garante fonte oficial do Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

“O acordo aplica-se a todos os docentes, independentemente de os sindicatos que o assinarem e de os docentes serem ou não sindicalizados”, assegura a tutela liderada por Fernando Alexandre, em resposta ao ECO.

Na terça-feira, o Ministério da Educação chegou a acordo com “sete organizações que representam os professores” – FNE, SIPE, FEPECI, SPLIU, SNPL, FENEI e SIPPEB –, sobre a recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias de tempo de serviço dos professores congelado desde a troika. De fora ficaram a Fenprof, o SPL, o SEPLEU, a Pró-Ordem e Stop, que preferiram, para já, não assinar o acordo. Algumas organizações sindicais vão avançar com um pedido de reunião suplementar, mas não é expectável que a proposta venha a ser alterada.

O acordo, apelidado de “histórico” e uma “vitória para a escola pública” pelos sete sindicatos que o firmaram, prevê que os professores recuperem 50% do tempo de serviço congelado no espaço de um ano (uma tranche em setembro de 2024 e uma segunda em julho de 2025) e as restantes duas tranches até julho de 2027 (uma a 1 de julho de 2026 e outra a 1 de julho de 2027). Assim, a recuperação integral vai ser feita à razão de 25% ao ano, estando concluída ao fim de 2 anos e 10 meses.

Segundo o Executivo, este acordo “reconhece aos docentes o tempo de serviço contabilizado” através do decreto-lei n.º 74/2023, — implementado pelo anterior Executivo e que impôs mecanismos de aceleração na progressão da carreira dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário, — “salvaguardando que não se verificam situações de duplicação de benefícios na recuperação do tempo de serviço”.

Além disso, fica garantido a todos os professores afetados pelo congelamento o acesso ao 5.º e 7.º escalões “que, por via da recuperação do tempo de serviço, reúnam as condições de progressão”, confirmou ainda a tutela, em comunicado. E esta progressão irá ocorrer “à data em que os docentes reunirem as condições”, segundo revelou a presidente do SIPE, após a reunião com a tutela.

Apesar das cedências do Executivo, ao permitir uma recuperação mais rápida face ao inicialmente proposto e de não “subtrair” o tempo já assegurado através do “acelerador das carreiras”, o Ministério da Educação não cedeu na obrigatoriedade de permanecer, no mínimo, um ano antes da progressão ao escalão seguinte, mas os sindicatos fizeram salvaguardar que “esse tempo de permanência vai ser recuperado no escalão seguinte”, explicou ainda Júlia Azevedo.

“Este acordo acautela os casos dos docentes que foram colocados nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, e que já viram contabilizado parte do seu tempo de serviço congelado”, garantiu ainda o Governo.

Fernando Alexandre, ministro da EducaçãoMIGUEL A. LOPES/LUSA

O Governo estima que o acordo vai beneficiar “mais de 100 mil professores” e um custo de “300 milhões de euros em 2027, isto é, quando a totalidade do tempo estiver recuperado“, como indicou o ministro da Educação. Por outras palavras, quando a medida estiver completamente implementada, vai ter um impacto de 300 milhões de euros por ano nos cofres do Estado.

A primeira tranche, que será devolvida já a 1 de setembro de 2024, vai custar “cerca de 40 milhões de euros”. “A reposição do tempo de serviço será financiada com impostos dos portugueses e, por isso, tem que ser feita com muita responsabilidade”, rematou o governante.

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Cuatrecasas assessora Auchan na aquisição da operação do grupo Dia em Portugal por 155 milhões

Operação foi concluída recentemente após parecer de não oposição da Autoridade da Concorrência. O acordo permitirá o reforço da posição da Auchan no formato de proximidade.

A Cuatrecasas assessorou a Auchan na aquisição da totalidade da operação do Grupo Dia em Portugal, por um valor global de 155 milhões de euros, concluída recentemente após parecer de não oposição da Autoridade da Concorrência.

O acordo entre a Auchan e a Dia inclui as 489 lojas da insígnia Minipreço e Mais Perto, incluindo os contratos de franchising, e estabelece a integração dos 2.650 colaboradores do grupo Minipreço, prevendo o reforço da posição da Auchan no formato de proximidade. Foi também adquirido um conjunto de ativos necessários para a operação, incluindo a marca “Minipreço”, três armazéns, além de contratos, licenças e outros ativos.

Na assessoria jurídica estiveram envolvidos, nomeadamente, os advogados da Cuatrecasas Rafael Lucas Pires, que coordenou a equipa de Societário e M&A, Ana Sofia Simões e Filipa Teixeira Diniz, da mesma área; Sara Quaresma e Gonçalo Nogueira, da área de Imobiliário e Urbanismo; e Pedro Marques Bom e António Souto Moura, da área de Concorrência.

Numa primeira fase, as duas empresas continuarão a operar em paralelo, em Portugal, sendo que as alterações de marca e integração de sistemas serão efetuadas de forma gradual.

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Euribor a seis meses mantém-se em 3,784%, mínimo de 11 meses

  • Lusa
  • 22 Maio 2024

A taxa Euribor a seis meses manteve-se esta quarta-feira em 3,784%. No prazo de 12 meses, baixou para 3,670%, e a três meses recuou para 3,819%.

A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três e a 12 meses e manteve-se a seis meses em 3,784%, nível mínimo desde 13 de junho do ano passado verificado pela primeira vez na terça-feira. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que recuou para 3,819%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,784%) e da taxa a 12 meses (3,670%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, manteve-se esta quarta-feira em 3,784%, um mínimo desde 13 de junho, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,3% e 24,9%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, baixou esta quarta-feira para 3,670%, menos 0,010 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 3,819%, menos 0,004 pontos, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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