EDP emitiu 750 milhões de euros em dívida híbrida

As obrigações em causa têm a maturidade de 30 anos e a taxa de juro fixou-se nos 4,875%.

A EDP emitiu 750 milhões de euros em dívida verde híbrida, de acordo com o site de informação financeira IFR.

As obrigações em causa têm a maturidade de 30 anos e a taxa de juro deveria situar-se entre 4,875% e os 5%, de acordo com as primeiras projeções. No fecho da operação, a taxa fixou-se no patamar mais baixo do intervalo, os 4,875%. A operação contou com ordens de 3,3 mil milhões de euros, quatro vezes acima do valor que a EDP pretendia emitir.

As obrigações híbridas verdes seguem as mesmas linhas guia que as obrigações verdes, espelhadas na Green Bond Framework. No entanto, são assim designadas por combinarem características das obrigações (pagam cupão) e das ações (sem data de vencimento ou maturidade muito longa e o emitente pode decidir não pagar cupão).

A EDP tem-se distinguido como a maior emissora de dívida verde em Portugal. A energética foi a primeira empresa em Portugal a financiar-se com este tipo de instrumento, em 2018. Entretanto, metade da dívida da elétrica já é verde, uma fasquia alcançada em 2023, dois anos antes da data que tinha sido comunicada.

Agora, pretende que 60% da sua dívida seja verde até 2026, sendo que todas as suas novas emissões serão verdes. “A EDP tem intenção de voltar a emitir durante o ano, caso o mercado esteja favorável”, indicou, em março, o responsável financeiro (CFO) da energética, Rui Teixeira. E explicou o porquê: “ao emitir em formato verde, a EDP beneficia de uma procura superior, face a emissões convencionais”, o que “permite otimizar o preço”.

(Notícia atualizada com os resultados da emissão)

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PSD mantém redução do 7.º e 8.º escalões do IRS e quer “apressar” votação final da proposta esta sexta-feira

Sociais-democratas insistem na baixa do imposto sobre rendimentos mais elevados, mas o PS ameaça chumbar já esta quarta-feira a admissão do projeto se o partido de Montenegro não quiser negociar.

O PSD e o CDS mantêm a redução do IRS das taxas dos rendimentos mais elevados, do 7.ºe 8.ºescalões, que correspondem a salário brutos entre 3.100 e mais de 6.000 euros brutos mensais, à revelia da posição do PS, e querem “apressar” a votação final global do projeto já esta sexta-feira, iniciativa que irá substituir a proposta de lei do Governo, anunciou esta terça-feira o líder do grupo parlamentar social-democrata, Hugo Soares.

Antes de subir a plenário, a admissão do projeto terá de passar, esta quarta-feira, pelo crivo da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP). “Amanhã, será votado o texto de substituição como alternativa de consenso de diálogo à proposta inicial do Governo”, afirmou o parlamentar. “Já mostrámos que em cinco matérias fizemos um esforço de aproximação aos outros partidos. Não há mais tempo para atrasar. É tempo de decidir para que os portugueses possam sentir, já em julho, o alívio na retenção na fonte”, atirou.

“Se o texto de substituição for admitido, a proposta base do Governo desaparece e o que fica a valer é a nossa proposta que depois subirá a plenário na sexta-feira para votação na generalidade, votação na especialidade e votação final global”, anunciou o líder da bancada laranja. E lançou um desafio ao PS e ao Chega: “Na sexta-feira, no plenário, que se levantem juntos para chumbar a redução do IRS”.

A proposta de substituição do PSD e do CDS iguala os projetos do PS e do Chega na redução das taxas do 3.º e 4.º escalões, ou seja, passam de 22,50% para 22% e de 25,50% para 25%, respetivamente, e em comparação com a proposta inicial do Executivo. Este alívio fiscal beneficia rendimentos entre cerca de 1.100 e 1.800 euros mensais brutos.

A este respeito, Hugo Soares lembra que o Chega disse, no Parlamento, “que se o PSD fosse ao encontro deles, que votaria favoravelmente”.

Para além disso, o diploma “foi ao encontro do PS no 6.º escalão, fazendo uma redução menor”, que passou então de 37% para 35%. Este recuo permitirá ainda, segundo Hugo Soares, cumprir com a margem orçamental, de 348 milhões de euros, que o Governo tem para a baixa deste imposto, não violando a norma-travão.

Em relação ao 6.º escalão, que corresponde a rendimento mensais brutos entre 2.200 e 3.100 euros mensais, os socialistas apresentaram uma proposta inicial em que baixavam esta taxa para 36%, depois corrigiram para 35,50%, numa aproximação aos sociais-democratas. Contudo, o líder da bancada laranja desvalorizou tal esforço, que considerou “insignificante e residual”.

Hugo Soares continuou a elencar as medidas que o PSD e CDS incluíram de outros partidos na proposta: “atualização dos escalões de IRS de forma automática a partir de 2025, atualização do mínimo de existência, indo ao encontro do PS e Chega, inclusão de duas normas programáticas, indo ao encontro do BE e PCP, para a valorização da dedução específica com no Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e avaliar a dedução à coleta dos juros com crédito à habitação”.

“Temos cinco matérias em que vamos ao encontro dos outros partidos. Se isto não é abertura para o diálogo e consenso, então não sei o que é. Que esforço de consenso fez o PS? Onde é que o PS foi ao encontro daquilo que era o projeto do Governo e das propostas do PSD e CDS? Em absolutamente nada”, atirou.

“Acolhemos as propostas dos demais partidos e agora é a hora da clarificação. Não contem com o PSD e CDS para andar a empalear o IRS, para atrasar a baixa de impostos e fazer disso jogo partidário”, jogo partidário, fazendo mira ao PS e Chega.

Portugueses que ganham salários líquidos entre 1.300 e 2.800 euros mensais são ricos? Não são ricos. Não queremos uma sociedade nivelada por baixa.

Hugo Soares, líder da bancada do PSD

Consciente de que a principal divergência face ao PS reside na descida do IRS para os rendimentos mais elevados, do 7.º e 8.º escalões, o presidente do grupo parlamentar frisou que o partido quer “reduzir o IRS sobretudo para a classe média”. “Portugueses que ganham salários líquidos entre 1.300 e 2.800 euros mensais são ricos? Não são ricos”, defendeu. E acrescentou: “Não queremos uma sociedade nivelada por baixa”.

Hugo Carneiro, vice-presidente da bancada do PSD, detalhou depois que, “no 6.º escalão estão salários líquidos de 1.700 euros”. “São ricos? Não São ricos.”, afirmou. “No 7.º escalão, estão salário líquidos de 2.200 euros, no 8.º escalão, estão salário líquidos de 2.700 euros. São ricos? Não são ricos”, destacou.

O líder da bancada do CDS e antigo secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, apresentou mais número para sustentar a proposta dois partidos: “85% da redução do IRS está concentrada nos cinco primeiros”.

PS ameaça chumbar proposta caso PSD mantenha posição “unilateral”

Mas o PS ameaça chumbar a admissão do projeto de substituição do PSD e CDS já esta quarta-feira, na reunião da COFAP, impedindo-o de subir a plenário para votação final global, caso o partido de Luís Montenegro não volte às negociações. “Um texto de substituição é um consenso não é apresentado de forma unilateral”, afirmou o deputado e vice-presidente da bancada do PS, António Mendonça Mendes, logo a seguir à conferência de imprensa do PSD.

Sem nunca responder diretamente se o PS viabiliza ou não a admissão da iniciativa da AD, Mendonça Mendes afirmou repetidamente: “Um texto de substituição deve refletir os projetos que foram aprovados e ainda não chegámos ao fim da negociação parlamentar. Uma imposição unilateral não é estar a negociar e a proposta que a AD faz de texto de substituição é unilateral, não é o resultado de esforços negociais”.

O PSD e o CDS continuam a insistir que 50% da margem disponível seja distribuída pelos 10% que recebem mais. Não é equilibrado que os restantes 90% recebam o mesmo que os 10% que recebem mais.

António Mendonça Mendes, vice-presidente do grupo parlamentar do PS

A divergência de fundo entre AD e PS passa pelo alívio dos impostos para os rendimentos mais altos, relativos ao 7.º e 8.º escalões. “O PSD e o CDS continuam a insistir que 50% da margem disponível seja distribuída pelos 10% que recebem mais. Não é equilibrado que os restantes 90% recebam o mesmo que os 10% que recebem mais”, argumentou.

O PS já cedeu no 5.º e 6.º escalões e a AD continua a defender que rendimentos brutos de 7.000 mensais euros tenham um alívio de 566 euros por ano, quando já tiveram este ano uma redução de 832 euros de imposto. Acham justo gastar metade dos 348 milhões nestes rendimentos mais altos?”, atirou. E indicou que o “PS defende que quem ganha 7.000 euros deva ter uma redução do imposto menor, de 300 euros”.

Por outro lado, Mendonça Mendes levantou uma questão regimental sobre a admissibilidade do projeto: “A proposta do Governo desceu sem votação durante 15 dias e esse prazo já terminou”. Questionado se era possível então apresentar um texto de substituição para uma proposta que já teria expirado, o deputado preferiu remeter essas considerações para o presidente da COFAP, Filipe Neto Brandão, do PS.

Sobre a necessidade de o PSD “apressar” a votação do projeto para que os contribuintes sintam o alívio fiscal já em julho, Mendonça Mendes desdramatizou, esclarecendo que “basta haver um acordo parlamentar para que o ministro assine o despacho para reduzir as tabelas de retenção na fonte a 1 de julho”. E lembrou que “a data limite para a entrega de propostas de alteração só termina a 31 de maio”.

Porém, PSD e CDS querem fechar o assunto antes da campanha eleitoral para as eleições europeias de 9 de junho que arranca na próxima semana, a 27 de maio.

Recorde-se que, a 24 de abril, a Assembleia da República debateu pela primeira vez, em plenário, várias propostas de redução do IRS a reboque de uma proposta de lei do Governo. Perante a iminência do chumbo da iniciativa, o Executivo de Luís Montenegro decidiu baixar o projeto, sem votação, para ser debatido depois na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

Os diplomas do Chega e da IL também desceram à especialidade sem terem sido votados em plenário. Já as propostas do PS, BE e PCP, foram aprovadas na generalidade, sendo que a iniciativa dos socialistas passou com a abstenção do Chega.

(Artigo atualizado às 13h57)

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Portugal avança com emissão de dívida a 30 anos

IGCP contratou bancos para lançar uma nova linha de referência de obrigações com o prazo de 30 anos.

Portugal está nos mercados para avançar com uma emissão de dívida sindicada com o prazo de 30 anos, de acordo com o site de informação financeira IFR.

A operação vai criar uma nova linha de referência de Obrigações do Tesouro naquele prazo. Os títulos contam com um rating de A3 da Moody’s, A- da Standard & Poor’s e Fitch e A da DBRS, adianta a mesma fonte.

Ainda não há dados sobre a taxa de juro indicativa da operação, nem o montante da emissão.

Em mercado secundário, os títulos portugueses a 30 anos estão a transacionar com uma taxa de juro de 3,587%.

BBVA, BNP Paribas, Bank of America Securities, Deutsche Bank, Novobanco e Santander são os bancos que estão a organizar a operação.

Portugal emitiu a 30 anos pela última vez em fevereiro de 2021, tendo na altura avançado também para uma emissão sindicada que permitiu um financiamento de três mil milhões de euros com uma taxa de juro a rondar os 1%.

As circunstâncias do mercado mudaram substancialmente deste então, com a escalada das taxas de juro oficiais do Banco Central Europeu (BCE) para travar a inflação nos últimos dois anos.

(Notícia atualizada às 12h40)

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Yellen desafia UE a juntar-se aos EUA no combate às exportações chinesas

Os Estados Unidos, que aprovaram recentemente um agravamento das tarifas às importações de carros elétricos chineses, recusam as acusações de Bruxelas de protecionismo.

A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, pediu à União Europeia que se junte aos Estados Unidos nos esforços para reprimir as exportações chinesas de tecnologia verde, alertando que os produtos baratos provenientes da China podem ameaçar a sobrevivência de fábricas em todo o mundo.

Os Estados Unidos e os seus aliados ocidentais devem reagir “de forma unida” à crescente crise da China, defendeu Yellen num discurso realizado na Alemanha, citado pelo Financial Times. A responsável avisou que, caso não sejam tomadas medidas, a entrada de bens baratos chineses pode colocar em risco as próprias indústrias destes países.

Na semana passada, a administração de Joe Biden anunciou um aumento das taxas alfandegárias impostas aos produtos importados da China, com o agravamento mais significativo a ser aplicado sobre os veículos elétricos — dos atuais 25% para 100% já a partir deste ano.

A Casa Branca justifica a medida com a necessidade de proteger os fabricantes norte-americanos do que considera serem “práticas comerciais injustas” do gigante asiático – que, através do Ministério do Comércio, já prometeu retaliar e instou os EUA a cancelar a subida das taxas.

Face a estas tarifas mais elevadas, vários responsáveis europeus criticaram os Estados Unidos. Numa reação ao agravamento das tarifas sobre produtos chineses, o chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou para os riscos do “protecionismo”.

Yellen rejeitou essas críticas de protecionismo, justificando que estes aumentos das tarifas foram medidas “estratégicas e direcionadas”, adiantou num discurso em Frankfurt perante uma audiência onde se encontrava o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.

Apesar dos apelos de Yellen para a União Europeia se juntar aos EUA num movimento para travar as exportações chinesas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já deixou bem claro que Bruxelas não irá juntar-se ao país na imposição de barreiras às exportações chinesas.

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“Período de acrescida instabilidade global obriga a manter disciplina financeira”, diz CFO da Galp

  • ECO
  • 21 Maio 2024

Maria João Carioca, chief financial officer da Galp, garante que a empresa vai manter os planos de investimento previstos, apesar dos juros mais elevados.

Maria João Carioca, CFO da Galp.

Maria João Carioca, administradora financeira da Galp, é uma das nomeadas para o CFO Award da 36.ª edição dos Investor Relations and Governance Awards, uma iniciativa da consultora Deloitte. Em resposta por escrito a questões do ECO, salienta que perante o “período de acrescida instabilidade global é imperativo manter cautela e elevada disciplina financeira”.

Apesar do desafio colocado pelas taxas de juro mais elevadas, Maria João Carioca garante que a Galp irá manter os planos de desenvolvimento previstos. A empresa está atenta às potencialidades da inteligência artificial, tendo estabelecido um Laboratório de Transformação focado em iniciativas transversais.

A persistência de taxas de juro mais elevadas por mais tempo é o principal desafio que os CFO irão enfrentar este ano? Que outros destacaria?

A persistência de taxas de juro elevadas é, sem dúvida, um desafio significativo que requer uma gestão financeira disciplinada e estratégias proativas de mitigação de risco. Estes desafios têm reflexo não só relativamente à gestão da dívida atual, mas também ao nível de investimentos futuros, impactados pelo aumento dos custos de financiamento e pelo potencial menor “apetite” de investidores, mais cautelosos nestes períodos de incerteza.

Outro desafio que destacaria atualmente, e sobretudo no setor energético, relaciona-se com a robustez e disciplina financeira exigida para endereçar a elevada volatilidade dos preços de energia e em simultâneo os avultados investimentos associados à transição energética. Neste aspeto é hoje essencial analisar os desafios associados às diferentes evoluções regulatórias a nível internacional, das perspetivas de inovação tecnológica e das exigências de sustentabilidade que se aplicam cada vez mais numa lógica integrada e com perspetivas de longo prazo.

Como é que a empresa se adaptou a este contexto de taxas de juro mais altas? Os níveis de investimento tiveram de ser revistos? Foi necessário cortar custos?

O contexto que descreve exige uma disciplina financeira reforçada, de forma a garantir que mantemos a robustez do nosso balanço. Ainda assim, a nossa posição financeira robusta, com a dívida controlada, e a sua estrutura de capital reforçada com a geração de fluxos de caixa provenientes de investimentos realizados ao longo da última década em ativos altamente competitivos, permitem à empresa enfrentar o atual contexto económico mantendo os seus planos de desenvolvimento. Tal permitiu que, mesmo neste contexto prosseguir na nossa aposta em investimentos de larga escala e estratégicos para a Galp, como sejam os associados à transformação e descarbonização da nossa plataforma industrial em Sines, essencial para manter o fornecimento energético nacional.

Prevê um alívio nas condições financeiras ainda este ano?

As mensagens mais recentes provenientes dos bancos centrais, tanto Europeu como dos EUA, são de maneira geral mais positivas, apontando a um abrandamento inflação o que deverá ter consequência direta nas taxas de juro. Ainda assim, os choques macroeconómicos recentes relevam que atravessamos um período de acrescida instabilidade global, e é imperativo manter cautela e elevada disciplina financeira.

Que impacto é que os avanços na inteligência artificial poderão ter no negócio?

O impacto da Inteligência Artificial (IA) na indústria de energia é multifacetado, com potencial para automatizar a documentação de projetos, melhorar a precisão e eficiência da documentação de projetos, garantir conformidade e facilitar uma melhor gestão e colaboração de projetos. Existem inúmeras oportunidades relacionadas com a IA como melhorar a eficiência, automatizar tarefas repetitivas, diminuir o risco humano e libertar capacidade de recursos para concentração em tarefas de maior valor. No caso da Galp, destaco o desenvolvimento e estabelecimento de um Laboratório de Transformação focado em iniciativas transversais para a empresa, alinhando-as com os nossos objetivos estratégicos.

Como é que os temas do ESG estão a mudar o papel dos CFO e vão fazê-lo no futuro?

Temas relacionados com a sustentabilidade corporativa são cada vez mais presentes no dia-a-dia de gestão de uma empresa, levando a que o papel de um CFO esteja a evoluir naturalmente com essa incorporação. É hoje exigida uma abordagem estratégica empresarial que incorpore a gestão dos seus negócios em várias componentes, englobando os seus reflexos de materialidade financeira e não financeira, e que assegure modelos de governo corporativo eficazes para garantir um acompanhamento adequado dos riscos e oportunidade associados. Ao abordar as questões ESG de maneira proativa, um CFO deve procurar não apenas mitigar riscos ou acompanhar as exigências regulamentares de reporte e de transparência em geral por parte da sociedade, mas também identificar vetores de criação de valor e crescimento, fortalecendo a posição da empresa no mercado global. A título de exemplo, um compromisso forte em termos de aspetos que possam ser importantes do ponto de vista ESG pode ampliar oportunidades de parcerias ou melhorar o acesso a capital e condições de financiamento.

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Rendimento dos filhos deixa de contar para complemento solidário para idosos a 1 de junho

Para diminuir o risco de pobreza, o Governo decidiu deixar de ter em conta o rendimento dos filhos no cálculo do complemento solidário para idosos. Medida entra em vigor a 1 de junho.

Os rendimentos dos filhos vão deixar de contar para o cálculo do complemento solidário para idosos (CSI) a partir de 1 de junho, de acordo com o decreto-lei publicado esta terça-feira em Diário da República. O Governo defende que por esta via é alcançado “um importante resultado de justiça social“.

“Constitui uma prioridade uma resposta mais abrangente e eficaz do sistema de segurança social, nomeadamente através de medidas que contribuam para uma diminuição do risco de pobreza dos pensionistas em situação mais frágil. Para tal, procede-se à alteração dos critérios de apuramento dos recursos dos requerentes do CSI, eliminando-se definitivamente a relevância dos rendimentos dos filhos dos titulares da prestação para este efeito”, lê-se no diploma conhecido esta terça-feira.

O complemento solidário para idosos é um apoio em dinheiro pago todos os meses aos idosos de baixos recursos.

Serve, tal como o nome indica, para complementar o valor da pensão, garantindo que o beneficiário tem à sua disposição pelo menos um determinado montante todos os meses: 550,67 euros atualmente, mas 600 euros a partir de junho, segundo anunciou o Governo.

No entanto, para calcular o valor do complemento solidário para idosos devido a cada beneficiário são tidos em conta não só as pensões, mas também, por exemplo, os rendimentos de capitais, os rendimentos prediais e, nalguns casos, os rendimentos dos próprios filhos, mesmo que nada transfiram para os pais.

A inclusão dos rendimentos dos filhos tem sido, contudo, contestada por várias vozes, tendo o Executivo de Luís Montenegro decidido eliminar essa componente do cálculo.

De acordo com o decreto-lei publicado esta terça-feira, com a eliminação dos rendimentos dos filhos a partir de 1 de junho, vão ser reavaliadas de forma oficiosas as prestações, com efeitos a partir de 1 de maio, o que significa que há idosos que poderão passar a receber mais.

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DBRS diz que rendibilidade da banca portuguesa “está a começar a normalizar”

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

Maiores bancos voltaram a registar "lucros sólidos" no primeiro trimestre, beneficiando dos juros altos e da rápida reavaliação da carteira de empréstimos, mas começam a normalizar, segundo a DBRS.

Os maiores bancos portugueses voltaram a registar “lucros sólidos” no primeiro trimestre do ano, beneficiando das taxas de juro elevadas e da rápida reavaliação da carteira de empréstimos, mas começam a normalizar, segundo uma análise da DBRS Morningstar.

“Os rendimentos gerados pelas taxas de juro mais elevadas e pela rápida reavaliação dos empréstimos continuam a ultrapassar o aumento mais modesto das despesas operacionais. Como resultado, o resultado líquido total do setor aumentou quase um terço em relação ao ano anterior”, refere a agência de notação financeira num comentário hoje divulgado.

Embora se mantenha ainda muito forte, a DBRS nota que a taxa de crescimento da rendibilidade da banca nacional “está a começar a normalizar” e prevê que esta tendência de desaceleração continue.

“O resultado líquido atribuível do setor bancário atingiu 1.257 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, contra 288 milhões de euros três anos antes. O crescimento homólogo de 32% do resultado líquido no primeiro trimestre de 2024, embora ainda muito forte, constitui uma desaceleração esperada em relação aos anos anteriores”, explica.

Na análise divulgada esta terça-feira, a agência refere ainda que os resultados da banca portuguesa beneficiaram também de “um regresso a níveis de provisionamento e de imparidades mais normais, devido a um ambiente macroeconómico melhor do que o previsto”. “Adicionalmente, a qualidade resiliente dos ativos e as posições adequadas em termos de capital e liquidez caracterizaram o forte desempenho do primeiro trimestre”, acrescenta.

Assim, o total de provisões e imparidades no primeiro trimestre deste ano foi de 271 milhões de euros, em comparação com 426 milhões de euros no mesmo período de 2023, altura em que o aumento das provisões “refletiu as expectativas de que a qualidade dos ativos se deterioraria, devido ao aumento das taxas de juro e ao abrandamento da produção económica”, algo que “ainda não se concretizou”.

Segundo a DBRS, “a economia comparativamente saudável de Portugal limita o risco de crédito e a deterioração da qualidade dos ativos”.

Este ano, a agência considera “provável” que a margem financeira da banca portuguesa se mantenha elevada, após ter aumentado para 2.497 milhões de euros no primeiro trimestre, face a 2.088 milhões no mesmo período de 2023.

Já a mais do que duplicação (+102%) das receitas de juros desde o primeiro trimestre de 2022 “resultou do facto de os bancos terem tirado pleno partido do ambiente de taxas de juro mais elevadas, da rápida reavaliação da grande carteira de empréstimos a taxa variável e da remuneração mais lenta dos depósitos”.

A análise da DBRS incorpora os dados agregados da Caixa Geral de Depósitos (notação BBB (alto) e outlook positivo), Banco Comercial Português (BBB, estável), Novo Banco (BB (alto), estável), Caixa Económica Montepio (BB, estável), Banco BPI e Banco Santander Totta.

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Euribor a seis meses desce para 3,784%, um mínimo de 11 meses

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

A taxa Euribor subiu a três e a 12 meses e desceu a seis meses para um mínimo desde 13 de junho do ano passado.

A taxa Euribor subiu hoje a três e a 12 meses e desceu a seis meses para um mínimo desde 13 de junho do ano passado.

  • Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,828%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,784%) e da taxa a 12 meses (3,680%).
  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, recuou hoje para 3,784%, menos 0,003 pontos e um mínimo desde 13 de junho, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do ‘stock‘ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,3% e 24,9%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou hoje para 3,680%, mais 0,007 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,823%, mais 0,001 pontos, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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União Europeia garante preços de eletricidade mais estáveis

O Conselho da União Europeia aprovou a reforma do mercado de eletricidade para garantir uma maior segurança energética e um mercado mais eficiente e com preços mais estáveis para os consumidores.

A União Europeia deu um passo decisivo rumo a um futuro mais verde e sustentável com a aprovação da reforma do mercado de eletricidade. Esta mudança traz consigo a promessa de preços de energia mais estáveis, menor dependência de combustíveis fósseis e uma maior proteção contra futuras crises energéticas.

“Hoje assinala-se um marco da União Europeia rumo a um futuro mais verde e livre de carbono para todos”, refere Tinne Van der Straeten, ministra da Energia da Bélgica, sublinhando ainda que “com a adoção da reforma do mercado de eletricidade, estamos a capacitar os consumidores a garantir a segurança do fornecimento e a construir o caminho para um mercado de energia mais estável, previsível e sustentável.”

Esta reforma, assente em acordos de compra de energia (PPA), visa assegurar preços de energia mais estáveis e previsíveis, promovendo um funcionamento eficiente do mercado e evitando distorções no mercado interno, refere o Conselho da União Europeia no seu site.

As novas regras conferem ao Conselho da União Europeia o poder de declarar uma crise com base numa proposta da Comissão, em caso de preços muito elevados nos mercados grossistas de eletricidade ou de um aumento acentuado dos preços no retalho.

Os PPA, que são contratos de longo prazo (em português, contratos de aquisição de energia), oferecerão estabilidade tanto a clientes como a investidores, promovendo a sua adoção e eliminando burocracias desnecessárias. Além disso, os Estados-membros poderão apoiar investimentos em energias renováveis através dos PPA, estabelecendo processos de garantias.

Serão também utilizados contratos por diferença (CFD) ou outros processos equivalentes para apoiar novos investimentos em geração de eletricidade, reduzindo a influência da volatilidade dos preços dos combustíveis fósseis no mercado de eletricidade.

A reforma no mercado europeu de eletricidade apresentada esta terça-feira decorre de várias propostas de reforma do desenho do mercado de eletricidade da União Europeia apresentadas pela Comissão Europeia a 14 de março de 2023, em resposta aos altos e voláteis preços da energia em 2022. As negociações entre o Conselho da União Europeia e o Parlamento Europeu iniciaram-se a 19 de outubro de 2024 e foram concluídas em menos de dois meses, a 13 de dezembro de 2023, quando foi alcançado um acordo provisório.

Reformas no mercado

De acordo com o comunicado enviado esta terça-feira à imprensa, as novas regras conferem ao Conselho da União Europeia o poder de declarar uma crise com base numa proposta da Comissão, em caso de preços muito elevados nos mercados grossistas de eletricidade ou de um aumento acentuado dos preços no retalho.

As ações a serem tomadas pelos Estados-membros incluem medidas já existentes, como a redução adicional dos preços da eletricidade para clientes vulneráveis e desfavorecidos, garantindo um campo de jogo equilibrado para os fornecedores durante o período de crise.

Os 27 Estados-membros da comunidade europeia reforçarão também as medidas para proteger clientes vulneráveis e em situação de pobreza energética, incluindo a proibição de cortes de eletricidade.

O Conselho da União Europeia revela que a reforma também incentiva esquemas de partilha de energia, complementando as disposições existentes sobre comunidades de energia renovável e de comunidades que produzem energia para consumo próprio.

“Na transição para um sistema livre de carbono, os chamados mecanismos de capacidade – medidas introduzidas pelos Estados-membros para abordar preocupações sobre a adequação da capacidade – tornar-se-ão um elemento mais estrutural do mercado de eletricidade, deixando de ser medidas temporárias”, lê-se no comunicado. “Isto melhorará a segurança do fornecimento e aumentará a flexibilidade, à medida que a proporção de energias renováveis for aumentando gradualmente”, destaca o Conselho da União Europeia.

A regulamentação do mercado de eletricidade adotada formalmente esta terça-feira altera a regulamentação atual, juntamente com mudanças específicas na regulamentação da ACER — Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia. “Será agora assinada e publicada no Jornal Oficial da União Europeia, entrando em vigor no vigésimo dia após a publicação e tornando-se diretamente aplicável em todos os Estados-membros”, esclarece o Conselho da União Europeia.

Por razões de certeza jurídica e clareza, as disposições sobre a alteração da diretiva de eletricidade e da diretiva de energias renováveis foram separadas da regulamentação proposta e tornaram-se uma diretiva autónoma, também adotada formalmente esta terça-feira. Os Estados-membros da UE terão até seis meses para adaptar a sua legislação nacional às disposições da diretiva do mercado de eletricidade.

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Lei da Inteligência Artificial da União Europeia recebe aprovação final

  • Lusa
  • 21 Maio 2024

O Conselho da UE deu aprovação final à Lei da Inteligência Artificial, a primeira legislação a nível mundial para esta tecnologia, que entrará em vigor dentro de semanas.

O Conselho da União Europeia (UE) deu aprovação final à Lei da Inteligência Artificial (IA), a primeira legislação a nível mundial para esta tecnologia, para salvaguardar direitos fundamentais no espaço comunitário, em vigor dentro de semanas.

Em comunicado, a instituição europeia que junta os Estados-membros da UE indica que “aprovou hoje [terça-feira] uma lei inovadora que visa harmonizar as regras relativas à inteligência artificial, a chamada lei da inteligência artificial”.

“A legislação emblemática segue uma abordagem ‘baseada no risco’, o que significa que quanto maior for o risco de causar danos à sociedade, mais rigorosas são as regras. É a primeira do género no mundo e pode estabelecer uma norma global para a regulamentação da IA”, sublinha o Conselho da UE.

Estão definidas várias regras para classificação dos sistemas de IA como de alto risco com a proibição de certas práticas, a inclusão de modelos de IA para fins gerais, uma nova arquitetura de governação e medidas de apoio à inovação e de transparência e proteção dos direitos fundamentais.

A lei prevê, também, coimas por infrações que são fixadas em percentagem do volume de negócios anual global da empresa infratora no exercício financeiro anterior ou num montante predeterminado, consoante o que for mais elevado, sendo que as pequenas e médias empresas e as startup estão sujeitas a coimas administrativas proporcionais.

“A nova lei tem como objetivo promover o desenvolvimento e a adoção de sistemas de IA seguros e fiáveis em todo o mercado único da UE, tanto por parte de agentes privados como públicos. Ao mesmo tempo, tem por objetivo garantir o respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos da UE e estimular o investimento e a inovação no domínio da inteligência artificial na Europa”, justifica o Conselho da UE.

O ato sobre a IA aplica-se apenas a domínios abrangidos pela legislação da UE e prevê isenções, como os sistemas utilizados exclusivamente para fins militares e de defesa, bem como para fins de investigação.

Para o aval desta terça-feira contribuiu a aprovação, em meados de março, do Parlamento Europeu daquela que classificou como uma “lei histórica” para regular a IA na UE.

Dois anos para adaptação

Após a adoção final pelos Estados-membros (no Conselho), a lei entrará em vigor 20 dias após a sua publicação no Jornal Oficial, havendo um período de adaptação de dois anos.

Assim, será plenamente aplicável 24 meses após a sua entrada em vigor, exceto no que se refere a proibições de práticas proibidas (aplicáveis seis meses após a data de entrada em vigor), aos códigos de conduta (nove meses após a entrada em vigor), regras gerais de IA, incluindo a governação (12 meses após a entrada em vigor) e obrigações para sistemas de alto risco (36 meses).

O regulamento estabelece uma série de obrigações para a IA com base nos seus riscos potenciais e no seu nível de impacto, estipulando a proibição de certas aplicações, limitações da utilização de sistemas de identificação biométrica pelas autoridades policiais, isenções aplicáveis à aplicação da lei, obrigações para os sistemas de alto risco e requisitos de transparência.

Esta é a primeira regulação direcionada para a IA, apesar de os criadores e os responsáveis pelo desenvolvimento desta tecnologia estarem já sujeitos à legislação europeia em matéria de direitos fundamentais, de proteção dos consumidores e de regras em matéria de segurança.

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Cultura e desafios do poder local em conferência no Parque Mayer

  • Conteúdo Patrocinado
  • 21 Maio 2024

A Junta de Freguesia de Santo António, em Lisboa, está a organizar a conferência A Cultura e os Desafios do Poder Local. O evento acontece no Parque Mayer no dia 5 de junho.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa Carlos Moedas estará presente na sessão de abertura da Conferência A Cultura e os Desafios do Poder Local que se realiza no dia 5 de junho no Auditório da Tenda do Parque Mayer, a partir das 9h da manhã e até às 19h. O evento é organizado pela Junta de Freguesia de Santo António e contará com a presença do presidente da Junta de Freguesia Vasco Morgado, do Presidente da Câmara Municipal de Oeiras Isaltino Morais, do empresário Luís Montez e o humorista Nilton, entre muitas outras personalidades do setor da cultura. O evento é de entrada livre, mas sujeito a inscrição aqui.

ECO é media partner e vai transmitir o evento em streaming aqui.

PROGRAMA

9h00 Sessão Abertura: Boas-vindas

  • 9h30 Vasco Morgado, Presidente da Junta de Freguesia de Santo António
  • 9h40 Diogo Agostinho, COO Jornal ECO
  • 9h50 Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

10h00 Cultura Popular no Futuro

Pedro Moreira, Presidente do Conselho de Administração da EGEAC
Pedro Duarte, Presidente da Assembleia Geral do Marítimo Lisboa Clube e Coordenador da Marcha da Bica
Hélder Costa, Empresário/Produtor do Teatro Maria Vitória – Parque Mayer/Lisboa

Moderador: Francisco Almeida Fernandes, Jornalista

11h45 Produtores e Autarquias

Isaltino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras
Ana Rangel, Produtora Plano6
Paulo Dias, Diretor-geral e Fundador da UAU
Pandora da Cunha Telles, Produtora de Cinema da UKbar Filmes
Sérgio Figueiredo, Jornalista e Produtor de TV
Sofia Lucas, Diretora-geral da Vogue Portugal

Moderador: Fernando Pinto Lopes

15h00 Cultura Fora de Portas

Vasco Morgado, Presidente da Junta de Freguesia de Santo António
Luís Montez, Fundador da promotora Música no Coração
Paulo Silva, CEO New Sheet
Produtora Internacional (por videoconferência)

Moderador: Diogo Agostinho, COO Jornal ECO

16h15 O Outro Lado

Guilherme Filipe, Professor de Teatro
Tiago Pais Dias, Músico
Paulo Ferreira, Diretor da Escola de Dança do Conservatório Nacional
José Raposo, Presidente da APOIARTE – Casa do Artista
Nilton, Humorista

Moderador: Júlio Isidro, Apresentador de Televisão

18h30 Discurso de Encerramento

Carlos Abreu Amorim, Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares

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O que está a mudar na liderança por causa da geração Z? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. Valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.

Afinal, de que modo estão a mudar as lideranças nas empresas para dar resposta aos profissionais da geração Z? Empatia e transparência parecem ser as palavras-chave. Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Marlene Gaspar, diretora-geral da LLYC Portugal, junta-se a nós para debater esta questão. Garantindo que, acima de tudo, é preciso saber ouvir de parte a parte.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou através deste link.

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“Lidero equipas há muitos anos e sempre tivemos uma perspetiva de transparência. Sempre lutei muito por essa questão do feedback e esta geração ajuda muito nisso. Eles procuram feedback. Procuram e também dão”, sublinha a responsável.

Neste episódio, falamos de empatia, de transparência, mas também de desafios e de conflito entre gerações, com a confiança de que os profissionais podem aprender (e muito) entre si.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de maio, vamos explorar essa questão do ponto da geração Z.

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