Contexto de imprevisibilidade obriga ‘investor relations’ a estarem ainda mais presentes

  • ECO
  • 20 Maio 2024

Bernardo Collaço, responsável pelas relações com investidores do BCP, destaca a crescente colaboração com equipas de ESG. Avanços tecnológicos, como a inteligência artificial, trazem novas exigências.

Bernardo Collaço, investor relations officer (IRO) do Millennium bcp, afirma que o atual contexto de grande imprevisibilidade obriga as equipas a estarem “ainda mais presentes e próximas dos intervenientes de mercado”.

Nomeado para o prémio de melhor responsável pela relação com investidores na 36.ª edição dos Investor Relations and Governance Awards, uma iniciativa da Deloitte, afirma que o maior desafio é a “construção de relações de confiança”. Colaboração com as equipas de sustentabilidade é crescente.

A evolução da política monetária e o crescente risco geopolítico têm contribuído para uma maior volatilidade nos mercados financeiros. Que desafios coloca este contexto à gestão da relação com os investidores?

A função de investor relations (IR) tem múltiplos desafios e a atual instabilidade relacionada com a evolução da política monetária e com os riscos geopolíticos que têm condicionado e gerado volatilidade nos mercados financeiros são um bom exemplo. No caso do BCP, tratando-se de uma empresa de capitais abertos listada numa bolsa de valores, o papel-chave do IR no seu relacionamento com o mercado de capitais baseia-se, por isso, no desenvolvimento de um capital de confiança, assente numa comunicação eficaz, que deverá contribuir para uma avaliação justa com base nos seus fundamentais, alinhando as expetativas dos investidores com as perspetivas da empresa, tendo presente o contexto em que opera e os potenciais impactos decorrentes dessa instabilidade.

O IR enquanto representante de uma instituição no mercado de capitais, tem de garantir o cumprimento dos princípios de equidade e proporcionalidade no acesso a informação por parte de stakeholders e investidores, mantendo um canal aberto e permanente de comunicação, fornecendo informação completa e de qualidade, rigorosa e oportuna, de modo a que a comunidade financeira tenha acesso ao desenvolvimento da atividade da empresa e estratégia de gestão delineada, permitindo desta forma aos investidores a tomada de decisões adequadas às suas avaliações e expetativas

Que outros desafios enfrentam hoje os IRO na relação com os investidores?

Sendo o IRO responsável pela relação com investidores e cabendo-lhe um papel determinante no sucesso e desenvolvimento de uma organização, o maior desafio prende-se sempre com a construção de relações de confiança que assentam forçosamente na forma como interagimos com os diferentes stakeholders e que tem de estar baseada numa comunicação eficaz, transparente e consistente, permitindo uma relação duradoura. O atual contexto de grande imprevisibilidade que vivemos, obriga a que as equipas de IR estejam ainda mais presentes e próximas dos intervenientes de mercado.

Contudo se tivesse de elencar outros grandes desafios que as equipas de IR têm nos dias de hoje salientaria os avanços tecnológicos, sobretudo os desenvolvimentos e utilização de inteligência artificial bem como a carga regulatória como alguns dos grandes desafios que obrigam a uma atenção especial.

Considera que as crescentes exigências regulatórias e de compliance são necessárias ou a sua complexidade é um entrave à atração de capital e ao desenvolvimento dos mercados?

As crescentes exigências regulatórias e de compliance devem ser interpretadas como positivas no sentido que visam manter a integridade e a estabilidade dos mercados financeiros.

O quadro regulamentar garante que os investidores estejam protegidos contra atividades fraudulentas, manipulação de mercado e abuso de informação privilegiada promovendo a transparência nos mercados financeiros que visam aumentar a confiança dos investidores e a eficiência dos mercados. Contudo, a complexidade do quadro regulamentar, apesar de considerar que não constitui um entrave à atração de capital gera algumas dificuldades às empresas, que têm de suportar elevados custos para garantir que estão a desenvolver a sua atividade em conformidade com os requisitos regulatórios.

Que impacto pode vir a ter a inteligência artificial no trabalho de um IRO?

A inteligência artificial desde há muito que tem vindo a ser utilizada nos mercados de capitais, através de algoritmos que visam, com base nos movimentos de vários ativos financeiros tomar decisões de investimento. Conforme referido anteriormente, sou de opinião que os avanços tecnológicos são um grande desafio mas simultaneamente uma oportunidade não apenas para as equipas de Investor Relations, mas para os mercados em geral. Acredito que tendo estas áreas como base de trabalho o tratamento de muitos dados, que a aplicação de tecnologia que permita retirar algumas tarefas das equipas seja vantajosa, permitindo desta forma que as equipas de IR estejam mais focadas em atividades de valor acrescentado, nomeadamente na criação de relações de confiança com investidores, reguladores, agências de rating e demais stakeholders.

Como é que os temas do ESG já estão a mudar o papel dos IRO e vão fazê-lo no futuro?

Considero que os temas ESG são muito relevantes e têm vindo a assumir um papel cada vez mais relevante nas organizações. Não apenas porque existem requisitos regulamentares ou porque é um nice to have, mas sim porque devem ser encarados pelas empresas como uma garantia de sustentabilidade no futuro. Do ponto de vista das equipas de IR é inequívoco que existe um crescente interesse dos investidores em conhecer o desempenho ambiental, social e de governance (ESG) das empresas em que investem. Alguns investidores têm critérios de investimento com métricas de ESG ou só investem em empresas com determinado score em termos de ESG.

Questões como risco climático financeiro, alterações climáticas, transição energética, práticas fiscais responsáveis, financiamento responsável ​​e investimento de impacto não faziam parte das preocupações dos investidores até há poucos anos, mas estão atualmente na ordem do dia. E não apenas na perspetiva dos reguladores. A forma como as empresas respondem proactivamente às questões de ESG e às expectativas dos seus investidores tem uma correlação positiva com o custo de capital das empresas.

Os IRO estão têm expandido as suas competências ao longo do tempo, incluindo o foco no digital, na sustentabilidade e também no compliance. É cada vez mais comum, os IRO no âmbito das suas funções terem de responder a questões sobe estes temas, os quais são presença habitual nas questões de due diligence de programas ou emissões de dívida.

A crescente colaboração entre as equipas de Relações com Investidores e as equipas de ESG é também uma evidência, dada a relevância crescente deste tema para os investidores.

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🍯 De onde vem o mel importado pela União Europeia?

  • ECO
  • 20 Maio 2024

Os Estados-membros importam quase sete vezes mais mel do que vendem ao exterior. No Dia Mundial da Abelha, saiba de onde vem o mel que compramos e qual o país que mais vende ao exterior.

No ano passado, os países da União Europeia importaram 163,7 mil toneladas de mel, avaliadas em quase 360 milhões de euros. A Alemanha foi o país que mais mel importou, enquanto Espanha liderou as exportações deste produto.

No Dia Mundial da Abelha, que se assinala esta segunda-feira, o Eurostat publicou um conjunto de dados sobre o setor, mostrando que as importações de mel da União Europeia subiram 20% em quantidade em 2023, face ao ano prévio, enquanto as exportações para países fora do bloco subiram 14%. Importámos 6,5 vezes mais mel do que vendemos ao exterior.

A maioria do mel importado pela União Europeia veio da China (37% do total), seguindo-se Ucrânia (28%), Argentina (12%), México (7%) e Cuba (3%). Em sentido inverso, o principal destino das exportações de mel dos Estados-membros foi o Reino Unido (recebeu 17% do total de mel vendido ao exterior), seguindo-se, entre os principais clientes, a Arábia Saudita (14%), a Suíça (13%), os EUA (13%) e o Japão (10%).

Comércio internacional de mel em 2023

Fonte: Eurostat

A Alemanha foi o país que mais mel importou no ano passado, tendo comprado ao exterior 41 mil toneladas de mel, o que corresponde a 25% do total de importações de mel da União Europeia.

Pelo contrário, Espanha conquistou o primeiro lugar da União Europeia nas exportações de mel para países fora da região. De todo o mel vendido pelos Estados-membros ao exterior, 29% partiu do país vizinho.

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Euribor desce a três e a seis meses e sobe a 12 meses

  • Lusa
  • 20 Maio 2024

A Euribor a três meses continua a negociar acima das taxas a seis e a 12 meses.

A taxa Euribor desceu hoje a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a sexta-feira. Com as alterações desta segunda-feira, a Euribor a três meses, que baixou para 3,822%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,787%) e da taxa a 12 meses (3,673%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, recuou hoje para 3,787%, menos 0,004 pontos, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou hoje para 3,673%, mais 0,028 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,822%, menos 0,008 pontos, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,3% e 24,9%, respetivamente.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se a 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo nomeia diretora-geral da Administração da Justiça em “regime de substituição”

Juíza Ana Cláudia Cáceres Pires era, até agora, subdiretora-geral da Direção-Geral da Administração da Justiça. Com renúncia de Isabel Namora, foi nomeada diretora-geral em "regime de substituição".

Ana Cláudia Cáceres Pires foi nomeada diretora-geral da Administração da Justiça em “regime de substituição”, sucedendo a Isabel Namora, que renunciou ao cargo no início deste mês, invocando motivos pessoais, segundo um despacho publicado esta segunda-feira no Diário da República. A juíza era até agora subdiretora-geral da Administração da Justiça.

O Ministério da Justiça nomeou Ana Cláudia Cáceres Pires “para exercer o cargo de diretora-geral da Direção-Geral da Administração da Justiça”, considerando “necessário e urgente proceder a uma designação em regime de substituição, por forma a garantir o regular funcionamento deste serviço público, até à conclusão dos procedimentos tendentes à designação de um novo titular”, indica o diploma, que “produz efeitos a 7 de maio”.

Nascida a 10 de outubro de 1973, em Coimbra, Ana Cláudia Cáceres Pires é licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Atualmente ocupava o cargo de subdiretora-geral da Direção-Geral da Administração da Justiça, tendo sido também já assessora do gabinete de Juízes do Tribunal Constitucional, em 2010. Já exerceu funções no Tribunal Judicial de Montemor-o-Velho, de Ansião, de Leiria, de Pombal, e no no Tribunal da Comarca do Baixo Vouga, entre outros.

A juíza de direito Ana Cláudia Cáceres Pires vem substituir Isabel Namora, que exercia o cargo desde 2019 e que no início deste mês pediu à ministra da Justiça para abandonar o cargo por razões pessoais, depois de ter sido recentemente criticada pelos sindicatos de oficiais de justiça na sequência de uma greve em que não foram decretados serviços mínimos para os funcionários dos tribunais, o que teve como consequência a libertação de vários arguidos detidos por tráfico de droga e violência doméstica, noticiou o Público.

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Palma Ramalho fica com a presidência da Concertação Social

Ministra do Trabalho toma as rédeas da comissão permanente da Concertação Social, mas ministro das Finanças, ministro da Economia e ministro da Agricultura também são membros.

A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, vai presidir à comissão permanente da Concertação Social, de acordo com um despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República. O ministro das Finanças, o ministro da Economia e o ministro da Agricultura também serão membros.

“Designo como membros da comissão permanente de Concertação Social do Conselho Económico e Social o ministro de Estado e das Finanças, o ministro da Economia, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e o ministro da Agricultura e Pescas. Delego na ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social a presidência da referida comissão permanente“, lê-se no diploma assinado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que produz efeitos a 22 de abril deste ano.

A decisão de deixar a presidência da comissão permanente da Concertação Social nas mãos da ministra do Trabalho não surpreende, já que habitualmente é isso que acontece. Tem havido, contudo, exceções.

Em 2019, por exemplo, o então primeiro-ministro, António Costa, delegou a presidência desse órgão à ministra do Trabalho da altura, Ana Mendes Godinho, mas “em articulação com o ministro da Economia“, Pedro Siza Vieira.

Quanto ao Governo atual, convém explicar que já houve uma reunião da comissão permanente da Concertação Social, na qual participou, além dos referidos ministros, o chefe do Executivo.

Desse encontro, saiu o compromisso de cumprir o acordo de rendimentos assinado pelo Governo anterior com os parceiros sociais, bem como de criar um grupo de trabalho para avaliar a execução desse entendimento. A primeira reunião desse grupo está marcada para esta terça-feira, dia 21 de maio.

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Ministra reforça agenda anticorrupção por uma “questão de seriedade do Estado de Direito”

Na Advocatus Summit, ministra da Justiça assume o desafio de olhar para a Justiça de forma "transversal", mas com o olhar do cidadão: "E o que veem os olhos do cidadão? Veem uma Justiça lenta e cara."

“O Governo vai mesmo levar a cabo a reforma da Justiça que o seu programa prevê. E vai fazê-la no interesse de todos os cidadãos. Nesse processo, naturalmente, ouvirá os outros partidos com assento parlamentar. Como não o fazer se, no programa de governo, assumimos a necessidade de uma reforma profunda que vá para além de uma legislatura?”

As palavras são de Rita Alarcão Júdice, há um mês ministra da Justiça. A titular da pasta da Justiça elencou setores com quem – em apenas mês e meio – já reuniu. A ministra da Justiça falava na abertura da 7.ª Advocatus Summit, que decorre até quinta-feira no Estúdio ECO, em Lisboa.

A ministra começou por elencar todas as reuniões com o setor: Sindicato dos Funcionários Judiciais, dos Oficiais de Justiça, Guardas Prisionais, presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Administrativo, com a Procuradora-Geral da República, com a Ordem dos Advogados, com a Ordem dos Notários, com todos os partidos com assento parlamentar e com outros tantos organismos e entidades.

“Se, no caso, a ministra da Justiça apenas ouvir quem é mais vocal, ouvirá pouco, decidirá mal. Mas desde já reafirmo, se dúvidas houvesse, que o Governo vai cumprir o seu programa: o Governo vai mesmo levar a cabo a reforma da Justiça que o seu programa prevê. E vai fazê-la no interesse de todos os cidadãos”, garantiu Rita Júdice.

Abertura da Advocatus Summit 2024 no Estúdio ECO com a ministra da Justiça, Rita Alarcão JúdiceHugo Amaral/ECO

A ministra da Justiça assumiu que se vivem tempos “desafiantes” e “importantes” na Justiça portuguesa e que, quando a sociedade se torna “exigente” e “mais participativa”, as instituições tendem a corresponder a essa necessidade de mudança. “Isto é positivo, é sinal de maturidade democrática”, disse.

Assim, garantiu que o seu desafio é olhar para a Justiça de uma forma “transversal” e “abrangente”, mas com o olhar do cidadão. “E o que veem os olhos do cidadão? Veem uma Justiça lenta, cara, inacessível, ineficiente e mal equipada”, acrescentou.

Entre as mudanças que pretende levar a cabo no setor está a reforma do Regulamento das Custas Processuais, a aposta em programas que facilitem as videoconferências, a adoção da tramitação eletrónica em todas as jurisdições e instâncias judiciais e a desmaterialização das comunicações entre as entidades relevantes.

“Mas também queremos reformar a Justiça colocando-nos no lugar das vítimas mais vulneráveis”, sublinhou. Para tal, pretende continuar a dotar os DIAP de secções especializadas de tramitação de inquéritos por crimes de violência doméstica e por crimes baseados em violência de género, alargar a rede de gabinetes de apoio às vítimas e tornar a Justiça mais amiga das crianças.

“Precisamos de melhorar a Justiça económica e de ter os Tribunais a funcionar bem: disponibilizando assessores para as magistraturas; alterando a legislação processual penal para impedir a formação dos chamados megaprocessos; revendo normas processuais (processo civil, processo penal, processos administrativo e tributário) para impedir expedientes que apenas visem atrasar a marcha do processo e combater a perda de tempo causada pela extensão inútil das peças processuais”, disse a ministra.

Rita Júdice reconheceu ainda a necessidade de desgovernamentalizar as escolhas políticas na área da Justiça para garantir uma maior imparcialidade do sistema judiciário e uma efetiva separação de poderes. “Os cidadãos só respeitarão o Estado se respeitarem a Justiça e só respeitarão a Justiça se respeitarem quem a aplica”, notou.

Sobre a agenda anticorrupção, a titular da pasta da Justiça garantiu que é uma questão de seriedade do Estado de Direito.

“O Ministério da Justiça está já a trabalhar com vista à aprovação de medidas que promovam uma Justiça célere, que reduza burocracias e atrasos injustificados, uma justiça acessível que diminua as barreiras de acesso sejam elas financeiras, geográficas, culturais ou sociais; uma justiça que saiba cuidar dos mais frágeis e vulneráveis; uma justiça bem administrada e organizada” disse.

A ministra garantiu ainda que a falta de investimento do Estado na Justiça nos últimos anos “em nada dignificou quem nela trabalha e muito contribuiu para redução da atratividade destas carreiras”. “Por isso, estamos também a rever, a tomar decisões e a acelerar o plano de investimentos na Justiça”, disse.

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Ranking Financial Times 2024: Iscte Executive Education é a escola de formação de executivos com a maior subida em Portugal

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  • 20 Maio 2024

José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education, explica como foi possível alcançar em cinco anos lugar de destaque na Europa e no mundo.

Já são conhecidos os resultados dos rankings Financial Times “Custom Executive Education 2024” e “Open-enrolment Executive Education 2024”, que classificam o desempenho das 90 melhores escolas de formação de executivos de 35 países de todo o mundo.

O Iscte Executive Education destaca-se com a maior subida, a nível nacional, em ambos os rankings (16 posições em “Custom Executive Education” e 4 posições em “Open-enrolment Executive Education”).

José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education, explica os principais fatores que levaram ao sucesso da instituição e felicita os “fortes concorrentes, sem os quais estes resultados não seriam possíveis”.

Prof. José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education
José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education

O Iscte Executive Education alcançou o primeiro lugar em Portugal na categoria de “programas internacionais” e o segundo na categoria de “maior fidelização de clientes corporate” do Ranking Custom Executive Education 2024. As boas classificações que a instituição tem tido em diversos rankings internacionais é a prova de que é, de facto, uma das melhores do mundo para a formação de executivos?

Não tenho dúvida de que somos, com ou sem rankings. Estas classificações do Financial Times são um forte indicador da qualidade e da excelência do Iscte Executive Education. Chegar a estes resultados exige uma combinação de fatores: um corpo docente altamente qualificado, programas que são constantemente atualizados para refletir as necessidades do mercado e um foco na personalização e na relevância prática dos nossos programas. Investimos muitíssimo na internacionalização, atraindo um corpo de participantes dos mais diversificado e das mais diversas origens, América Latina, Europa, EUA, China, Índia e Médio Oriente, o que enriquece a experiência de aprendizagem e enriquece muito o corpo docente. Além disto, a nossa proximidade ao setor empresarial permite-nos uma rápida adaptação às mudanças e necessidades emergentes das empresas e dos participantes de forma global.

Ser o número 1 para programas internacionais em corporate em Portugal e o número 5 no mundo em diversidade de geografias de participantes internacionais e o número 1 nesta mesma categoria em Portugal é fruto de uma estratégia de internacionalização ímpar e que é o nosso pilar número 1. Reiteramos os resultados do ano anterior e continuamos a sedimentar posições. Mas queremos mais.
Se a isto juntarmos a não presença em rankings quando esta Comissão Executiva entrou em funções, diz muito do caminho desenvolvido e do esforço e empenho em focar o internacional e em sermos fieis a uma estratégia assente nos pilares que conhecem: 1. Internacional, 2. Alargar Corporate, em Portugal ou internacionalmente, 3. Abrir catálogo de produtos e formatos.

Este caminho de evolução e crescimento nos rankings internacionais é algo que vem sendo trilhado há vários anos. O que é que distingue o Iscte Executive Education dos seus concorrentes?

O que nos distingue é, em primeiro lugar, a nossa capacidade de inovar e de nos adaptarmos às necessidades do mercado e de não criarmos fronteiras nos mercados. Em segundo lugar, termos um forte compromisso com a qualidade e a relevância prática dos nossos programas. Depois, temos uma abordagem muito orientada para o cliente, o que se reflete na alta taxa de fidelização que temos conseguido (número 2 em Portugal). A diversidade dos nossos programas, a nossa rede de parcerias internacionais e o nosso corpo docente de excelência também são fatores diferenciadores que nos colocam numa posição de destaque face aos nossos concorrentes.

Tudo isto começou a ser construído há 5 anos tendo tido uma pandemia pelo meio. Acho que nos podemos orgulhar do trabalho feito e dos resultados. Sabemos, pois, que o Iscte Executive Education nunca mais será o mesmo e estou em crer que deixaremos um bom legado.

“Os desafios que enfrentamos no mundo dos negócios, hoje, são complexos e exigem uma atualização constante de competências. Temos visto um aumento na procura por programas de formação executiva que ajudam os gestores a desenvolver as suas habilidades em áreas críticas como a gestão de pessoas, a transformação digital, a inteligência artificial e a sustentabilidade”

A aposta na internacionalização está a dar frutos, como aliás mostram as distinções como a melhor instituição em Portugal em termos de diversidade geográfica de participantes. Esta estratégia diz alguma coisa sobre a qualidade dos executivos nacionais? Ou deve-se apenas à dimensão do mercado?

A diversidade geográfica de participantes é uma prova de que estamos a conseguir atrair talento de todo o mundo, o que é um reconhecimento da qualidade dos nossos programas. No entanto, também reflete a dimensão do nosso mercado interno. Portugal é um mercado relativamente pequeno e, para crescer e ser relevante, temos de procurar ser globais. Para tal é necessário atrair participantes internacionais. Isto não só melhora a qualidade das interações e do networking entre os participantes, mas também eleva o nível da discussão e da aprendizagem nos nossos programas. No ano anterior 40% da nossa faturação vem do lado internacional, num ano em que mais que duplicámos a atividade e gerámos EBITDA de mais de 30% sobre vendas. É inédito no Iscte Executive Education.

Uma das críticas que vamos ouvindo à gestão das empresas nacionais, em especial das PME, é a falta de formação adequada. Sente que há hoje uma maior preocupação dos gestores neste campo?

Sim, definitivamente há uma crescente preocupação com a formação entre os gestores, especialmente nas PME. Os desafios que enfrentamos no mundo dos negócios, hoje, são complexos e exigem uma atualização constante de competências. Temos visto um aumento na procura por programas de formação executiva que ajudam os gestores a desenvolver as suas habilidades em áreas críticas como a gestão de pessoas, a transformação digital, a inteligência artificial e a sustentabilidade. A crise pandémica também acelerou a perceção da importância da formação contínua para a resiliência, o remoto, a retenção de talentos e o crescimento das empresas.

“No mercado e na concorrência saudável reside a solução para a ambição e a vontade de sermos melhores todos os dias. Contem connosco para esta competição saudável. Fazem-nos melhores. Tornam-nos melhores”

Quais são hoje as principais áreas de aposta em termos de formação no Iscte Executive Education?

No Iscte Executive Education estamos a apostar fortemente em áreas blended entre gestão e inteligência artificial e algumas ferramentas tecnológicas, a liderança e a gestão de pessoas, a inovação e o empreendedorismo e a sustentabilidade. Isto para além das áreas base que temos vindo, igualmente, a redesenhar para apresentarem mais componentes tecnológicas e formatos mais humanistas.
No global, são estes os argumentos para preparar os executivos para os desafios atuais e futuros. Além disso, estamos a expandir a nossa oferta de programas customizados para empresas, o que nos permite atender às necessidades específicas de diferentes setores e organizações. Obviamente excluindo daqui o internacional que já abordei nas questões que me colocaram anteriormente.

A instituição lançou, muito recentemente, uma nova pós-graduação relacionada com o reporte e a gestão ESG coordenada por si. Sentem que esta é uma área com cada vez mais procura, em especial com as novas obrigações de reporte na UE?

Absolutamente. A procura por formação em ESG (Environmental, Social, and Governance) tem aumentado significativamente, especialmente devido às novas exigências de reporte na União Europeia. As empresas estão a reconhecer a importância de integrar práticas sustentáveis e responsáveis nas suas operações, não só por razões regulatórias, mas também porque há uma crescente pressão dos stakeholders para que as empresas sejam mais transparentes e responsáveis. A nossa nova pós-graduação em ESG visa exatamente preparar os executivos para estes desafios, proporcionando-lhes as ferramentas e conhecimentos necessários para implementar e gerir eficazmente estratégias de sustentabilidade nas suas organizações.

Gostaria, apenas, no fim da entrevista, de deixar uma palavra final aos nossos concorrentes, fortes concorrentes, sem os quais estes resultados não seriam possíveis. No mercado e na concorrência saudável reside a solução para a ambição e a vontade de sermos melhores todos os dias. Contem connosco para esta competição saudável. Fazem-nos melhores. Tornam-nos melhores. Parabéns pelos vossos resultados. Parabéns para as escolas de executivos em Portugal.

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JinkoSolar entrega mais de 1,1 milhões de painéis solares a empresa alemã

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  • 20 Maio 2024

A JinkoSolar, uma das maiores fabricantes de painéis solares do mundo, anunciou que entregou os seus módulos Tiger Neo a uma central de energia solar em Lobstädt, na Alemanha.

O Parque Solar de Witznitz recebeu mais de 1,1 milhões de painéis solares, fornecidos pela JinkoSolar, uma das maiores fabricantes destes equipamentos em todo o mundo. Ao todo, esta central, que fica localizada na Alemanha, em Lobstädt, tem uma capacidade total de módulos de 650 MW.

O grupo segurador alemão SIGNAL IDUNA, através da sua filial HANSAINVEST Real Assets GmbH, investiu no projeto, e assegurou 605 MW. Já a Shell Energy Europe assinou um contrato de aquisição de energia (CAE) de 15 anos.

Construída no ano passado pela MOVE ON Energy, a central ficará sob a sua gestão operacional. Prevê-se que o projeto produza 0,6 TWh de eletricidade por ano. O projeto do Parque Solar de Witznitz é, até à data, o maior projeto fotovoltaico da Alemanha e um dos maiores da Europa.

A produção de energia verde em rápida expansão na Alemanha e na Europa verde na Alemanha e na Europa é o único caminho a seguir para aumentar de forma sustentável o fornecimento de eletricidade e reduzir as emissões de carbono. É por isso que a JinkoSolar se orgulha de fornecer mais de 1,1 milhões de módulos TOPCon Tiger Neo para este projeto histórico. O Parque Solar de Witznitz já se tornou uma referência para as energias renováveis como um dos maiores projetos alguma vez construídos na Alemanha e na Europa com painéis TOPCon”, comentou Frank Niendorf, Diretor Geral da JinkoSolar Europe.

Por sua vez, Steffen Montag, Diretor-Geral da MOVE ON Energy GmbH, e o Wolfgang Pielmaier, Diretor Técnico da MOVE ON Energy GmbH, revelaram também estar “muito satisfeitos” por terem encontrado na JinkoSolar “um parceiro e fornecedor fiável e competente” para este “grande projeto”: “O cumprimento dos elevados requisitos técnicos, juntamente com a entrega atempada e sem problemas no local de construção, confirma a escolha da Jinko Solar como nosso parceiro exclusivo no domínio do fornecimento de painéis“.

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Obra da Linha Rubi do metro corta rotunda Edgar Cardoso em Gaia durante dois anos

  • Lusa
  • 20 Maio 2024

A Metro do Porto alerta que "os trabalhos vão gerar condicionamentos ao longo de toda a Via Edgar Cardoso, entre a zona de Coimbrões e o nó da Arrábida".

As obras da futura Linha Rubi (H) do Metro do Porto vão arrancar “em força” em Vila Nova de Gaia a partir de sexta-feira, cortando a rotunda Edgar Cardoso durante dois anos, revelou esta segunda-feira a transportadora.

Num comunicado enviado esta segunda-feira à agência Lusa, a Metro do Porto refere que a obra da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio) “arranca em força num dos principais eixos rodoviários de Gaia”, fazendo com que a via Edgar Cardoso fique “muito condicionada nos próximos dois anos”.

Após o arranque da empreitada em Santo Ovídio, que já levou à demolição de habitações para a construção da estação de metro que ligará à Linha Amarela (D) e à futura linha de alta velocidade ferroviária, e de intervenções nas Devesas e outras menos impactantes, “uma nova fase dos trabalhos tem início a partir de 24 de maio, obrigando a uma série de cortes e condicionamentos com impacto nalgumas vias da cidade”.

De sexta-feira para sábado será feito um “corte da via esquerda no sentido ascendente do viaduto do Candal”, e entre sábado e domingo “fica suprimida a circulação rodoviária na Rotunda Edgar Cardoso — na Via com o mesmo nome, também conhecida como VL8”.

“Este constrangimento vai permanecer em vigor por um período de dois anos, estando sempre salvaguardados os acessos a casas, garagens, escritórios e estabelecimentos”, numa intervenção “motivada pela construção do canal de metro ao longo desta via estruturante” e “pela construção de três estações — Arrábida, Candal e Rotunda -, sendo esta última desnivelada e contando com um parque de estacionamento subterrâneo”.

Segundo a Metro do Porto, “os trabalhos vão gerar condicionamentos ao longo de toda a Via Edgar Cardoso, entre a zona de Coimbrões e o nó da Arrábida”, mas “em todo o traçado existem alternativas locais de circulação, devidamente sinalizados, assegurando as condições essenciais de mobilidade local nesta área”, tendo já sido “reaberta ao trânsito a rua António de Azevedo, junto ao Arrábida Shopping”.

O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões de euros, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.

A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026.

Segundo a Metro do Porto, a nova linha trará “benefícios de vários tipos, quantificados em 1,7 mil milhões de euros e que se materializam, por exemplo, em mais de 12 milhões de utilizadores anuais do Metro”, dos quais 10 mil estudantes com acesso facilitado ao polo universitário do Campo Alegre, “uma redução anual de emissões de CO2 [dióxido de carbono] estimada em 17.475,4 toneladas”, e menos 5,2 automóveis nas ruas anualmente.

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Ryanair espera preços dos bilhetes mais baixos neste verão

  • ECO
  • 20 Maio 2024

CEO da Ryanair antecipa que os preços dos bilhetes de avião no pico do verão serão mais baixos do que o esperado e não afasta "fazer descontos ou reduzir as tarifas" para atingir meta de passageiros.

O presidente executivo da Ryanair admitiu esta segunda-feira que os preços dos bilhetes no pico do verão serão mais baixos do que a low cost esperava. A empresa está preparada para fazer descontos caso seja necessário para cumprir a meta de passageiros a que se propõe, avançou.

No dia em que a Ryanair comunicou ao mercado que os lucros cresceram 34% no ano fiscal terminado em 31 de março, para 1,92 mil milhões de euros, Michael O’Leary disse que a procura por voos é “positiva”, mas alertou que “os preços recentes serão mais baixos” do que o esperado pela companhia aérea.

No final de fevereiro, a empresa tinha anunciado que iria aumentar preços dos bilhetes para o verão entre 5% a 10% devido aos constrangimentos na oferta provocados pelo atraso na entrega de aeronaves pela Boeing.

A expectativa é agora mais moderada: “É um pouco surpreendente que os preços não tenham sido mais fortes e não temos a certeza se isso é apenas uma consequência do sentimento do consumidor ou uma sensação de recessão em toda a Europa”, justificou o líder da Ryanair, na apresentação de resultados, citado pelo Financial Times e pela Reuters.

Apesar de continuar a esperar o “pico” da procura por viagens em julho e agosto, o responsável não afasta fazer descontos para chegar à meta de passageiros que pretende: “Se tivermos de fazer descontos ou reduzir as tarifas para atingir 94% de taxa de ocupação em abril, maio e junho, que assim seja”, acrescentou.

No ano fiscal terminado no dia 31 de março, a Ryanair viu os lucros crescerem 34%, para 1,92 mil milhões de euros, face ao período homólogo. A empresa sedeada em Dublin transportou 9% mais passageiros, num total de 183,7 milhões, apesar dos atrasos das entregas de encomendas da Boeing. No período, as receitas aumentaram 25%, para 13,44 mil milhões de euros.

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📹 Conheça os prazos e custos do novo aeroporto e da alta velocidade para Madrid

Os planos do Governo para o aeroporto Luís de Camões e a alta velocidade Lisboa - Madrid

O Governo anunciou esta semana um grande pacote de obras públicas que inclui o novo aeroporto, uma nova ponte sobre o Tejo e a ligação em alta velocidade a Madrid. Conheça ou custos e os prazos previstos.

http://videos.sapo.pt/gbzjYZ5pETNvnh5mg8Pj

 

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Câmara Municipal de Alcochete vence 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 20 Maio 2024

Foi com o projeto “Alcochete UP” que o município de Alcochete venceu a 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano.

O município de Alcochete é premiado na 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto “Alcochete UP”, na categoria de Economia e subcategoria de Empreendedorismo e Startups.

O município partilha alguns dos passos que marcaram o desenvolvimento desta iniciativa:

1. Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A aposta na formação como motor de arranque para um Alcochete mais inovador foi a peça chave para iniciar este caminho de transformação. O município de Alcochete efetuou a requalificação de todas as escolas do concelho, oferecendo condições para uma formação de bases completa e digna, dando assim viabilidade para o desenvolvimento e implementação de uma incubadora de negócios.

2. Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto?

Após um estudo prévio, ainda em fase de ideação, identificámos a lacuna de um espaço de apoio ao empreendedorismo em toda a região circundante ao nosso concelho, reconhecendo assim uma oportunidade existente no mercado. A necessidade de fomentar um mindset inovador à nossa comunidade, reter e atrair talento e apoiar jovens e menos jovens a criarem o seu próprio negócio, levaram-nos a projetar e a executar a criação de uma incubadora de negócios.

3. Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

O principal desafio foi a identificação das áreas de atuação. Teriam de ser coerentes com os objetivos estratégicos do município, com a identidade do município e ir ao encontro das necessidades dos empreendedores locais.

4. Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano.

O processo de escolha da categoria, no nosso caso, foi muito natural. Sendo a Alcochete Up o nosso mais recente projeto, gostaríamos de pô-lo em análise para confirmarmos que foi uma escolha e decisão acertada para a nossa comunidade.

5. Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto junto da comunidade?

Já são vários os resultados que temos identificados com a implementação da Alcochete Up, e são vários os que com o decorrer do tempo pretendemos alcançar. Identificando os resultados já atingidos, temos, em primeiro lugar, a disponibilização de um espaço físico para desenvolvimento e criação de projetos e de um cowork para fazer face aos munícipes que trabalham em regime de teletrabalho aumentando o seu nível de produtividade. Em segundo lugar, a valorização e otimização dos recursos locais como meio de promoção de desenvolvimento, e por último, a retenção de talento através das empresas já incubadas.

6. Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024.

A valorização das atividades económicas foi um dos pilares da estratégia municipal de 2024. Neste sentido, a criação de uma incubadora de negócios, está totalmente alinhada com os objetivos estratégicos do município, no que diz respeito, entre outras, à promoção e apoio ao empreendedorismo e criação de novos negócios, na atração de investimento e ao reforço da marca Alcochete como destino de inovação.

7. Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

Os setores económico e de inovação, são os que maior impacto positivo obtêm com a implementação da Alcochete UP, aumentando redes de contacto, atraindo investimento e garantindo cooperação entre empreendedores e empresários.
Sendo o Turismo e a Cultura, duas das três áreas de atuação da incubadora, são também setores que beneficiam deste projeto, através da valorização que é desenvolvida por projetos incubados destas áreas.
Integrada no Fórum Cultural de Alcochete e envolvida num ambiente exterior totalmente reabilitado com espaços verdes e praia a 1 minuto a pé, a Alcochete UP permite um work life balance único, apenas a 20 minutos da capital e com condições de acessibilidade extremamente favoráveis.

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