FEUP e Zome lançam serviço inovador de verificação de imóveis

FEUP dá formação e certifica mediadores da Zome para utilizarem plataforma tecnológica deste novo serviço que "aumenta a transparência no processo de compra e venda" de um imóvel.

Numa parceria com o Instituto para a Construção Sustentável, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a imobiliária Zome acaba de lançar o serviço “imóvel verificado by Zome” que “assegura” aos compradores uma verificação detalhada do estado da casa que pretendem adquirir.

Esta solução foi dada a conhecer durante o Salão Imobiliário de Portugal que decorre até este domingo, em Lisboa. “O conceito do imóvel verificado by Zome foi desenvolvido com o objetivo de elevar o valor do serviço oferecido pelos consultores imobiliários, aumentar a transparência no processo de compra e venda, e aportar mais conhecimento certificado, valorizando ainda mais a classe”, explana Hélder Pereira, product marketing director da Zome.

Na prática, descreve a imobiliária num comunicado, “este serviço consiste numa verificação exata dos imóveis, tipo raio-X, onde os consultores imobiliários, certificados pelo ICS da FEUP, utilizam uma plataforma tecnológica exclusiva da Zome para registar o estado do imóvel e assim gerar um relatório detalhado para os clientes”. O documento em causa faculta uma visão mais abrangente das características estruturais e funcionais da propriedade.

O conceito do Imóvel Verificado by Zome foi desenvolvido com o objetivo de elevar o valor do serviço oferecido pelos consultores imobiliários, aumentar a transparência no processo de compra e venda, e aportar mais conhecimento certificado, valorizando ainda mais a classe.

Hélder Pereira

Product Marketing Director da Zome

Nesse sentido, o Instituto para a Construção Sustentável da FEUP desenvolveu uma formação específica e certificada para todos os consultores da mediadora nacional.

Em 2023, a Zome mediou um volume de negócios superior a 1200 milhões de euros em mais de 6.187 transações, atingindo uma faturação superior a 30 milhões.

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Despesas contraídas por Medina estão “muito acima do orçamentado”, diz Fórum para a Competitividade

Fórum para a Competitividade indica que os gastos subiram 15,4% no 1.º trimestre, quando o Orçamento do Estado prevê 9,6% para todo o ano e sinaliza a "sistemática subexecução do investimento".

No rescaldo da guerra das contas públicas entre o atual e o ex-ministro da Finanças, o Fórum para a Competitividade revela que parte do défice de 259 milhões de euros, deixado por Fernando Medina, relativo ao primeiro trimestre, se deve a “despesa corrente muito acima do orçamentado”, segundo a nota de conjuntura de abril, divulgada esta sexta-feira.

“Os dados da execução orçamental do primeiro trimestre revelaram um défice de 259 milhões de euros, com a despesa corrente a continuar muito acima do orçamentado”, de acordo com a mesma nota. De facto, aquele indicador tem subido, em termos homólogos, em 15,9%, 12,6% e 15,4%, em janeiro, fevereiro e março, respetivamente, quando o Orçamento do Estado para 2024 prevê uma taxa de variação de 9,6% para o conjunto do ano, segundo o quadro publicado pelo Fórum para a Competitividade com base no relatório da Direção-Geral do Orçamento (DGO).

Em termos absolutos, o relatório de execução orçamental do primeiro trimestre revela que, entre janeiro e março, o Estado já gastou 23.624,9 milhões de euros, mais 3.150,5 milhões ou 15,4% face ao mesmo período do ano passado.

O atual ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já tinha alertado, esta quinta-feira, para 108 resoluções de Conselho de Ministros aprovadas desde a demissão de António Costa, entre as quais três de “montante significativo”, que não têm cabimento orçamental: 100 milhões de euros de apoio aos agricultores para combate à seca no Algarve e Alentejo; 127 milhões de euros para a compra de vacinas contra aCovid-19; e 200 milhões de euros para a recuperação da Parque Escolar”, apontou. No seu todo, estas três medidas perfazem 427 milhões de euros.

“A receita fiscal ainda em queda” também terá contribuído para o défice do primeiro trimestre, reconhece o Fórum para a Competitividade. Porém, ressalva que se deve a “distorções temporárias”.

Apesar do saldo negativo do primeiro trimestre, “o anterior Governo despediu-se com uma sistemática subexecução do investimento: depois de ter decorrido 25% do ano, só foram executados 11,6% dos investimentos em geral e apenas 4% dos investimentos no SNS”, sinaliza.

“Em resumo, o novo Governo herda um défice e não um excedente. Para além disso, é necessário sublinhar que dos 1,2% do PIB de excedente de 2023, 1% do PIB foi devido à não execução do investimento público orçamentado. Ou seja, o que sobrou foram necessidades de investimento não satisfeitas, agravadas pela baixíssima execução do investimento público do primeiro trimestre de 2024″, salienta o Fórum para a Competitividade.

PRR está parado há quatro meses

“Há quatro meses que não há qualquer melhoria dos marcos e metas” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), as quais que se mantiveram em “102 (22% do total), havendo outros três que permanecem em avaliação”, segundo a mesma nota de conjuntura.

Em concreto, “o valor de projetos aprovados subiu apenas 67 milhões de euros para 17.577 milhões de euros (79% do PRR), enquanto os pagamentos a beneficiários diretos e finais subiram apenas 133 milhões para 4.242 milhões de euros (19% do total)”. São “valores excecionalmente baixos, que poderão ter sido influenciados pela mudança de Governo“, aponta o Fórum para a Competitividade, lembrando que “o primeiro-ministro”, Luís Montenegro, “anunciou ter encetado esforços para que o pagamento da quinta tranche do PRR ocorra em meados de julho”.

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Sony Pictures e empresa de capital privado interessadas em comprar a Paramount Global por 24 mil milhões

  • Lusa
  • 3 Maio 2024

A Sony seria a acionista maioritária e a Apollo teria uma participação minoritária. A Apollo terá tentado a compra por conta própria, mas a Paramount mostrou preocupações em relação à oferta.

A Sony Pictures e a empresa de capital privado Apollo Global Management manifestaram interesse em comprar a Paramount Global por 26 mil milhões de dólares (cerca de 24,2 mil milhões de euros), segundo fonte ligada ao processo.

A Sony seria a acionista maioritária e a Apollo teria uma participação minoritária, segundo esta fonte citada pela agência Associated Press (AP) e que falou sob condição de anonimato porque os detalhes da oferta não foram tornados públicos.

A oferta Sony-Apollo foi relatada pela primeira vez pelo The Wall Street Journal.

De acordo com o jornal norte-americano, a Apollo fez uma oferta para comprar a Paramount por conta própria, mas os responsáveis da Paramount mostraram preocupações em relação à oferta, nomeadamente se a empresa de capital privado poderia conseguir financiamento para um acordo.

Os meios de comunicação social norte-americanos noticiaram que a Paramount está a considerar uma possível fusão com a Skydance, a empresa de media de David Ellison que ajudou a produzir lançamentos da Paramount como “Top Gun: Maverick” e “Missão: Impossível – Dead Reckoning”.

No início desta semana, a Paramount, com sede em Nova Iorque, revelou que Bob Bakish ia deixar o cargo de CEO da empresa de cinema, televisão e multimédia, para ser substituído por uma “troika” de executivos que formaria um novo “Gabinete do CEO”.

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Euribor desce a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 3 Maio 2024

Com as alterações desta sexta-feira, a Euribor a três meses, que baixou para 3,827%, permanece acima da taxa a seis meses (3,802%) e da taxa a 12 meses (3,693%).

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que baixou para 3,827%, permanece acima da taxa a seis meses (3,802%) e da taxa a 12 meses (3,693%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, recuou para 3,802%, menos 0,026 pontos, depois de ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também caiu para 3,693%, menos 0,035 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,827%, menos 0,026 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo quer devolver aos professores primeira tranche do tempo de serviço congelado em setembro

Governo quer dar início à recuperação do tempo de serviço dos professores em setembro, mas os sindicatos propõe antecipação para julho. Estão contra a intenção de revogar o "acelerador" de carreira.

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação quer avançar com a primeira tranche da recuperação do tempo de serviço dos professores que ainda está congelado no dia 1 de setembro, tendo em vista concluí-la até ao final da legislatura, revelou esta sexta-feira o secretário-geral da Fenprof após a primeira reunião negocial com a tutela. Mas os sindicatos que representam os professores continuam a exigir uma recuperação mais rápida e querem que o arranque seja antecipado para julho. Foram marcadas mais duas reuniões para 13 e 21 de maio.

“A reunião teve duas partes. Uma primeira para fixar as regras da negociação e aí foi aprovado um protocolo de negociação” que visa discutir a recuperação dos 6 anos 6 meses e 23 dias de tempo de serviço dos docentes que estão congelados desde a troika, e que o Governo propõe devolver a um ritmo de 20% ao ano, estimando que vai custar cerca de 300 milhões de euros, assim como “medidas excecionais” para mitigar a falta de professores. “Para nós faltava aqui um aspeto que diz respeito a medidas de valorização”, “seja do combate à precariedade, seja para que “a carreira docente seja valorizada e que o ministério acabou por introduzir”, afirmou Mário Nogueira, que esteve esta sexta-feira de manhã reunido com a tutela liderada por Fernando Alexandre.

“O que se passa nas negociações não é aquilo que diz na Assembleia da República ou em conferências de imprensa”, atirou ainda o sindicalista, numa crítica implícita ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que disse na semana passada que, à exceção do plano de emergência para a saúde e da descida do IRS, o resto das medidas previstas no programa de Governo só começariam a ser implementadas em 2025, incluindo o descongelamento do tempo de serviço dos professores e, por isso, contrariando o que já havia dito o próprio ministro da tutela.E aquilo que nos foi apresentado refere que a recuperação do primeiro faseamento vai ter início a 1 de setembro de 2024 e que se conclui no âmbito da legislatura“, isto é, até 2028.

Para a Fenprof este não é o timming ideal, preferindo o início da recuperação mais cedo, já a partir do dia 1 de julho, mas sinaliza que tal não será um entrave. No entanto, admite que continua a haver “uma divergência” no que diz respeito ao facto de o Governo prever que a recuperação seja feita ao longo de cinco anos, dado que a maior estrutura sindical dos professores defende que seja encurtado para três. “Isso será discutido em duas reuniões que já ficaram agendadas uma para 13 de maio e outra para 21 de maio”, disse, sublinhando, no entanto, que poderão ser incluídas “outras matérias”, como é o caso da mobilidade por doença.

Também a Federação Nacional de Educação (FNE) exige uma uma recuperação do tempo de serviço mais rápida do que o proposto pelo Executivo, propondo que a primeira tranche seja de 30%. O sindicato liderado por Pedro Barreiros espera que o processo negocial possa ficar “concluído entre final de maio e junho” e que tenha início em julho, para que “os professores possam progredir” aos próximos escalões “ainda em 2024”. “Com mais ou menos aproximações, o que importa é que no dia 21 [de maio]” as negociações estejam fechadas, lembrando que, dada a instabilidade política, uma “queda do Governo” pode obrigar “a reiniciar o processo”, disse no final do encontro.

Por outro lado, “há outros aspetos” com os quais os sindicatos discordam na proposta do Governo, nomeadamente no que toca à manutenção das vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões da carreira, bem como a intenção do Executivo de “revogar os efeitos do chamado acelerador” de carreiras, sem prejuízo dos efeitos já produzidos. “Há direitos que as pessoas tinham e voltam a perder”, alertou Mário Nogueira. “O Governo vai rapar o fundo ao tacho a todos os dias que os professores já recuperaram por vias de outros documentos“, atirou. “O Governo não pode dizer que dá com uma mão e tirar com a outra”, corroborou o coordenador do Stop à entrada da reunião, sublinhando que “estes estrangulamentos” penalizam os docentes.

“O Governo está a misturar alhos com bugalhos”, afirmou Júlia Azevedo referindo que o “acelerador da carreira” “tem muito que ver com as vagas e quotas e não com o tempo de serviço”. “Estaríamos disponíveis para assinar já hoje se a proposta fosse de 25% e se retirassem as quotas”, disse ainda o líder da SINAPE.

Os sindicatos lembraram ainda que vai ser necessário discutir medidas compensatórias para os docentes que estão prestes a reformar-se, dado que estão em risco de não recuperar a totalidade do tempo de serviço congelado e prestado, o que poderá ter consequências para a reforma. “Não defendemos o pagamento de retroativos, mas a nossa proposta para esses professores” é a de que “em vez de ser considerada toda a vida contributiva para efeitos de constituição da pensão, seja possível — e aliás, não será inédito — que possa haver uma seleção dos X melhores anos”, disse o secretário-geral da Fenprof.

Também o coordenador do Stop defende que devem ser “salvaguardados” os professores que “perderam com o reposicionamento”, bem como aqueles que “estão na iminência de se reformar” ou até “os que já reformaram”. “A nossa proposta é que a recuperação seja feita a um ritmo de 50% ao ano, mas acima de tudo que não esqueça ninguém“, disse André Pestana, em declarações aos jornalistas, antes de entrar para a reunião. O sindicato defende, por isso, que a recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias que estão congelados englobe também o pessoal não docente. “O Governo vai criar uma mesa negocial à parte para negociar os problemas do pessoal não docente”, revelou o líder do Stop no final do encontro com o Executivo.

Os sindicatos alertam ainda que é preciso valorizar a carreira e que continua a haver milhares de alunos sem professores. De acordo com o balanço feito pela Fenprof, com dados relativos à semana passada, há cerca de 30 mil alunos sem, pelo menos, um docente. Já a FNE apresentou ainda dois pedidos de reunião ao ministro da Educação, Ciência e Inovação, visando o pessoal de apoio educativo e o Ensino Superior.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h08 com mais informação)

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Visabeira compra empresa americana de telecomunicações com 500 trabalhadores e vendas de 100 milhões

Com a aquisição da Verità, a subsidiária da Visabeira para os setores das telecomunicações e energia, participada pela Goldman Sachs, duplica as receitas anuais nos EUA para 250 milhões de dólares.

A Constructel Visabeira, subsidiária do grupo de Viseu para os setores das telecomunicações e da energia que é participada pela Goldman Sachs Asset Management, anunciou esta sexta-feira a compra da Verità Telecommunications Corporation, que atua nos serviços de engenharia de redes de telecomunicações fixas e móveis em 18 estados norte-americanos, com uma faturação superior a 100 milhões de dólares (93 milhões de euros).

Com esta que é a 10.ª aquisição em três anos nos seus principais mercados (França, Reino Unido, Bélgica, Portugal, Alemanha e EUA), a concluir até ao verão, a empresa portuguesa que fatura 1,3 mil milhões de euros, está presente em 11 países e soma perto de 5.900 trabalhadores vai duplicar as receitas anuais na maior economia do mundo para os 250 milhões de dólares, repartidas entre os serviços de engenharia de energia e as telecomunicações. EUA entram no “top 3” de vendas da Constructel, com França e Reino Unido.

Fundada em 2013 e com sede no estado do Michigan, a Verità emprega cerca de 500 pessoas e opera nas áreas da engenharia, construção e manutenção de infraestruturas de rede de telecomunicações fixas e móveis. Segundo um comunicado, a atual equipa de gestão, liderada pelo fundador e CEO Michael A. Falsetti, vai continuar à frente da empresa.

Nuno Terras Marques, CEO da Constructel VisabeiraPedro Ferreira/Visabeira

O CEO da Constructel Visabeira fala neste investimento como “um marco importante”, que equilibra o crescimento da empresa nas telecomunicações e da energia – este último setor, que envolve redes de transporte e distribuição, energia renovável e infraestrutura de carregamento de veículos elétricos equivale a mais de 30% das receitas globais. Nuno Marques sublinha ainda as “fortes ambições de longo prazo” com a execução desta estratégia de expansão nos Estados Unidos, onde está presente desde o final de 2020.

“Esta parceria estratégica permitir-nos-á acelerar o nosso crescimento, não só proporcionando novas oportunidades para melhor servir os nossos atuais clientes e facilitando novas relações, mas também fomentando a transformação digital e de gestão que já estava a ganhar forma. Prevejo uma trajetória próspera para a Verità e para a sua força de trabalho”, acrescenta Michael A. Falsetti, citado na mesma nota de imprensa.

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Desemprego em Portugal desce e fica em linha com a média da Zona Euro

Desemprego fixou-se em 6,5% em Portugal em março, tendo sido registado o mesmo valor no conjunto da Zona Euro. Já a média comunitária foi de 6%, ou seja, Portugal superou-a.

O recuo do desemprego que março trouxe a Portugal foi ligeiro, mas suficiente para alinhar o país com a média da Zona Euro. Ainda assim, a taxa portuguesa mantém-se acima da média da União Europeia, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

“Em março de 2024, a taxa de desemprego na Zona Euro fixou-se em 6,5%, estável em comparação com fevereiro de 2024 e abaixo dos 6,6% registados em março de 2023. A taxa de desemprego na União Europeia foi de 6% em março de 2024, abaixo dos 6,1% registados em fevereiro de 2024 e estável face a março de 2023″, adianta o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

Em Portugal, o Instituto Nacional de Estatística (INE) já tinha revelado que a taxa de desemprego se situou em 6,5% em março, abaixo dos 6,6% registados no mês anterior e dos 6,8% de há um ano.

Quer isto dizer que, apesar de ter recuado apenas ligeiramente, o desemprego português ficou alinhado com o da área da moeda única. Ainda assim, mantém-se acima da média comunitária, em 0,5 pontos percentuais.

Mas entre os vários Estados-membros que estão acima dessa média, Portugal nem é dos que sai pior na fotografia. Espanha continua a ser o país da União Europeia com a taxa de desemprego mais elevada (11,7% em março), seguida da Grécia (10,2%) e da Suécia (8,6%). No total, há dez países em piores condições do que Portugal.

Já do outro lado da tabela, a Polónia (2,9%) e a República Checa (2,9%) destacam-se, já que são os Estados-membros onde o desemprego é mais baixo. A Eslovénia (3,1%), Malta (3,2%) e a Alemanha (3,2%) também merecem realce.

Atualizada às 10h53

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Ministério da Justiça reage a manifesto com preocupação e aponta o dedo ao PS

  • Lusa
  • 3 Maio 2024

Ministério liderado por Rita Júdice diz que está a "trabalhar arduamente" para procurar resolver problemas levantados por meia centena de subscritores que incluem Rui Rio e Augusto Santos Silva.

O Ministério da Justiça disse esta sexta-feira estar “muito preocupado” com a situação em que o governo do PS deixou a área, destacando as greves no setor, a falta de magistrados e funcionários judiciais e as más condições dos tribunais.

Num comentário enviado à Lusa sobre o manifesto subscrito por 50 personalidades de diversos setores em defesa de um “sobressalto cívico” que acabe com a “preocupante inércia” dos agentes políticos relativamente à reforma da Justiça, o ministério de Rita Júdice aponta o dedo ao anterior executivo e diz que está a “trabalhar arduamente para procurar resolver estes problemas, desde o primeiro minuto”.

“O Ministério da Justiça está muito preocupado com a situação em que o anterior governo deixou a justiça. Com as greves que duram há 15 meses. Com a falta de magistrados. Com a falta de oficiais de justiça. Com os tribunais onde chove“, refere o comentário.

Num breve retrato do setor, o ministério destaca também a degradação das prisões e considera que houve “falta de investimento” na Justiça nos últimos oito anos, com impacto negativo “em todos os cidadãos e as empresas”.

Um grupo de 50 personalidades de diversos quadrantes fez na quinta-feira um apelo ao Presidente da República, Governo e Parlamento para que sejam tomadas iniciativas que, respeitando a independência dos tribunais, a autonomia do Ministério Público e as garantias de defesa judicial, sejam resolvidos os “estrangulamentos e das disfunções que desde há muito minam a sua eficácia e a sua legitimação pública”.

Assinam a petição, entre outros, os ex-presidentes do Parlamento Augusto Santos Silva, Ferro Rodrigues e Mota Amaral, os anteriores líderes do PSD e do CDS, Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos, os ex-ministros Leonor Beleza, David Justino, Fernando Negrão, António Vitorino, José Vieira da Silva, António Barreto, Correia de Campos, Alberto Costa, Pinto Ribeiro, Maria de Lurdes Rodrigues e o ex-presidente do Tribunal Constitucional João Caupers.

O almirante Melo Gomes e o general Pinto Ramalho, o ex-governador do Banco de Portugal Vitor Constâncio e a juíza-conselheira Teresa Pizarro Beleza subscrevem também o documento, tal como Isabel Soares, Manuel Sobrinho Simões, Álvaro Beleza e os sociais-democratas Paulo Mota Pinto, André Coelho Lima e Pacheco Pereira.

“A prolongada passividade perante esta iníqua realidade permitiu que tivéssemos atingido o penoso limite de ver a ação do Ministério Público gerar a queda de duas maiorias parlamentares resultantes de eleições recentes, apesar de, em ambos os casos, logo na sua primeira intervenção, os tribunais não terem dado provimento e terem mesmo contrariado a narrativa do acusador”, argumentam.

“A agravar a situação, o país continuou a assistir ao inconcebível, quando, tendo decorrido longos cinco meses entre o primeiro-ministro se ter demitido, na sequência do comunicado da PGR, e a sua cessação de funções, o Ministério Público nem sequer se dignou informá-lo sobre o objeto do inquérito nem o convocou para qualquer diligência processual. Além de consubstanciarem uma indevida interferência no poder político, estes episódios também não são conformes às exigências do Estado de Direito democrático”, sustentam.

Entre os problemas identificados, os subscritores referem “as recorrentes quebras do segredo de justiça, com a participação ativa de grande parte da comunicação social” que “dão azo a julgamentos populares, boicotam a investigação e atropelam de forma grosseira os mais elementares direitos de muitos cidadãos, penalizando-os cruelmente para o resto das suas vidas, mesmo quando acabam judicialmente inocentados”.

É “necessária uma reforma que, embora não desconsiderando as legítimas aspirações dos agentes de Justiça, não seja desenhada à medida dos interesses corporativos dos diversos operadores do sistema, mas que tenha o cidadão e a defesa do Estado de Direito democrático como eixo central das suas preocupações”, dizem.

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Açores isentos da contribuição extraordinária sobre alojamento local

À semelhança do que já acontece no Interior, os imóveis localizados na Região Autónoma dos Açores ficam isentos da contribuição extraordinária sobre o alojamento local.

Os imóveis localizados na Região Autónoma dos Açores estão excluídos da contribuição extraordinária sobre o alojamento local, à semelhança da isenção que está em vigor no interior do país. O presente diploma entra em vigor a 4 de maio, mas produz efeitos a 31 de dezembro de 2023.

“O presente diploma procede à exclusão dos imóveis localizados na Região Autónoma dos Açores da incidência objetiva da contribuição extraordinária sobre os apartamentos e estabelecimentos de hospedagem integrados numa fração autónoma de edifício em alojamento local (CEAL)”, lê-se no diploma publicado esta sexta-feira em Diário da República.

Uma das medidas do Programa Mais Habitação, aprovado a 6 de outubro, procedeu à criação de uma contribuição extraordinária sobre os apartamentos e estabelecimentos de hospedagem integrados numa fração autónoma de edifício em alojamento local (CEAL). A referida lei definiu que os imóveis localizados em zonas do interior de Portugal continental estão excluídos da incidência objetiva da CEAL, sem alargar essa exclusão aos territórios das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Em março deste ano, os partidos da coligação que suporta o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) propuseram a isenção da contribuição extraordinária sobre o alojamento local (CEAL). Os partidos da coligação alegam que a medida tinha também como objetivo mitigar a sazonalidade, considerando que seria “muito penalizador” aplicar mais uma taxa ao setor.

Segundo dados referidos pelos social-democratas, o alojamento local conta com mais de 18 mil camas nos Açores e representou, em 2022, cerca de 220 milhões de euros de impacto direto e indireto na economia local.

Com esta alteração, os imóveis localizados na Região Autónoma dos Açores ficam isentos da contribuição extraordinária sobre o alojamento local.

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Santa Casa investiu meio milhão de euros em projeto de NFT que caiu por terra

  • ECO
  • 3 Maio 2024

Vendas e montantes "irrisórios" ditaram o encerramento da Artentik, plataforma digital onde a instituição pôs à venda réplicas virtuais das suas obras de arte.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) investiu cerca de 500 mil euros num projeto de non-fungible token (NFT) lançado no final de 2021. Porém, a plataforma em que a instituição pôs à venda réplicas virtuais das suas obras de arte no mundo digital viria a revelar-se um fracasso ano e meio depois do lançamento, noticia esta sexta-feira o Jornal Económico (acesso pago).

O projeto tinha um orçamento inicial de 870 mil euros para o primeiro ano de atividade, 2022, sendo que a meta de investimento ascendia a quatro milhões de euros. No entanto, um ano e meio de “vendas e montantes irrisórios” ditaram o encerramento da Artentik, o nome da marca com que a Santa Casa atuava neste mercado.

A entrada da instituição no universo dos NFT foi anunciada pelo antigo provedor Edmundo Martinho na Web Summit de 2021 como “uma nova fonte de receitas”. Este negócio junta-se agora aos investimentos na internacionalização dos jogos no Brasil, que poderá ter causado prejuízos de 50 milhões de euros.

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Anterior Governo “navegou sempre à vista”, critica ministro da Agricultura

  • ECO
  • 3 Maio 2024

“O Governo de António Costa não tinha projetos prontos para que os investimentos [na área da agricultura] estivessem executados e pagos até ao fim de 2026”, critica José Manuel Fernandes.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, denuncia que o anterior Governo “não tinha projetos prontos para que os investimentos nesta área [agricultura] estivessem executados e pagos até ao fim de 2026”, prazo limite para a execução dos programas. O Executivo de António Costa “não planeou, navegou sempre à vista”, critica, em declarações ao Expresso (acesso pago), notando que a antecessora nem sequer fez articulou ou tentou fazer sinergias entre o PT2030 e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Hoje há ações no PRR que poderiam estar no PT2030 e investimentos, necessários, que não cabem no PT2030, mas cabiam no PRR. A prova da falta de planeamento do Governo socialista é a má execução no PRR e uma execução nula no PT2030“, sublinha o novo titular da pasta da Agricultura, que aponta que os pagamentos deste último “estão próximos do zero”.

Segundo o ex-eurodeputado, Portugal “não quis utilizar 8.300 milhões de euros” na vertente dos empréstimos do PRR, recordando que o prazo para manifestar interesse na sua utilização terminou em agosto do ano passado. Parte deste montante resolveria o financiamento para a execução de um plano nacional de armazenamento e abastecimento eficiente de água, exemplifica.

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Diretor demissionário do SNS recusou elaborar plano para o verão pedido pelo Governo

  • ECO
  • 3 Maio 2024

A ministra da Saúde pediu ao diretor demissionário do SNS para elaborar um plano para o verão, mas este recusou. Governo promete mecanismos para garantir que período decorre "com normalidade”.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, pediu a Fernando Araújo, o diretor executivo demissionário do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para elaborar o plano de verão 2024 para o SNS, um período tradicionalmente complexo devido às férias dos profissionais de saúde. Mas, como já não estará em funções na altura — uma vez que apresentou a demissão no dia 22 de abril, já aceite pela tutela, ficando apenas dependente da entrega do relatório que lhe tinha sido anteriormente pedido –, Fernando Araújo recusou, avança o Público (acesso condicionado).

Fernando Araújo terá ficado surpreendido com o pedido da governante, visto que a atual equipa da Direção Executiva do SNS pretende deixar funções até ao final de maio, após entregar o relatório de atividades que lhe foi “exigido pela tutela”, como escreveu o responsável no comunicado em que anunciou o pedido de demissão. Embora lhe tenham sido dados 60 dias para a entrega do documento, Fernando Araújo não tenciona esgotar esse prazo e quer terminá-lo ainda este mês.

Já o Governo, em reação à recusa do diretor demissionário do SNS, promete encontrar “mecanismos” para garantir que o verão decorre “com normalidade”, apesar de admitir que tinha “fundadas expectativas” de que este plano pudesse ser disponibilizado pela atual direção executiva, uma vez que “é um planeamento que se faz com vários meses de antecedência”.

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