Inflação foi responsável por até 81% da redução do rácio da dívida em 2023

A redução do rácio da dívida pública face ao PIB para o valor histórico de 98,7% em 2023 deveu-se, em grande medida, ao efeito da taxa de inflação no crescimento do PIB.

Em 2023, pela primeira vez em 14 anos, a República apresentou um rácio de dívida pública abaixo dos 100% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, no ano passado, pela segunda vez em 49 anos de Democracia, o país registou uma queda absoluta da dívida do Estado.

No decorrer da apresentação destes resultados, Fernando Medina explicou que tudo isto foi apenas possível devido a “muitas circunstâncias”, com destaque para o “crescimento da economia e emprego”. No entanto, os números recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a redução da dívida pública de 112,4% do PIB em 2022 para 98,7% do PIB em 2023 deveu-se sobretudo ao efeito da inflação nas contas nacionais.

Segundo contas do ECO, a inflação foi responsável por até 81% da redução da queda do nível de endividamento do Estado no ano passado. Da redução de 13,7 pontos base do rácio de dívida face ao PIB registada em 2023, 11,7 pontos base foram gerados somente pelo efeito individual da taxa de inflação.

Isto significa que mesmo que a economia nacional tivesse registado um crescimento nulo em vez de ter crescido 2,3% no ano passado, o rácio da dívida pública face ao PIB cairia para 101,25%, apenas pelo efeito da inflação.

“Estes números mostram que a inflação pode ser muito amiga dos devedores e inimiga dos credores”, refere João Duque, presidente e professor catedrático do ISEG, notando ainda que “se os preços continuassem a subir a este ritmo, na hipótese de crescimentos reais fracos, ainda se acabava a ter quase 100% da redução do peso da dívida feito à custa da inflação.”

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Além do efeito individual da inflação, o rácio da dívida face ao PIB é influenciado pelo crescimento do PIB e pelo efeito agregado do PIB e da inflação. No entanto, mesmo considerado que o efeito agregado das duas variáveis tivesse sido gerado unicamente pela inflação, significaria que a inflação explicaria pelo menos 54% da redução do rácio da dívida em 2023, segundo cálculos do ECO.

“Pode-se dizer que, na perspetiva do ministro das Finanças e do peso da dívida no PIB, o ano de 2023 foi o ano ideal“, refere José Cardoso Moreira, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEUP).

Historicamente, a redução da dívida por via da inflação sempre foi uma das formas mais fáceis e rápidas dos governos ‘baixarem’ a sua dívida.

Carlos Santos

Professor no ISEG

De acordo com dados compilados pelo ECO, nunca a inflação teve um peso tão grande na redução do rácio da dívida face ao PIB como em 2023, desde pelo menos 1995. Nos seis anos anteriores a 2023, por exemplo, que ficaram também marcados por uma queda do rácio da dívida face ao PIB de 131,5% em 2016 para 112,4% em 2022, a inflação foi responsável por menos de um terço da baixa do nível de endividamento da República.

Estes números não retiram força ao feito alcançado por Fernando Medina no controlo da despesa e na redução do rácio da dívida nos últimos anos, mas João Duque sublinha que “o Governo é um dos que sofre com esta ‘descoberta’, mostrando que a inflação de que falam mal é muito amiga do ministro das Finanças que até trabalha por ele quando ele está a dormir.”

Poder demolidor da inflação no rácio da dívida

A taxa de inflação tem um impacto significativo na diminuição da proporção da dívida pública face ao PIB porque gera um aumento automático do PIB nominal (o denominador na relação dívida/PIB), que aumenta unicamente em resposta ao incremento da generalidade dos preços.

À medida que a inflação escala, as receitas fiscais do Estado aumentam sem necessidade de o Governo promover qualquer mudança da sua política fiscal. Este fenómeno eleva a riqueza produzida no país (PIB) de forma natural pelo aumento do consumo que segue imediatamente a ascensão dos preços.

A redução do rácio da dívida face ao PIB para baixo do limiar dos 100% conseguida pelo atual Governo em 2023 é o colidir de uma estratégia que decorre desde 2017, em grande medida pela contenção da despesa pública.

Por outro lado, a dívida pública mantém-se praticamente inalterada, dado que a sua estimativa já incorpora as expectativas de inflação delineadas no Orçamento de Estado para esse ano, que é elaborado pelo Governo no término do ano anterior.

E é por isso que, “historicamente, a redução da dívida por via da inflação sempre foi uma das formas mais fáceis e rápidas dos governos ‘baixarem’ a sua dívida”, refere Carlos Santos, professor de Economia do ISEG.

Foi isso que aconteceu em 2022 e voltou a suceder em 2023, com o Governo a inscrever uma inflação, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), de 1,7% no Orçamento de Estado para 2023, quando esta fechou nos 5,3% em 2023.

Desta forma, como resultado do disparo da inflação em 2023 face às projeções iniciais do ministério das Finanças, observou-se uma subida imediata do denominador (PIB) e uma estabilização do numerador (dívida pública), que fez com que o rácio de endividamento do Estado baixasse consideravelmente.

Pressão sobre as contas públicas

A redução do rácio da dívida face ao PIB para baixo do limiar dos 100% conseguida pelo atual Governo em 2023 é o colidir de uma estratégia que decorre desde 2017, em grande medida pela contenção da despesa pública, como mostram repetidamente as várias execuções orçamentais da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAD).

“Numa situação de inflação seria tentador para um governo mais populista aumentar despesa, pelo que só se consegue ‘beneficiar’ do aumento da inflação com contenção salarial nos salários da função pública”, refere Carlos Santos, sublinhando que foi isso que o Governo conseguiu fazer “com perdas reais para os funcionários públicos com salários acima dos 1.500 euros.” Mas não só.

A contenção da despesa pública é também visível pela pressão sobre os serviços públicos nos últimos anos. É disso exemplo o aumento das listas de espera no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e do crescimento de 30% do número de utentes sem médico de família, segundo contas feitas pelo Conselho das Finanças Públicas, num relatório publicado em meados do ano passado.

O mesmo é visível na Justiça, com a Provedoria da Justiça a denunciar recentemente que os serviços públicos são pouco acessíveis e demorados, e com a execução do investimento público a apresentar recorrentemente níveis abaixo dos valores orçamentados, como voltou a acontecer em 2023, com particular destaque para a Saúde e a Educação, que apenas executaram 43% e 28% do investimento previsto, respetivamente.

“Os investimentos do Estado continuam muito baixos e as despesas de funcionamento que já eram insuficientes antes da crise tornaram-se mais insuficientes”, salienta o economista António Nogueira Leite, que vislumbra uma forte pressão sobre o rácio da dívida nos próximos anos.

Para o ex-Secretário de Estado do Tesouro e Finanças “de duas uma: as pessoas ajustam-se e aceitam menos qualidade dos serviços públicos e continua-se a não investir nas despesas de funcionamento – e com isso gera-se uma maior degradação dos serviços públicos –, ou para os resolver terá de se investir numa altura em que a macroeconomia deixa de ajudar“, dado que a inflação deverá manter-se nos próximos anos em níveis bem abaixo dos registados em 2022 e 2023.

No entanto, António Nogueira Leite não antevê uma subida do rácio da dívida face ao PIB nos próximos anos. Mas sublinha que para isso não acontecer “é preciso que a economia cresça bastante”.

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Pavimentação vai condicionar trânsito na Calçada da Carriche a partir desta quarta-feira

  • Lusa
  • 5 Março 2024

A empreitada, num investimento total de 4,7 milhões de euros, visa reforçar "a fiabilidade do sistema de abastecimento de água", indica a empresa do grupo Águas de Portugal.

Trabalhos de pavimentação definitiva da faixa de rodagem na Calçada de Carriche e Avenida Padre Cruz vão condicionar, a partir de quarta-feira, o trânsito no sentido Odivelas-Lisboa, entre o Senhor Roubado e Avenida Rainha Dona Amélia, informou a EPAL.

Em comunicado, a Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL) adiantou que na quarta-feira “terão início os trabalhos de pavimentação definitiva da faixa de rodagem na Calçada de Carriche e Avenida Padre Cruz, o que causará condicionamentos no trânsito no sentido Odivelas-Lisboa, entre o Senhor Roubado e a Avenida Rainha Dona Amélia”.

Os trabalhos de pavimentação “estão relacionados com a empreitada de ‘Reabilitação da Conduta Telheiras-Calçada de Carriche’, que compreende a total substituição de uma das principais condutas no abastecimento de água à cidade de Lisboa”, é referido na nota. A empreitada, num investimento total de 4,7 milhões de euros, visa reforçar “a fiabilidade do sistema de abastecimento de água”, acrescentou a empresa do grupo Águas de Portugal.

A empresa, além de pedir “desculpa pelos incómodos”, recomendou que, “sempre que possível, sejam utilizadas vias alternativas no acesso à cidade de Lisboa, como a CRIL [Circular Regional Interior de Lisboa] ou através do túnel do Grilo em direção ao Eixo Norte-Sul”, para os automobilistas que se deslocam da Autoestrada 8.

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“A democracia tem sempre respostas” e o futuro “pode ser bom”, diz Ramalho Eanes

  • Lusa
  • 5 Março 2024

"A democracia tem sempre respostas, a democracia – que é naturalmente uma responsabilidade permanente de todos os cidadãos, de todos – exige que todos os cidadãos participem", disse antigo Presidente.

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes considerou esta terça-feira que a “democracia tem sempre respostas” e que o futuro, após as eleições do próximo domingo, “pode ser bom”, esperando que quem está indeciso se decida e vote.

A democracia tem sempre respostas, a democracia – que é naturalmente uma responsabilidade permanente de todos os cidadãos, de todos – exige que todos os cidadãos participem, que todos os cidadãos votem e, se porventura for assim, as saídas existem, as estratégias definem-se e o futuro pode ser um bom futuro”, afirmou aos jornalistas o antigo Chefe de Estado, quando questionado sobre que país pensa que “acordará” no dia seguinte ao das eleições.

Ramalho Eanes falava aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega da primeira edição do prémio Álvaro Batista Gonçalves, atribuído ao professor de matemática Fernando Pena, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, onde participou na qualidade de presidente do júri. O general que foi Presidente da República entre julho de 1976 e março de 1986 recusou-se a responder a perguntas sobre a campanha eleitoral que está a decorrer.

“Eu decidi não ter nesta campanha qualquer participação e resolvi não ter qualquer participação porque entendi que a minha participação neste caso não seria importante e poderia até causar alguma perturbação”, explicou. O primeiro Presidente eleito em democracia manifestou-se, porém, “preocupado” com a quantidade de indecisos apontados pelas sondagens.

Não sei se temos uma abstenção grande em Portugal ainda, [mas], por acaso, estou preocupado, porque dizem os jornalistas – e eu acredito – que nesta altura haja muitos portugueses indecisos e eu espero que não fiquem indecisos e se abstenham, mas que decidam e votem”, vincou. Relativamente ao prémio, Ramalho Eanes considerou-o a prova de que “a matemática não é um ‘papão'”, mas uma disciplina onde é possível obter sucessos, desde que os professores se empenhem e que “tenham, naturalmente, condições para se empenharem”.

“Para eles, professores, os alunos são sempre o mais importante e é para eles que os professores trabalham. Obviamente, para que haja uma disponibilidade completa, tem de haver uma situação psicológica estável e é isso que não tem acontecido em Portugal e que eu espero que aconteça agora a seguir”, apontou. Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

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Joe Biden leva ligeira vantagem sobre Trump em sondagem em 15 estados

  • Lusa
  • 5 Março 2024

Nos 15 estados que votam esta terça, a "Super Terça-Feira" das primárias republicanas e democratas, Biden tem uma intenção de voto de 46%, contra 44% de Trump.

O presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, supera o republicano Donald Trump por apenas dois pontos percentuais nas sondagens para as presidenciais de novembro nos 15 estados que votam esta terça-feira nas primárias. De acordo com um estudo da Florida Atlantic University (FAU) e da Mainstreet Research, nos 15 estados que votam esta terça, a “Super Terça-Feira” das primárias republicanas e democratas, Biden tem uma intenção de voto de 46%, contra 44% de Trump.

Estes valores representam uma queda nos resultados do atual inquilino da Casa Branca em comparação com as eleições de 2020, onde venceu nesses 15 estados com uma vantagem de oito pontos percentuais (53% contra 45%). A sondagem – com uma margem de erro de 1,7%, o que significa que a antevisão está dentro dos limites do empate técnico – mostra que Trump tem um desempenho mais fraco entre mulheres e pessoas brancas com ensino superior em comparação com Biden.

Por outro lado, o candidato republicano tem melhores resultados entre os eleitores hispânicos, de acordo com esta sondagem. “Quase 30% dos eleitores que não votam em Trump apontam o seu desempenho no cargo e para os acontecimentos de 6 de janeiro (de 2021, quando uma multidão dos seus apoiantes invadiu o Capitólio) como o motivo principal para não votar nele”, comentou Robert E. Gutsche, Jr., professor da Faculdade de Estudos de Comunicação e Multimédia da FAU.

A sondagem – realizada entre 29 de fevereiro e 3 de março, entre 3.502 adultos com mais de 18 anos que residem nos 15 estados da “Super Terça-Feira” – revela ainda que no Utah a vantagem de Trump sobre Biden (que em 2020 foi de 21%) foi reduzida para 9%.

Nesta “Super Terça-Feira”, as eleições – em 15 estados e um território – poderão ser decisivas para os dois partidos, especialmente para o Partido Republicano, que tem em jogo nesta “Super Terça-Feira” (como é designado este dia grande eleitoral) 874 delegados (36%) dos 2.429 que na Convenção de julho vão escolher o candidato para as eleições presidenciais de novembro.

Esta terça votam os eleitores de 15 estados – Alabama, Alaska, Arkansas, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Vermont, Virgínia – e ainda o território de Samoa Americana.

No Partido Democrata, o atual presidente, Joe Biden, não tem concorrência significativa para esta Super Terça-Feira, esperando-se que volte a vencer com facilidade Dean Phillips e Marianne Williamson, depois de quatro eleições primárias onde já arrecadou 449 delegados, contra nenhum dos outros dois.

No Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump chega à Super Terça-Feira com uma vantagem de 122 delegados (77,2%) contra 24 delegados (15,2%) de Nikki Haley, a ex-embaixadora que persiste em manter-se em campanha, apesar de uma desvantagem que se deve tornar inultrapassável na próxima semana.

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Veja aqui a chave do Euromilhões. Prémio de 49 milhões em jogo

  • ECO
  • 5 Março 2024

O jackpot desta terça-feira atinge os 49 milhões de euros, depois de na última ronda não terem sido registados vencedores no primeiro prémio.

Com um primeiro prémio no valor de 49 milhões de euros, decorreu esta terça-feira um novo sorteio do Euromilhões. O prémio voltou a jackpot depois do último sorteio, na passada sexta-feira, ter ficado sem vencedores no primeiro prémio.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 5 de março:

Números: 2, 15, 17, 23, 36

Estrelas: 3, 8

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Apenas um em cinco veículos em Angola tem seguro obrigatório

  • Lusa
  • 5 Março 2024

A Associação de Seguradoras de Angola alerta que o seguro automóvel de responsabilidade civil é obrigatório mas a sua contratação não está a ser estimulada nem fiscalizada.

A taxa de penetração do seguro automóvel obrigatório em Angola é de 18%, num mercado com uma estimativa de 2 milhões de veículos em que apenas 365.944 estão seguros, anunciou hoje uma associação do setor, considerando o “cenário dramático”.

A informação foi transmitida esta terça-feira por membros de direção da Associação de Seguradoras de Angola (ASAN) admitindo que o número estimado de veículos que circulam no país esteja abaixo do quadro real, face à falta de dados oficiais sobre o parque automóvel do país.

“Há um dado que é fidedigno e que é certo, que é o número de viaturas seguradas, porque este faz parte da base de dados da ASAN”, disse hoje João Sena, membro da associação e diretor de uma seguradora que opera em Angola.

João Sena salientou que a estimativa do número de veículos que estarão a circular no país foi fruto de uma consulta aos principais vendedores de automóveis, admitindo, no entanto, que o valor “é por baixo”.

“Existirão mais, mas como não há dados oficiais, nem da Direção de Viação e Trânsito e nem de outras entidades é difícil fazer a estimativa, por isso entendemos ser prudentes”, justificou.

O responsável falava no âmbito de uma ação alargada de sensibilização dos automobilistas e da sociedade em geral para a importância do seguro automóvel e a utilização da declaração amigável de acidente automóvel (DAAA).

Alertou, na ocasião, para o “cenário dramático” em consequência da fraca adesão ao seguro automóvel, observando que a esmagadora maioria dos automobilistas em Angola circula sem seguro de responsabilidade civil.

José Araújo, diretor executivo da ASAN, apontou a necessidade de maior sensibilização dos cidadãos e maior fiscalização da polícia como fatores para o aumento da taxa de penetração do seguro automóvel, recordando que este protege as pessoas e o património.

O preço médio anual do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel está no valor de 30.000 kwanzas (33 euros), como disseram hoje os membros da ASAN, manifestando-se preocupados pela “sensação de impunidade” associada ao incumprimento da lei.

“Esta dura realidade afeta a segurança dos automobilistas e de quem está na estrada”, lamentou João Sena, com 25 anos na atividade seguradora, sobretudo ligada à sinistralidade e seguro automóvel.

O responsável assegurou igualmente que a utilização da DAAA é um “mecanismo fácil” e pode ajudar os automobilistas segurados, em caso de acidente na via pública, a ultrapassar dificuldades, sobretudo em relação à identificação das partes, descrição, encaminhamento e aceitação do sinistro por parte das seguradoras.

O mercado de seguros em Angola, regulado pela Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), conta com 21 operadoras e apenas 15 são membros da ASAN, compondo uma quota de mercado de 97%.

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Fidelidade patrocina a segunda edição da Martech B2B Summit

  • ECO Seguros
  • 5 Março 2024

O evento, que terá lugar dia 13 de março, visa "responder aos desafios que as novas tecnologias e plataformas digitais colocam às estratégias de marketing e a experiência do cliente".

A Fidelidade vai patrocinar a segunda edição da Martech B2B Summit que se vai realizar no dia 13 de março na Microsoft, em Lisboa. Segundo o comunicado enviado pela seguradora, o evento é organizado pela Martech B2B e pela YoutTrend que reúne especialistas do mercado “para abordar tendências, boas práticas e agregar conhecimento em áreas como Marketing, Vendas, Tecnologia, Liderança e Recursos Humanos”.

Sérgio Carvalho considera o evento “uma oportunidade relevante para a discussão e partilha de ideias sobre o marketing B2B e sobretudo a importância da utilização de dados e tecnologia para o sucesso de cada negócio.”Hugo Amaral/ECO

O evento visa “responder aos desafios que as novas tecnologias e plataformas digitais colocam às estratégias de marketing e à experiência do cliente”. Está dividido em três palestras: “O futuro do Marketing na era do fazer mais com menos”, “O impacto da Transformação Digital na Estratégia de Marketing” e “Como tirar partido da IA para uma estratégia de Marketing”. Na última palestra, António Ribeiro, Head of marketing transformation and new business, participa em representação da Fidelidade.

“O apoio a esta iniciativa reflete o posicionamento da Fidelidade que pretende reforçar a sua diferenciação no segmento empresas, reforçando o acompanhamento especializado com uma resposta cada vez mais inovadora e atual.”, diz Sérgio Carvalho, diretor de Marketing e Clientes da Fidelidade. “Para isso, é essencial um conhecimento detalhado de cada uma, suportado pelo bom uso de dados, tecnologia e até inteligência artificial, sempre equilibrado com a proximidade e consultoria proporcionada pelos nossos canais presenciais. Iniciativas como a proporcionada pela MartechB2B Summit são assim uma oportunidade relevante para a discussão e partilha de ideias sobre o marketing B2B e sobretudo a importância da utilização de dados e tecnologia para o sucesso de cada negócio.”, acrescenta.

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Mediadora Seg Up torna-se corretora de seguros

A até agora mediadora com sede em Braga começa por querer estar em todas as capitais de distrito. Estava no ranking TOP 100 dos Agentes de seguros, mas agora quer estar no TOP 10 das corretoras.

A SegUp, mediadora multimarca sediada em Braga, acaba de ver aprovada pela ASF, entidade reguladora do setor, a passagem ao estatuto de Corretora de Seguros.

Loja da agora corretora SegUp em Braga. A ambição é marcar presença em todas as capitais de distrito.

“A passagem a corretora é o resultado natural de um trabalho profissional e de excelência, levado a cabo por toda a equipa da SegUp” – refere Diogo Oliveira, diretor comercial, “já há bastante tempo que nos estávamos a preparar para este passo, pelo que vamos encarar este novo desafio com o mesmo profissionalismos e níveis de exigência que já há muito habituamos os nossos clientes e parceiros”, disse.

Tendo intermediado 15 milhões de euros em prémios em 2023, a SegUp traça objetivos ambiciosos: “O nosso Objetivo é entrar no TOP 10 nos próximos 4 anos, atingindo um volume de prémios de cerca de 50 Milhões de euros”, afirma Diogo Oliveira.

Para essa expansão da rede dos atuais escritórios de Braga, Barcelos, Famalicão, Póvoa de Lanhoso e Lisboa, a SegUp pretende impulsionar a estratégia de expansão nacional: “É nossa pretensão estar presentes nas principais capitais de distrito” diz o diretor comercial, enquanto afirma pretender dar continuidade ao projeto de rede de Agentes, “proporcionando a todos os nossos parceiros elevados níveis de serviço e de proteção das suas carteiras de seguros”.

A Seg Up, conta com 27 colaboradores, mas vai fechar 2024 com cerca de 40 pessoas, gerindo cerca de 40 mil clientes e 50 mil apólices e estando a emitir cerca de mil novas apólices mês. A carteira está dividida em 60% empresas e 40% particulares, e para Diogo Oliveira “a aposta nas empresas esteve na génese da SegUp e continuaremos a apostar neste segmento de negócios, sem nunca descuidar o segmento de particulares.

A mudança de estatuto mantém a gestão tendo Domingos Vieira como diretor geral, Diogo Oliveira como diretor comercial, na administração continuam João Rodrigues Serino e Luís Torres.

A SegUp é propriedade em 50% da Onires, grupo com sede em Braga detido a 100% por Manuel Sá Serino e pela família Rodrigues, que detém participação na Onirodrigues empresa de construção, promoção e mediação de bens imobiliários e na gestão de espaços comerciais com a Urbaminho. A Família Rodrigues detém ainda participações em outras empresas, como Bragaparques ‐ Estacionamento, a Urbaclérigos de investimentos imobiliários e na Hotelaria com a Like In.

O grupo Torrestir detém 49%, é liderado por Fernando Torres, filho do fundador, está nos transportes, logística, frio e tem empresas em Espanha, Alemanha e Moçambique.

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Victoria Nuland, a arquiteta da crise na Ucrânia, demite-se

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Março 2024

A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos teve papel fundamental na reação dos EUA à invasão russa da Ucrânia. Embaixadora norte-americana na NATO deverá ser nomeada para o cargo.

Victoria Nuland, subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, vai reformar-se e deixar o cargo ainda este mês, informou esta terça-feira o Departamento de Estado norte-americano.

De acordo com a CNN, a atual embaixadora dos EUA na NATO, Julianne Smith, deverá ser nomeada para substituir Nuland. Entretanto, o subsecretário de Estado para a Gestão, John Bass, foi convidado a desempenhar as funções de subsecretário interino, disse o Secretário de Estado, Antony Blinken.

A diplomata norte-americana desempenhou um papel importante na resposta dos EUA à guerra na Ucrânia, tendo sido alvo frequente de críticas pelas suas opiniões acerca da Rússia. Nuland trabalhou na embaixada dos Estados Unidos em Moscovo na década de 1990, durante a qual se deu a dissolução da União Soviética, e estava na cidade durante a tentativa de golpe contra o antigo presidente russo Boris Yeltsin.

Posteriormente, tornou-se embaixadora do país na NATO, antes de ser nomeada porta-voz do Departamento de Estado sob o comando da antiga secretária Hillary Clinton, durante o primeiro mandato do ex-presidente Barack Obama.

Durante a administração Obama serviu ainda como Secretária de Estado adjunta para a Europa, mas abandonou o cargo depois da eleição de Donald Trump em 2016. Voltou ao Governo norte-americano já na presidência de Joe Biden, como subsecretária de Estado para Assuntos Políticos.

Em 2014, em plena Revolução de Maidan na Ucrânia, ficou conhecida por ter declarado “Que se lixe a UE!” durante uma conversa telefónica com o embaixador dos EUA no país, Geoffrey Pyatt, que foi filtrada para o YouTube. Nuland criticava a hesitação da Europa em relação aos protestos pró-democracia.

Até meados de fevereiro, desempenhou as funções de vice-secretária de Estado interina, na sequência da reforma de Wendy Sherman em julho do ano passado. No comunicado publicado esta terça-feira, Antony Blinken elogiou Nuland como “verdadeiramente excecional”, apontando que a sua “liderança na Ucrânia” será estudada pelos diplomatas e estudantes de política externa nos próximos anos.

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Ventura garante que haverá Governo à direita. “Se alguém tiver de sair, será Montenegro”

Líder do Chega reitera que haverá governo à direita e que dentro do PSD existem "forças" que defendem uma coligação entre a AD e o Chega. "Só um tonto deixaria o PS governar", afirma.

André Ventura garantiu que se no próximo dia 10 de março houver uma maioria parlamentar à direita, que “com 99% de certeza” haverá um Governo à direita, e que, nesse cenário, a Aliança Democrática (AD) terá que se aliar ao Chega para formar um novo Governo. “Tenho a certeza que vamos ter um Governo de direita”, sublinhou.

Confrontado com a rejeição de Luís Montenegro sobre esse cenário, o presidente do Chega reiterou que dentro do PSD existem “forças vivas” que defendem uma coligação entre a AD e o Chega. “Se entre a direita e Montenegro alguém tiver de sair, será Montenegro. Não vamos ser reféns para ter uma alternativa ao socialismo“, afirmou André Ventura durante uma arruada, em Évora, esta terça-feira. E atirou: “Só um tonto deixaria o PS governar“.

Embora garanta que existam membros da AD/PSD que defendem uma formação do Governo à direita com o Chega, tal como fez esta segunda-feira, em entrevista à RTP, André Ventura continuou sem revelar quem são essas figuras, e apenas reiterou ter garantias que entre os sociais-democratas existem “forças vivas” que permitirão que essa realidade se concretize, no próximo dia 10 de março.

Durante a entrevista, o presidente do Chega destacou nomes que já tinham falado publicamente no assunto, entre eles, Pedro Passos Coelho, Rui Gomes da Silva, Ângelo Correia e Miguel Relvas. Estes dois últimos desmentiram de imediato ter tido contacto com André Ventura, tendo Correia admitindo que não fala com o líder do Chega há 15 anos. Já Gomes da Silva, antigo dirigente do PSD e antigo ministro dos Assuntos Parlamentares do curto Governo de Pedro Santana Lopes, acabou por confirmar as palavras do líder do Chega.

Em entrevista à RTP, feita antes das últimas declarações do líder do Chega, Luís Montenegro afirmou que as palavras de Ventura “não têm explicação” e que é mais um episódio que “tem tentado lançar para ver se as pessoas olham para ele nesta campanha eleitoral”.

(Notícia atualizada às 21h27, com as declarações de Ventura à RTP)

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Liberais atacam voto útil com campanha nas redes

  • + M
  • 5 Março 2024

Iniciativa Liberal coloca frente a frente, nas redes sociais, os cabeça de lista do partido e da AD. Na mira o ataque ao voto útil.

Com o voto útil na mira da coligação liderada por Luís Montenegro, a Iniciativa Liberal lançou esta terça-feira nas redes sociais a pergunta “Quem é que preferes eleger?”. As opções apresentadas pelos liberais são entre os candidatos do partido liderado por Rui Rocha e os da Aliança Democrática, apresentando, em 10 círculos eleitorais, as alternativas das duas forças políticas. “As caras do passado e do “mais do mesmo” ou a visão de futuro de que o país precisa?”, pergunta o partido que, a título de curiosidade, tem nestes 10 círculos duas mulheres como cabeça de lista, versus 10 homens da AD.

As redes sociais, sem surpresa, têm sido cada vez mais utilizadas pelos partidos. No X, antigo Twitter, a Iniciativa Liberal apresenta mesmo o maior número de seguidores, com 79,1 mil. O PSD é a segunda força política (69,7 mil), seguida de PS (62,7 mil) e Chega (57.5 mil).

Pedro Nuno Santos tem mais do dobro dos seguidores de Montenegro – 41,8 mil vs 19,2 mil –, mas as publicações do líder do PSD geram mais engagement (2,21% vs. 0,93%) e mais interações (426 vs 391), avançou esta terça-feira a LLYC, no estudo Análise da Conversação Social Eleições Legislativas 2024.

Análise da Conversação Social Eleições Legislativas 2024 /LLYC /1 de janeiro a 29 de fevereiro de 2024

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Macron desafia aliados a “não serem cobardes” no apoio à Ucrânia

Numa altura em que se debate a necessidade de reforçar o armamento à Ucrânia e a possibilidade de se enviarem tropas, Macron desafiou os aliados a "não serem cobardes" no apoio à Ucrânia.

O presidente francês desafiou os aliados da Ucrânia a “não serem cobardes” no apoio ao país no combate à invasão russa, e admitiu não excluir a possibilidade de ser necessário enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, ainda que a maioria dos aliados europeus já tinha rejeitado essa hipótese.

Estamos certamente a aproximar-nos de um momento na Europa em que será necessário não sermos cobardes“, disse esta terça-feira Emmanuel Macron, durante uma visita à República Checa que serviu de oportunidade para promover um plano de reforço do armamento da Ucrânia através de fornecedores fora da Europa.

Numa conferência sobre segurança em Munique, no mês passado, o presidente da República Checa garantiu ter capacidade de recolher uma “quantidade substancial” de armamento para a Ucrânia fora do continente. Petr Pavel afirmou que, em colaboração com o Canadá e a Dinamarca, os checos “identificaram” 500 mil cartuchos de munições de 155 milímetros e 300 mil cartuchos de 122 milímetros “que poderiam ser entregues dentro de semanas” se se recorressem a fundos comunitários para financiar a compra.

De acordo com o Financial Times, Praga estará a tentar reunir cerca de 1,38 mil milhões de euros para pagar este reforço do armamento, e atualmente 15 nações parecem dispostas a aderir à iniciativa, incluindo a França. Os Países Baixos já se comprometeram a doar 100 milhões de euros.

Na mesma declaração, Macron afirmou que tanto a França, como a República Checa, estavam “conscientes de que a guerra está de volta ao solo [na Europa]”, e alertou que algumas potências económicas tornaram-se “imparáveis” e estão a “alargar todos os dias a sua ameaça de ataque”. Perante esse risco, o chefe de Estado francês defendeu ser imperativo o bloco europeu “estar à altura da história e da coragem que ela exige”.

Macron chegou mesmo a sugerir a utilização das receitas provenientes dos ativos russos congelados na Europa para financiar a defesa da Ucrânia, estimando-as em entre três a cinco mil milhões de euros por ano, mas acabou por recuar, defendendo que esse capital deve permanecer intocável.

“Não somos a favor de fazer coisas proibidas pelo direito internacional e de abrir um debate que, na minha opinião, enfraqueceria a Europa”, afirmou.

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