Sete anunciantes são responsáveis por um quinto do investimento publicitário em janeiro

Os 20 maiores anunciantes em janeiro foram responsáveis por 40,4% da publicidade. A televisão foi o meio em que as marcas mais apostaram, recolhendo 92,3% do total do investimento a preços de tabela.

Sete anunciantes foram responsáveis por um em cada cinco euros investidos em publicidade durante o mês de janeiro. As conclusões são da MediaMonitor, do grupo Marktest, que faz a análise a preços de tabela.

No primeiro mês do ano, 20% do investimento publicitário foi assim da responsabilidade de sete anunciantes, sendo eles o Ediclube, Modelo Continente, Procter & Gamble, McDonald’s, Unliver Fima, Lidl e a Med&cr – Serviços De Gestão De Cartões De Saúde.

O Ediclube foi o maior dos anunciantes no mês de janeiro, sendo responsável por um share of voice de 4,1% face ao total do mercado publicitário de televisão, rádio, imprensa, outdoor e Internet. Esta percentagem aumenta para 10% quando analisada apenas entre o total dos 20 maiores anunciantes do mês.

Já o Modelo Continente ocupa o segundo lugar com 3,4% de share of voice face ao total do mercado publicitário e 8,4% em relação aos 20 maiores anunciantes, enquanto a Procter & Gamble alcançou a terceira posição, com um share of voice de 2,7% no que diz respeito ao total do mercado publicitário e de 6.6% face à principal vintena de anunciantes.

Entre os 20 maiores anunciantes, que foram responsáveis por 40,4% da publicidade (sempre a preços de tabela) encontram-se seis empresas da grande distribuição, cinco do grande consumo, duas de telecomunicações e sete de outros setores.

A televisão foi o meio em que os maiores investidores apostaram em maior medida, para onde canalizaram 97,4% dos seus orçamentos, refere o estudo da MediaMonitor.

 

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CEO da Mota-Engil considera que ações continuam “subvalorizadas”. Subiram 256% num ano

  • ECO
  • 5 Março 2024

O CEO da construtora, Carlos Mota Santos, afirma que cotação da Mota-Engil ainda não reflete o valor da empresa. Algumas metas do plano estratégico até 2026 serão antecipadas.

Carlos Mota Santos garante que a Mota-Engil vai atingir mais cedo alguns dos objetivos previstos para 2026, depois de a construtora ter apresentado um lucro recorde de 113 milhões de euros no ano passado. A cotação das ações mais do que triplicou no último ano, mas o gestor considera que continua a não refletir corretamente o valor da construtora.

“Continuo a considerar que as ações estão subvalorizadas”, afirmou o CEO em entrevista telefónica à Bloomberg. “Há novos projetos em curso que suportam a nossa opinião de que alguns preços-alvo deveriam ser mais elevados“, acrescentou. Os títulos da Mota-Engil valorizam 256% nos últimos seis meses.

Carlos Mota Santos, que assumiu a liderança da Mota-Engil há pouco mais de um ano, referiu ainda à agência norte-americana que “alguns dos objetivos para 2026 serão antecipados”. “As metas que gostava de antecipar são as que estão ligadas à rentabilidade”, precisou o gestor.

O plano estratégico 2022 – 2026 prevê um crescimento do volume de negócios para 6.040 milhões de euros até ao final do período, com o EBITDA a atingir 955 milhões e o resultado líquido 180 milhões de euros.

A Mota-Engil fechou 2023 com resultados que considera ser “os melhores da sua história”. A empresa liderada por Carlos Mota dos Santos viu os lucros mais do que duplicarem para 113 milhões de euros, traduzindo-se num disparo de 120% quando comparado com o período homólogo.

No ano passado, o volume de negócios da empresa cresceu 46% para 5.552 milhões de euros. Um patamar que alcança “pela primeira vez na história do grupo”, depois de em 2022 ter registado um recorde de 3,8 milhões de euros. Carlos Mota Santos afirmou à Bloomberg que o crescimento da receita irá evoluir de forma mais moderada até 2026.

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Afinal, para que servem os estágios? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham em média 38,4 anos, valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.

Milhares de jovens saem das universidades portuguesas todos os anos e uma parte significativa acaba em estágios. Mas, afinal, os estágios têm ou não valor ou são uma forma de as empresas substituírem trabalhadores com baixos custos? Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Sara Ramos, diretora executiva do Garantia Jovem, junta-se a nós para debater esta questão, garantindo que o estágio pode ser uma experiência com valor para o jovem e para o empregador.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou através deste link.

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Sara Ramos explica-nos como funciona a Garantia Jovem – programa que tem sido desenvolvido no seio do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para combater o desemprego jovem – e fala-nos sobre as condições de estágio que têm sido garantidas aos jovens portugueses.

Falamos ainda sobre o problema do desemprego jovem e como resolvê-lo. Sara Ramos entende que esse é um trabalho que deve ser feito do lado do trabalhador (melhorando as qualificações de alguns destes desempregados, por exemplo), mas também do lado dos empregadores, oferecendo salários ajustados às qualificações dos portugueses. “Precisamos também da responsabilidade dos empregadores”, sublinha.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de março, vamos explorar essa questão do ponto dos estágios.

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Zeoos levanta 1 milhão para ajudar ligar marcas aos marketplaces

Startup que atua na área de ecommerce pretende consolidar parcerias com os principais marketplaces, melhorar a plataforma e reforçar equipa.

A Zeoos, plataforma nacional de gestão de ecommerce para apoiar marcas, produtores e revendedores na ligação a marketplaces, levantou um 1 milhão de euros, numa ronda liderada pela Lince Capital. Startup pretende consolidar parcerias com os principais marketplaces, melhorar a plataforma e reforçar equipa.

“A parceria com a Lince Capital permitiu-nos focar na escalabilidade do negócio, investindo no desenvolvimento técnico da plataforma e reforçando a equipa em posições-chave que nos permitam ambicionar um maior crescimento e fazer do Zeoos uma plataforma de referência no ecommerce internacional, agilizando integrações e facilitando as relações entre sellers e marketplaces”, refere Filipe Themudo.

“Com este investimento, teremos mais força para crescer e desenvolver o negócio, tornando-o diferenciador e abordando o mercado internacional com uma proposta de valor mais forte e sustentável”, diz o CEO da Zeoos, citado em comunicado.

A Zeoos pretende facilitar a ligação entre marcas, produtores e revendedores aos marketplaces, agilizando “a experiência de venda D2C dos seus parceiros”, gerindo, “através de um único interface, as vendas em vários marketplaces e oferecendo, simultaneamente, serviços de gestão e logística.”

Com este investimento, liderado pela Lince Capital, pretende consolidar parcerias com os principais marketplaces, melhorar a plataforma com a adição de novos módulos e reforçar a sua equipa ao longo do ano.

Hoje a startup conta com uma equipa interna com quatro elementos e mais sete em regime de outsourcing. “Iremos reforçar a equipa comercial (certamente) e, potencialmente, contratar um novo quadro técnico (developer). Para reforçar a equipa interna”, adianta fonte oficial ao ECO.

“As contratações (que estimamos sejam entre 3 a 5 pessoas em 2024) vão depender da performance do projeto e do crescimento verificado. Vamos adicionando na proporção do crescimento”, refere a mesma fonte. Profissionais de ecommerce, gestão comercial / customer success são os perfis procurados numa primeira fase. “Posteriormente, focar-nos-emos em alguém mais ligado às operações e comércio internacional. Para a equipa tech, iremos procurar backend developers e/ou full stack developers“, adianta.

“Foi com enorme entusiasmo que participámos na recente ronda de investimento da Zeoos, que apresenta uma tecnologia proprietária de grande valor acrescentado, aliada a um modelo de negócio altamente escalável e uma equipa com vasta experiência no setor do e-commerce”, reforça Tomás Lavin Peixe, head of innovation funds da Lince Capital. “Estamos bastantes confiantes com as perspetivas de crescimento para os próximos anos e comprometidos em apoiar ativamente a Zeoos no seu crescimento e expansão nacional e internacional”, diz, citado em comunicado.

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Banco Montepio paga taxa de 8,5% por emissão de 250 milhões

Banco liderado por Pedro Leitão fechou esta terça uma operação de financiamento de 250 milhões de euros em títulos a 10 anos e que contam para os rácios de capital. Vai pagar taxa de cupão de 8,5%.

O Banco Montepio concluiu esta terça-feira uma emissão de dívida a mais de dez anos no montante de 250 milhões de euros. Os títulos contam para o cumprimento dos rácios de capital Tier 2 e vão ter uma taxa de cupão de 8,5%, de acordo com os dados avançados pelo site de informação financeira IFR.

A operação registou uma procura de 875 milhões de euros, 3,5 vezes mais do que o montante emitido pelo banco português. A forte procura do mercado acabou por ajudar a baixar a taxa de juro dos 9% para os 8,5%.

Os títulos contam para o rácio Tier 2 e têm a maturidade de 10,25 anos (vencem junho de 2034), sendo que o banco liderado por Pedro Leitão pode recomprar antecipadamente ao fim de cinco anos (março de 2029).

Se a emissão não for reembolsada antecipadamente, a taxa de juro para o período remanescente será indexada à taxa swap a 5 anos adicionada de um spread de 5,815%, adianta o Banco Montepio em comunicado enviado ao mercado.

De acordo com o banco, a alocação final foi feita junto de 80 investidores institucionais diversificados geograficamente: Ibéria (33%), Reino Unido (30%), França (13%), Itália (5%), entre outros.

A operação surge num momento em que o Banco Montepio continua a recuperar a confiança do mercado, depois de nos últimos anos ter realizado uma profunda reestruturação com a saída de 650 trabalhadores, fecho de balcões e limpeza do balanço, com vista a ser mais rentável.

Na semana passada a Fitch melhorou o rating em dois níveis, passando de “B+” para “BB”, mantendo-se, ainda assim, num patamar de investimento especulativo. Foi o segundo upgrade no espaço de 12 meses, num total de quatro níveis.

“Após o reconhecimento por parte das agências de rating, este resultado vem agora confirmar, inequivocamente, o interesse e a confiança por parte dos investidores, a nível global, no atual modelo de gestão do Banco Montepio, evidenciado no sucesso alcançado nos principais indicadores de rendibilidade, de capital e de risco”, disse o banco.

O banco detido pela Associação Mutualista registou lucros de 28,4 milhões de euros em 2023, uma descida de 16% em comparação com 2022, com o resultado a ser penalizado pela operação de venda do negócio em Angola. Sem a transação do Finibanco Angola, teria registado lucros de 144,5 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 18h18 com reação do banco)

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Hoje nas notícias: ricos, alojamento local e donativos políticos

  • ECO
  • 5 Março 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os mais ricos do país, que ganham cerca de 21 mil euros brutos por mês, estão concentrados em oito municípios do país, segundo os dados do gabinete de estudos do Ministério das Finanças. E os portugueses continuam a apostar forte nos jogos online, sendo que no ano passado o valor total ascendeu a 15.424,6 milhões de euros, mais 35% do que em 2022. A falta de professores continua. A três meses dos exames nacionais e do fim do ano letivo há ainda 42 mil alunos sem professor a, pelo menos, a uma disciplina.

Oito concelhos concentram os mais ricos do país

Os 0,1% mais ricos do país ganham cerca de 21 mil euros brutos por mês e concentram rendimentos em oito municípios do país: Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Loulé. A conclusão é do Gabinete de Estudos do Ministério das Finanças, que em janeiro atualizou o “Dashboard de Desigualdades de Rendimento e IRS”, que analisa os níveis de desigualdades de rendimentos declarados e englobados no IRS.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ilegalidades fazem disparar fecho de alojamentos locais

Nos últimos sete anos, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu 94 alojamentos locais e instaurou 2.210 contraordenações, mas foi no último ano que detetou mais irregularidades nesta atividade. Nunca houve tantos alojamentos locais em incumprimento e nunca houve foram suspensos tantos como em 2023: 49, em comparação com cinco em 2022, no país, e 20 comparativamente a dois em 2022, em Lisboa. Só em 2023, a ASAE recebeu 491 denúncias relativas a irregularidades nestes espaços.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Listas de donativos ao Chega estão incompletas. Faltam os maiores doadores

As listas de doadores do Chega entregues este fim de semana por André Ventura aos jornalistas, após uma investigação da TVI, não incluem inúmeras doações ao partido em 2020 e 2021. Em causa, por exemplo, estão cerca de 40 mil euros de grandes empresários, numa altura em que o partido tinha apenas um deputado e pouca subvenção pública. A primeira diferença nota-se na comparação da soma dos donativos dessas listas com os valores totais de donativos que comunicou no final de cada ano à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP). Em 2022 faltam 8 mil euros, valor que sobe para 64 mil euros em 2021 e 55 mil em 2020.

Leia a notícia completa na CNN Portugal (acesso livre)

Apostas online superam investimento em certificados

No ano passado, os portugueses gastaram 15.424,6 milhões de euros em apostas online, mais 35% do que em 2022, indicam os dados divulgados pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ). O montante corresponde a uma média de 1,76 milhões por hora ou a 29.346 euros por minuto. Em termos de comparação, o investimento realizado no ano passado pelos portugueses em Certificados de Aforro foi de 14.433,59 milhões de euros, ou seja, cerca de mil milhões de euros abaixo das apostas online.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago)

Mais de 40 mil alunos sem professor

Agrava-se o problema da falta de professores. A três meses dos exames há 42 mil alunos sem docente a pelo menos uma disciplina, segundo dados divulgados pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), tendo como base os horários por preencher lançados pelas escolas na semana passada. Há 15 dias, o contador da Fenprof apontava para 30 mil alunos sem docentes. Lisboa (12.560), Setúbal (8.010), Faro (3.620), Porto (2.945), Santarém (2.325) e Leiria (2.220) são os distritos onde há mais alunos com falta de professores. Educação Especial, Português, Inglês, Geografia e Matemática são as disciplinas com maiores carências.

Leia a notícia completa em Correio da Manhã (acesso pago)

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Bancos vão continuar a existir, mas empresas são o futuro da distribuição de serviços financeiros

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  • 5 Março 2024

Soluções financeiras integradas em plataformas não financeiras já são uma realidade. Apesar da evolução, fintechs ainda enfrentam desafios de regulação e de relação com fornecedores mais tradicionais.

As fintechs deram um novo fôlego ao ecossistema financeiro, abrindo portas à revolução de uma indústria com players e regras estabelecidas há longos anos. A banca tradicional vai continuar a desempenhar um papel de fundo importante, mas as empresas serão o futuro da distribuição de serviços financeiros integrados em negócios do dia-a-dia. Esta é apenas uma das conclusões da conferência Embedded Everything, organizada pela Portugal Fintech com o apoio do ECO.

O consenso reinou ao longo do evento, com todos os participantes a concordar que os serviços financeiros integrados estão a tornar-se parte do quotidiano. Além dos pagamentos dentro de aplicações ou da contratação de seguros, até pedir empréstimos em plataformas não-financeiras já é possível. O conceito de “compre agora, pague depois”, concretiza-o, permitindo em “apenas alguns segundos obter um crédito para adquirir um bem a prestações, fornecendo informações básicas e sem necessidade de recorrer a um banco”, começou por exemplificar Gonçalo Santos Lopes, country manager da Visa em Portugal.

Esta integração já é real no ecossistema empresarial e o comércio começa também a apostar neste sentido. Entre as grandes tendências do momento, verifica-se que os comerciantes estão “a conceber a sua própria experiência de pagamento e de crédito”, explicou, construindo a sua estrutura de pagamento integrado e assumindo o controlo da experiência oferecida ao cliente.

As empresas que oferecem a possibilidade de comprar agora e pagar depois, começam a criar parcerias com comerciantes online, até porque “61% dos consumidores já utiliza ou é a favor da utilização de serviços financeiros integrados nas compras online”, apontou Germain Bahri, responsável pela área de parcerias estratégicas do grupo Solaris.

Contudo, e apesar do comércio online ser “mais sexy”, a incorporação de soluções financeiras também já se faz nas lojas físicas, uma vez que “dois terços das transações nas lojas de retalho continuam a ser offline”, afirmou Luís Gama, da Unicre.

Outra grande tendência é o financiamento incorporado de “marca branca”, referiu o responsável da Visa. Isto é, para democratizar o acesso aos sistemas de financiamento integrado, empresas como a Klarna, por exemplo, permitem que os comerciantes mais pequenos e com menos recursos possam recorrer a essas soluções, independentemente da sua dimensão.

As oportunidades e os desafios

É cada vez mais claro que as empresas estão, de facto, a agarrar um papel de destaque nos serviços financeiros. Meaghan Johnson, fundadora da Digital Maggs, referiu, inclusive, que “marcas e empresas são o futuro da distribuição de serviços financeiros”, embora os bancos continuem a ser necessários para fazer o trabalho que fica “por baixo do icebergue”.

Os benefícios da integração são notórios, particularmente quando as fintechs podem atuar na sua área de especialidade: a construção de infraestruturas centradas nas necessidades do cliente, que baixam os custos, com programação de sistemas mais rápida e com a vantagem de adaptar os produtos mais rapidamente aos mercados.

Do ponto de vista da marca, o financiamento integrado elimina a necessidade de serviços financeiros aprofundados, conhecimento e experiência, assim como os requisitos de licenciamento. De acordo com Germain Bahri, desta forma, as empresas ganham “novos fluxos de receitas, mais opções de financiamento e fidelizam clientes”,

No entanto, não é surpreendente que exista alguma tensão entre novos e tradicionais intervenientes. Além do natural atrito, a regulação é outro desafio. Embora seja importante garantir o funcionamento seguro dos serviços financeiros os reguladores têm vindo a “travar” o crescimento da integração dos serviços financeiros, disse Johnson, precisamente para não pôr em causa as regras de compliance que os bancos já se habituaram a cumprir.

Os próprios serviços financeiros integrados têm agora de “recuperar o atraso em relação às entidades reguladoras”, alertou Vera Cardoso, da Morais Leitão, explicando que isto é o que “acontece sempre com novos setores” e que esta gestão de risco é necessária também pelo aumento da exposição “a riscos cibernéticos e à fraude”.

Ainda assim, a mensagem final surge no sentido de abraçar esses desafios, disse Gonçalo Graça Santos, da Via Direta, nomeadamente “juntando reguladores, fornecedores, produtores de serviços financeiros integrados, fintechs e consumidores num trabalho conjunto” para mitigar tensões e acompanhar a revolução em marcha no setor.

Conheça as intervenções e assista aos vídeos da conferência Embedded Everything AQUI.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de março

  • ECO
  • 5 Março 2024

Ao longo desta terça-feira, 5 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Albert Soler liderará o novo plano estratégico do Metropolitan Sports Club & Spa

  • Servimedia
  • 5 Março 2024

Albert Soler assume a direção da empresa Metropolitan-Sports Club & Spa para liderar a implementação do novo plano estratégico da empresa, com uma nova fase de expansão.

A empresa lidera o segmento de academias de fitness na Espanha, sendo a única premium, com 20 centros atualmente, 90.000 sócios, 120.000 m2 de instalações e uma equipe de 1.200 profissionais. A nova responsabilidade de Albert Soler foi comunicada internamente no final de 2023. Nos meses anteriores, ele trabalhou na elaboração do plano estratégico, que já começou a ser implementado.

“Queremos elevar a marca e o conceito premium da Metropolitan, onde o desporto está associado a um estilo de vida de qualidade em saúde, lazer e bem-estar. Trabalharemos para fortalecer o conceito de clube, acima da academia e do centro desportivo clássico”, explica Albert Soler sobre a visão da empresa.

José Antonio Castro, fundador e acionista majoritário da Metropolitan há 35 anos, confia em Albert Soler para a estratégia e impulso da nova fase da empresa. A Metropolitan, que atualmente conta com 1.200 funcionários e 10 clubes próprios, planeia investir 23 milhões de euros em 2024 no plano de expansão e reformas dos seus centros.

A última inauguração da rede foi em Sant Just Desvern (Barcelona), um centro de saúde e bem-estar integral localizado no Hotel Hesperia Sant Just. As instalações contam com uma sala de fitness com a última tecnologia da Technogym (Biostrength, Biocircuit), Crossmet, Cycling, HBX, salas de yoga, pilates, spa, centro de beleza, espaço de coworking, restaurante café, espaço infantil e uma impressionante área de treinamento ao ar livre.

Soler é um especialista da indústria do desporto que desenvolveu a sua carreira entre a administração e o setor privado. Ex-jogador profissional de polo aquático, o novo CEO da Metropolitan atuou como diretor de Desportos do Município de Barcelona, onde assumiu a direção-geral do Instituto Barcelona Desportos e diretor do Plano Estratégico do Desporto de Barcelona. Em 2008, foi nomeado diretor-geral de Desporto do Conselho Superior de Desporto e, entre abril e novembro de 2011, foi nomeado secretário de Estado do Desporto. No setor privado, foi diretor de Desportos Profissionais e Relações Institucionais do FC Barcelona de 2014 a 2021. Após passar pelo Barça, retornou ao Conselho Superior de Desportos, onde atuou como diretor-geral de Desportos até janeiro de 2023.

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Química portuguesa Bondalti lança OPA de 329 milhões sobre gigante espanhola Ercros

Empresa química do Grupo José de Mello oferece 3,6 euros por ação, um prémio de 40,6% sobre a cotação de fecho. Ercros tem sede em Barcelona, 1.350 trabalhadores e faturou 750 milhões em 2023.

A empresa química Bondalti lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre 100% das ações da espanhola Ercros, através da subsidiária Bondalti Ibérica, com sede em Barcelona. A operação está condicionada à aceitação de mais de 75% do capital. O anúncio fez disparar a cotação das ações da empresa catalã, que esta manhã chegaram a valorizar 38%.

A oferta comunicada à CNMV é de 3,6 euros por ação, o que corresponde a um prémio de 40,6% sobre a cotação de fecho do mercado registada na segunda-feira (2,56 euros) e de mais de 51% face ao preço médio no último mês. O valor total da operação ronda os 329 milhões de euros, calcula a empresa portuguesa, que pretende retirar as ações da Ercros da bolsa espanhola.

Fábrica da Bondalti em Estarreja

Especializado na produção e venda de produtos químicos e farmacêuticos, o grupo industrial catalão emprega 1.350 pessoas e tem três divisões: cloro, produtos químicos e farmacêutica. Em 2023, atingiu uma faturação de cerca de 750 milhões de euros e lucros de 27,5 milhões de euros.

A Bondalti garante que vai manter a sede da Ercros em Barcelona, assim como os postos de trabalho e a presença nas quatro regiões em que opera (Catalunha, Comunidade Valenciana, Aragão e Madrid), sublinhando ainda que tem “plena confiança no trabalho da equipa de gestão”.

A união com a Ercros permite formar um grupo com a dimensão e a capacidade financeira necessárias para fazer face aos desafios que a indústria química europeia enfrenta.

João de Mello

Presidente da Bondalti

Em comunicado, João de Mello, presidente da Bondalti, destaca que “a união com a Ercros permite formar um grupo com a dimensão e a capacidade financeira necessárias para fazer face aos desafios que a indústria química europeia enfrenta”.

“Acreditamos que a oferta representa uma proposta financeira muito atrativa para os atuais acionistas assim como para a própria empresa, que beneficiará da experiência e da solidez financeira de um sócio industrial como a Bondalti. Isto fortalece a estratégia de crescimento e a competitividade da empresa nos mercados, ao ganhar escala e uma equipa profissional de elevada competência como os quadros da Ercros”, acrescenta.

João de Mello, presidente da Bondalti

Presente em Espanha há mais de 20 anos, a empresa lucrou 52 milhões de euros em 2022, um crescimento homólogo de 172%. É detida pelo Grupo José de Mello, que regista um volume de negócios de 1.255 milhões de euros, soma 2.400 milhões de euros em ativos sob gestão e assegura cerca de 14.800 postos de trabalho.

Do outro lado da fronteira, a Bondalti emprega mais de 200 pessoas e controla atualmente duas unidades produtivas — em Torrelavega (Cantábria) e em Alfaro (La Rioja) –, assim como um centro logístico em Vigo, além de quatro escritórios em Barcelona, Madrid, Pontevedra e Logronho.

O grupo nacional frisa que este negócio “dará lugar a uma empresa industrial que terá a escala necessária para competir no complexo mercado atual, investindo continuamente em inovação e sustentabilidade, antecipando-se aos desafios que a indústria química europeia enfrenta para fazer face à crescente procura por produtos mais verdes e ser um agente ativo da transição energética.

Nesta operação, a Bondalti contou com a assessoria legal da Cuatrecasas e financeira do Banco Santander.

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Salomon 1965 estreia a marca ‘Casa Teva’ com a abertura de um novo hotel em Barcelona no mês de junho

  • Servimedia
  • 5 Março 2024

Salomon 1965, um grupo financeiro liderado por Harry e Toni Serra, está a finalizar a abertura de um novo hotel em Barcelona e o fará com uma nova marca, 'Casa Teva'.

Através da divisão hoteleira By Salomon Hospitality, o hotel de quatro estrelas abrirá em junho e pretende ser um projeto que une hospitalidade e proximidade com conforto sem exageros, para que o hóspede se sinta em casa, conforme informou o grupo em um comunicado.

‘Casa Teva’ Barcelona, de quatro estrelas, será gerido pelo Majestic Hotel Group, com quem Salomon já possui acordos de exploração em outros hotéis. O investimento de Salomon 1965 nesse novo hotel, o antigo Hotel Bárbara, é de quatro milhões de euros, após ter assinado um contrato de arrendamento de 30 anos com a propriedade, de origem familiar, e após ter realizado um processo de reabilitação e adequação do edifício no último ano. Localizado no Raval, terá 54 quartos e espaços para refeições para cem pessoas, sob o comando do chef Tomás Abellán.

“Vimos que isso representava uma grande oportunidade porque nos permitiu recuperar o valor deste imóvel, respeitando a sua tradição e conexões com o ambiente do bairro e oferecer uma proposta diferenciada”, afirma Harry Serra, CEO e co-fundador da family office Salomon 1965.

Para os irmãos Serra, fortalecer uma nova marca hoteleira significa ir além e está estreitamente ligado a um compromisso decidido em criar valor agregado nos projetos impulsionados, além dos objetivos financeiros estabelecidos.

A carteira de hotéis do grupo catalão atualmente tem 15 estabelecimentos, com um investimento acumulado de 60 milhões de euros. Entre os ativos que possuem, em regime de propriedade ou copropriedade com outras marcas, encontram-se Chic & Basic, Pulitzer, Isabella’s Llafranc – com o Grupo Isabella’s – e dois hotéis de luxo que também estão localizados na Costa Brava, mais especificamente em Begur e Tamariu, em parceria com o grupo Casa Bonay.

Salomon 1965 também é referência em investimentos no setor de restaurantes – em conhecidos restaurantes do Grupo Isabella’s, Crep Nova ou Good News -, além de ser acionista em outros projetos empresariais em ascensão.

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Chega pode receber 3,7 milhões em subvenção se conseguir 20% dos votos

Partidos recebem subvenções públicas para o funcionamento corrente bem como para financiar despesas da campanha eleitoral, que varia consoante número de votos. Valor atribuído ao Chega deverá subir.

A escolha dos portugueses em quem votar determina a composição da Assembleia da República e a formação do Governo, mas também influencia o financiamento público dos partidos. Há subvenções para a campanha eleitoral e também montantes anuais para o funcionamento corrente dos partidos, que vão variando consoante os resultados eleitorais. Nestas eleições, o Chega é um dos partidos que deverá crescer mais face às últimas eleições, o que fará aumentar a subvenção a que tem direito. Se atingir os 20%, a subvenção anual pode chegar aos três milhões de euros.

Existem dois tipos de subvenções públicas para os partidos que obtêm um certo número de votos. Há o financiamento das campanhas eleitorais, uma medida que foi introduzida para evitar financiamentos encapotados, bem como uma subvenção pública anual, para o funcionamento corrente dos partidos.

A subvenção para as campanhas, que é atribuída aos partidos que concorram, no mínimo, a 51% dos lugares sujeitos a sufrágio para a Assembleia da República e que obtenham representação, equivale no seu conjunto a 20 mil vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS). O valor total das subvenções para as campanhas este ano será de 8,1 milhões de euros.

Esse valor vai ser distribuído entre os partidos políticos que têm direito à subvenção, sendo que 20% são distribuídos em partes iguais e os restantes 80% são distribuídos na “proporção dos resultados eleitorais obtidos”. Se continuarem a ter representação oito partidos, cada um recebe cerca de 200 mil euros — do bolo que é repartido igualmente. Já o montante que há para distribuir consoante as votações é de 6,5 milhões.

As últimas sondagens têm colocado o Chega a obter entre 15% a 20% dos votos, pelo que pode obter uma fatia considerável das subvenções. Considerando o valor mais alto apontado, teoricamente a subvenção poderia chegar aos 1,3 milhões de euros, mas esta não pode ser superior às despesas dos partidos, ou seja, recebem consoante o que gastam, tendo este teto.

A lei determina também o limite máximo admissível de despesas, que depende igualmente do IAS e que este ano é de 24.444,48 por cada candidato.

O partido prevê gastar 700 mil euros e, deste montante, conta que a subvenção estatal vai cobrir 300 mil euros, segundo o orçamento da campanha eleitoral entregue no Tribunal Constitucional, com 400 mil a virem da contribuição do partido. Essa subvenção deverá, no entanto, ser mais elevada, se se confirmarem as sondagens.

O PS, por exemplo, espera uma subvenção estatal de 2,55 milhões de euros, o que cobre toda a campanha. A Aliança Democrática conta com uma subvenção de 2,15 milhões, que não é suficiente para todas as despesas previstas pela coligação composta pelo PSD, CDS e PPM (2,5 milhões) mas corresponde à maior fatia.

É de salientar ainda que este tema do financiamento fez surgir uma polémica nesta campanha eleitoral, depois de Mariana Mortágua acusar o Chega de não ter entregue à Entidade das Contas “os dados que devia ter entregado, obrigatórios por lei para todos os partidos”. Segundo uma investigação da TVI/CNNPortugal, a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, que funciona junto do Tribunal Constitucional, encontrou indícios de “incumprimento da lei dos donativos” e “eventuais financiamentos proibidos” nas contas do Chega de 2019, ano da fundação do partido que deixou de entregar listas de donativos nos anos mais recentes (2021 e 2022).

Já a subvenção anual, para financiamento dos partidos, “consiste numa quantia em dinheiro equivalente à fração 1/135 do valor do IAS, por cada voto obtido na mais recente eleição de deputados à Assembleia da República“, aplicando-se sobre isto um desconto de 10%. Ora o valor do IAS é, atualmente, de IAS 509,26 euros, pelo que a subvenção prevista é de 3,40 euros por voto.

Se o Chega atingir os 20%, tendo por base o número de votantes totais nas últimas legislativas, a subvenção poderia atingir os 3,7 milhões de euros, de acordo com os cálculos do ECO. Mas tudo dependerá de quantos votos conseguem realmente obter, já que as sondagens dos últimos dias têm variado bastante e apresentam um número atipicamente elevado de indecisos.

Em 2022, o Chega recebeu 1,1 milhões de euros, depois de ter obtido 385 mil votos, enquanto o PS ficou com uma subvenção anual de 6,6 milhões de euros e o PSD com 4,6 milhões.

Existe ainda um montante para “cada grupo parlamentar, ao deputado único representante de um partido e ao deputado não inscrito em grupo parlamentar da Assembleia da República, destinado a “encargos de assessoria aos deputados, para a atividade política e partidária em que participem e para outras despesas de funcionamento, correspondente a quatro vezes o IAS anual, mais metade do valor do mesmo, por deputado, a ser paga mensalmente”.

É de salientar que a subvenção anual também é concedida aos partidos que, “tendo concorrido à eleição para a Assembleia da República e não tendo conseguido representação parlamentar, obtenham um número de votos superior a 50.000, desde que a requeiram ao Presidente da Assembleia da República”.

Este foi o caso do CDS, por exemplo, nas eleições legislativas de 2022. O partido não elegeu nenhum deputado mas obteve 89.113 votos, o que permitiu que ficasse elegível para as subvenções, no montante de 255 mil euros.

Mas como estes montantes dependem das votações, são sempre imprevisíveis. Um dos exemplos em que as estimativas acabaram por correr mal foi o de Maria de Belém, que quando se candidatou à presidência da República não superou os 5% de votos (os limites variam consoante o tipo de eleição) e assim ficou sem acesso à subvenção estatal. A sua campanha previa gastar 650 mil euros e, mesmo tendo gasto menos (cerca de 500 mil euros), a militante do PS não teve direito à subvenção, o que lhe teria permitido pagar a dívida.

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