“Continuamos menos otimistas que os mercados”, diz membro do BCE

Gediminas Šimkus, presidente do banco central da Lituânia, foi um dos três membros do Conselho do BCE que esta sexta-feira defendeu que o BCE seja mais conservador na gestão da política monetária.

A decisão do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) de manter inalteradas as taxas diretoras pela terceira reunião consecutiva não surpreendeu ninguém, por conta das declarações que vários governadores vinham a fazer. A começar pelas intervenções de Christine Lagarde, presidente do BCE, que dias antes, no decorrer do Fórum Mundial Económico em Davos, atirou para o verão a realização dos primeiros cortes das taxas diretoras do BCE.

Esta sexta-feira, três governadores do BCE reforçaram a ideia transmitida na quinta-feira em conferência de imprensa por Lagarde, de que o BCE deverá manter uma postura mais conservadora no que respeita à condução da política monetária. Foi o caso de Madis Müller, que esta sexta-feira de manhã referiu que ser “demasiado cedo para se falar em cortes de taxas”.

O presidente do banco central da Estónia e membro do Conselho do BCE referiu ainda que “agora há demasiado pouca confiança de que a inflação tenha sido derrotada”, apesar de as últimas previsões dos analistas profissionais publicadas num inquérito do BCE, publicadas esta sexta-feira, apontarem para uma inflação de 2,4% este ano, 0,3 pontos percentuais abaixo da anterior previsão que apontava para uma taxa de inflação em 2024 de 2,7%.

Recorde-se que, na quinta-feira, poucos minutos antes de ser conhecida a decisão do Conselho do BCE de que as taxas continuariam inalteradas, os investidores antecipam que a autoridade monetária da Zona Euro cortasse as taxas entre 130 e 140 pontos base ao longo deste ano.

Também esta sexta-feira o governador do banco central da Lituânia veio colocar água na fervura nas expectativas dos investidores. “Continuamos menos otimistas que os mercados quanto à redução das taxas”, referiu Gediminas Šimkus, esta manhã, sublinhando ainda que “estou confiante de que os dados não suportarão um corte em março.”

Šimkus considera “ser mais provável que os cortes de taxas ocorram à medida que o ano avança”. No entanto, em virtude de poderem ocorrer apenas mais tarde, o presidente do banco central da Lituânia sublinha que o BCE deverá dar passos mais rápidos nesse sentido

“É possível cortar mais tarde, mas dando passos maiores”, referiu também esta sexta-feira o croata Boris Vujčić, notando, contudo, que “preferia reduções de um quarto de ponto (25 pontos base) nas taxas quando começarem.”

Apesar disso, o presidente do banco central da Croácia salientou que “o quadro geral [da Zona Euro] é, atualmente, bom”, sublinhando que “a economia está mais numa fase de estagnação do que de recessão”, como também mostram os dados publicados esta sexta-feira pelo BCE, que apontam para uma “ligeira contração do PIB real no último trimestre de 2023, seguida de uma recuperação lenta da atividade económica ao longo de 2024.”

Para 2024 e 2025, os resultados do mais recente inquérito do BCE aos analistas profissionais apontam para uma revisão em baixa de 0,3 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente, com os analistas a anteciparem agora um crescimento do PIB de 0,6% em 2024 e de 1,3% em 2025.

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Euronext prepara sete empresas portuguesas para se lançarem em bolsa

As sete empresas nacionais que participam este ano no programa IPOready da Euronext já angariaram 1,1 milhões de euros em financiamento desde a sua fundação e veem a bolsa como o próximo passo.

Isabel Ucha está na Euronext Lisboa desde 2008 e desde 2019 que assumiu a presidência da empresa que gere a bolsa nacional.Hugo Amaral/ECO

Numa altura em que a Euronext Lisboa arrisca-se a perder mais uma empresa do seu principal índice, o grupo Euronext mostra-se empenhado contornar esta e outras saídas que possam ocorrer das suas bolsas através da captação de novas empresas.

É nesse sentido que esta sexta-feira é lançada mais uma edição do IPOready em Portugal, que este ano reúne o maior grupo de empresas desde o seu lançamento em 2015, com mais de 160 empresas de 15 países europeus, que procuram obter ferramentas e conhecimentos junto de uma série de especialistas para realizarem um IPO no futuro.

Foi isso que sucedeu com 28 das 920 empresas que já participaram neste programa ao longo dos últimos oito anos, incluindo três no ano passado – Florentaise (Paris), QEV (Amesterdão) e Yakkyo (Milão) – e uma portuguesa, a Raize em 2018.

Para este ano, o IPOready conta com sete empresas nacionais “que geram, em média, 21 milhões de euros em receitas anuais e empregam uma média de 144 funcionários”, refere a Euronext Lisboa em comunicado.

Entre estas empresas está o Doutor Finanças, uma empresa de intermediação de crédito que fechou 2022 com receitas acima dos nove milhões de euros como resultado de um crescimento médio anual de faturação de 38% desde 2020, e que no ano passado iniciou uma estratégia de crescimento assente num modelo de franchising de abertura de lojas pelo país.

“O nosso plano de crescimento a médio prazo prevê a internacionalização do Doutor Finanças. Neste contexto, uma entrada no mercado de capitais é uma excelente alternativa em termos de alavancagem financeira para este processo“, refere Paulo Velho Cabral, administrador financeiro do Doutor Finanças, ao ECO.

No entanto, refere que a empresa não tem “um timing fechado” para entrar em bolsa, confessando que a realização de um IPO não está nos seus planos nos próximos dois anos.

Além do Doutor Finanças, contam-se ainda seis outras empresas nacionais na edição deste ano do programa de pré-IPO da Euronext — Bring Global Services, Digidelta International, IMP Diagnostics, INOVA+ Innovation Services, Ophiomics e outra que preferiu manter o anonimato — que, em conjunto, “angariaram uma média de 1,1 milhões de euros em financiamento de capital próprio desde a sua criação”, refere a Euronext.

O leque de sete empresas do programa de 2024 é diverso, quer em setor quer em experiência, mas todas têm em comum uma visão de futuro ambiciosa, sendo um exemplo para muitos empresários”, refere José Pedro Luís, head of corporate and financial communications da H/Advisors CV&A — um dos quatro parceiros selecionados pela Euronext para acompanhar as empresas nacionais no programa que decorre até junho.

“Para o nosso workshop dedicado à área da comunicação corporativa e financeira, pretendemos demonstrar o impacto reputacional positivo de se estar em bolsa e explicar as regras e regulamentos de comunicar com o mercado de capitais“, destaca José Pedro Luís.

Além da CV&A no plano da comunicação, as sete empresas portuguesas serão acompanhadas por especialistas da CaixaBank BPI (banca), PWC (consultoria) e MLGTS (serviços jurídicos).

A edição deste ano do IPOready tem a novidade de passar a ser o programa único pré-IPO da Euronext, unindo os antigos programas TechShare, GoPublic, IPOready e FamilyShare sob a mesma estrutura e marca, e conta com a colaboração académica do INSEAD.

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Incubadora da ESA em Portugal quer “impulsionar” ideias de negócio espaciais

Programa destina-se a empreendedores, startups, PME, investigadores e estudantes que procurem criar ou impulsionar os seus negócios, com um apoio financeiro que varia entre 50 mil a 125 mil euros.

O ESA Space Solutions Portugal, coordenado pelo Instituto Pedro Nunes, abriu as candidaturas para o ESA Business Incubation Centre (ESA BIC) Portugal. A “maior rede de incubação na Europa” pretende apoiar startups e ideias de negócio que utilizem dados e tecnologias espaciais. O prazo para a submissão de candidaturas decorre até 10 de março.

O programa destina-se a empreendedores, startups, PME (até cinco anos), investigadores e estudantes, que procurem criar ou impulsionar os seus negócios. Os projetos selecionados irão contar com um apoio financeiro de 50 mil euros, ou investimento de até 125 mil euros em parceria com a Portugal Ventures.

O ESA BIC Portugal, o centro de incubação de empresas da Agência Espacial Europeia (ESA) no país, conta com uma rede de 15 incubadoras, incluindo nas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira.

Em comunicado, o Instituto Pedro Nunes realça que o ESA BIC Portugal promove, desde 2014, a criação de empresas no setor espacial, bem como a transferência e a comercialização de tecnologias espaciais.

A iniciativa, que conta com o apoio da ESA, da Anacom e da Portugal Ventures, já apoiou 58 startups que utilizam tecnologia espacial para inovar e criar novos produtos e serviços. Em 2022, essas startups geraram uma receita total de cerca de 6,2 milhões de euros e uma taxa de exportação de 60%.

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Investidores imobiliários pedem fim do escalão máximo de IVA para a construção

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2024

Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) propõe um conjunto de medidas para resolver a crise da habitação, onde se inclui a redução do IVA aplicado à construção.

A Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) propõe um conjunto de medidas para resolver a crise da habitação, onde se inclui uma reforma fiscal, nomeadamente a redução do IVA aplicado à construção. “Portugal vive há vários anos uma crise ímpar no setor da habitação que se vem agudizando, a APPII considera que não se pode esperar mais e que é este o momento para agir”, defendeu, em comunicado.

Neste sentido, a associação apresentou um conjunto de medidas base para iniciar a resolução deste problema. Em matéria fiscal, propõe o fim da aplicação do escalão máximo de IVA de 23% para a construção e do Adicional ao Impostos Municipal sobre Imóveis (AIMI). Para a associação, a carga fiscal no setor da habitação é excessiva, podendo situar-se entre os 40% e 50% (incluindo todas as taxas). É assim urgente implementar uma reforma fiscal para este setor, “que permita construir mais casas para todos os portugueses”.

Por outro lado, pediu confiança e estabilidade legislativa, sublinhando que para atrair investidores é necessário criar um “pacto de regime com incentivos para quem se comprometer a construir habitação nova, com a garantia de que essas medidas vão vigorar durante 10, 20, 30 anos”. A isto soma-se, no caso do arrendamento, um equilíbrio entre a proteção ao inquilino e ao proprietário, o que disse nunca ter acontecido dessa forma.

Os promotores e investidores imobiliários recomendam igualmente que seja levada a cabo uma “melhoria significativa” no processo de licenciamento urbanístico. Neste âmbito, reclamam a criação de uma estratégia nacional, com o objetivo de criar mais habitação para todos e uma aprovação mais ágil dos projetos residenciais, tendo em conta que quanto mais longo for o prazo de aprovação, “mais onerosa fica a construção”.

Apesar de classificar o simplex como “um bom primeiro passo”, a associação disse que existem algumas dúvidas, nomeadamente, quanto à sua aplicação prática e pede ainda a “aprovação rápida” de um código da construção.

Segundo a mesma nota, é ainda sugerida a criação de incentivos para investidores que queiram apostar na criação de habitação nova, o levantamento e venda de património devoluto do Estado para construção de habitação acessível, bem como a cedência de terrenos públicos para este mesmo fim.

Soma-se a criação de linhas bonificadas para a construção acessível, IVA reduzido em matérias ligadas à construção verde e para projetos de arrendamento acessível e a isenção de impostos e taxas na compra de terrenos para projetos de arrendamento acessível.

A associação pediu igualmente incentivos para os jovens, como a criação de linhas bonificadas para a compra de casa de pessoas até 30 anos e a isenção do IMT e Imposto do Selo aos jovens “para ajudar a mobilidade habitacional”.

Fundada em 1991, a APPII representa as principais empresas de promoção e investimento imobiliário nacionais e estrangeiras, que atuam em Portugal. De acordo com os dados divulgados pela associação, o setor da promoção e investimento imobiliário é responsável por 15% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.

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Assis renuncia à presidência do CES por ser candidato do PS

  • ECO
  • 26 Janeiro 2024

Francisco Assis justifica a demissão por considerar ser "eticamente incompatível" permanecer na presidência do CES, que assumiu em 2020, enquanto é também candidato do PS à Assembleia da República.

Francisco Assis renunciou à presidência do Conselho Económico Social (CES) por ser candidato a deputado do PS, como cabeça de lista no círculo eleitoral do Porto, nas eleições de 10 de março. Será substituído interinamente pela socióloga Sara Falcão Casaca, avança o Público.

“É eticamente incompatível ter sido eleito por uma maioria de dois terços da Assembleia da República, num consenso partidário alargado, e agora ser candidato por apenas um desses partidos”, justificou Francisco Assis, que presidia ao CES desde 2020, em declarações ao jornal.

Para a próxima segunda-feira, 29 de janeiro, está agendada uma reunião do conselho coordenador do CES, no qual a atual vice-presidente Sara Falcão Casaca será nomeada presidente interina. No dia 7 de fevereiro, a nova presidente do CES deverá ser sufragada no cargo, desempenhando funções até que o Parlamento volte a eleger uma personalidade para a presidência do conselho, após as legislativas.

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“Autobaixas” disparam à segunda-feira e antes ou depois de feriados

  • ECO
  • 26 Janeiro 2024

Empresas suspeitam de "uso abusivo" do mecanismo que permite requerer baixa sem se ser visto por um médico.

Entre maio de 2023 e 22 de janeiro deste ano foram ativadas 312.876 autodeclarações de doença junto do SNS24, uma média de 1.100 “autobaixas” por dia. Ora, os dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), noticiados pelo Expresso, mostram também que os dias que concentram o maior uso deste mecanismo, que permite a um trabalhador justificar a ausência ao trabalho por três dias (não remunerados) sem ser visto por um médico, são as segundas-feiras e os que antecedem ou sucedem a feriados.

Na última semana de 2023 e na primeira deste ano surgiram denúncias tanto de empregadores do setor privado como de constrangimentos em alguns serviços públicos. Das mais de 300 mil “autobaixas” emitidas nos últimos quase nove meses, 54.606 foram ativadas em dezembro, com o dia 27 — uma quarta-feira, logo a seguir ao Natal e à tolerância de ponto concedida pelo Governo aos funcionários públicos — a registar o maior número de emissões. O recorde máximo diário foi atingido, precisamente, na quarta-feira seguinte, dia 3 de janeiro (5.907).

Embora os números relativos ao último mês do ano (nestas semanas em concreto) coincidam com o pico da gripe, o que poderá também ajudar a justificar o aumento de “autobaixas” emitidas nesse período, algumas empresas suspeitam de “uso abusivo” do mecanismo, apontando o dedo à falta de fiscalização. O presidente da CIP — Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, relata “constrangimentos na gestão de recursos humanos na indústria, gerados por estas ausências em épocas críticas”, o que torna “mais difícil fazer substituições”.

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Hoje nas notícias: “Autobaixas”, Fidelidade e reforma do Estado

  • ECO
  • 26 Janeiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

É à segunda-feira e antes ou após os feriados que chegam ao SNS24 mais pedidos de Autodeclaração de Doença, o que está a preocupar as empresas, que suspeitam de “uso abusivo” deste novo mecanismo. Está a ser avaliada a possibilidade de a Fidelidade entrar na bolsa, nomeadamente uma minoria do capital. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

“Autobaixas” batem recorde em semanas de feriados

Entre maio de 2023 e 22 de janeiro deste ano, foram ativadas 312.876 autodeclarações de doença junto do SNS24, o que dá uma média diária de 1.100, de acordo com dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). Os dias que concentram o maior uso deste mecanismo, que permite a um trabalhador justificar a ausência ao trabalho por três dias (não remunerados) sem ser visto por um médico, são as segundas-feiras e os que antecedem ou sucedem a feriados. O Expresso fala em denúncias de empregadores que suspeitam de “uso abusivo” deste novo sistema.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Fosun estuda colocar Fidelidade em bolsa em 2025

A Fidelidade — o primeiro ativo adquirido pela Fosun, em 2014, num capital partilhado com a CGD, detendo uma participação de 15% — está a planear realizar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) abrangendo uma percentagem minoritária do capital. Os planos, previstos para 2025, já terão sido anunciados aos quadros da seguradora, sendo justificado como uma evolução natural, apoiada na sua expansão internacional. Ao mesmo tempo, a notação de rating (A) também dá força à realização da operação. A Fosun quer, ainda assim, manter a maioria do capital da Fidelidade, ou seja, mais de 50%.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Costa acelera reforma do Estado

António Costa quer deixar concluída uma “reforma funcional e orgânica da Administração Pública” antes de passar a pasta ao sucessor que resultar das eleições de 10 de março. O Governo tem-se reunido com peritos da área para fechar o dossiê que levará à extinção de dezenas de cargos dirigentes, bem como à fusão de vários serviços e à criação de estruturas superministeriais, incluindo a transferência de alguns ministérios para o edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa. A dúvida é se as propostas de lei ficam prontas para entregar na passagem de pasta ou se pode avançar já com a sua aprovação, para que o próximo Governo as possa aplicar logo quando tomar posse.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Altice quer vender Meo sem rede de fibra ótica

O grupo Altice, detido por Patrick Drahi, quer vender a dona da Meo sem incluir a rede de fibra ótica no negócio. A empresa pretende alienar os diferentes ativos em Portugal em separado, estando a direcionar as negociações com os diferentes candidatos na corrida pela compra da operadora de telecomunicações para propostas que visem ativos isolados, o que tem esfriado o entusiasmo de alguns dos concorrentes, garante o Jornal Económico. A rede tem 5,7 milhões de casas passadas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Proteção de dados aplicou meio milhão em multas no ano passado

Em 2023, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) abriu cinco processos de averiguações por dia e aplicou 90 coimas por violação de dados, o número mais elevado desde 2018, no valor de meio milhão de euros. As matérias que originam mais reclamações são os sistemas de videovigilância e as comunicações eletrónicas não solicitadas (vulgarmente conhecidas por spam). Simultaneamente, a Provedora de Justiça recebeu cerca de duas dezenas de solicitações de cidadãos no ano passado que versam, direta ou indiretamente, sobre dados pessoais e o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGDP).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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A Prosegur Research analisa, no relatório ‘O Mundo em 2024’, as tendências que definirão o panorama da segurança

  • Servimedia
  • 26 Janeiro 2024

A Prosegur Research apresentou o relatório 'O Mundo em 2024', no qual aprofunda-se nas tendências globais e nos desafios emergentes que moldarão o campo da segurança na nossa sociedade.

Aplicando um modelo consolidado ao longo de três anos, foram desvendadas cinco chaves de futuro que interconectam esferas geopolíticas, económicas, sociais, tecnológicas e ambientais.

O Insight&Trends da Prosegur destacou três grandes riscos predominantes. O aumento do crime organizado, que por meio de diferentes tipologias criminais (fraude interna, perda desconhecida ou aumento de golpes) está afetando especialmente as empresas.

O segundo elemento é a incerteza política, destacando fatores como conflitos armados (com uma em cada seis pessoas afetadas globalmente em 2023), processos eleitorais em mais de 70 países ou mais de 2,4 milhões de refugiados que precisarão ser realojados.

Por último, o desenvolvimento tecnológico, positivo na maioria das áreas, também é suscetível de ser utilizado como arma: informações, dados pessoais, energia, chips, investimentos e principalmente uso malicioso de IA se estabelecem como as maiores ameaças.

SEGURANÇA NO MUNDO EMPRESARIAL

O estudo foca-se especialmente no mundo empresarial. Além de descrever as preocupações dos CEOs de diversas empresas, oferece uma análise minuciosa da segurança em diferentes setores. Em particular, o relatório destaca no setor do retalho os desafios relacionados ao crime contra empresas e a adaptação ao mercado digital. A logística foca na gestão eficiente da cadeia de suprimentos diante de incertezas geopolíticas e fenómenos climáticos.

Por sua vez, o setor imobiliário enfatiza a importância da segurança jurídica, enquanto o setor financeiro e energético são afetados pela volatilidade económica e pela necessidade de adaptação tecnológica. A indústria, como um todo, enfrenta o desafio de integrar avanços tecnológicos mantendo a segurança nos seus processos.

De acordo com a Prosegur Research, o propósito do relatório “não é prever o futuro, mas contribuir para forjar um mundo mais seguro através de uma análise meticulosa e uma reflexão ponderada”. Para isso, indicam que durante 2024 será necessário encontrar um equilíbrio entre rigor e agilidade, e promover o talento das pessoas para impulsionar a inovação tecnológica.

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Apple cede a Bruxelas e permite alternativas à App Store no iPhone

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2024

Para cumprir regras europeias, a Apple decidiu permitir que os utilizadores na União Europeia (UE) instalem lojas alternativas de aplicações ou usem outros serviços de pagamentos.

A Apple revelou esta quinta-feira um plano abrangente para derrubar algumas barreiras que construiu em torno do iPhone, de forma a cumprir as regulamentações europeias e permitir aos consumidores utilizar lojas de aplicações alternativas.

Esta reforma, prevista para entrar em vigor no início de março, incluirá concessões que a Apple tinha anteriormente recusado a fazer na sua loja de aplicações, a App Store, incluindo a redução das taxas que cobra aos desenvolvedores na Europa, noticiou a AP.

A Apple irá também permitir, pela primeira vez, que os utilizadores de iPhone na Europa passem a usar lojas de aplicações diferentes daquela operada pela empresa e que vem instalada no dispositivo móvel.

Também permitirá que os desenvolvedores ofereçam sistemas de pagamento alternativos que poderão ajudá-los a ganhar mais dinheiro e, ao mesmo tempo, reduzir potencialmente os seus preços.

Mas a Apple alertou que “abrir” o iPhone para lá do seu sistema também aumentará as hipóteses dos consumidores ficarem expostos a hackers e outros problemas de segurança.

A empresa sediada na Califórnia realçou que considera estar a dar um passo arriscado apenas para cumprir as regras europeias que entram em vigor a 7 de março.

Apple reduz comissão na Europa, com condições

As alterações também incluirão a redução da comissão de 15% a 30% que a Apple planeia continuar a cobrar no resto do mundo sobre as transações na sua loja concluídas no iPhone. Na Europa, a Apple irá reduzir a sua comissão sobre transações através da App Store para 10% a 17% para desenvolvedores que optam por permanecer no sistema de processamento de pagamentos da empresa.

A Apple não cobrará nenhuma comissão sobre transações na sua loja concluídas através de sistemas de pagamento alternativos.

Esta posição contrasta fortemente com a forma como a Apple está a cumprir uma decisão judicial que entrou em vigor na semana passada, que exige que permita que aplicações do iPhone forneçam links para diferentes opções de pagamento nos EUA.

Nos EUA, a empresa planeia cobrar comissões de 12% a 27% para evitar o aproveitamento do software do iPhone. A Apple continuará a cobrar de 15% a 30% nas transações de aplicações feitas através do seu meio de seu sistema de pagamento nos EUA.

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Resort no Algarve tem 270 vagas de emprego disponíveis

Pine Cliffs Resort tem disponíveis vagas ligadas, sobretudo, a áreas operacionais, como cozinheiros e empregados de mesa. Na próxima terça-feira, haverá dia aberto, no qual serão feitas entrevistas.

Com a época alta já a caminho, o Pine Cliffs Resort, no Algarve, está à procura de 270 trabalhadores para diversas posições, de bagageiros a empregados de mesa, passando por monitores de crianças. Ao ECO, a diretora de recursos humanos, Nicole Guerreiro, explica que procuram “perfis dinâmicos” que, “acima de tudo”, tenham vontade de aprender e crescer. Não adianta, contudo, para já que salários estão em cima da mesa.

Para preencher essas vagas, o Pine Cliffs Resort vai promover na próxima terça-feira, dia 30 de janeiro, um dia aberto, no qual os candidatos terão a oportunidade de conhecer o espaço e as equipas.

“O nosso open day será das 10h00 às 16h00. Em primeiro lugar, faremos uma apresentação do resort com testemunhos de trabalhadores“, adianta Nicole Guerreiro, numa conversa exclusiva com o ECO.

De seguida, os candidatos vão ser organizados em grupos por áreas de interesse e as chefias vão realizar um tour pelo resort com os candidatos. Visita terminada, terão, então, lugar as entrevistas.

Segundo a diretora de recursos humanos, a maioria das vagas disponíveis está ligada a “áreas mais operacionais”, como empregados de mesa, cozinheiros, fiéis de armazém, empregados de quarto, rececionistas, bagageiros, monitores de praia e piscina, e monitores de crianças.

Ao ECO, Nicole Guerreiro esclarece que estas vagas resultam da sazonalidade que marca o emprego no Algarve, mas também do crescimento da atividade do resort e da diversidade do negócio, que “leva à criação de novos postos e trabalho com contratos sem termo”.

A propósito, questionada sobre o tipo de vínculos que estarão disponíveis no dia aberto, a responsável salienta que “é inevitável a existência de contratos a termo certo“, face à sazonalidade. Mas assegura que há várias áreas onde os contratos permanentes são uma realidade.

Já quanto aos salários, Nicole Guerreiro diz que o Pine Cliffs Resort “não tem por hábito divulgar” essa informação e nem sinaliza se os ordenados que estão em cima da mesa estão em linha com a média do mercado ou superam essa fasquia.

Ainda assim, a responsável destaca que está à disposição “um pacote de benefícios atrativo” tanto para os contratados de forma permanente, como para os trabalhadores a prazo. Além disso, o resort garante “um plano de formação e desenvolvimento para cada área de trabalho“.

“O facto do Pine Cliffs pertencer a um grupo que detém outras propriedades em Portugal dá aos candidatos uma maior oportunidade de evolução na carreira e de desenvolvimento profissional”, acrescenta ainda Nicole Guerreiro. Em Portugal, o grupo UIP tem sob a sua alçada, por exemplo, o Sheraton Cascais Resort, o Hyatt Regency Lisboa e o Yotel.

Desde o fim da pandemia que o setor turístico tem enfrentado uma série escassez de mão de obra, o que se reflete em dificuldades no recrutamento. Ao ECO, a diretora de recursos humanos do Pine Cliffs Resort assegura que as ações de recrutamento “têm sido proveitosas” até à data, mas detalha que “a área de F&B (comida e bebida) é das mais desafiantes para atrair candidatos“.

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A dieta, a idade e o ambiente influenciam a microbiota intestinal dos gatos, de acordo com vários estudos

  • Servimedia
  • 26 Janeiro 2024

Estudos recentes sobre microbiota intestinal felina apontam para a influência de fatores como a dieta, a idade e o ambiente na composição dos microorganismos que formam esse sistema.

Uma pesquisa da Universidade da Califórnia que analisou os microbiomas fecais em gatos aparentemente saudáveis determinou que sua composição varia de acordo com o tipo de alimentação. Além disso, outros estudos indicam que uma alimentação rica em prebióticos e fibras pode ajudar a manter uma microbiota intestinal saudável nos felinos, favorecendo o sistema imunológico.

A pesquisa da Universidade da Califórnia foi realizada com 1.879 amostras de fezes de gatos, das quais 161 foram consideradas pelos autores como um conjunto de referência saudável. Assim, observou-se que os felinos que ingeriram alimentação seca tinham uma leve, mas significativamente maior quantidade de bactérias centrais benéficas em comparação com aqueles que não as consumiram.

Os gatos que consumiam alimentos crus tinham menos grupos de bactérias centrais benéficas em comparação com aqueles que consumiam alimentação seca. A pesquisa também apontava para a variação de bactérias centrais benéficas para os gatos saudáveis de acordo com aspetos como idade e ambiente habitável.

Esse tipo de pesquisa sobre a microbiota felina tem o objetivo de compreendê-la para projetar dietas específicas que favoreçam a diversidade microbiana e promovam a saúde digestiva dos gatos. Isso pode ser fundamental em situações em que ocorre mudança na alimentação do animal ou em caso de doenças gastrointestinais.

Nesse sentido, outros estudos indicam que uma alimentação rica em prebióticos e fibras pode ajudar a manter uma microbiota intestinal saudável nos felinos. Em particular, o estudo “Efeitos da suplementação dietética com inulina sobre a microbiota fecal e sua função e sobre a resposta imunológica em gatos” (2023) evidenciou que a suplementação dietética durante seis semanas com uma dose mínima de inulina – um prebiótico natural – modifica a microbiota fecal e seus metabolitos funcionais, resultando em uma resposta imunológica mais precoce durante a vacinação.

Os prebióticos são definidos como vegetais com fibras fermentáveis que ajudam no crescimento de micro organismos benéficos, enquanto as fibras promovem o trânsito intestinal e uma boa qualidade das fezes, segundo os especialistas.

COMPORTAMENTOS

Da mesma forma, é importante levar em consideração que os comportamentos alimentares dos gatos diferem de outros animais domésticos, como os cães, pois se destacam por consumir pequenas porções de alimentos ao longo do dia.

Além disso, os gatos são caracterizados pela sua alta sensibilidade, de modo que variáveis como temperatura, humidade, ruídos, odores, localização do comedouro, etc., podem afetar seu comportamento alimentar. A sua tendência a experimentar coisas novas, ou característica neofílica, também influência o seu comportamento.

Os especialistas também indicam que, devido ao seu instinto caçador e comportamento carnívoro, os felinos costumam se alimentar especialmente durante a noite. Portanto, se um gato não come num momento específico do dia, não é motivo de preocupação. Apenas no caso de o gato perder peso significativamente, medidas relacionadas com sua alimentação podem ser consideradas. Portanto, é importante prestar atenção aos seus hábitos para detetar qualquer possível doença.

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  • 26 Janeiro 2024

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