CaixaBI: Alienação de ativos pode dar um potencial “extra” de 20% às ações da Mota-Engil

Os analistas do CaixaBI antecipam que a empresa vai continuar a acelerar o crescimento, suportada na execução da sua carteira de encomendas, e dizem que alienação de ativos pode desbloquear valor.

Os analistas do CaixaBI antecipam que a alienação de ativos pode desbloquear valor às ações da Mota-Engil, estimando que a unidade de concessões incorpora um valor “escondido” que pode adicionar um potencial de 1,1 euros às ações, ou uma margem de subida de 20% face à cotação atual.

O banco de investimento, que avalia os títulos com um preço-alvo de 5,65 euros – uma avaliação que atribui um potencial de subida às ações superior a 88% face à cotação atual de três euros –, antecipa um futuro “mais brilhante” para a construtora da família Mota, suportada na execução da carteira de encomendas de 14,4 mil milhões de euros, no final de setembro, novos contratos e na potencial venda de ativos.

“Todas as atenções deverão estar focadas nos resultados operacionais com a execução de uma carteira de encomendas histórica e na geração de cash flow; novos contratos com um pipeline muito atraente na África, América Latina e Portugal; e venda de ativos“, escreve o analista Filipe Leite, numa nota de investimento a que o ECO teve acesso.

Relativamente à alienação de ativos, o analista escreve que vê um “potencial valor escondido na unidade de concessões (potencial de valorização de 20% ou 1,1 euros por ação face ao nosso preço-alvo)”, considerando os múltiplos de transações recentes.

O CaixaBI, que assume uma avaliação de 5,03 euros para um cenário mais conservador e uma de 7,21 euros num cenário mais otimista, antecipa que a construtora termine o ano de 2024 com um volume de negócios de 5,7 mil milhões de euros, acima dos 5,5 mil milhões registados em 2023. Já o lucro, prevê o banco de investimento, deverá ter aumentado de 113 para 118 milhões de euros.

Apesar da evolução operacional positiva e dos novos contratos que a Mota-Engil tem vindo a ganhar, as ações fecharam o último ano sob pressão, a perderem 26,4%, pressionadas pela entrada de um fundo abutre no capital. Um movimento de queda que tem sido aproveitado pela família para reforçar a sua participação na empresa, com um investimento superior a 900 mil euros em 2024.

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