TAP lamenta greve na Portugália e garante “normalidade”
Companhia aérea considera que motivo do protesto "é de difícil compreensão" e diz que já tomou "todas as medidas possíveis para mitigar o efeito desta greve junto dos passageiros".
A TAP lamenta a greve a tempo parcial dos pilotos da Portugália, que se iniciou esta quarta-feira e prolonga-se até 27 de março, considerando que o motivo do protesto “é de difícil compreensão”. Garante que a operação da companhia decorrerá com normalidade.
“A TAP lamenta a greve parcial do Sindicato dos Pilotos de Linhas Aéreas (SIPLA) para a Portugália de 12 a 27 de março, entre as 3h00 e as 9h00″, diz a transportadora aérea numa resposta enviada ao ECO. A companhia “reitera a importância da PGA para o Grupo TAP e mantém-se, como sempre, aberta ao diálogo e a soluções que permitam um entendimento, desde que não seja colocada em risco a sustentabilidade do Grupo e de todos os seus Trabalhadores”, acrescenta.
“Na impossibilidade de um consenso que permita evitar um protesto cuja razão de ser é de difícil compreensão, a TAP tomou já todas as medidas possíveis para mitigar o efeito desta greve junto dos passageiros“, diz ainda, assegurando que “a operação da TAP decorrerá com normalidade neste período“.
A greve a tempo parcial na Portugália, convocada pelo SIPLA, avançou a partir desta quarta-feira, depois de falhada uma última tentativa da parte da administração para evitar a paralisação, que decorre até 27 de março.
“Na terça-feira à tarde teve lugar uma reunião com a administração, numa última tentativa de evitar/adiar a greve. Não houve acordo com a empresa e a greve vai avançar“, respondeu ao ECO a direção do SIPLA.
Segundo o SIPLA, durante “o horário da greve (entre as 3 e as 9h da manhã), num total de 27 voos programados, apenas foi efetuado um (96% de adesão). Os voos têm sido substancialmente atrasados e outros cancelados”, diz.
Na origem da greve está o descontentamento dos pilotos da Portugália com as alterações ao Regulamento do Recurso à Contratação Externa (RRCE), que obriga a TAP a indemnizar os seus pilotos caso ultrapasse o limite de contratação de voos de outras companhias, incluindo a Portugália.
A companhia aérea teve de pagar cerca de 60 milhões aos pilotos da TAP em indemnizações no ano passado e como contrapartida pela alteração do RRCE, que elevou o limite para 20% das horas voadas, mas manteve a Portugália como uma transportadora externa, estatuto que não se altera mesmo com a já anunciada aquisição pela TAP SA.
Na aprovação do pré-aviso, o SIPLA argumentou que a paralisação visa “salvaguardar os postos de trabalho hoje em risco iminente”, já que “temem pelo futuro da empresa” que atualmente emprega 900 trabalhadores. O sindicado reclama que o limite à contratação externa passe para 25% e quer suprimir “suprimir o impedimento a que a Portugália tenha no seu COA [certificado de operador de transporte aéreo] outras aeronaves além das que existem atualmente, o que culminaria na sua extinção quando estas chegassem ao seu fim de vida”.
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