Lucros da principal concessão da Brisa sobem 14,5% até junho. Portagens rendem 392,3 milhões

Resultados da BCR - Brisa Concessão Rodoviária beneficiam do “dinamismo” da economia, com o tráfego médio diário e a circulação a cresceram acima de 4% na rede com 11 autoestradas e 1.124 quilómetros.

A BCR – Brisa Concessão Rodoviária fechou o primeiro semestre com lucros de 155,8 milhões de euros, o que representa uma subida de 14,5% face ao mesmo período do ano passado. Os resultados voltaram a beneficiar do “dinamismo da atividade económica portuguesa [que] continuou a promover o crescimento sustentado do tráfego” em toda a rede.

Segundo a informação comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o tráfego médio diário foi de 23.375 veículos (93,2% ligeiros, ainda que os pesados tenham crescido a maior ritmo), ficando 4,6% acima do semestre homólogo. Já a circulação teve uma progressão mais comedida (4,1%), explicada pelo facto de o ano anterior ter sido bissexto e pela “localização menos favorável dos feriados em 2025”.

Como salienta a principal concessão do Grupo Brisa, que abrange a ‘espinha dorsal’ do sistema rodoviário português, num total de 11 autoestradas e 1.124 quilómetros, esta evolução possibilitou um acréscimo de 64% no EBITDA (331 milhões), enquanto o EBIT se situou nos 246,8 milhões até junho, um aumento de 9% em termos homólogos.

Impulsionados pela subida de 6,3% nas receitas de portagem (392,3 milhões de euros) e apesar de as receitas relacionadas com as áreas de serviço terem baixado 0,7% para 14,8 milhões, os rendimentos operacionais totalizaram 410,4 milhões no final do primeiro semestre. A 1 de janeiro de 2025, a empresa aumentou os preços em 52 portagens. Lisboa-Porto passou a custar mais 70 cêntimos.

A 30 de junho, a dívida bruta da BCR ascendia a 1.189 milhões de euros (ótica nominal), tendo sido reembolsados durante a primeira metade do ano 300 milhões referentes a um empréstimo obrigacionista e 19 milhões relativos a um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI).

Na mesma nota, a principal unidade de negócio do grupo Brisa – detido pela Rubicone, um consórcio de investidores institucionais holandeses, sul-coreanos e suíços – contabiliza que o investimento na conservação e melhoria da infraestrutura encolheu 12,9% por causa das “condições climatéricas adversas ocorridas durante o primeiro semestre de 2025 que condicionaram a execução das obras”.

A maior fatia dos 25,4 milhões de euros gastos entre janeiro e junho foram canalizados para grandes reparações, maioritariamente relacionadas com trabalhos de repavimentação e reabilitação de viadutos nas A1, A2, A3 e A4, tendo ainda realizado neste período obras de estabilização de taludes na principal autoestrada do país.

 

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