Governo quer posicionar Portugal como “hub europeu líder para as gigafábricas de IA”

O anúncio foi feito por Gonçalo Matias, ministro adjunto e da Reforma do Estado, esta segunda-feira na cerimónia de abertura da Web Summit Lisboa.

O governo não só está a “apoiar ativamente” a candidatura portuguesa a uma das cinco gigafábricas europeias, como quer posicionar Portugal como um “hub europeu líder para as gigafábricas de IA, com um investimento estimado superior a 16 mil milhões de euros”, anunciou Gonçalo Matias, ministro adjunto e da Reforma do Estado, durante a cerimónia de abertura da Web Summit, a decorrer até 13 de novembro, em Lisboa.

“Portugal está a posicionar-se como um hub europeu líder para as gigafábricas de IA, com um investimento estimado superior a 16 mil milhões de euros”, disse o ministro. “Estes projetos irão reforçar a soberania digital europeia e nacional, oferecendo uma alternativa segura a infraestruturas fora da nossa jurisdição”, disse.

Gonçalo Matias garantiu ainda que o Governo está “ativamente a apoiar a candidatura [portuguesa] à gigafábrica de IA junto da Comissão Europeia, unindo tecnológicas nacionais e internacionais a moldar o futuro da IA na Europa”, disse. O projeto, apresentado pelo Banco Português de Fomento, se obter luz verde de Bruxelas, instalar-se-ia em Sines e implicaria um investimento na ordem dos 4 mil milhões de euros, financiado com dinheiros públicos e privados.

O ministro destaca o impacto da inteligência artificial como motor da economia, com um impacto de 2,3 biliões de euros até 2030.

“Para tornar esta visão real, estamos a desenvolver a nossa infraestrutura digital. A estratégia nacional para os centros de dados irá trazer dezenas de mil milhões de euros de investimento, enquanto uma cloud soberana nacional irá assegurar independência, confiança e segurança”, disse ainda.

“Portugal oferece uma posição estratégica verdadeiramente excecional. É um hyper-hub de cabos submarinos ligando o mundo, enquanto Lisboa lista entre as cidades transcontinentais com mais ligações do mundo”, realçou. “Esta conectividade é completada com um ecossistema altamente profissional, construído através de parcerias com universidades de hubs de inovação de qualidade mundial”, diz.

“O nosso país tem as condições certas para se tornar um líder mundial em inteligência artificial”, argumenta, tem “tudo para se transformar num benchmark internacional para IA pública responsável”, defendeu. A Agenda Nacional de IA, prometeu ainda, será apresentada “nas próximas semanas”.

(Última atualização às 18h55)

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