Startup portuguesa de IA Starkdata abre escritório nos Estados Unidos
No primeiro ano, a startup planeia integrar quatro pessoas na operação local. Tenciona também desenvolver parcerias com a Universidade da Virgínia para atrair talento.

A Starkdata, startup portuguesa que atua na área da inteligência artificial para empresas, acaba de abrir escritório no estado da Virgínia, marcando a sua entrada nos Estados Unidos. A startup, selecionada para o programa governamental norte-americano SelectUSA, está em negociações com instituições financeiras e bancárias para levar a sua plataforma de IA ao mercado.
“Os Estados Unidos são o nosso primeiro escritório fora de Portugal e representam um mercado particularmente estratégico para nós, dado o desenvolvimento que a Inteligência Artificial tem tido em todos os domínios e em particular no domínio empresarial”, adianta Paulo Figueiredo, CEO e cofundador da Starkdata, ao ECO.
“A nossa expansão para os EUA prevê contratação em 2026, de forma alinhada com o crescimento do negócio. No primeiro ano, planeamos integrar quatro pessoas na operação local. Tencionamos também desenvolver parcerias com a universidade da Virgínia para atrair talento“, acrescenta quando questionado sobre os planos de recrutamento para este mercado.
A entrada nos EUA era uma ambição da startup que em 2023 foi considerada uma das mais promissoras na Web Summit. Já no ano passado colocava em 2025 este mercado nos seus planos de expansão internacional. Reino Unido e Suíça era igualmente apontados como potenciais apostas.
“Os Estados Unidos eram o nosso objetivo de internacionalização para 2025 e concretizámo-lo. Durante estes dois últimos anos temos sido convidados para explorar entrada em novos mercados, mas rapidamente concluímos que tínhamos de nos focar no mercado mais importante e estratégico: os Estados Unidos”, refere o CEO quando questionado sobre esses mercados.
E quanto à ronda, que chegaram apontar uma conclusão para junho deste ano, para alimentar planos de expansão? “Sempre considerámos que a abertura nos EUA não ficava refém da ronda de financiamento, apesar de reconhecermos a sua importância para uma internacionalização com um crescimento mais acelerado. Por isso, iniciámos os primeiros contactos para a ronda no segundo trimestre de 2025 e esperamos durante 2026 ter novidades neste domínio“, diz o CEO ao ECO.
A plataforma da Starkdata — Enterprise AI — centraliza múltiplas fontes de dados e utiliza IA para “gerar de forma autónoma insights preditivos e acionáveis”, referem. A não centralização da informação pode custar às empresas 20-30% da sua faturação anual, diz a startup.
Tendo como clientes marcas globais como a Visa, a startup atualmente presta “serviços na Europa, Estados Unidos e África em diferentes indústrias como saúde, telecomunicações e setor financeiro“, adianta o CEO. Agora quer levar a sua solução às empresas nos Estados Unidos, estando para isso em negociações com instituições financeiras e bancárias.
A Starkdata conta atualmente com uma equipa de 10 pessoas. “Somos uma empresa de produto o que nos permite escalar com um crescimento controlado de head count. Obviamente, ao endereçarmos mais mercados vamos ter de crescer a equipa tanto em Portugal como nos países onde estabelecermos presença”, diz ao ECO sobre o impacto na equipa desta expansão.
(Última atualização às 16h48 com mais informação)
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