Exclusivo Acelerador procura startups de defesa e cibersegurança com EUA na mira

Cybertech Acceleration procura startups que querem internacionalizar para os Estados Unidos. Em Leiria, que se está a posicionar como um cluster na Defesa, a Startup Leiria está com um acelerador.

Depois de acelerar mais de uma dezena de startups de defesa e cibersegurança, o Cybertech Acceleration está à procura de startups que tenham na mira a sua internacionalização para os Estados Unidos. O programa arranca em fevereiro. Em Leiria, a Startup Leiria está a realizar um acelerador de defesa para capacitar até 20 startups e PME a entrar neste setor.

“O primeiro programa foi focado em startups mais early-stage. Tivemos mais de 100 inscrições, aceitamos 16, aceleramos 12, das quais sete — três startups brasileiras e quatro portuguesas — apresentaram-se em palco na Web Summit, no stand da Apex e da Startup Portugal”, adianta Thiago Vieira, o responsável pelo programa Cybertech Acceleration, ao ECO/eRadar.

Thiago Vieira, responsável pelo programa Cybertech Acceleration.

Uma presença na cimeira tecnológica, que decorreu em Lisboa entre 10 a 14 de novembro, que resultou em capital levantado e processos de internacionalização. Ao todo, diz, foram “captados 162 mil euros em investimento antes mesmo do demo day”, junto da CoreAngels, as startups participantes tiveram um aumento de 150 mil euros nas suas receitas, tendo havido três internacionalizações para mercados como a Lituânia, Qatar e Brasil.

“Esta segunda edição está focada em scale ups ou startups de cibersegurança de qualquer país que estejam já com alguma tração, que estejam em busca de entrar no mercado dos EUA”, adianta.

Estratégia de go-to-market no mercado dos EUA, investment readiness para captar investimento nesse mercado são alguns dos aspetos previstos nos programa que arranca em fevereiro. “Temos dez vagas. Sendo que cinco já foram preenchidas antes mesmo da abertura oficial” das candidaturas, explica. Estas decorrem até janeiro.

Nessa procura de investimento, as startups poderão ter coinvestimento, sujeito a aprovação do comité, do CoreAngels CyberDefense.

O fundo, o primeiro da rede de angel investors dedicado a essa área, está em fase de levantamento de capital, mas tem como objetivo levantar cinco milhões de euros para investir em 30 startups em Portugal e Espanha ao longo de cinco anos. O fundo tem o primeiro semestre como data do primeiro closing, com um montante previsto de 500 mil euros, com dez angel investors a alocar uma tranche de 50 mil euros cada.

Leiria quer ser cluster de defesa e avança com acelerador

Com o investimento em defesa a aumentar na Europa e nos Estados-membros, o número de fundos e startups dedicadas a este setor tem vindo a aumentar.

Em Portugal, a Startup Leiria tem vindo também a desenvolver esforços para promover startups e PME a entrar nesta indústria, tendo avançado com um acelerador.

“O Defense Accelerator nasce com um propósito claro: ajudar startups e PME portuguesas a entrar — ou consolidar presença — num dos setores mais exigentes do mundo. Em seis semanas, guiamos as empresas por todo o trajeto crítico: regulações e licenças, industrial security, certificações AQAP/AS9100, financiamento europeu (EDF, EUDIS, DIANA) e integração em cadeias de fornecimento da NATO, NSPA e dos principais primes”, descreve Vítor Ferreira, diretor-geral da Startup Leiria, ao ECO/eRadar.

Vítor Ferreira, diretor-geral da Startup Leiria.

“O programa reúne especialistas e organizações de referência como AED, idD, Tekever, Ogma, Thales, Indra, NATO, Optimal, VdA, Ayming, Orion Tecknik, Morais Leitão, Beyond Composite, responsáveis da certificação nacional, garantindo uma combinação única de conhecimento técnico, mentoria e ligação direta a compradores”, destaca.

Querem capacitar 15-20 startups e PME portuguesas. A primeira sessão online arrancou a 24 de novembro, com a seguinte a estar agendada para 3 de dezembro. O demo day está previsto para meados de janeiro.

Leiria, recorde-se, tem em marcha um projeto para se posicionar como um cluster de defesa, tirando partido do facto de várias empresas, como é o caso da unicórnio Tekever, terem operações na região.

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