Experiência social “the moVIHe” evidencia o estigma que persiste em torno do VIH
A iniciativa procura dar visibilidade à realidade das pessoas que vivem com o vírus através de três curtas-metragens.
A experiência social «the moVIHe» evidenciou o estigma e o desconhecimento que persistem em torno do VIH na semana em que se comemora o Dia Mundial do VIH.
Segundo a organização, cerca de 40 milhões de pessoas vivem com o vírus em todo o mundo, enquanto na Espanha são notificados cerca de 3.200 novos diagnósticos anuais. Apesar dos avanços científicos no tratamento e na prevenção, as pessoas com VIH enfrentam o estigma como seu maior desafio.
A iniciativa «the moVIHe» apresenta-se como uma oportunidade única para dar visibilidade à realidade das pessoas que vivem com VIH. As três curtas-metragens baseiam-se em testemunhos de 14 participantes e refletem como o desconhecimento e os preconceitos continuam a afetar as suas vidas. O evento tornou-se um espaço de reflexão sobre as barreiras sociais persistentes.
Dirigido pela Dra. Inmaculada Jarrín e apoiado pela Gilead Sciences, «the moVIHe» tem como objetivo divulgar uma visão mais humana, atual e rigorosa sobre o VIH. Os testemunhos partilhados permitiram refletir sobre mitos como a relação do VIH com a morte, a promiscuidade ou a exclusividade homossexual que influenciam a perceção social.
ESTIGMA SEM CURA
Carmen Martín, presidente da Cesida e portadora do VIH, destacou a importância de sensibilizar a sociedade sobre o respeito aos direitos das pessoas com VIH. Ela enfatizou que «existe tratamento, mas o estigma, que persiste até mesmo nas famílias, não tem cura». Ela defendeu a continuidade do diálogo e da conscientização para erradicar a discriminação.
Apesar da eficácia dos tratamentos antirretrovirais, a falta de informação e os preconceitos levam muitas pessoas a viver escondidas. Essas pessoas não têm acesso aos avanços que poderiam melhorar significativamente a sua qualidade de vida, conforme destacaram os especialistas presentes na apresentação.
A Dra. Concha Amador, especialista em doenças infecciosas, ressalta que a desinformação não apenas alimenta o medo e a discriminação. Ela também atrasa os diagnósticos e afasta os pacientes dos cuidados médicos, o que agrava a situação das pessoas afetadas pelo vírus.
FERRAMENTA DE REFLEXÃO
O «The moVIHe» é apresentado como uma ferramenta de sensibilização e também como um convite à reflexão sobre a necessidade urgente de reduzir o estigma. A iniciativa busca promover a empatia e informações precisas sobre o VIH na sociedade atual.
É crucial que as pessoas com VIH tenham espaços onde possam partilhar os seus medos, preocupações e progressos no seu tratamento. Esses espaços devem permitir que o façam sem medo de serem julgadas ou rejeitadas pela sua condição de saúde.
Os organizadores consideraram que iniciativas como esta são fundamentais para combater os preconceitos existentes. A visibilidade de testemunhos reais ajuda a humanizar uma realidade que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e que requer maior compreensão social.
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