Conferência de imprensa com a Nobel da Paz María Corina Machado foi cancelada

  • Lusa
  • 16:32

"María Corina Machado já declarou em entrevistas o quão desafiante será a viagem para Oslo, na Noruega", explicou o Comité Norueguês do Nobel.

Uma conferência de imprensa planeada para esta terça-feira pela líder da oposição venezuelana e Nobel da Paz, María Corina Machado, foi cancelada após um atraso de várias horas, na véspera da cerimónia de entrega dos prémios em Oslo.

María Corina Machado, que não aparece em público há 11 meses, deveria realizar esta tarde uma conferência de imprensa, como é hábito os laureados fazerem um dia antes da cerimónia formal de entrega do prémio. No entanto, o evento, marcado para a hora de almoço, foi adiado sem explicações e, três horas depois, o Comité Norueguês do Nobel informou que “não se realizará hoje”.

“María Corina Machado já declarou em entrevistas o quão desafiante será a viagem para Oslo, na Noruega”, disse o comité num e-mail enviado às redações. “Portanto, não podemos, neste momento, fornecer mais informações sobre quando e como chegará para a cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz”, acrescentou. O comité não especificou se a conferência de imprensa acontecerá noutro momento.

A vitória da opositora do regime do Presidente venezuelano Nicolás Maduro, que tem lutado por uma transição democrática no seu país, foi anunciada a 10 de outubro, e tendo María Corina Machado, de 58 anos, sido descrita como uma mulher “que mantém a chama da democracia acesa no meio de uma escuridão crescente”.

O comité do Nobel explicou a decisão com o “trabalho incansável” da opositora “na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela” e a “luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.

Nessa altura, María Corina Machado, que vive na clandestinidade, avisou que enquanto Nicolás Maduro estiver no poder, não pode abandonar o local onde se encontra “por motivos de segurança”.

Embora tenha depois decido ir à cerimónia, avançou que, caso que não pudesse comparecer, o prémio seria recebido pelos presidentes do Paraguai, Santiago Peña, e do Panamá, José Raúl Mulino.

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