Adeus, PT e Meo. Olá, Altice
Os nomes PT e Meo têm os dias contados. Patrick Drahi apresenta esta terça-feira o rebranding dos seus ativos para uma única marca, a marca Altice.
Esta terça-feira fica marcada como o último dia da PT e da Meo — mas só dos nomes. O empresário Patrick Drahi anuncia esta tarde os planos para reunir todos os seus ativos debaixo de uma única marca, a marca Altice. Desta feita, todos passarão a partilhar com o grupo o mesmo nome, uma mudança que chegará às operações do grupo em Portugal até ao final do segundo trimestre de 2018.
“O que nos faltava até agora era ter uma marca global única, que refletisse a natureza internacional e digital do nosso grupo, que reforça a força das nossas marcas e que vai reinventar o futuro”, disse o presidente executivo da Altice, Michel Combes, num encontro com jornalistas, em Nova Iorque, para anunciar a nova marca global do grupo, que inclui países como Estados Unidos, França, Portugal, Israel e Republica Dominicana.
A notícia do rebranding foi amplamente avançada pela comunicação social francesa esta terça-feira. Mas, no caso específico da PT e da Meo, a hipótese ainda não confirmada já tinha sido apurada pelo Público em meados de abril. O jornal referia que Meo e PT Empresas eram duas das marcas na calha para mudarem de nome, enquanto o portal Sapo e a Moche permaneceriam de fora.
Recorde-se que a Altice é dona da PT Portugal desde 2015. No entanto, o facto de a antiga holding da PT ainda cotar na bolsa (Pharol) e de ainda serem notícia os casos dos processos judiciais envolvendo os gestores da antiga gigante portuguesa, têm sido dois motivos de preocupação da PT Portugal: a empresa teme que as polémicas confundam a opinião pública naquilo que era a antiga PT e a nova PT.
Outro dos casos que está a fazer correr mais tinta é o da SFR, a operadora francesa de telecomunicações, que também vai mudar de nome para Altice. Terá mesmo direito a um novo logótipo depois de, no ano passado, ter sido o alvo de mais de metade de todas as queixas contra operadoras em França, indicou a AFP. De fora do rebranding ficarão os órgãos de comunicação social da Altice, tais como a BFM, a RMC, o Libération e o L’Express, entre outros. Por sua vez, a holding financeira do grupo Altice irá desaparecer, acrescenta a agência francesa.
Entre os objetivos, a Altice pretende apresentar-se ao mercado com uma única marca facilmente identificável e tenciona reduzir os gastos com o marketing, uma das rubricas que mais despesa faz no grupo. Além do mais, o ramo da Altice nos Estados Unidos prepara-se para entrar em bolsa, o que, segundo a AFP, representará metade das receitas da empresa no médio prazo.
A Altice tem operações em sete países. Em Portugal, registou 573 milhões de euros de receitas nos primeiros três meses do ano. Ao nível global, no final de dezembro, o grupo empregava 49.732 pessoas no total e gerou 23,52 mil milhões de euros em lucros durante o exercício do ano.
(Notícia atualizada às 15h00 com a confirmação e com as declarações de Michel Combes)
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