É oficial: EUA vão mesmo abandonar Acordo de Paris
Numa conferência de imprensa na Casa Branca, o Presidente Donald Trump confirmou esta quinta-feira que decidiu que os EUA não vão mais participar no Acordo de Paris sobre as alterações climáticas.
Só dois países não faziam parte do Acordo de Paris até aqui: Síria e Nicarágua. Mas agora os Estados Unidos decidiram juntar-se ao grupo: o Presidente Donald Trump anunciou esta quinta-feira que o país não vai mais participar no tratado alcançado no ano passado, cujo objetivo era limitar as emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera e, assim, mitigar o aquecimento global previsto para os próximos anos.
“Não queremos que outros países do mundo se voltem a rir de nós”, disse Trump, referindo-se ao acordo que considera “injusto para os Estados Unidos e para quem paga impostos no país”.
“Tentaremos renegociar os termos de acordo. Se conseguirmos, muito bem. Se não, muito bem”, disse o Presidente norte-americano, desafiando o mundo a renegociar os termos do Acordo de Paris e sublinhando que os princípios inicialmente acordados seriam injustos para o país e levariam a consequências para a economia e o emprego nos Estados Unidos. “Não posso apoiar um acordo que é prejudicial aos Estados Unidos”, afirmou.
As notícias de que Donald Trump quereria abandonar o acordo assinado por Barack Obama começaram a surgir esta quarta-feira, e os primeiros rumores foram divulgados pelo jornal Axios.
Barack Obama já reagiu ao anúncio de Donald Trump, acusando-o de “rejeitar o futuro” ao retirar os EUA do Acordo de Paris. Em comunicado, o antigo presidente norte-americano afirmou que que a decisão de Trump reflete “a ausência de liderança americana”.
Na sequência dessas notícias, também o CEO da Tesla, Musk, cumpriu a ameaça de sair do Conselho empresarial da administração Trump, do qual faz parte.
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“Os Estados Unidos da era Trump vão continuar a ser o país mais limpo e amigo do ambiente do mundo”, acrescentou o Presidente, no discurso, sublinhando que, com a decisão de saída do Acordo de Paris, os Estados Unidos vão continuar a fazer crescer a indústria e o emprego.
(Notícia em atualização.)
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