Trabalhadores da PT desfilam de Picoas até à porta de António Costa
Os sindicatos da PT esperam 1.500 pessoas num protesto que sairá de Picoas e só desmobilizará em frente à residência oficial do primeiro-ministro. SINTTAV fala em "adesão quase total na província".
Os trabalhadores da PT vão desfilar em protesto desde a sede da PT em Picoas até à residência oficial do primeiro-ministro. O desfile realiza-se durante a tarde desta sexta-feira e juntará não só os funcionários em Lisboa como os de outras zonas do país, sendo esperadas um mínimo de 1.500 pessoas, segundo informações dos sindicatos.
A meio da manhã de sexta-feira ainda não se conhecia com exatidão a adesão à greve da PT, a primeira dos últimos dez anos. “Podemos fazer o balanço é de que, a nível da província, a adesão é quase total”, disse ao ECO Manuel Gonçalves, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (SINTTAV), um dos sindicatos da PT. “Há lugares em que sabemos que vêm os trabalhadores todos para Lisboa, noutros ficará lá muito pouquinha gente”, acrescentou.
“Os nossos colegas andam nos locais de trabalho a tentar fazer o levantamento. A nível da província, onde a adesão vai ser quase total, não temos levantamento porque vêm 25 autocarros para Lisboa. Os dirigentes que deveriam estar nos locais a fazer o levantamento vêm todos nesses autocarros”, explicou ainda o sindicalista. O ECO pediu números de adesão à PT, mas não tinha obtido resposta à hora de publicação deste artigo.
"Podemos fazer o balanço é de que, a nível da província, a adesão é quase total.”
A concentração em Picoas deverá começar por volta do meio-dia e a manifestação deverá sair à rua logo após o almoço. “Está previsto sairmos de Picoas às 14h00, marchar pela Fontes Pereira de Melo, depois subir a Braamcamp, passar no Rato e descer a rua de São Bento até à residência oficial do primeiro-ministro. Por volta das 16h30 terminamos aí a concentração”, referiu Manuel Gonçalves, que sublinhou que deverão participar “no mínimo 1.500 pessoas” nesta ação”.
Este é o primeiro protesto de trabalhadores da PT a contar com a participação de todos os sindicatos da dona da Meo, juntando ainda a CGTP, a UGT e “alguns partidos políticos”, afirmou o presidente do SINTTAV. A PT pôde garantir serviços mínimos nos termos da lei, mas é acusada de estar a convocar trabalhadores de forma irregular. Segundo Manuel Gonçalves, haverá funcionários da portaria a serem chamados para trabalhar.
Os trabalhadores da PT queixam-se das alegadas más condições no trabalho, onde dizem ser alvo de pressão e assédio moral. Acusam ainda a empresa de estar a fazer um despedimento coletivo. Em contrapartida, a PT rejeita estas acusações, garantindo que está a transferir trabalhadores para outras empresas ligadas ao grupo e a rescindir por mútuo acordo com algumas pessoas.
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