Confiança das empresas da Zona Euro cai a pique em abril

A queda na confiança foi generalizada, tanto em termos de setor quanto de cobertura geográfica. Atividade empresarial no setor de serviços diminuiu marginalmente, enquanto na indústria aumentou.

A confiança das empresas da Zona Euro caiu a pique em abril e atingiu o nível mais baixo desde novembro de 2022, perante o contexto de elevada incerteza provocado pela guerra comercial. O menor otimismo é generalizado aos diversos setores e países.

Os inquéritos preliminares do Índice de Gestores de Compras (PMI) composto pelo Hamburg Commercial Bank (HCOB) e compilado pela S&P Global, divulgados esta quarta-feira, indicam que o otimismo “ficou bem abaixo da média da série”.

“A queda na confiança foi generalizada, tanto em termos de setor quanto de cobertura geográfica. Cada uma das categorias de indústria e serviços registou menor otimismo, com a confiança nos serviços a ser a mais fraca em quase cinco anos”, indica o relatório.

França também registou uma perspetiva pessimista pela primeira vez em cinco meses, enquanto o otimismo diminuiu tanto na Alemanha quanto no restante da Zona do Euro.

Os dados indicam ainda que o PMI composto da Zona Euro situou-se em 50,1 em abril, caindo ligeiramente face aos 50,9 de março para o nível mais baixo em quatro meses, com tendências contrastantes entre os dois grandes setores. Neste indicador, as leituras acima de 50 indicam expansão, enquanto abaixo desse nível sinalizam contração.

“As empresas da Zona Euro aparentemente ainda estão a digerir todas as implicações do “Dia da Libertação” de Donald Trump e das últimas semanas de anúncios e reversões de tarifas. À primeira vista, parece que as tensões comerciais anularam completamente o retorno hesitante do otimismo na Zona Euro. À segunda vista, porém, o quadro que os PMIs divulgados hoje pinta é mais complexo“, considera Carsten Brzeski, economista do banco holandês ING, numa nota de research, destacando que ainda assim a queda do PMI compósito é menor do que o esperado.

Os dados dos PMIs setoriais indicam que a atividade empresarial no setor de serviços diminuiu marginalmente em abril, pondo fim a uma sequência de quatro meses de crescimento. Por outro lado, a produção industrial cresceu pelo segundo mês consecutivo, embora o ritmo de aumento tenha permanecido apenas modesto.

A indústria de manufatura parece estar a manter-se melhor do que o esperado. Apesar de os EUA terem introduzido tarifas gerais de 10% e tarifas de automóveis de 25% no início de abril, a maioria dos fabricantes da Zona do Euro não está muito abalada. Em vez de cair, aumentaram a produção pelo segundo mês consecutivo, e de forma ainda mais robusta do que em março“, assinala Cyrus de la Rubia, economista chefe do Hamburg Commercial Bank.

Ainda assim, no geral as empresas estão relutantes em aumentar a produção, indicando estar a reduzir as compras. Enquanto isso, as pressões inflacionistas diminuíram.

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Preços das casas aceleram em 19 dos 24 maiores municípios

Os preços da habitação aceleraram em 19 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes. Funchal e Gondomar lideram subidas no último trimestre do ano passado.

Os preços das casas aceleraram em 19 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, com o Funchal e Gondomar a liderarem as subidas no último trimestre do ano passado, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Dos maiores municípios, apenas Santa Maria da Feira, Braga, Vila Nova de Gaia, Barcelos e Maia tiveram uma desaceleração dos preços das habitações em relação à taxa verificada no trimestre anterior, mostram os mesmos dados.

No caso da capital madeirense, que liderou as subidas, os preços tiveram um crescimento acima de 50%, refletindo um acréscimo de 42 pontos percentuais no preço mediano por metro quadrado face à taxa do terceiro trimestre. Em Gondomar os preços subiram mais de 20%. Mais três municípios tiveram crescimentos acima da média nacional, que foi de 15,5%, a maior desde o terceiro trimestre de 2022, segundo o INE: Guimarães, Barcelos e Oeiras.

No que toca às duas principais cidades do país, Lisboa é o município com os preços mais elevados, com o metro quadrado a situar-se nos 4.340 euros — Cascais (4.053 euros por metro quadrado), Oeiras (3.471 euros) e Lagos (3.452 euros) também verificaram valores acima dos 3.400 euros por metro quadrado. No Porto, os preços subiram 6,3% para 3.011 euros por metro quadrado.

Preços e vendas aceleram no final do ano

O INE revela ainda que em 2024 o preço mediano dos alojamentos familiares em Portugal foi de 1.777 euros por metro quadrado, tomando como referência as mais de 151 mil vendas realizadas ao longo do ano passado, o que corresponde a uma subida de 10,3% em comparação com o ano anterior.

A Grande Lisboa (2.939 euros), o Algarve (2.552 euros), a Região Autónoma da Madeira (2.395 euros), a Península de Setúbal (2.117 euros) e a Área Metropolitana do Porto (1.986 euros) registaram valores superiores ao nacional.

No período em análise, 54 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios), Grande Lisboa (todos os 9 municípios), Península de Setúbal (8 em 9 municípios) e Área Metropolitana do Porto (7 em 17 municípios).

O município de Lisboa registou o maior número de transações de alojamentos familiares, com 8.300 vendas. Seguem-se Sintra (5.817), Vila Nova de Gaia (5.394) e Porto (4.564).

(Notícia atualizada às 12h11)

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Apple e Meta multadas em 700 milhões pela Comissão Europeia

As tecnológicas norte-americanas receberam novas sanções da Comissão Europeia no âmbito da Lei dos Mercados Digitais. A Apple foi multada em 500 milhões e a Meta recebeu uma coima de 200 milhões.

A Apple e a Meta foram alvo de multas da Comissão Europeia que totalizam 700 milhões de euros. As tecnológicas norte-americanas receberam estas novas sanções de Bruxelas por alegadas violações da nova Lei dos Mercados Digitais (DMA – Digital Markets Act). Especificamente, a Apple foi multada em 500 milhões de euros e a Meta recebeu uma coima de 200 milhões de euros.

A instituição liderada por Ursula von Leyen concluiu que a fabricante dos iPhones e computadores Mac violou a obrigação anti-steering, por ter impedido que os utilizadores fossem direcionados para páginas web alternativas, mesmo que tenham ofertas melhores ou mais baratas, ao abrigo deste regulamento. A dona do Facebook e Instagram terá violado a obrigação de dar aos consumidores a opção de escolha por um serviço que exija menores quantidades de dados pessoais.

Para a vice-presidente da Comissão Europeia responsável pela concorrência, estas coimas passam às empresas uma “mensagem forte e clara” de que a lei é para cumprir. “É um instrumento crucial para libertar o potencial, a escolha e o crescimento, assegurando que os intervenientes digitais podem operar em mercados disputáveis e justos. Protege os consumidores europeus e cria condições equitativas. A Apple e a Meta ficaram aquém da conformidade com o DMA”, afirma Teresa Ribera.

Segundo Teresa Ribera, ambas foram mais além e até implementaram medidas que tornam os utilizadores (empresariais e consumidores finais) mais dependentes das suas plataformas, o que levou o executivo comunitário a tomar esta decisão. “Todas as empresas que operam na UE devem seguir a nossa legislação e respeitar os valores europeus”, atirou a comissária europeia para para a Transição limpa, justa e competitiva.

A multa da Apple foi superior devido à gravidade e duração das alegadas violações à lei. No caso da Meta, o ónus está no modelo de publicidade “Consent or Pay” (autorização ou pagamento) através do qual os utilizadores europeus das redes sociais Facebook e Instagram têm a opção entre consentir a combinação dos seus dados pessoais para publicidade personalizada ou, por outro lado, pagar uma assinatura mensal para um serviço sem anúncios publicitários. Todavia, a Comissão Europeia considera que este serviço está desenhado para “publicidades personalizadas”.

Tecnológicas têm dois meses para cumprir lei

As tecnológicas têm, a partir de agora, 60 dias para cumprir com a lei. Caso contrário, arriscam-se a pagamentos adicionais.

A Comissão Europeia garante que as multas foram aplicadas após um “extenso diálogo” com as Big Tech, no qual tiveram oportunidade de expor os seus argumentos e apresentar detalhes sobre os mecanismos das suas plataformas digitais. Porém, Bruxelas apercebeu-se de que tanto a Apple como a Meta retiraram “liberdade de escolha” aos utilizadores – nomeadamente o controlo que os cidadãos têm dos seus dados e a comunicação das empresas com os clientes – e estão “obrigadas a mudar o seu comportamento”.

Entre as conclusões da investigação, iniciada em março do ano passado, está também uma boa notícia para a empresa de Mark Zuckerberg: o serviço da Meta para compras e vendas online (Facebook Marketplace) deve deixar de ser analisado ao abrigo da DMA.

Parlamento Europeu nega “guerra” digital devido a tarifas

A presidente da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores do Parlamento Europeu garante que este primeiro pacote de multas no contexto da Lei dos Mercados Digitais “não é de forma alguma o início de uma ‘guerra tecnológica’ em resposta à política tarifária errática” de Donald Trump.

“Trata-se da aplicação coerente da legislação da UE em vigor. Isto inclui, como último recurso, a imposição de multas à Apple e à Meta ao abrigo do regulamento DMA para garantir que cumprem a legislação digital da UE”, justificou a eurodeputada Anna Cavazzini, dos Verdes.

A porta-voz do PE diz que “é muito fácil” evitar esta situação: basta cumprir a legislação europeia, que “beneficiará as pequenas e médias empresas tecnológicas e os consumidores de ambos os lados do Atlântico”.

Notícia atualizada às 12h13 com comentário do Parlamento Europeu

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Taxas Euribor renovam mínimos de mais de dois anos

  • Lusa
  • 23 Abril 2025

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa desceram nos principais prazos para mínimos desde o final de 2022.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, desceram a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira para novos mínimos desde dezembro, outubro e setembro de 2022, respetivamente.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 2,158%, ficou acima da taxa a seis meses (2,104%) e da taxa a 12 meses (2,022%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou para 2,104%, menos 0,069 pontos e um novo mínimo desde 28 de outubro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu para 2,022%, menos 0,106 pontos do que na terça-feira e um novo mínimo desde 09 de setembro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, caiu para 2,158%, menos 0,033 pontos e um novo mínimo desde 20 de dezembro de 2022.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%, como antecipado pelos mercados. A descida foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente do que nos meses anteriores.

A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Marcas de automóveis fazem campanhas para atrair ‘cheques’ do Fundo Ambiental

  • ECO
  • 23 Abril 2025

O Fundo Ambiental deu 1.425 'cheques' de 4.000 euros para os particulares descontarem na compra de um elétrico, desde que tenham um carro velho, com mais de dez anos e a combustão, para abate.

Algumas marcas de automóveis estão a fazer promoções para encaixarem os seus modelos no teto do apoio do Governo à compra de carros elétricos, revela o Jornal de Negócios esta quarta-feira. Os 1.425 ‘cheques’ do Fundo Ambiental para comprar carros elétricos no âmbito do incentivo à introdução no consumo de veículos de emissões nulas já esgotaram, mas só agora vão começar a ser descontados pelos consumidores.

A Renault, por exemplo, tem várias soluções que se encaixam no teto dos 38.500 euros, como o modelo 5 — “o elétrico mais vendido a particulares no mês de março”, segundo a marca francesa –, o Mégane e o Scénic. Em vez de “a partir de” 40.690 euros, o Scénic está a ser anunciado a 29.950 euros mais IVA para empresas e para empresários em nome individual, não sendo o IVA dedutível no caso dos particulares. Com todos os impostos e “despesas administrativas e de transporte”, o valor final fica nos 36.838 euros. Com o ‘cheque’, o valor final para um particular descerá para 32.838 euros.

Outra marca que passou a praticar preços mais atrativos é a Smart, que na campanha de primavera anuncia o Smart #3 a 29.500 euros mais IVA, quando anteriormente o valor era superior e o tornava inelegível para o incentivo. Aos descontos, segundo a publicidade no site, podem ainda acumular 4.000 euros de apoio do Fundo Ambiental 2025. Fonte oficial da marca diz que, desta forma, “ambos os modelos da marca — #1 e #3 — são elegíveis para o incentivo”.

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Marcas de mãos dadas com o Millennium Estoril Open. Aproximação aos clientes é o principal objetivo

Com um valor global a rondar os três milhões de euros, os patrocínios são "fundamentais" para o Millennium Estoril Open. Mas o que leva as marcas a investir em parcerias com a prova nacional de ténis?

O Estoril Open, que se realiza entre 26 de abril e 4 de maio, é marcado este ano pela despromoção de categoria, com a competição a integrar o ATP Challenger Tour, na categoria 175, voltando o torneio português de ténis à categoria ATP 250 em 2026. As marcas, no entanto, mantêm-se ao lado da prova, com parcerias e patrocínios que permitem a realização do torneio nos moldes em que o mesmo acontece.

Os patrocínios são fundamentais para a viabilidade financeira do Estoril Open, não apenas no suporte financeiro, mas também na projeção internacional do torneio. As marcas contribuem para a robustez financeira e reputacional do evento, garantindo experiências premium para os parceiros, atletas e público“, diz João Zilhão, diretor do torneio, ao +M.

Este ano, o valor global de patrocínios ronda os três milhões de euros, “muito em linha com os anos anteriores”, aponta o responsável, acrescentando que este investimento “reflete o crescimento contínuo do evento e a sua atratividade para marcas de prestígio”.

João Zilhão, diretor do Millennium Estoril Open.3 Love – Millennium Estoril Open

Mas porque se associam as marcas a esta prova de ténis? João Zilhão aponta que uma parceria com o torneio garante às marcas exposição nacional e internacional através das transmissões televisivas e plataformas digitais, a promoção de “valores como excelência e sofisticação” por se associarem a um “evento de prestígio”, oportunidades de ativação de marca e interação direta com o público e networking “num dos eventos socio-desportivos mais relevantes em Portugal”.

O Millennium BCP, naming sponsor do Estoril Open desde 2015, destaca que este é “o evento desportivo mais relevante e prestigiado realizado em Portugal” mas que, para lá da sua dimensão desportiva, é também um “momento marcante na agenda social e corporativa nacional, proporcionando oportunidades únicas de interação com os mais variados stakeholders“.

“O evento é igualmente uma excelente plataforma para nos aproximarmos dos nossos clientes — particulares e empresas — e também de potenciais clientes“, sublinha Ricardo Valadares, diretor de comunicação do banco, acrescentando que o evento beneficia também de uma “comunicação muito forte e prolongada no tempo“, com cerca de cinco meses de exposição contínua.

Também o Major Group, que é pela primeira vez um dos senior sponsors do Estoril Open, diz que o objetivo desta aposta passa por “reforçar a cultura do Major Group de proximidade com as pessoas em momentos especiais“. A associação ao torneio surge também tendo em conta que grupo “valoriza estar presente em contextos que promovem o bem-estar e a qualidade de vida” e que “o Estoril Open representa exatamente isso”, aponta Gabriel Costa, CEO do Major Group.

Por parte da Porsche, marca que no ano passado decidiu renovar o seu patrocínio como senior sponsor por mais três anos, Nuno Costa também sublinha que o “principal motivo” da associação da marca ao Estoril Open “é claramente a oportunidade de network e contacto direto com clientes e aficionados Porsche“.

“Com mais de 600 convidados em nove sessões, temos tempo para aprofundar relações com clientes num ambiente descontraído e de ótima atmosfera. O esforço que a organização faz para promover um ecossistema de luxo e exclusividade é fantástico e muito profissional. Geramos leads e fechamos negócios que fazem parte da nossa avaliação posterior”, acrescenta o diretor de marketing da marca automóvel em Portugal.

Segundo Nuno Costa, o Estoril Open é o melhor evento em Portugal para o público-alvo da marca. “A Porsche é uma marca de automóveis desportivos de luxo. A combinação entre os nossos brand values e o ténis de alto nível é algo muito natural. A dinâmica de aceleração, travagem, mudança de trajetória, potência e concentração são características que poderiam caracterizar tanto o ténis de alto nível como a condução de um Porsche”, afirma.

A aproximação aos adeptos, através da criação de experiências relevantes e memoráveis, é também o que leva a Betclic a associar-se ao que considera ser “um dos eventos desportivos mais emblemáticos do calendário nacional, com grande projeção mediática e a participação de atletas de referência, tanto portugueses como internacionais”.

Após uma estreia “muito positiva” na edição anterior, a marca de apostas desportivas decidiu reforçar o seu compromisso com o evento para os próximos três anos como senior sponsor do torneio, numa aposta que faz “todo o sentido” para a marca em Portugal, mercado onde tem vindo a “consolidar” a sua presença em “modalidades chave” como o futebol e o basquetebol, surgindo o ténis “naturalmente como a próxima grande aposta”.

Este é mais um investimento da estratégia ampla da Betclic de apoio consistente ao desporto em Portugal. Queremos continuar este caminho com responsabilidade e ambição, e desta vez contribuir para valorizar o ténis nacional e dar visibilidade a quem o pratica ao mais alto nível“, diz Tiago Simões, country manager da Betclic.

O Millennium BCP — que no ano passado renovou o seu patrocínio ao Estoril Open até 2027 — observa que também a medição de resultados sustenta a sua decisão de apoiar o evento. “No ano passado, por exemplo, o Millennium Estoril Open foi, segundo dados da BrandScore, o evento desportivo com maior recordação de marca em Portugal — superando mesmo eventos ligados ao futebol. Um feito extraordinário que confirma a relevância e eficácia desta parceria”, refere Ricardo Valadares.

Ativações

Entre as várias ativações que o evento vai acolher, o Millennium BCP vai promover ações que estimulem à interação com os visitantes do seu stand, como a entrega de porta-chaves personalizados e prémios aos vencedores de quizzes, a distribuição de gelados ou a promoção de sessões de autógrafos e passatempos nas redes sociais.

O banco vai ainda dispor de uma raquete gigante “ideal para fotografias partilháveis nas redes sociais” e da presença de um caricaturista no evento. No que diz respeito à área corporate, a marca conta com um espaço dedicado para receber clientes e convidados, onde estará também em exposição uma mostra dos troféus da atual edição, assim como das anteriores.

Além disso, os clientes do banco beneficiam de 25% de desconto na compra de bilhetes através do site do BCP.

Já a Porsche, que avança que vai investir perto de 500 mil euros “em tudo o que diz respeito” à sua presença no Estoril Open, vai expor os seus mais recentes modelos e organizar experiências de condução com pilotos profissionais e jogadores no Autódromo do Estoril.

Sendo senior sponsor na categoria automóvel, a marca destinou uma frota de 12 viaturas para o transporte de jogadores e VIP durante todo o torneio e vai também promover “dinâmicas de engagement, como seja através da presença do piloto de Formula E António Felix da Costa”. “Por outro lado expomos também um modelo na entrada do slice lounge numa caixa ‘Burago’. E, claro, apresentamos sempre um modelo no center court o que nos dá uma visibilidade brutal em termos de televisão”, refere Nuno Costa.

A marca terá ainda “o speed service brandizado com a marca”, com seis camarotes para os quais convidam clientes e parceiros de negócio para as nove sessões do torneio, acrescenta o diretor de marketing, que refere ainda ações nas redes sociais, onde a marca vai sortear bilhetes. No total, durante todo o torneio, a Porsche vai convidar mais de 600 pessoas a conviverem com a marca.

Este ano a Betclic optou por olhar para o Estoril Open “de uma forma original e bem-humorada, com uma campanha que parte de uma observação simples mas universal: quem já assistiu a um jogo de ténis ao vivo sabe o quanto o pescoço trabalha — sempre de um lado para o outro, a acompanhar cada jogada”, começa por contextualizar Tiago Simões.

Nesse sentido, e inspirada pela sua campanha “Aposto que não és capaz”, a Betclic lançou o desafio “Aposto que não és capaz de preparar o pescoço para o Millennium Estoril Open”, pelo que toda a sua comunicação gira à volta desta ideia. Além de um stand na Smash Area onde o público poderá receber massagens ao pescoço, a marca vai ainda oferecer brindes exclusivos.

Para amplificar a sua presença, a marca de apostas desportivas conta ainda com a presença dos seus influenciadores e embaixadores, que vão interagir com o público, criar conteúdos e “trazer algumas surpresas”.

Já o Major Group vai colocar um lounge exclusivo para “receber convidados, bem como todas as pessoas que desejem conhecer melhor o universo Major”, indica o seu CEO.

Na lista de patrocinadores da presente edição do torneio verificaram-se as saídas das marcas Smeg, Aquapor, Vanguard Properties e .pt, as quais são contrabalançadas com as entradas das marcas Major Group, Ocidental, Veolia, Haier, Insparya e Record/Jornal de Negocios.

Do conjunto de patrocinadores do evento faz parte a Câmara Municipal de Cascais enquanto host locality e a Porsche, a Emirates, o Major Group e a Betclic como senior sponsors. Já entre os official sponsors encontram-se as marcas Meo Empresas, Vista Alegre, Luso, Innowave, Ayvens, Bang & Olufsen, Azimut, Macallan, Piper-Heidsieck, Aperol Spritz, Oak Berry, André Opticas, Skechers, Maleo, DFK, Queijos Santiago, Haier, Insparya, Ocidental, Veolia, Isdin, CTT, Avis, Hospital da Luz, Sacoor, Nespresso, Heineken, Graham’s, Altano, Andros, Bonne Maman, Wilson, Dunlop e Fever-Tree.

Akt Creative, Hotel Cascais Miragem, Meo Blue Ticket, B Events, 3cket, MBW, Nannarella, Beltrão Coelho, Cooltra, PowerShield, AVA e Fnac são os official partners do tornei. Record, CNN Portugal, TVI, Eurosport, RFM, Raquetc, JCDecaux e Cision são os media partners.

O torneio conta ainda com a Sociedade Ponto Verde, Federação Portuguesa de Ténis, Turismo de Portugal, Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril como institucional partners e com a Academia dos Champs como social responsability partner. O clube oficial é o Clube de Ténis do Estoril.

O evento vai ter transmissão nos canais TVI, CNN Portugal, V+, Max (HBO) e Eurosport, que vai levar a transmissão do torneio a mais mais de uma centena de países. A final de singulares, marcada para as 15h00 de domingo, será transmitida em direto e simultâneo na CNN Portugal e Eurosport.

Além disso, haverá acompanhamento nas plataformas digitais do torneio, incluindo website e redes sociais, “permitindo aos fãs acompanhar todas as incidências dentro e fora do court”, explica João Zilhão.

As expectativas do diretor do torneio para a edição deste ano são elevadas. “Espera-se a presença de mais de 40 mil espectadores e uma cobertura mediática significativa, reforçando o prestígio do evento. É também esperada a participação de jogadores de grande nível mundial. O torneio manterá os elevados padrões de qualidade que o caracterizam”, assegura.

Com uma combinação de desporto de alto nível, experiências únicas e forte apoio de patrocinadores, o Millennium Estoril Open 2025 promete ser uma edição memorável no panorama desportivo e social“, conclui o João Zilhão.

A edição de 2025, que assinala uma década de competição, conta com a representação de uma dezena de nacionalidades. Nuno Borges, o atual número 43 do ranking ATP, lidera o contingente português, sendo que a presença de Jaime Faria, o número dois nacional, também está confirmada no torneio.

A lista de inscritos, ainda provisória por depender dos resultados do Masters 1000 de Madrid — que começa esta quarta-feira e se estende até 4 de maio — inclui outros nomes como o do brasileiro João Fonseca (59.º ATP), o dos norte-americanos Alex Michelsen (37.º ATP) e Learner Tien (69.º ATP), bem como outros jogadores como Kei Nishikori, Roberto Bautista-Agut, Pedro Martinez e Miomir Kecmanovic.

O sorteio do quadro principal está agendado para as 21h de domingo, dia 27 de abril, com a fase de qualificação a arrancar no dia seguinte.

Para lá do ténis, o Millennium Estoril Open vai ainda oferecer aos presentes uma programação complementar relacionada com áreas como a arte ou gastronomia e ainda atividades pensadas para os mais novos, nomeadamente o Kids Place e o Fun Center. O espaço conta também com uma zona de restauração.

Os bilhetes individuais e para apenas uma sessão (diurna ou noturna, nos dias em que existem duas sessões) variam entre os 10 e os 110 euros. Existe disponibilidade de aquisição de packs.

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Garrigues e Cooley LLP assessoram Feedzai na compra da DemystData

A equipa da Garrigues envolvida na operação foi liderada pelo sócio Mário Lino Dias. Já a equipa da Cooley LLP foi liderada por Rita Sobral.

As sociedades de advogados Garrigues e Cooley LLP assessoram a tecnológica portuguesa Feedzai na aquisição da empresa australiana DemystData. O negócio é avaliado em cerca de 100 milhões de dólares, segundo fontes conhecedoras da transação. A aquisição, anunciada esta quarta-feira, é a segunda na história da Feedzai liderada por Nuno Sebastião, depois da compra da Revelock em 2021.

A equipa da Garrigues envolvida na operação foi liderada pelo sócio Mário Lino Dias e constituída ainda pelos associados seniores Inês Freire de Andrade e José de Seabra Marcão. Já a equipa da Cooley LLP foi liderada por Rita Sobral.

“A DemystData é uma empresa dedicada à orquestração e integração de dados, fazendo agora parte de um plano estratégico da Feedzai de unificar a orquestração de dados e a gestão de riscos numa só plataforma, disponibilizando às instituições financeiras, em tempo real, os dados, a análise e a inteligência artificial de confiança de que precisam para tomarem as melhores decisões de risco possíveis”, refere a Garrigues em comunicado.

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João Massano toma posse como bastonário da Ordem dos Advogados a 8 de maio

Os novos membros do Conselho Superior, do Conselho Geral, do Conselho de Supervisão e do Conselho Fiscal da Ordem dos Advogados, eleitos para o triénio 2025-2027, vão tomar posse a 8 de maio.

O novo bastonário da Ordem dos Advogados (OA), João Massano, vai tomar posse no próximo dia 8 de maio, pelas 17h00, no Salão Nobre do órgão, em Lisboa. Na cerimónia tomarão ainda posse António Jaime Martins como presidente do Conselho Superior e Pedro Madeira de Brito como presidente do Conselho Fiscal, bem como os membros do Conselho Superior, do Conselho Geral, do Conselho de Supervisão e do Conselho Fiscal, eleitos para o triénio 2025-2027.

Nas eleições que decorrem no passado mês de março, João Massano, até aqui líder da Regional de Lisboa, foi o vencedor, obtendo 54,58% dos votos (9.541 votos) na segunda volta, face aos 45,42 % (7.941 votos) de Fernanda de Almeida Pinheiro.

João Massano, 54 anos, concluiu a licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1994. Em 2004 tornou-me sócio fundador da ATMJ. Mestre em Direito em 2006, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Manteve uma carreira académica durante cerca de 17 anos, como docente universitário na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na Universidade Lusófona e na Universidade Moderna. Agora trabalha em prática individual, com escritório próprio.

Ligado ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (CR Lisboa) desde 2011, primeiro, como Vogal Tesoureiro do CRL (triénio 2011-2013) depois, nos dois mandatos seguintes, como Vice-Presidente responsável pelo pelouro da Formação (triénios 2014-2016 e 2017-2019) e, finalmente (desde 2019), como Presidente do CR Lisboa.

Sobe o mote “Juntos Podemos Mais”, o candidato vencedor lançou a candidatura porque acreditava “que há outro caminho – um caminho melhor – para a OA. Um rumo que permita devolvê-la ao seu posicionamento original, de instituição que tem competências fundamentais”, tais como, “defender o Estado de Direito e colaborar na administração da Justiça, representar a profissão de Advogado e reforçar a solidariedade entre os Advogados, promover o acesso ao conhecimento e aplicação do direito e contribuir para o desenvolvimento da cultura jurídica e ser ouvida na construção legislativa relevante para o exercício da Advocacia e colaborar na sua alteração para melhor”.

O mesmo acredita que, nos últimos anos, “estas competências têm sido descuradas, com efeitos perniciosos para a credibilidade da Ordem e para a reputação da Advocacia e de todos os Advogados”. Massano defende ainda que esse posicionamento, que considera errado, tem tido consequências nefastas para a profissão, tais como, “um clima de desunião e mal-estar na classe, que tem afastado os Advogados da vida da Ordem (…)”, bem como “uma erosão da reputação e da notoriedade da Ordem e da Advocacia, levando mesmo a que algumas portas se venham fechando ao seu contributo para construir uma Justiça melhor”.

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Entidade para a Transparência não revela quantos políticos têm de declarar património

  • ECO
  • 23 Abril 2025

Problema de falta de recursos humanos mantém-se, com a entidade a poder terminar o ano com pelo menos mais 5.600 declarações por verificar.

A Entidade para a Transparência (EpT) entrou em funções na primavera de 2024, mas ainda não conseguiu dar conta de dois terços das declarações de rendimentos e património de políticos e de altos cargos públicos que já tem sob a sua alçada, num ano em que, com as legislativas de 18 de maio e as autárquicas no outono, vai ter ainda mais documentação por verificar.

De acordo com o Público, que avança a notícia, em 13 meses de atividade, a plataforma eletrónica da entidade recebeu, até 31 de março, 2.889 declarações únicas. No início desse mês, a presidente da EpT disse no Parlamento que das então 2.701 declarações recebidas estavam verificadas 680 (tinham sido substituídas 385 e anuladas 99) e que outras 243 se encontravam em análise. Mas, no final do ano, poderá ter pelo menos mais 5.600 declarações, contando apenas com deputados ao Parlamento, elenco do novo Governo, presidentes e vereadores de câmaras municipais e os presidentes de juntas de freguesias.

Além disso, a entidade não indica quantos e quais são os políticos e altos cargos públicos que estão obrigados à apresentação da declaração única. Citando artigos da lei, alega que os executivos das câmaras municipais e das juntas de freguesias diferem consoante o número de eleitores e que, com eleições autárquicas, os reeleitos só têm de entregar uma declaração e os lugares que mudam, correspondendo a duas declarações (se o presidente da junta não for eleito, tem de entregar uma declaração de fim de mandato e o sucessor entrega uma de início; no caso de reeleição, só entrega uma declaração de reeleição).

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Hoje nas notícias: ‘Cheques’, transparência e lítio

  • ECO
  • 23 Abril 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há marcas de automóveis a fazer promoções para se enquadrarem nos tetos dos apoios à compra de carros elétricos. A Entidade para a Transparência não diz quantos e quais são os políticos e altos cargos públicos que estão obrigados à apresentação da declaração única. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Marcas de automóveis fazem promoções para apanharem ‘cheques’

As marcas estão a avançar com promoções para encaixarem os seus modelos de veículos no teto do apoio do Governo à compra de carros elétricos. A Renault, por exemplo, tem várias soluções que encaixam no teto dos 38.500 euros, como o 5 — “o elétrico mais vendido a particulares no mês de março”, segundo a marca francesa –, o Mégane e o Scénic. Outra marca com preços mais atrativos é a Smart, que na campanha de primavera vende o Smart #3 a 29.500 euros mais IVA, quando anteriormente o valor era superior.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Entidade para a Transparência não diz quantos políticos têm de declarar património

A Entidade para a Transparência (EpT) entrou em funções na primavera de 2024, mas não conseguiu ainda dar conta de dois terços das declarações de rendimentos e património de políticos e de altos cargos públicos que já tem sob a sua alçada, num ano em que, com as legislativas de 18 de maio e as autárquicas no outono, vai ter ainda mais documentação por verificar. Em 13 meses de atividade, a plataforma recebeu, até 31 de março, 2.889 declarações únicas. No início desse mês, a presidente da EpT disse no Parlamento que das então 2.701 declarações recebidas, estavam verificadas 680 (tinham sido substituídas 385 e anuladas 99) e que outras 243 encontravam-se em análise. Mas, no final do ano, poderá ter pelo menos mais 5.600 declarações, contando apenas com deputados ao Parlamento, elenco do novo Governo, presidentes e vereadores de câmaras municipais e os presidentes de juntas de freguesias. Além disso, a entidade não parece saber exatamente quantos e quais são os políticos e altos cargos públicos que estão obrigados à apresentação da declaração única.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Lusiaves ultrapassa Mário Ferreira no capital da Savannah

A participação da Lusiaves no capital da Savannah já é maior em relação à do empresário Mário Ferreira. O grupo agroalimentar passou a deter 218,7 milhões de ações, correspondente a 10,07% do total da companhia, segundo anunciou a mineira britânica na terça-feira, quando Mário Ferreira continua a deter 217,2 milhões de ações, o equivalente a 10% do capital. O maior acionista da Savannah continua a ser a AMG Lithium, uma empresa alemã especializada na refinação de lítio, com quase 16%, seguindo-se a Al Marjan, um fundo privado de investimento de Omã, que detém 13%.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Portugal importa milhões de moedas de 1 e 2 cêntimos

No ano passado, Portugal importou 26 milhões de moedas de um cêntimo e 34 milhões de dois cêntimos, de modo a conseguir manter os hábitos de estabelecimento de preços e de pagamentos que se verificam no mercado nacional. De acordo com o Relatório de Emissão Monetária do Banco de Portugal (BdP), estes 60 milhões de moedas de baixa denominação tiveram origem nos bancos centrais da Bélgica e da Eslováquia, sendo que em troca foram exportados para estes dois países 1,1 milhões de moedas de 50 cêntimos e 195 mil de dois euros. Embora o montante total seja equivalente, o Banco de Portugal indica que até houve um ganho a nível nacional, nomeadamente porque “o custo de produção das moedas de 1 e 2 cêntimos ultrapassa o respetivo valor facial”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ciberataques e nova crise é o que mais assusta gestores

A guerra comercial é o terceiro principal motivo de preocupação dos gestores portugueses, apesar das tarifas anunciadas por Donald Trump a nível mundial. Antes disso, os principais motivos de preocupação das empresas, segundo o Barómetro do Observatório do Risco Geopolítico para Empresas da Porto Business School, são ataques informáticos a estruturas críticas e uma nova crise financeira global. Estes temas são as maiores preocupações no curto prazo, mas também no médio/longo prazo.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Governo pede ativação da cláusula de exceção europeia para investir até 1,5% do PIB em Defesa

Finanças vão pedir a Bruxelas a ativação da "cláusula de derrogação nacional", para poder gastar em Defesa sem prejudicar o cumprimento das regras orçamentais. Decisão foi "consensualizada" com o PS.

Gabinete do ministro das Finanças em gestão garante que decisão foi “consensualizada” com o PSHugo Amaral/ECO

O Governo anunciou esta quarta-feira que irá pedir à Comissão Europeia a ativação do mecanismo que permite que excluir do cumprimento das regras orçamentais uma parte relevante do investimento em Defesa. A decisão foi “consensualizada” com o PS.

“O Governo português irá solicitar à Comissão Europeia a ativação da cláusula de derrogação nacional. Nos termos formulados […], a ativação desta cláusula permitirá estabelecer uma exceção ao cumprimento das regras orçamentais da União”, lê-se num comunicado divulgado esta manhã pelo Ministério das Finanças.

Na prática, significa que Portugal poderá investir até 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) na “área da Defesa” sem que essa despesa seja contabilizada “nos limites impostos pelos tetos da despesa primária líquida”, tal como definida no Plano Orçamental-Estrutural Nacional de Médio Prazo para o período de 2025 a 2028.

Tal despesa também não será considerada “na avaliação do cumprimento do valor de referência para o défice”, que é de 3%. Deste modo, o país poderia aumentar significativamente o investimento em Defesa sem ter de apertar os gastos noutras áreas igualmente necessárias, por estar sujeito à disciplina orçamental da União Europeia (UE).

Contudo, esta despesa poderá representar uma pressão adicional para a dívida pública portuguesa, numa altura em que o país tem feito um importante esforço de redução. No final de 2024, o rácio de dívida face ao PIB situou-se nos 94,9%, tendo tido, no quarto trimestre, a quinta maior redução da UE em pontos percentuais.

A Comissão Europeia tem envidado esforços para que haja uma adesão significativa por parte dos Estados Membros a esta cláusula de derrogação nacional.

Ministério das Finanças

Com o Governo em gestão, o Ministério das Finanças garante que “esta decisão foi consensualizada com o maior partido da oposição”, o PS, que foi “ouvido” neste processo. Questionado pelo ECO, fonte oficial do gabinete do secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, confirmou que o partido foi “ouvido” e “não se opôs”.

Após formalizado, o pedido de Portugal ainda terá de ser avaliado e validado por Bruxelas, mas a própria Comissão “tem envidado esforços para que haja uma adesão significativa por parte dos Estados-membros” a esta medida, “de forma a aumentar a capacidade de financiamento neste setor”, admite o próprio Governo português. Os pedidos podem ser apresentados pelos países até ao final de abril.

As estimativas da NATO, a aliança transatlântica, apontam para que Portugal tenha gasto apenas 1,55% do PIB em Defesa em 2024, sendo um dos oito países abaixo dos 2% acordados, que poderão em breve aumentar. Os EUA, por exemplo, têm exigido que os países cumpram a meta e quer elevar a fasquia para 5% do produto.

Apesar de ficar com mais margem para gastar sem estar sujeito às regras, o próximo Governo não fica vinculado a nenhum nível de investimento em particular só por ter acionado este mecanismo. A coligação pré-eleitoral AD, que junta PSD e CDS, os partidos atualmente no Governo, tenciona atingir um excedente de 0,3% neste no de 2025 e 0,1% em 2026.

Em entrevista ao ECO este mês, o ministro das Finanças considerou, ainda assim, que os empréstimos a taxas mais favoráveis, disponibilizados por Bruxelas para investimento em Defesa, poderão ser usados por Portugal para, em cooperação com outros países, comprar equipamentos que não tem capacidade de produzir, vendendo em troca a esses Estados bens que produza.

“O mecanismo de empréstimos que está a ser discutido a nível europeu, designado por SAFE, prevê que esses empréstimos sejam sobretudo para iniciativas conjuntas dos países. E o que é que nos parece que faz sentido. Portugal tem algumas valências, mas precisará de alguns equipamentos para os quais não tem capacidade de produção e não terá nos próximos anos”, apontou Joaquim Miranda Sarmento.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h44)

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Musk promete dedicar muito menos tempo ao Governo dos EUA a partir de maio

  • Lusa
  • 23 Abril 2025

"Provavelmente a partir do próximo mês, maio, o tempo que vou alocar à DOGE vai diminuir significativamente", anunciou o multimilionário que também é líder da Tesla.

O multimilionário Elon Musk, conselheiro próximo de Donald Trump, revelou que vai passar muito menos tempo a liderar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) a partir de maio, entidade criada pelo Presidente norte-americano para reduzir despesas federais.

“Provavelmente a partir do próximo mês, maio, o tempo que vou alocar à DOGE vai diminuir significativamente”, indicou Musk, durante uma teleconferência para divulgar os resultados do primeiro trimestre da Tesla, empresa de veículos elétricos da qual é líder.

“A partir do próximo mês, vou dedicar mais tempo à Tesla”, garantiu, acrescentando que o “trabalho crucial” do departamento de eficiência foi “amplamente concluído”.

O grupo anunciou resultados do primeiro trimestre que ficaram aquém das expectativas, afetados em particular pela estreita colaboração de Elon Musk com a administração Trump.

A Tesla tem estado sob ataque nos EUA e noutros países, afetada por atos de vandalismo, pedidos de boicote e protestos. As suas vendas globais caíram mais acentuadamente do que o esperado no primeiro trimestre, com apenas 336.681 veículos entregues (-13% em termos homólogos), de acordo com os números publicados no início de abril.

“Como sabemos, houve repercussões por causa do meu tempo no Governo (…). Penso que o trabalho que estamos a fazer lá é realmente muito importante para controlar o défice insano que está a levar o nosso país, os Estados Unidos, à destruição”, sublinhou Musk.

“A equipa DOGE fez grandes progressos na eliminação do desperdício e da fraude”, continuou, acusando “aqueles que receberam os dólares desperdiçados” de estarem por trás da retaliação contra Tesla e dos ataques.

De acordo com o CFO (diretor financeiro) Vaibhav Taneja, “o impacto negativo do vandalismo e da hostilidade injustificada contra a marca e colaboradores impactou determinados mercados”. “Apesar disso, conseguimos vender todo o stock de modelos mais antigos nos Estados Unidos, na China e em alguns outros mercados em todo o mundo”, acrescentou.

No primeiro trimestre, a Tesla começou a adaptar as suas linhas de produção à mais recente versão do seu Model Y, o mais recente modelo de consumo a ser lançado desde 2020.

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