Moedas diz-se chocado por ver PS “colar Ursula Von der Leyen à extrema-direita”

  • Lusa
  • 2 Junho 2024

"Há uma coisa que me chocou muito nesta campanha, foi ouvir o PS a colar a senhora Von der Leyen à extrema-direita", disse o mandatário nacional da AD para as europeias, numa crítica ao PS.

O mandatário nacional da AD para as europeias, Carlos Moedas, disse hoje estar chocado por ver o PS tentar colar a presidente da Comissão à União Europeia à extrema-direita, acusando os socialistas de se alimentarem dos extremos.

Na primeira vez que se junta à campanha da AD no período oficial, o também presidente da Câmara Municipal de Lisboa enalteceu a forma de fazer política diferente quer do cabeça de lista da AD, Sebastião Bugalho, quer do Governo PSD/CDS-PP nos primeiros dois meses.

Quando nós fazemos, o PS cria uma narrativa: ‘Ah não, quem pensou isto fomos nós, quem lançou a ideia fomos nós’. O problema é que eles não fizeram. O PS é hoje é o dono do que não feito, nós somos donos daquilo que se faz”, defendeu.

Na sua intervenção, Moedas salientou que a Europa foi criada por moderados e considerou que o maior perigo interno são hoje os extremos.

“São os extremos, à esquerda e à direita, que não acreditam na moderação, que estão a minar a Europa por dentro, por isso é tão importante manter essa moderação”, considerou.

O autarca e antigo comissário europeu considerou que em Portugal está a acontecer “uma coisa terrível”, dizendo que “um partido moderado como o PS entrou na divagação da polarização”.

Há uma coisa que me chocou muito nesta campanha, foi ouvir o PS a colar a senhora Von der Leyen à extrema-direita. Que injustiça tão grande para uma senhora moderada, uma democrata-cristã que lutou sempre por essa moderação, que injustiça tão grande”, criticou.

Tal como fez no sábado o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, também Carlos Moedas deixou uma palavra aos votantes do Chega. “Queria dar a uma palavra aos que estão descontentes, dizem que estão fartos disto e que vão votar nos extremos: partidos como o Chega, BE e PCP votam sempre em conjunto” no Parlamento Europeu, alertou.

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Colisão entre aeronaves no festival aéreo em Beja vitima piloto espanhol

  • Lusa
  • 2 Junho 2024

Aeronave participavam no festival Beja AirShow na Base Aérea N.º 11. Acidente causou morte de piloto espanhol e um ferido.

Uma colisão entre duas aeronaves que participavam no festival Beja AirShow na Base Aérea N.º 11, seguida de despenhamento, causou a morte de um piloto espanhol e ainda um ferido.

“Infelizmente a patrulha Yakstar, que é uma patrulha civil constituída por pilotos espanhóis e portugueses, por acidente, apresenta o que temos hoje, que é uma vítima mortal. É um acidente trágico. A vítima é espanhola”, afirmou o ministro da Defesa, Nuno Melo, na tarde deste domingo.

“A minha palavra de lamento à Força Aérea e os meus sentimentos à família do piloto espanhol falecido”, acrescentou o ministro, adiantando que tem indicação do Chefe de Estado Maior da Força Aérea que “haverá averiguação a este acidente para se perceber razão e apurar todas as responsabilidades”. Sobre o ferido, disse não ter informação.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Força Aérea, que organiza o evento, indicou que o acidente, envolvendo duas aeronaves, ocorreu às 16:05, durante uma demonstração aérea na periferia daquela cidade alentejana.

Os meios de socorro no local estão a prestar ajuda de emergência e o plano de segurança estabelecido foi imediatamente acionado, limitou-se a adiantar a Força Aérea.

Contactado pela Lusa, o comandante dos Bombeiros de Beja, Pedro Barahona, referiu que as duas aeronaves colidiram no ar, antes do despenhamento.

Imagens do acidente divulgadas pela CMTV mostram uma das aeronaves de um grupo de seis a cair na vertical e a despenhar-se causando uma forte explosão, enquanto outra atinge o solo na horizontal.

De acordo com a Proteção Civil, há um morto e um ferido confirmados. O festival aéreo foi cancelado.

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Portugal garante inclusão das interligações elétricas no Conselho Europeu

  • Lusa
  • 2 Junho 2024

Proposta nacional contou com os apoios da Alemanha, da Dinamarca, da Espanha, do Luxemburgo, dos Países Baixos, entre outros, passando a constar no documento final.

Portugal conseguiu incluir nas conclusões do último Conselho Europeu, em Bruxelas, a importância das interligações elétricas na União Europeia, “decisivas” para o país aproveitar o potencial em energias renováveis, anunciou hoje o Governo.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, esteve presente na última reunião formal do Conselho Europeu dos ministros da Energia, na quinta-feira, onde “reforçou a extrema importância das interligações, bem como as metas acordadas ao nível do Conselho Europeu já em 2014 e refletidas em diversos documentos da União, incluindo o Regulamento de Governação da União da Energia”, refere uma nota de imprensa do seu gabinete.

Segundo o comunicado do Ministério do Ambiente e Energia, o Governo português considera necessário o “avanço das interconexões na Europa como sinal de uma maior segurança e resiliência do sistema elétrico entre os 27 Estados-Membros”.

A proposta nacional contou com os apoios da Alemanha, da Dinamarca, da Espanha, do Luxemburgo, dos Países Baixos e da Bulgária, entre outros, tendo passado a constar no documento final aprovado pelos representantes dos 27 Estados-Membros.

“Sendo Portugal um país privilegiado em recursos endógenos renováveis e com um valioso potencial na contribuição para a descarbonização, as interligações são decisivas. Só com uma rede integrada e coordenada teremos um verdadeiro mercado interno de energia na União”, salientou Maria da Graça Carvalho, citada no comunicado.

A governante da Aliança Democrática acrescentou que a “intervenção de Portugal foi decisiva para acautelar, nas conclusões sobre o desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis da rede elétrica, a relevância das interligações, que estão acordadas desde 2014”.

Sob a alçada da presidência belga do Conselho da União Europeia, ficou reconhecido nas conclusões que é “necessário um sistema de energia totalmente integrado, interligado e sincronizado, bem como um planeamento de infraestruturas de rede elétrica coordenado a longo prazo”.

O documento final refere ainda que este planeamento “deve ser combinado com a coordenação dos planos nacionais a nível regional e ter em conta as especificidades das regiões não interligadas ou insuficientemente interligadas”.

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Corretora Miller compra espanhola Bruzon

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2024

Bruzon passa a operar sob o nome de Bruzon Miller. Os colaboradores da corretora espanhola continuaram sob a liderança do fundador, presidente e CEO John Bruzon.

A corretora de seguros e resseguros britânica Miller anunciou a compra da espanhola Bruzon. Segundo companhia, esta é a sua segunda aquisição na Europa continental este ano e alinha-se com o seu objetivo de expandir internacionalmente o seu modelo especializado em seguros complexos.

Com a aquisição, ainda sujeita a aprovação regulamentar, a Bruzon passa a operar sob o nome de Bruzon Miller para homenagear a parceria de anos entre estas duas empresas.

Para James Hands, CEO da Miller, “esta é uma altura empolgante para a Miller, pois continuamos a expandir a nossa presença no Reino Unido, na Europa e na Ásia. A Bruzon tem uma excelente reputação em Espanha e partilha a nossa visão de criar o corretor de eleição para os clientes com necessidades complexas de transferência de riscos e para os corretores talentosos perseguirem a sua paixão. Juntos podemos alargar o espetro de soluções e serviços disponíveis para os nossos clientes globais”.

A corretora britânica garantiu que os 32 trabalhadores da Bruzon vão continuar a estar sob a liderança do fundador, presidente e CEO John Bruzon. Responsável que acredita que esta transição vai impulsionar a corretora sedeada em Madrid no mercado espanhol.

Além disso, a equipa da espanhola vai estabelecer uma estreita colaboração com os mais de 900 colaboradores da Miller espalhados pelo Reino Unido, Ásia e em alguns mercados europeus, como a Bélgica e a França.

A Bruzon destaca-se nas soluções de resseguro facultativo, Acidentes e Saúde, Desporto, Linhas Financeiras, Crédito e Seguros de Caução. Os clientes da Bruzon incluem bancos, companhias de seguros e empresas listadas no principal índice da bolsa espanhola, IBEX 35.

A Miller registou receita total de 240 milhões de libras (280 milhões de euros) no ano passado, um aumento de 26% face a 2022, empurrado pelo crescimento orgânico de 19% e pela contribuição das aquisições. O total dos prémios negociados foi de 4 mil milhões de libras (aproximadamente 4,7 mil milhões de euros).

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OPEP+ estende cortes na produção de petróleo até 2025

  • ECO
  • 2 Junho 2024

O cartel de países produtores de petróleo decidiu este domingo estender por mais tempo os cortes voluntários de produção.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais a Rússia (OPEP+) acordaram este domingo estender os cortes na produção, parte até ao final de 2025 e outra parte até ao terceiro trimestre de 2024, mas admite começar a eliminá-los gradualmente, avança a agência Reuters, citando fontes ligadas ao processo.

Desde o final de 2022 que a OPEP+ tem vindo a restringir a produção, de forma a elevar a cotação da matéria-prima. O aumento de stocks e o crescimento mais lento da procura chinesa têm mantido o preço em torno dos 80 dólares, aquém do que pretendem alguns países.

Oficialmente, o corte atual soma 5,86 milhões de barris por dia, o equivalente a 5,7% da procura global.

As restrições envolvem várias rondas de cortes temporários. A primeira ronda, de 1,66 milhões de barris por dia, foi estendida até final de 2025, e a segunda, de 2,2 mil milhões de barros, foi alargada para o terceiro trimestre de 2024, avança a Reuters. Segundo a agência, foi também discutida a eliminação progressiva no próximo ano.

Os Emirados Árabes Unidos receberam um aumento de 300 mil barris por dia na sua produção para o próximo ano.

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Marcelo considera investigação da PJ a caso das gémeas “natural” e passo “muito positivo”

O Presidente da República "acha muito bem" que o Ministério Público tenha dado indicações à Polícia Judiciária para investigar o caso das gémeas luso-brasileiras que o envolve.

O Presidente da República votou este domingo antecipadamente para as eleições europeias, no Centro Escolar de Celorico da Beira. À saída foi confrontado com a entrega do caso das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento Zolgensma, no Hospital Santa Maria, à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se satisfeito com o passo dado na investigação.

“No plano de investigação do Ministério Público desde novembro que há um processo contra desconhecidos. E portanto, logo na altura disse que tudo o que seja feito para apurar em matéria judicial o que se passou, como se passou e se há responsabilidades, é muito positivo. A utilização da PJ é natural porque tem uma capacidade especializada para apoiar o Ministério Público. Acho muito bem, acho muito positivo“, afirmou em declarações transmitidas pelas televisões.

O pedido de tratamento das gémeas luso-brasileiras, que terá custado cerca de 4 milhões de euros, chegou à Presidência da República através do filho de Marcelo Rebelo de Sousa, que o remeteu “sem favor” ao Governo. O Chefe de Estado afirmou que a informação foi já toda remetida ao Ministério Público. “A Presidência da República, até antes de se saber que havia certa tramitação no Ministério Público, disponibilizou a documentação disponível na Presidência“, disse.

O Correio da Manhã noticia este domingo que o caso das gémeas luso-brasileiras já está a ser investigado pela Polícia Judiciária. O processo foi distribuído pelo Ministério Público à Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC). Os crimes investigados são, entre outros, abuso de poder e tráfico de influências.

No Parlamento foi já constituída uma comissão parlamentar de inquérito ao caso. As audições arrancam na quinta-feira com António Lacerda Sales, antigo secretário de Estado da Saúde.

Marcelo Rebelo de Sousa não esclareceu se vai responder por escrito ou se estará presencialmente na comissão de inquérito. “Isso é algo que eu não tenho respondido, como é uma iniciativa partidária e eu tenho-me abstido de comentar iniciativas partidária em pleno debate eleitoral”, respondeu questionado este domingo pelos jornalistas. “Depois de dia 9 pronunciar-me-ei em função daquilo que for recebido a partir do Parlamento“, acrescentou.

O Presidente da República foi também confrontado com a existência de ações de campanha próximo dos locais onde este domingo decorre o voto antecipado para as eleições europeia, defendo que ou se clarifica a lei ou há bom senso.

"Ou a lei é clarificada um pouco ou então tem de haver bom senso e equilíbrio para não parar a campanha mas não estar demasiado próxima das secções de voto.”

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidência da República

“É um problema da lei. Por um lado a lei estabelece que não possa haver junto às secções de voto campanha eleitoral. Isso foi votado logo desde o início da nossa democracia. Mas por outro lado não havia na ocasião voto antecipado, e a campanha está a decorrer. Ou a lei é clarificada um pouco ou então tem de haver bom senso e equilíbrio para não parar a campanha mas não estar demasiado próxima das secções de voto”, defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou também a campanha: “Teve mais debates, maior participação mediática, foi mais completa em temas, os mais variados. Não houve praticamente nenhum tema mundial, europeu e até nacional relacionável com as eleições para o PE que não tenha sido tratado de uma forma ou de outra”.

(Notícia atualizada às 14h14)

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Semana de quatro dias obriga a mudanças para aumentar competitividade

  • Lusa
  • 2 Junho 2024

Governo aguarda que seja apresentado o relatório final da fase de teste de modelo da semana de quatro dias para decidir se mantém o projeto.

A redução do tempo de trabalho para a semana de quatro dias implica mudanças que aumentem a competitividade, nomeadamente o recurso à tecnologia, refere o coordenador do projeto-piloto da semana dos quatro dias, Pedro Gomes.

Das 41 empresas a experimentar a semana de quatro dias em Portugal (com 21 empresas a coordenarem o começo do teste através do projeto-piloto em junho de 2023), registaram-se quatro desistências (com regresso à semana de cinco dias de trabalho) e apenas uma teve necessidade de contratar mais trabalhadores.

Aquelas quatro reversões, observou Pedro Gomes, professor de Economia em Birkbeck, Universidade de Londres, em declarações à Lusa, aconteceram porque as empresas em causa não conseguiram tirar grandes benefícios operacionais desta nova organização do tempo de trabalho.

Pedro Gomes salienta que a aplicação de um modelo de quatro dias de trabalho por semana implica várias mudanças que potenciem a produtividade. Só assim é possível reduzir o tempo de trabalho em 20% e manter a competitividade — já que este modelo implica a manutenção da remuneração dos trabalhadores, por exemplo.

A ideia não é apenas reduzir dias de trabalho, mas conciliar isto com a melhoria da organização do trabalho nos quatro dias“, refere o coordenador do projeto-piloto, apontando mudanças como a redução do número de reuniões ou um maior recurso à Inteligência Artificial (IA).

A propósito do ano cumprido sobre o arranque do projeto-piloto da semana dos quatro dias, foi elamantborado um relatório final da fase de teste deste modelo, com divulgação prevista para a semana de 24 a 28 de junho.

Nesse relatório haverá dados sobre as mudanças aplicadas pelas empresas de forma a conseguirem reduzir o tempo de trabalho, bem como os modelos adotados — porque as soluções são distintas, havendo algumas que optaram por reduzir meio-dia por semana, outras que optaram pela quinzena de nove dias ou outras que cortaram um dia inteiro na semana de trabalho.

Pedro Gomes acredita que após este projeto-piloto, será importante a forma como esta nova forma de organização do tempo de trabalho vai envolver empresas, associações empresariais e representantes dos trabalhadores.

A Lusa questionou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre se é intenção do Governo manter este tipo de projeto (que foi lançado pelo anterior Governo), mas fonte oficial disse que “aguarda que seja apresentado o relatório final da fase de teste de modelo da semana de quatro dias, realizada com a colaboração das empresas e respetivos trabalhadores que voluntariamente optaram por testar o modelo”.

A terceira fase do projeto-piloto da semana de quatro dias de trabalho arrancou em 05 de junho do ano passado.

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Líder do PS quer saber se consultora teve acesso “a dados sensíveis sobre doentes e patologias”

Secretário-geral do PS quer que Governo esclareça se consultora IQVIA Solutions teve acesso a dados sensíveis do SNS que possam vir a ser partilhados com operadores privados.

Pedro Nuno Santos quer que o Governo esclareça se a consultora que participou na elaboração do Plano de Emergência da Saúde teve acesso a dados sensíveis sobre patologias por região, que poderão ser posteriormente usados pelo setor privado. O líder do PS sonsidera que esclarecimento dado pelo Ministério da Saúde é insuficiente.

A questão mais relevante para mim é saber se esta consultora privada teve acesso a base de dados muito importantes do SNS, nomeadamente o sistema de informação de doentes por patologias e por região, porque isso é informação muito relevante para a organização da oferta de cuidados de saúde. Obviamente é uma consultora privada que trabalha também com grupos privados e por isso é que a questão foi levantada”, afirmou em declarações às televisões, durante uma ação de campanha para as eleições europeias.

São dados muito sensíveis, sobre doentes e patologias por região, sobre necessidades de diferentes zonas do território. Percebem a importância que essa informação tem para os operadores privados da saúde“, acrescentou Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS considerou também insuficientes os esclarecimentos prestados entretanto pelo Ministério da Saúde. “A única coisa que está ali é assumir que houve uma participação de consultores privados. Se forem à ficha técnica do plano de emergência não está lá a empresa mas estão lá quatro ou cinco consultores dessa empresa. Podia estar assumido desde início na ficha técnica que essa consultora participou de alguma maneira na elaboração o plano”, disse. “A questão mais relevante é saber se teve acesso a bases de dados do SNS“, insistiu.

O líder socialista criticou também a “orientação política” do plano: “Obviamente que a participação da consultora privada e de outros que têm experiência no setor privado da saúde e que estão na ficha técnica também ajudam a perceber melhor a orientação para o privado deste plano“. Apontou ainda a “ausência de especialistas em cuidados de saúde primários na comissão técnica”, que “mostra também que a prioridade deste plano não foi a prevenção e os cuidados de saúde primários”.

O primeiro-ministro Luís Montenegro rejeitou este domingo a existência de conflitos de interesse na contratação da consultora IQVIA Solutions para ajudar o Governo na elaboração do Plano de Emergência da Saúde, apresentado pela ministra Ana Paula Martins na quarta-feira passada.

“Não tem pés em cabeça, essa acusação”, disse Luís Montenegro em declarações transmitidas pelas televisões, após votar antecipadamente em Espinho este domingo. Questionado sobre de que conflitos de interesse estaria o líder do PS a falar, respondeu: “Isso tem de lhe perguntar a ele”.

Ainda no sábado, o Ministério da Saúde enviou uma nota à agência Lusa onde confirma a contratação da consultora IQVIA Solutions, para “organizar e estruturar” o trabalho da ‘task force’ responsável pelo Plano de Emergência da Saúde. Diz ainda que a consultora “faz parte da bolsa de consultoras que tem trabalhado com o universo Ministério da Saúde nos últimos anos“ e que o contrato “é público e tem o valor de 9.250€ + IVA”.

Nas declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos criticou ainda o Governo por enviar cartas a professores e pensionistas durante o período da campanha eleitoral para as Europeias, pedindo a intervenção da Comissão Nacional de Eleições.

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Greve de 10 dias nos portos em junho suspensa depois de negociações

  • Lusa
  • 2 Junho 2024

Governo diz que foi possível chegar a um entendimento sobre o Acordo Coletivo de Trabalho com as administrações portuárias e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias.

A greve marcada para os portos em junho, durante dez dias, foi suspensa, na sequência de conversações entre o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) e o Governo, segundo um comunicado.

Na nota, divulgada pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação, lê-se que “na sequência das conversações que decorrem” entre a tutela, “as administrações portuárias e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias, foi possível chegar a um entendimento sobre o Acordo Coletivo de Trabalho e sobre matérias salariais definidas em portaria conjunta do Ministério das Finanças e do Ministério das Infraestruturas e Habitação”.

“Como resultado”, indicou, “o SNTAP comunicou formalmente a suspensão do pré-aviso de greve emitido em 17 de maio de 2024, que abrangia dez dias alternados do mês de junho e que teria forte impacto negativo na economia nacional”.

O SNTAP tinha convocado 10 dias de greve, em junho, nos portos do continente e das ilhas, por aumentos salariais este ano.

De acordo com o pré-aviso de greve, a convocatória abrangia os trabalhadores dos portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines e Algarve, Açores, Madeira e da CLT (incluindo quer os trabalhadores da Administração dos Portos de Sines e do Algarve que ali desempenham funções, quer os trabalhadores do quadro da empresa).

Segundo o sindicato, em causa está a ausência de resposta das administrações à proposta de valorização remuneratória para 2024 apresentada há mais de meio ano e o bloqueio do processo de revisão do Acordo de Empresa em vigor.

O SNTAP acusava ainda as administrações dos portos de “reiterada atitude de hostilidade” relativamente à estrutura que representa os trabalhadores, que se reflete, por exemplo, “na ausência de resposta a pedido de reunião”.

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Governo completa nova administração da Santa Casa. Rita Prates será vice-provedora

Ministério do trabalho nomeou quatro vogais para a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e uma nova vice-provedora. Tomam posse segunda-feira.

O Governo já escolheu os membros da nova mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que vão acompanhar o provedor Paulo Duarte de Sousa na administração. Rita Prates, mentora e fundadora da Associação VilaComVida, será a nova vice-provedora.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, nomeou ainda David Lopes, Ângela Guerra, André Brandão de Almeida e Luís Carvalho e Rego para vogais. A cerimónia de tomada de posse decorre na Sala de Extrações da SCML, na segunda-feira, dia 3 de junho, pelas 10h30.

Segundo a nota divulgada pelo Ministério, a nova vice-provedora, Rita Prates, é “advogada, com mestrado pela King’s College – University of London, especializada em Regulação e Concorrência, mentora e fundadora da Associação VilaComVida – A Mais Valia na diferença, que promove a inclusão de pessoas com deficiência”. Foi ainda “representante nacional junto da Comissão Europeia, OCDE, ICN (International Competition Network) e ECN (European Competition Network)”.

David Lopes, é licenciado em Gestão de Empresas, com uma pós-graduação internacional (Cornell University e Chicago Kellogg University). Foi chefe de missão da Câmara Municipal de Lisboa na Jornada Mundial da Juventude, administrador executivo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, gestor da Parque Expo e do Oceanário de Lisboa e cofundador e administrador da Fundação Gil.

Na nova equipa há ainda uma ex-deputada e um ex-deputado do PSD. Ângela Guerra, que é licenciada em Direito, com pós-graduação em Gestão e Administração da Saúde. Foi ainda vice-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Pinhel e membro da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. O outro é André Brandão de Almeida, médico dentista, que foi coordenador e diretor clínico do Serviço Odontopediátrico de Lisboa – Saúde Oral da SCML.

Por fim, Luís Carvalho e Rego, é licenciado em Administração e Gestão de Empresas e foi subdiretor do Banco BPI entre 2021 e 2023. Foi ainda presidente da IPSS – Jardim Infantil dos Anjos e participou nas equipas de Assessoria Económica e Financeira no Ministério da Saúde no âmbito das Parcerias Público-Privadas.

A anterior mesa, liderada por Ana Jorge, foi exonerada pelo Governo a 29 de abril, por “incapacidade de gestão”, na sequência dos problemas financeiros na SCML.

(Notícia atualizada às 11h48 com dados biográficos adicionais dos novos membros da mesa da SCML)

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Acusação de conflito de interesses no plano para a Saúde “não tem pés em cabeça”, diz Montenegro

Líder do PS questionou o recurso a uma consultora privada para ajudar o Governo na elaboração do plano para a Saúde. Acusação de conflito de interesses "não tem pés nem cabeça", diz Montenegro.

O primeiro-ministro Luís Montenegro rejeitou este domingo a existência de conflitos de interesse na contratação da consultora IQVIA Solutions para ajudar o Governo na elaboração do Plano de Emergência da Saúde, apresentado pela ministra Ana Paula Martins na quarta-feira passada.

A possibilidade de existirem conflitos de interesse no recurso a uma entidade privada foi suscitada na véspera pelo secretário-geral do PS durante um comício de campanha para as eleições europeias. , “Aparentemente uma empresa de consultoria privada participou nas reuniões de consulta a várias entidades, privadas e públicas”, e não se sabe “até que ponto esteve também na conceção do plano de emergência da saúde”, disse Pedro Nuno Santos, citado pela Lusa.

“Não tem pés em cabeça, essa acusação”, disse Luís Montenegro em declarações transmitidas pelas televisões, após votar antecipadamente em Espinho. Questionado sobre de que conflitos de interesse estaria o líder do PS a falar, respondeu: “Isso tem de lhe perguntar a ele”.

Poucas horas depois, Pedro Nuno Santos veio pedir que o Governo esclareça se a consultora que participou na elaboração do Plano de Emergência da Saúde teve acesso a dados sensíveis sobre patologias por região, que poderão ser posteriormente usados pelo setor privado. O líder do PS sonsidera que esclarecimento dado pelo Ministério da Saúde é insuficiente.

“A questão mais relevante para mim é saber se esta consultora privada teve acesso a base de dados muito importantes do SNS, nomeadamente o sistema de informação de doentes por patologias e por região, porque isso é informação muito relevante para a organização da oferta de cuidados de saúde. Obviamente é uma consultora privada que trabalha também com grupos privados e por isso é que a questão foi levantada“, afirmou em declarações às televisões, durante uma ação de campanha para as eleições europeias.

Ainda no sábado, o Ministério da Saúde enviou uma nota à agência Lusa onde confirma a contratação da consultora IQVIA Solutions, para “organizar e estruturar” o trabalho da ‘task force’ responsável pelo Plano de Emergência da Saúde. Diz ainda que a consultora “faz parte da bolsa de consultoras que tem trabalhado com o universo Ministério da Saúde nos últimos anos“ e que o contrato “é público e tem o valor de 9.250€ + IVA”.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, apresentou na quarta-feira passada o Plano de Emergência da Saúde, dividido em três níveis de prioridade (urgentes, prioritárias e estruturais) e cinco eixos de intervenção: redução das listas de espera, com destaque para a Oncologia, medidas dirigidas às mães e bebés, cuidados urgentes e emergentes, aumento do acesso a centros de saúde e médicos de família, e saúde mental.

(Notícia atualizada às 12h45 com declarações de Pedro Nuno Santos)

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Montenegro já votou. Prometeu “minimizar” falhas informáticas no dia 9

O primeiro-ministro votou antecipadamente para as Europeias este domingo. Luís Montenegro diz que o Governo está a fazer tudo para garantir votação sem falhas informáticas no dia 9.

Luís Montenegro votou este domingo antecipadamente para as eleições europeias, na Escola Básica n.º 2 de Espinho. Primeiro-ministro deixou elogios à campanha e garantiu que Governo está a trabalhar para que votação de dia 9 decorra sem falhas informáticas.

À saída, o chefe do Governo foi confrontado com a possibilidade de existirem falhas informáticas no dia 9 de junho que impeçam o exercício do direito de voto. Pela primeira vez o acesso aos dados dos eleitores será feito informaticamente, possibilitando o voto em qualquer mesa do país, desde que se tenha o cartão de cidadão.

Estamos há muitas semanas a tentar minimizar ou mesmo eliminar essa possibilidade. É a primeira vez que vamos ter a informatização total dos ficheiros e a necessidade de em cada mesa de voto haver um ficheiro acessível para identificar qualquer eleitor de todo o país”, disse em declarações transmitidas pela televisão. “Nós estamos a tentar minimizar essa possibilidade, fazer testes, fazer toda a preparação para que haja rede, todos os sistemas informáticos a funcionar e um controlo para que tudo corra da melhor maneira”, acrescentou, elogiando o enorme esforço que está a ser feito pela administração pública.

Olhando para a experiência dos últimos anos não me lembro de uma campanha para o Parlamento Europeu onde as questões europeias tenham sido alvo de uma apreciação das campanhas como nesta.

Luís Montenegro

Primeiro-ministro

Luís Montenegro deixou também elogios à campanha eleitoral. “Tem havido, quer nos debates, nas entrevistas, nas intervenções dos candidatos, uma preocupação de deixarem ideias, propostas, reflexões, sobre os instrumentos que estão à disposição de todos os órgãos europeus, mas em particular do Parlamento Europeu”, afirmou.

“Olhando para a experiência dos últimos anos não me lembro de uma campanha para o Parlamento Europeu onde as questões europeias tenham sido alvo de uma apreciação das campanhas como nesta. Isso é bom”, reforçou.

Inscreveram-se para o voto antecipado nas eleições europeias 252.209 eleitores, mais 20% do que os 208.007 que o fizeram nas eleições legislativas, de acordo com o Ministério da Administração Interna. Um número ainda assim reduzido face ao universo de mais de 10,8 milhões de eleitores.

“Este instrumento é muito fácil de poder ser usado para conciliar as agendas pessoais e profissionais com a possibilidade do exercício do direito de voto. Toda a experiência que acumulei, primeiro com a inscrição e depois com o voto, permitem-me dizer que devemos desenvolver futuramente este mecanismo para poder dar a todos a possibilidade de votar“, afirmou Luís Montenegro.

As eleições para o Parlamento Europeu têm habitualmente uma abstenção muito elevada em Portugal. Na votação anterior, realizada em 2019, só foram às urnas 30,73% dos eleitores, menos que os 33,84% que foram votar cinco anos antes.

(Artigo atualizado às 11h06)

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