Quase um quarto das empresas sofreu “incumprimentos significativos” em 2024

80% das empresas detetam uma deterioração nos níveis de solvabilidade ou liquidez dos seus clientes, revela um estudo realizado pela Crédito y Caución e Iberinform.

Cerca de um quarto das empresas sofreu incumprimentos significativos em 2024, mostra um estudo realizado pela Crédito y Caución e Iberinform, que revela que 80% das empresas deteta uma deterioração nos níveis de liquidez dos seus clientes. Enquanto a inflação e as elevadas taxas de juro continuam a pressionar as empresas, mas bem menos do que no ano passado, a fraca evolução da procura é agora apontada como um fator disruptivo nos pagamentos por mais de um terço das empresas.

De acordo com a vaga de outono do Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, realizado pela Crédito y Caución e Iberinform e que questionou 300 empresas de todos os setores e dimensões, 23% das empresas portuguesas sofreram incumprimentos significativos, este ano. Um resultado que representa um agravamento de quatro pontos percentuais face aos níveis de impacto alcançados há um ano.

A contribuir para a deterioração da situação financeira das empresas continuam problemas antigos — inflação e taxas de juro — e outros novos: fraca procura.

Em relação à inflação, a evolução dos preços é apontada como fator desestabilizador do comportamento de pagamento e solvência dos clientes por 42% das empresas, uma percentagem que permanece muito elevada, mas que fica 28 pontos abaixo da registada há um ano.

A impactar a capacidade de pagamento das empresas continuam as taxas de juro, que têm aportado um forte agravamento dos custos financeiros. Face ao ano passado, o impacto destes encargos caiu 15 pontos, para 43% das empresas. Já os custos de energia baixaram 17 pontos para 25%.

Em sentido oposto, o estudo aponta um elemento novo a provocar problemas de solvência para as empresas, com impacto na sua capacidade de fazer pagamentos. A evolução da procura é apontada por 34% das empresas como um fator disruptivo, quando há um ano não tinha impacto significativo.

Já as tensões geopolíticas (23%) e os problemas na cadeia de abastecimento (15%) são outros aspetos relevantes citados pelas empresas.

Mesmo relevando maiores incumprimentos por parte dos clientes nos pagamentos, as 56% empresas prevê fechar o ano com aumentos no volume de negócios e 53% nos lucros. Só 16% antecipa uma evolução negativa da faturação e 19% do resultado líquido.

Quando se olha para o próximo ano aumenta o otimismo. Cerca de 75% das empresas portuguesas espera que os níveis de volume de negócios continuem a recuperar, sendo que apenas 4% antecipa uma quebra das receitas.

Depois de um ano marcado por vários desafios, que resultou num aumento das insolvências em Portugal, os empresários mostram-se mais confiantes na evolução da economia, num momento em que os principais bancos centrais já estão a inverter a sua política de taxas de juro.

Uma redução de juros poderá ajudar a economia e aliviar os custos financeiros das empresas e das famílias, com impacto positivo no consumo e no investimento. As perspetivas do Banco de Portugal para um crescimento da economia nacional de 2,1%, em 2025, e de 1,6%, este ano.

A atividade económica, diz o banco central, deverá ser impulsionada pelo consumo privado e pelas exportações em 2024 e acelera em 2025 e 2026, refletindo o dinamismo do investimento.

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Ministério da Agricultura quer evitar desperdiçar fundos europeus

Ministro da Agricultura defende reprogramação do Portugal 2030, “para utilização mais flexível" e diversificar as fontes de financiamento da Agricultura. Ano de 2025 vai ser “especialmente exigente".

O Ministério da Agricultura quer evitar desperdiçar fundos europeus e por isso vai concentrar esforços para acelerar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no que diz respeito às florestas, mas também “cumprir o N+2 do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum sem que sejam desperdiçados fundos europeus”, lê-se a nota explicativa que o Ministério entregou o Parlamento a propósito da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2025, na especialidade.

“O reforço do investimento público acontecerá através da execução dos projetos de investimentos estruturantes e da implementação acelerada do PRR para que se continue a recuperar os atrasos herdados”, escreve José Manuel Fernandes, avançando que “será prioritário” ao nível das florestas “promover a execução rápida e eficiente dos investimentos previstos no PRR e outros fundos, para recuperar atrasos, garantindo o ordenamento e a produtividade da floresta, com a consequente melhoria da resiliência dos territórios aos incêndios rurais”.

Na área da floresta, o objetivo é também “desburocratizar e simplificar os processos” e promover a gestão florestal sustentável e a “resiliência do território aos riscos e vulnerabilidades”. Reduzir a dependência de importação de matérias-primas florestais, apostar no aumento da produtividade e nos bens diretos e indiretos providenciados pela floresta nacional são outras das prioridades elencadas, além da aposta na “promoção de mão-de-obra qualificada para trabalhar nas diversas fileiras florestais”.

Assumindo como prioridade o aumento do rendimento dos agricultores e assegurar a previsibilidade dos pagamentos do Pedido Único, o ministro da Agricultura reconhece que como o cumprimento do N+2 do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) — o plano que visa a gestão ativa de todo o território, baseada numa produção agrícola e florestal inovadora e sustentável — coincide com o encerramento do Programa de Desenvolvimento Rural de Portugal 2014-2020 (PDR2020) o ano de 2025 será “especialmente exigente”.

Será também no próximo ano que será aplicada a terceira reprogramação do PEPAC, ainda nas mãos da Comissão Europeia a aguardar luz verde, com base na qual o Governo promete aumentar o apoio ao rendimento, mas também a previsibilidade, a renovação geracional e a simplificação a agricultura.

O objetivo do Executivo será ainda recorrer aos programas regionais e aos programas temáticos do Portugal 2030, assim como ao Fundo Ambiental e a outros programas e instrumentos financeiros europeus, para financiar a agricultura e aumentar a competitividade do setor, financiar a indústria de transformação, apoiar a descarbonização, a digitalização e aumentar a capacidade de armazenamento das cooperativas. Entre as prioridades está também assegurar a conectividade dos territórios, porque sem ela não é possível avançar para uma agricultura de precisão.

Assim, o ministro da Agricultura defende uma reprogramação do Portugal 2030, “para uma utilização mais flexível do mesmo”.

E para aumentar a competitividade do setor, José Manuel Fernandes defende uma organização da produção que permita ganhos de escala e aumento do rendimento dos agricultores. Um objetivo que o responsável acredita ser possível “através das organizações e agrupamentos de produtores”.

Criar instrumentos financeiros que permitam o acesso ao crédito com taxas de juro bonificadas, em especial para os jovens agricultores, e diminuir o défice da balança comercial agroalimentar, “através da aposta na promoção da produção nacional, com o intuito de aumentar os mercados já existentes e conquistar novos mercados”, são outras das prioridades elencadas.

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Portugal tem mais de 500 escolas degradadas

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

Fernando Alexandre realça que este número, que representa quase 10% do total de escolas, resultou da "falta de planeamento". Ministro da educação sugere um plano de investimento anual.

Mais de 500 escolas do ensino básico e secundário em Portugal estão degradadas, reconheceu esta terça-feira o ministro da Educação, anunciando um plano de investimento para a recuperação do parque escolar que não fique dependente apenas de fundos europeus.

“Neste momento temos mais de 500 escolas que estão identificadas como estando em estado de degradação. São quase 10% do total das escolas e isso resultou da falta de planeamento”, criticou o ministro da Educação, Ciência e Inovação durante a audição no parlamento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Fernando Alexandre lamentou que a lógica até agora fosse “quando há fundos europeus, gasta-se”.

Segundo o ministro, o parque escolar tem cerca de seis mil escolas, pelo que não é “muito complicado ter um plano de investimento anual”, que seja um plano independente que permita pensar numa ação a médio e longo prazo.

As obras tanto poderão vir a ser pagas por fundos comunitários, orçamento do estado ou empréstimos ao Banco de Investimento: “Não podemos trabalhar em função dos fundos europeus. A ideia é fazer um plano de investimento e os Governos vão à procura das verbas”, defendeu.

O ministro acrescentou que “o plano ainda não está feito” e “será sempre feito em articulação com as autarquias”.

Segundo a proposta de OE para o próximo ano, o Governo aumentou a verba destinada à Educação em 6,8%, prevendo-se uma despesa total consolidada de 7,47 mil milhões de euros.

Fernando Alexandre lembrou esta terça-feira que o OE2025 tem como objetivo garantir a igualdade de oportunidades para todos os alunos, apostando por isso na redução de alunos sem aulas, na valorização da carreira docente, na melhoria das aprendizagens, mas também investindo na modernização das escolas.

Além das obras dos edifícios degradados, a tutela tem como prioridade dotar as escolas com equipamentos tecnológicos, criando recursos digitais e reequipando as escolas com profissionais para modernizar as ofertas, explicou Fernando Alexandre.

O impacto orçamental da medida para investir na modernização das escolas será de 488,8 milhões de euros: 214 milhões para a melhoria da conectividade e capitação da gestão escolar; 188 milhões para os centros tecnológicos e especializados e 78,8 milhões para recursos educativos digitais e 7,2 milhões para as provas e exames nacionais.

Fernando Alexandre recordou que já está a decorrer um debate sobre a revisão das avaliações externas, que vão voltar a realizar-se no final dos ciclos (4.º, 6.º e 9.º ano), deixando assim de ser provas de aferição que se realizam a meio dos ciclos.

Sobre os equipamentos nas escolas, Fernando Alexandre revelou ainda que já foi pedido às escolas o levantamento das necessidades de equipamentos informáticos: “Pedimos que nos informassem, até 31 de outubro, de todas as necessidades de equipamentos informáticos”, revelou.

Livre quer aumentar salários de professores em início de carreira

O Livre vai propor, no âmbito da discussão na especialidade da proposta do OE2025, o aumento do salário inicial dos professores para atrair mais docentes e a criação da carreira de assistente operacional nas escolas. Estas propostas foram avançadas pela líder parlamentar do partido, Isabel Mendes Lopes.

O Livre quer “valorizar os salários no início da carreira” docente, mas afirma que ainda está a fechar em que valores concretos vai propor este aumento salarial.

“Sabemos que os professores que já o eram antes de 2011, que ingressaram na carreira antes de 2011, não tiveram a correta colocação nos índices remuneratórios aquando o descongelamento de carreiras. E isso é preciso ser corrigido. Temos, de facto, 54 mil pessoas nesta situação e, portanto, é uma das propostas de alteração que fazemos exatamente para corrigir esta situação”, afirmou.

“Além disso, vamos continuar sempre a insistir muito pela criação da carreira de assistente operacional nas escolas, porque é uma carreira essencial, com características muito específicas”, salientou Isabel Mendes Lopes.

(Notícia atualizada às 14h16 com o anúncio do Livre)

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Líderes europeus prometem trabalhar com Trump

  • ECO
  • 5 Novembro 2024

Donald Trump também vence no Wisconsin, aumentando para 277 os votos no Colégio Eleitoral, acima dos 270 necessários para vencer as eleições.

Afinal, não foi preciso esperar muitos dias para se saber quem venceu as eleições desta terça-feira nos Estados Unidos. De acordo com as projeções da Reuters, Donald Trump garantiu o regresso à Casa Branca, após conquistar os votos de estados decisivos como Wisconsin, Carolina do Norte, Geórgia e Pensilvânia.

O candidato republicano soma 277 votos no Colégio Eleitoral e 51% da votação a nível nacional, superando os 270 necessários para ser eleito Presidente dos EUA, enquanto a democrata Kamala Harris surge com 224 mandatos eleitorais e 47,4% do voto popular. A contagem dos votos prossegue ainda no Arizona, Maine, Michigan e Nevada.

O Partido Republicano conquistou a maioria no Senado e está bem encaminhado para manter o controlo da Câmara de Representantes.

O regresso de Donald Trump é visto com preocupação nos principais países da Europa, mas vários líderes, incluindo o primeiro-ministro português, já felicitaram Donald Trump pela vitória e mostraram o desejo de trabalhar com o futuro Presidente, que toma posse a 20 de janeiro.

Acompanhe aqui as principais notícias e reações aos resultados eleitorais das presidenciais norte-americanas.

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Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

Com as alterações desta terça-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,057%, continuou acima da taxa a seis meses (2,923%) e da taxa a 12 meses (2,630%).

A Euribor desceu esta terça-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 3,057%, continuou acima da taxa a seis meses (2,923%) e da taxa a 12 meses (2,630%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu esta terça-feira para 2,923%, mais 0,007 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,2% e 25,8%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, avançou esta terça-feira para 2,630%, mais 0,011 pontos do que na segunda-feira.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu esta terça-feira, ao ser fixada em 3,057%, menos 0,018 pontos.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,267 pontos para 3,167% a três meses (contra 3,434% em setembro), 0,256 pontos para 3,002% a seis meses (contra 3,258%) e 0,245 pontos para 2,691% a 12 meses (contra 2,936%).

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Azul pede análise a “incumprimento” pela TAP em empréstimo de 2016

  • ECO
  • 5 Novembro 2024

A companhia brasileira acionou o agente fiduciário do financiamento concedido à TAP para que verifique se a companhia portuguesa está a violar disposições do contrato.

A Azul e a TAP estão em desacordo sobre o pagamento de uma dívida contraída em 2016 pela companhia portuguesa, num montante superior a 160 milhões de euros. A companhia brasileira solicitou ao agente fiduciário do empréstimo para que analise a situação de “incumprimento”, avança o Diário de Notícias.

A administração da Azul notificou a Bondholders, uma sociedade com sede em Valência e que atua como security agent da operação, para que analise com “urgência” a situação e convoque “uma assembleia extraordinária” para discutir as falhas no cumprimento do contrato pela TAP SGPS. Foram também notificadas a Parpública e a administração da companhia portuguesa.

Segundo a mesma notícia, a Azul pretende ainda que a Bondholders avalie “a possibilidade de desencadear a extinção antecipada das obrigações”. O empréstimo, no valor de 90 milhões de euros, foi subscrito em 2016, quando David Neeleman era simultaneamente acionista da TAP e CEO da Azul. Os títulos têm um juro elevado, de 7,5%, que, além disso, é composto. A fatura para a TAP SGPS já vai em 165,7 milhões, segundo o cálculo feito pelo Banco Santander.

A Azul enviou em setembro uma carta à TAP e ao Governo a solicitar um “aperfeiçoamento” das garantias prestadas no âmbito da subscrição das obrigações, que diz não estarem a ser cumpridas, ou um pagamento antecipado da dívida, com negociação dos juros devidos, como avançou o ECO. Uma das preocupações prende-se com o esvaziamento dos ativos da TAP SGPS, que deixou de ter qualquer participação na TAP SA, dona da transportadora aérea.

O CEO da companhia brasileira já ameaçou romper o acordo comercial entre a Azul e a TAP no Brasil, tendo informado os interessados na privatização da companhia portuguesa dessa possibilidade. O diferendo esteve também na agenda da recente visita do ministro dos Portos e Aeroportos brasileiros a Portugal, que inclui um encontro com o Governo.

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Juntar Crédito Pessoal a Crédito Habitação: É Possível?

  • BRANDS' ECO
  • 5 Novembro 2024

Cada vez mais portugueses recorrem aos créditos ao consumo. Não é, por isso, de estranhar que se acumulem vários créditos em simultâneo ao longo dos anos.

Optar por um crédito consolidado que permita juntar crédito pessoal a crédito habitação poderá ser a solução ideal para poupar todos os meses nas suas prestações.

Se pretende saber quanto pode poupar por mês ao consolidar os seus créditos, pode fazer uma simulação online gratuita, sem qualquer compromisso.

Posso Juntar Créditos Num Só Contrato?

Se possui mais do que um empréstimo, é importante que saiba que é possível juntar créditos num só contrato. Pode fazê-lo por meio de um crédito consolidado.

Um crédito consolidado não é nada mais do que um empréstimo onde condensa todas as suas dívidas com créditos já contraídos. Isto é, em vez de pagar dois ou mais empréstimos todos os meses, passa a pagar um único empréstimo, afeto a uma única taxa de juro e a um único credor.

Num crédito consolidado poderá juntar as suas dívidas com cartões de crédito, créditos pessoais, automóvel e até de créditos hipotecários.

Posso Juntar Crédito Pessoal a Crédito Habitação?

Juntar crédito pessoal a um crédito habitação é possível e pode ser a solução que procura para obter uma poupança significativa todos os meses com os seus empréstimos.

Ao juntar todos os seus créditos com o de habitação estará, no fundo, a recorrer a um crédito consolidado com hipoteca, também conhecido como crédito multifunções. Dependendo da idade do cliente, este crédito hipotecário poderá ter um prazo de maturidade a chegar aos 40 anos, o que permitirá diluir a sua dívida por prestações mensais mais baixas.

Outra vantagem é a taxa de juro mais reduzida. Isto acontece porque as taxas de juro aplicadas aos créditos ao consumo são frequentemente mais altas. Ao juntar este tipo de financiamentos com o seu crédito habitação, irá utilizar o próprio imóvel como garantia de crédito, conseguindo uma taxa mais baixa.

Todavia, não se esqueça de que, mesmo com taxas de juro mais baixas, se alargar em demasia os prazos de pagamento, a dívida total poderá aumentar.

Quanto Posso Poupar ao Juntar Créditos?

Agora que já sabe que pode juntar crédito pessoal a crédito habitação num único contrato, importa perceber o real potencial que esta solução lhe poderá oferecer a nível de poupança mensal.

São várias as variáveis que poderão influenciar a poupança: tipos de crédito que irá consolidar, prazo de maturidade do crédito consolidado e subscrição de produtos adicionais são alguns exemplos.

Para o ajudar a avaliar, vamos dar o exemplo concreto da Catarina e do Sérgio, que têm 51 e 57 anos, respetivamente, e um filho. Em conjunto, trazem para casa cerca de 3.100 € líquidos de salário, todos os meses.

Todavia, atualmente possuem:

● Cartões de Crédito;

● 2 Créditos Pessoais;

● Crédito Habitação.

No total, pagam por mês 2.490€ em mensalidades com os seus créditos, o que acaba por ser demasiado para o orçamento mensal da família.

Após juntarem todos os créditos num só, passaram a pagar 1.353.46 €. Ou seja, ao optarem por uma solução de crédito consolidado com hipoteca, a Catarina e o Sérgio conseguiram uma poupança mensal de 1.136,54€.

Quais os Melhores Créditos Para Consolidar?

Existem 2 tipos de crédito consolidado que convém conhecer antes de avançar.

Crédito Consolidado ao Consumo: tem um limite máximo de 75.000 € financiados e não permite incluir crédito habitação. Nesta opção poderá juntar, por exemplo, o cartão de crédito e crédito pessoal;

Crédito Consolidado com Hipoteca: permite consolidar o crédito habitação com crédito pessoal e não possui um teto de financiamento.

Devido às elevadas taxas de juro praticadas, as soluções de cartão de crédito e linhas de crédito são as mais impactadas quando consolidadas, pois permitem obter uma redução considerável na prestação mensal.

Contudo, se já possui um crédito habitação, poderá fazer sentido juntar todos os créditos num só e aproveitar os baixos spreads atualmente praticados.

Onde Posso Consolidar Crédito Habitação Com Pessoal?

São várias as instituições bancárias em Portugal que permitem consolidar créditos ao consumo com crédito habitação.

Todavia, importa saber que nem todas permitem consolidar dívidas de cartão de crédito com um crédito habitação. Ou seja, é mais fácil juntar crédito pessoal a crédito habitação.

Assim, recorrer a uma intermediária de crédito poderá ser uma boa ajuda, pois além de o aconselharem, poderão encontrar a solução que melhor se adequa à sua situação particular. Além disso, estes profissionais estarão ao seu lado durante todo o processo de contratação do crédito consolidado com hipoteca.

Quais as Vantagens de Um Crédito Consolidado?

Existem várias vantagens ao juntar vários créditos num só, especialmente quando falamos de crédito pessoal:

Poupança Mensal: a grande vantagem é, sem sombra de dúvida, a poupança. Ao optar por um crédito consolidado com hipoteca estará a utilizar o seu imóvel como garantia de pagamento. Isto permitirá obter taxas de juro mais vantajosas quando em comparação com outras soluções de crédito consolidado;

Pagamento Simplificado: em vez de pagar várias mensalidades, quiçá a diferentes entidades bancárias, concentrará toda a sua dívida numa única prestação;

Prazo de Pagamento Alargado: ao juntar todos os créditos num só, ficará com um novo prazo de pagamento mais alargado, pois estará a contratar um crédito único, de raiz. Além disso, a maioria dos créditos consolidados ao consumo estão limitados a um prazo de 84 meses por oposição a um crédito consolidado com hipoteca, que vai até aos 40 anos de prazo máximo;

Diminuição da Probabilidade de Incumprimento: ao juntar crédito pessoal a crédito habitação, os seus encargos mensais diminuirão, o que conduzirá a uma gestão mais eficaz do seu orçamento mensal. Desta forma, é menos provável que entre em incumprimentos com pagamentos;

Aprovação Mais Fácil: ao dar o seu imóvel como garantia de crédito, estará a dar ao banco uma maior rede de segurança, pelo que o seu empréstimo poderá ser mais facilmente aprovado.

Existem, contudo, algumas desvantagens ao optar por juntar crédito habitação e pessoal. São elas:

Possível Aumento do Montante Total em Dívida: ao consolidar os seus créditos com uma hipoteca, estará a estender o prazo de pagamento. Dependendo dos créditos que consolida, isto poderá conduzir a um aumento do montante total (MTIC) que pagará, pois estará a estender o tempo durante o qual estará em dívida para com o banco;

Aumento do Prazo de Pagamento: para conseguir prestações mensais mais reduzidas, estará a aumentar o prazo de maturidade do crédito fazendo com que, naturalmente, demore mais tempo a pagá-lo;

Possível Risco de Perder a Habitação: ao contratar um crédito consolidado com hipoteca estará a dar o seu imóvel como garantia de pagamento. Caso entre em incumprimento com os seus pagamentos, o banco poderá penhorar a sua casa.

Quanto Tempo Demora Uma Aprovação?

Aprovar um crédito consolidado com hipoteca é um processo que depende de algumas fases. Contudo, a pré-aprovação inicial é relativamente rápida, sendo que em algumas instituições financeiras consegue tê-la em apenas 4 dias úteis.

Contudo, sempre que um crédito está dependente de um imóvel, a concessão fica pendente da avaliação do mesmo e do consequente sucesso das fases em que processo de aprovação se divide: desde a visita de um avaliador do banco até à concretização final da aprovação que permitirá avançar com a concessão do crédito.

O processo de concessão do crédito consolidado com hipoteca demora, em média, cerca de 30 dias.

Em Suma, Juntar Créditos é Uma Boa Opção?

Sabemos bem que o dinheiro não estica e fazer face a todas as despesas mensais pode ser um exercício de paciência e perícia financeira. Juntar crédito pessoal a crédito habitação é, por isso, uma boa opção para quem pretende obter um alívio mensal nos pagamentos das suas prestações.

Com o que poupa ao juntar todos os créditos num só, poderá conseguir alguma folga para constituir um fundo de emergência ou para um projeto que ambiciona concretizar.

Ainda assim, deverá ter em mente que ao alargar o prazo de pagamento, o crédito poderá também ficar mais caro e, dando o seu imóvel como garantia de pagamento, estará a dar um sinal de maior segurança ao banco, mas também estará a incorrer no risco de perder a casa.

Antes de tomar uma decisão, procure informar-se junto de profissionais especializados em intermediação de crédito, pois saberão dar-lhe o acompanhamento certo durante todo o desenrolar do processo e serão uma preciosa ajuda na escolha da solução que melhor se adequa a si.

FAQs

O que é um crédito multifunções?

Um crédito multifunções é um empréstimo que permite adicionar um financiamento extra ao contrato de crédito hipotecário. Pode ser usado tanto na altura que compra a casa e precisa de dinheiro para fazer obras como para juntar os seus créditos ao consumo ao seu crédito habitação.

Quais os melhores créditos para consolidar?

Devido às suas altas taxas de juro, as soluções de cartão de crédito e linhas de crédito são as mais impactadas quando consolidadas. Isto porque a consolidação permitirá conseguir uma taxa de juro mais baixa e, consequentemente, uma redução considerável na prestação mensal.

Qual o melhor banco com crédito consolidado?

Não há uma resposta universal a esta questão, uma vez que cada caso é um caso. Naturalmente, o melhor banco será aquele que lhe apresentar a proposta mais barata. No entanto, só chega a esta resposta se comparar diversas ofertas e é nesta tarefa que um intermediário de crédito pode ser uma preciosa ajuda.

Quais os custos de juntar crédito pessoal à habitação?

Ao juntar um crédito pessoal com crédito habitação, é provável que se depare com custos associados à celebração de um novo contrato de financiamento. Isto inclui: comissão de abertura (se aplicável), Imposto de Selo e taxa de amortização. No caso desta última, todos os créditos com taxa variável estão isentos até final de 2024.

Adicionalmente, poderá ter de encaixar gastos com a nova escritura e a comissão de avaliação. Atualmente, diversos bancos têm campanhas em que oferecem este tipo de encargos, pelo que deve analisar o mercado.

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Digi lança site e já permite contratar serviços em Portugal

A nova operadora lançou esta terça-feira de manhã o site onde permite contratar os serviços e ver todas as informações. Serviço é mais barato, mas limitado face à concorrência.

A nova operadora Digi começou esta terça-feira de manhã a vender os seus serviços no mercado português, incluindo comunicações fixas, móveis e televisão, com combinações a preços que podem ser menos de metade dos praticados pelas operadoras já estabelecidas com redes próprias, porém, com várias limitações.

O site da operadora ficou disponível por volta das 9h30, menos de 24 horas depois de a empresa se ter apresentado ao país num evento que decorreu em Lisboa, e no qual se queixou de estar a enfrentar “barreiras” à sua entrada. Exemplo disso é o facto de a empresa não ter conseguido instalar, para já, nenhuma antena nos túneis do metro de Lisboa.

O site da Digi permite escolher as ofertas a contratar e ver a quanto fica no final

O novo portal da empresa de origem romena, que pouco depois do lançamento ainda apresentava muita instabilidade, também mostra que a Digi conseguiu ultrapassar algumas das dificuldades nas negociações com as televisões, mas não todas. Na lista de canais incluídos na oferta da Digi não consta nem a SIC, nem a SIC Notícias.

Pelo contrário, a operadora foi capaz de resolver o diferendo com a Media Capital, que foi público, pelo que TVI e CNN Portugal estão incluídos no serviço, assim como os canais da estação pública RTP. Nesta fase, com “mais de 60 canais” disponíveis, a empresa disponibilizará uma box com funcionalidades mais básicas e promete lançar uma aplicação para ver TV no telemóvel ou no tablet “brevemente”.

Na internet fixa, a Digi oferece, nesta fase, velocidades até 1 Gbps (gigabit por segundo), exigindo uma fidelização de apenas três meses, em comparação com os 24 meses normalmente praticados no mercado. Também é possível juntar telefone fixo à oferta de fibra. Mas não é clara a abrangência territorial.

O site permite verificar se uma determinada morada tem cobertura. O ECO testou duas diferentes, uma na área metropolitana de Lisboa e outra no interior do país, no distrito de Santarém. Para a primeira, o site indicou que não tem cobertura, apesar de existir um ponto de acesso de fibra no edifício, como foi possível comprovar empiricamente. A segunda, numa região rural, também ainda não tinha cobertura.

Em relação ao móvel, a Digi disponibiliza plafonds a começar nos 50 GB mensais, com os gigas não gastos a acumularem para o mês seguinte, podendo ser gastos até ao fim desse mês. Também é possível optar por dados ilimitados.

Ao permitir combinar vários serviços ao gosto do consumidor, os preços são apresentados de forma individual: cada cartão de telemóvel começa nos quatro euros mensais; a internet fixa custa dez euros, a televisão soma mais 12; e o telefone fica por mais um euro, no mínimo. Com isto, um pacote com quatro serviços na Digi pode ficar por menos de 30 euros, IVA incluído, o que compara com os mais de 60 cobrados pela operadora com maior quota de mercado.

Mas as comparações devem ser feitas com cautela. Não é clara a abrangência territorial da rede de fibra da Digi e a própria empresa assume que ainda terá de melhorar a sua rede móvel, por exemplo, no que toca à cobertura no interior de edifícios. Além disso, na maior parte dos locais em Portugal continental, a empresa disponibiliza apenas 2G ou 4G, com cobertura de 93% da população, enquanto o 5G, que só existe em áreas urbanas, cobre apenas 40% dos portugueses.

Quanto às zonas negras, além do metro de Lisboa, a empresa ainda não está disponível nas regiões autónomas. E, nesta primeira fase, não aceita clientes empresariais.

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Bancos devem “aproveitar bons resultados” para investir de forma “inteligente”

Vice-governadora do Banco de Portugal lembrou a “evolução fabulosa” que o setor teve na última década e meia. Agora deve aproveitar bons resultados para investir de forma “inteligente”.

Os bancos tiveram uma “evolução fabulosa” na última década e meia, mas devem aproveitar os bons resultados para investirem de forma “inteligente” para responder aos desafios tecnológico e ambiental, defendeu a vice-governadora do Banco de Portugal esta terça-feira.

É tempo de investir, é a altura certa para se pensar no negócio. Será determinante para o futuro dos bancos”, referiu Clara Raposo na conferência Money Summit, organizada pela EY.

“É o momento de olharem para o modelo de negócio e definirem onde querem investir e serem inteligentes, é isso que o Banco de Portugal quer”, acrescentou logo a seguir, apontando para os vários desafios que o setor enfrenta, incluindo o desafio tecnológico e ambiental.

Segundo a vice-governadora, os bancos devem “aproveitar os bons resultados para olharem para o futuro” e definir “que banco querem ter daqui a 15 anos”.

“As necessidades de investimento são significativas (…) mas são importantes”, frisou.

Clara Raposo sublinhou que as novas tecnologias vão dar a oportunidade aos bancos para inovarem e apresentarem ofertas diferenciadas, personalizar produtos e serviços, permitindo aumentar a eficiência e a proteção contra ataques informáticos.

“Para as instituições de menor dimensão o desafio é ainda maior tendo em conta proporção e os ganhos de escala”, avisou a supervisora.

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Fintechs nacionais já levantaram 1,16 mil milhões de euros

Este ano já nasceram mais 37% fintechs nacionais do que em 2023, que foi acompanhado por um crescimento de quase 2% do investimento acumulado, revela o "Portugal Fintech Report 2024".

O ecossistema fintech português atingiu um investimento acumulado de 1,16 mil milhões de euros este ano, com 85% das companhias a contar com investidores internacionais, segundo o “Portugal Fintech Report 2024”, conhecido esta terça-feira. Este ano nasceram mais fintechs, uma subida de 37% relativamente ao ano anterior.

Desde o nosso primeiro relatório em 2017, o cenário do setor fintech evoluiu significativamente, não só pela disrupção tecnológica como em adoção do mercado. No entanto, os desafios dos longos ciclos de vendas e de escalar internacionalmente continuam a necessitar de atenção. A Inteligência Artificial continua a atrair investidores, sublinhando-se o facto de 71% dos fundadores indicarem o seu impacto positivo na eficiência e produtividade do setor”, diz Mariana Gorjão Henriques, membro da direção da Portugal Fintech, citada em comunicado.

Depois de em 2023 o ecossistema ter atingido um investimento acumulado de 1,14 mil milhões de euros, este ano esse valor sobe 1,8% para 1,16 mil milhões, com 11% das fintechs a serem criadas neste ano, uma recuperação face a 2023, ano de menor registo (3%).

Fonte: Portugal Fintech Report 2024.

Os números da Portugal Fintech revelam também que o peso dos investidores internacionais aumentou. “No ano passado, apenas 42% das empresas tinha investidores internacionais, mas este ano esse valor subiu para 85%, revelando um crescimento significativo no interesse global e apoio às fintechs portuguesas”, destaca o relatório.

Lisboa acolhe mais de metade das fintechs, mantendo-se com 60% do maior fintech hub para as empresas nacionais, seguido do Porto (16%) e Braga (5%). Fora de Portugal, destaque ainda para o Reino Unido que agrega cerca de 8% das fintechs nacionais.

 

Fonte: Portugal Fintech Report 2024.

Apesar do crescimento do investimento no ecossistema, a exigência de métricas de vendas e tração (41%), seguido pela capacidade de escalar internacionalmente (21%) e o país onde está sediado, devido a questões fiscais ou legislação laboral, por exemplo (13%), são os principais obstáculos listados pelos fundadores na hora de levantar capital.

“Dado o pequeno mercado de Portugal, é fundamental fortalecer as estratégias de go-to-market internacionais, com suporte em diplomacia económica e na diáspora para superar os longos ciclos de vendas, sobretudo no setor bancário, onde os processos de procurement podem ser demorados”, refere comunicado.

Ao nível de talento, as necessidades das fintechs mudaram substancialmente. Em 2024, a dificuldade em contratar talento na área tech diminuiu de 75% para 44%, enquanto os desafios de recrutamento em marketing e vendas aumentaram de 8% para 20%, “refletindo uma transição no ecossistema fintech de desenvolvimento de produto para vendas e expansão comercial.”

Fonte: Portugal Fintech Report 2024.

Quando se trata de colaboração com incumbentes, 28% das fintechs apontam a disparidade cultural como um obstáculo, e 67% referem que as parcerias demoram mais de um ano a serem fechadas. “Para acelerar este processo, é essencial melhorar o canal de interação e startups com incumbentes”, destaca o comunicado.

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Governo quer arrancar obras no Humberto Delgado a 25 de novembro

  • ECO
  • 5 Novembro 2024

O Executivo prevê assinar o auto de consignação das obras ainda este mês. ANA está na fase final de escolha do consórcio que fará a construção.

As obras no aeroporto Humberto Delgado deverão arrancar até ao final do mês. O Governo prevê assinar o auto de consignação no dia 25 de novembro, segundo notícia o Jornal de Negócios.

Segundo a mesma publicação, a ANA já selecionou os consórcios construtores que, nos próximos dias, vão ser chamados a apresentar as suas melhores ofertas finais. Em disputa pelo investimento, que supera os 300 milhões de euros, estão consórcios de empresas portuguesas e espanholas.

A intervenção no Humberto Delgado inclui a ampliação do terminal 1, alterações na pista com a construção de entradas múltiplas e saídas rápidas e a criação de uma placa de estacionamento no Aeródromo de Figo Maduro, cujo perímetro passará a integrar a concessão da ANA, mediante uma compensação a pagar ao Estado. As obras permitirão aumentar o número de movimentos de aeronaves de 38 para 45 por hora, elevando o número de passageiros para entre 40 e 50 milhões.

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Hoje nas notícias: TAP, professores e Função Pública

  • ECO
  • 5 Novembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A brasileira Azul acionou o agente fiduciário do empréstimo à TAP, o que pode afetar a privatização da transportadora portuguesa. De abril deste ano a julho de 2027, 90% dos docentes atuais estarão no topo da carreira. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira, dominada pelas eleições nos EUA.

Processo da brasileira Azul pode afetar privatização da TAP

A brasileira Azul notificou a Bondholders, empresa que serviu de agente fiduciário do empréstimo de 90 milhões de euros à TAP SGPS, acordado em 2016, para que analise a situação de “incumprimento” das condições do contrato por parte da companhia aérea portuguesa. No documento, a Azul pede “urgência” à firma com sede em Valência na análise da situação e exige a realização de “uma assembleia extraordinária” para discutir as faltas da TAP SGPS no cumprimento do acordo. Este processo pode afetar a privatização da transportadora nacional e, caso haja uma decisão que antecipe o pagamento, o Estado terá de adiantar o valor em causa, já que a TAP S.A. deixou de integrar a holding, algo que a Azul denuncia como um dos incumprimentos do contrato.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

90% dos professores atingem o topo da carreira até julho de 2027

A recuperação do tempo de serviço dos professores do quadro vai permitir que 90% dos atuais docentes progridam até ao topo da carreira, em julho de 2027. Em valores nominais, traduz-se em 91.275 dos 101.277 professores do quadro previstos nessa altura a estarem colocados nos três últimos escalões da carreira, em que os salários variam entre 2.548 euros e 3.613 euros brutos. Segundo o Ministério da Educação, significa um aumento de 120% do número de docentes no topo da carreira de abril deste ano até julho de 2027.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Governo prevê 70 milhões para concurso extraordinário de docentes

O concurso extraordinário lançado pelo Governo para colmatar a falta de professores em zonas como Lisboa, Alentejo e Algarve vai ter um custo de 70 milhões de euros, segundo prevê a nota explicativa do Orçamento do Estado do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI)​ para 2025. Os resultados definitivos ainda não são conhecidos, mas as listas provisórias já publicadas pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) indicam que foram apresentadas 6.406 candidaturas para 2.309 vagas.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Frente Comum não vai assinar acordo para subir salários

Da reunião de segunda-feira entre os sindicatos da Função Pública e o Governo saiu uma revisão em alta da proposta de aumentos salariais para os funcionários públicos nos próximos dois anos. Por um lado, uma subida nominal de 56,58 euros dos ordenados até 2.620,23 euros; por outro, os vencimentos acima deste patamar vão beneficiar de um incremento de 2,15% — neste caso, não cobrindo a inflação prevista para 2025 (2,3%). O coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, disse que aquela estrutura sindical não vai assinar o acordo plurianual, apontando que a atualização “não chega a cinco cêntimos por dia em relação à última proposta”. Outros sindicatos, como a FESAP, consideram que a proposta melhorou “poucochinho”, mas vai assinar o acordo com o Executivo.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Mais de 30 entidades querem água do Alqueva para o Sudoeste Alentejano e Algarve

Entre autarquias, empresas e associações de produtores e agricultores do sul do país, mais de três dezenas de entidades subscreveram um documento, a ser apresentado esta terça-feira em Odemira, a apelar ao Governo para a necessidade de uma interligação que permita trazer água de Alqueva para o sudoeste do Alentejo e Algarve. Os subscritores defendem que a solução inclua a modernização dos Perímetros de Rega do Mira, o reforço da Bacia do Alqueva — nomeadamente trazendo do rio Tejo a água que, em muitos períodos do ano, existe nestas bacias em excesso –, seguida da Interligação Alqueva – Mira, no Sudoeste Alentejano – Odelouca, no Algarve, e que já se encontra ligada por túnel ao sistema Funcho – Arade, faltando a interligação à Bravura, também no Algarve.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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