Montenegro deve “avaliar se ministra da Saúde reúne condições para continuar”, diz PS

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

PS apela ao primeiro-ministro para avaliar se Ana Paula Martins tem condições para se manter em funções. Marcelo avisa que é preciso encontrar respostas rápidas para os problemas na emergência médica.

O PS apelou esta quinta-feira ao primeiro-ministro para que avalie se a ministra da Saúde tem condições para se manter em funções, apontando os problemas recentes registados no INEM ou os que se verificaram nas urgências desde o verão.

Em conferência de imprensa na Assembleia da República, a vice-presidente da bancada do PS Mariana Vieira da Silva e o deputado João Paulo Correia anunciaram que o partido quer ouvir no parlamento, com urgência, o novo presidente do INEM e que questionará a ministra Ana Paula Martins durante a sua audição orçamental, na próxima semana, sobre a situação da emergência médica.

“Caso as respostas sejam insuficientes chamaremos também a senhora ministra”, disse Mariana Vieira da Silva, apelando ao consenso parlamentar para que estas audições se realizem durante o período de debate orçamental.

Mariana Vieira da SilvaLusa

Antes, o deputado João Paulo Correia tinha defendido que “o primeiro-ministro tem de avaliar se a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reúne ou não reúne condições para continuar a governar a pasta da saúde”, apontando várias situações ao longo dos últimos sete meses.

“O PS, na sua tradição, na sua cultura política, não pede a demissão de membros do Governo, mas face o que está a acontecer, morrem diariamente cidadãos por falta de socorro de emergência, é altura de o senhor primeiro-ministro vir a jogo e também intervir e avaliar se a ministra da Saúde tem condições”, afirmou.

Marcelo espera respostas rápidas para problemas na emergência médica

Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta manhã que é preciso encontrar respostas rápidas para os problemas na emergência médica, ressalvando não querer comentar negociações em curso nem casos concretos.

Questionado sobre a situação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), à saída da Culturgest, em Lisboa, o chefe de Estado começou por evitar abordar o tema: “Eu não gosto de falar de problemas específicos da governação ou da Administração Pública, mesmo quando são muito urgentes ou prementes, como é o caso do INEM”.

Questionado, a seguir, sobre as reivindicações sindicais dirigidas ao Governo PSD/CDS-PP, argumentou que não lhe cabe falar “sobre o que está em curso, os contactos em curso”.

“O que eu posso desejar é que se encontre a melhor solução, a pensar nos portugueses, nas portuguesas que têm – todos nós temos, mas há quem tenha mais, e em condições de maior pobreza, maior dificuldade, maior distância – problemas de saúde, de emergência no domínio da saúde, que, como o nome diz, são mesmo de emergência e exigem uma resposta”, afirmou.

Interrogado se, tendo em conta o que está a acontecer, se pode estar descansado, o Presidente da República respondeu: “Não, por isso é que convém, nesta matéria, no mais rápido período de tempo possível, encontrar soluções, neste como noutros casos, que permitam ultrapassar os obstáculos que existem”.

Confrontado com as mortes por falta de socorro do INEM, Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha acabado de discursar no 13.ª Congresso Nacional da Administração Pública, não quis comentar “casos concretos”, mas defendeu, em termos gerais, que “mais vale prevenir do que remediar”.

“Isso é aquilo que, a todo momento, todos os que têm responsabilidades administrativas e políticas são chamados a tentar resolver, porque os problemas multiplicam-se e agravam-se com o tempo, e é urgente encontrar respostas rápidas”, acrescentou.

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Retalhista online Autodoc vai à Web Summit para recrutar 85 colaboradores

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

A retalhista online de peças para automóveis, que tem um hub em Portugal, quer reforçar equipa e recrutar 85 talentos na Web Summit.

A Autodoc anuncia 85 novas vagas nomeadamente entre funções de desenvolvimento de software, gestão e análise de dados, gestão de produto e gestão de projetos. A retalhista alemã do setor automóvel vai apresentar as posições disponíveis na Web Summit Lisboa, a decorrer de 11 a 14 de novembro.

“Estamos a procurar ativamente os melhores e mais brilhantes talentos do setor da tecnologia para se juntarem à nossa equipa em Lisboa, onde terão a oportunidade de trabalhar em projetos que moldam diretamente o futuro da indústria”, refere Dmitry Zadorozhny, CEO da Autodoc, citado em comunicado.

O centro de inovação tecnológica da empresa alemã encontra-se em Portugal desde maio do ano passado, sendo que esta procura de colaboradores visa a sua expansão, como também no mercado automóvel europeu.

A retalhista procura “indivíduos ambiciosos que procuram um local de trabalho estável e fiável, oportunidades de crescimento emocionantes e a possibilidade de pertencer a uma empresa em constante evolução para expandir a sua posição no mercado europeu de retalho online de peças para automóveis”.

A retalhista cria soluções tecnológicas e disponibiliza peças para o mercado automóvel em 27 países europeus.

As vagas disponíveis poderão ser consultadas aqui

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Região de Coimbra exige ao Governo uma fiscalização à entidade dos resíduos sólidos

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

A CIM da Região de Coimbra solicitou hoje ao Governo uma fiscalização à ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro, devido aos aumentos sucessivos das tarifas e à degradação da qualidade do serviço.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra solicitou hoje ao Governo uma fiscalização à ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro devido aos aumentos sucessivos das tarifas e à degradação da qualidade do serviço.

Em comunicado enviado à agência Lusa, aquela estrutura pediu a intervenção da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, com o objetivo de verificar o cumprimento das condições contratuais e a eficiência com que o sistema de gestão e tratamento de resíduos está a ser gerido.

“É com grande apreensão que se constata que o setor se encontra numa situação crítica, fruto das opções estratégicas e trajetória errática das últimas décadas, que culminaram em aumentos tarifários superiores a 160% nos últimos cinco anos, sem haver qualquer reflexo na qualidade do serviço prestado pelos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos, conforme comprovam os vários relatórios emitidos recentemente pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)”, referiu o presidente da Região de Coimbra, Emílio Torrão.

O também presidente da Câmara de Montemor-o-Velho lamentou que “os sucessivos aumentos de tarifas e a delapidação da qualidade de serviço estejam a colocar os municípios perante inúmeros desafios, nomeadamente de sustentabilidade financeira que, por validação do regulador, acabam sempre em aumentos de tarifa e com repercussões nos munícipes”.

Emílio Torrão salientou que o aumento brutal dos custos de gestão de resíduos que se tem verificado nos últimos anos não tem tido qualquer reflexo na qualidade do serviço prestado pela entidade gestora [ERSUC], “que continua a apresentar indicadores de desempenho insuficientes e a enviar mais de 76% dos resíduos para aterro”.

“Isto é inconcebível. Depois de décadas a investir em infraestruturas de gestão e tratamento de resíduos, a fatura dos contribuintes está cada vez mais alta, enquanto o serviço de resíduos está a piorar”, sublinhou.

Também em comunicado enviado à Lusa, a Câmara de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra, denunciou hoje o que considerou “aumentos irracionais” para 2025, de 20% da tarifa de tratamento do lixo face a 2024, o que representa um aumento de 234% em relação a 2014.

“Estamos a falar de aumentos irracionais e asfixiantes que, ano após ano, vêm a ser aplicados, com a conivência da ERSAR, com absoluto despudor e sem qualquer respeito pelas famílias que têm feito um esforço notável para reduzir significativamente o lixo que é enviado para aterro, em nome da sustentabilidade ambiental”, criticou o presidente da autarquia, Nuno Moita.

Segundo o autarca, apesar do aumento populacional, o município de Condeixa-a-Nova tem conseguido, nos últimos anos, diminuir consecutivamente o volume de resíduos urbanos sujeitos a tarifa (5% em 2023 relativamente ao ano anterior, baixando para 5.679 toneladas).

“Apesar disso, os custos anuais com a gestão de resíduos têm sofrido aumentos consecutivos, atingindo em 2023 quase meio milhão de euros, suportados pelos municípios, que não tem refletido esses brutais aumentos na fatura dos consumidores, mas que inevitavelmente vai ter que o fazer”, lê-se na nota.

Para o presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova, “é incompreensível que, desde a privatização da ERSUC, em 2015, pelo Governo de Passos Coelho, a empresa, mesmo conseguindo impor estes aumentos brutais, acumule sucessivamente maus resultados financeiros e que, com total falta de ética e transparência, ainda distribua dividendos de 1,7 milhões de euros, como fez em abril deste ano”.

Integrada no Grupo Mota-Engil, a ERSUC é responsável por assegurar o tratamento de resíduos de 36 municípios do Litoral Centro, abrangendo quase um milhão de habitantes.

A CIM Região de Coimbra é constituía pelos municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares.

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Ministra da Justiça ordena inquérito interno ao caso de Álvaro Sobrinho

O ex-presidente do BES Angola está há cerca de três meses fora de Portugal e o julgamento do caso BES Angola em que é arguido está quase a começar.

A ministra da Justiça, Rita Júdice, admitiu que vai abrir um inquérito interno ao caso de Álvaro Sobrinho, no Instituto dos Registos e Notariado (IRN) sobre a utilização de documentos nacionais por Álvaro Sobrinho, apesar de ter renunciado à cidadania portuguesa.

“Não me vou pronunciar sobre o caso em concreto. Fui surpreendida ontem [quarta-feira] pela peça da SIC. Abrimos um processo de averiguação interna para perceber o que aconteceu na situação que relataram, que terá havido uma renúncia à cidadania portuguesa e, não obstante, continuou a ser pedida a renovação de cartão de cidadão. Algo falhou da parte do IRN e estamos a apurar internamente”, afirmou a governante.

Em declarações aos jornalistas à saída do Supremo Tribunal de Justiça, onde marcou presença numa homenagem ao ex-presidente do STJ e juiz conselheiro Henrique Araújo, a ministra abriu também a porta a uma eventual investigação do Ministério Público ao comportamento do antigo presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA).

“O senhor Álvaro Sobrinho também sabia que tinha renunciado à cidadania e não deixou de ter um comportamento que também espero que seja investigado”, sentenciou.

No verão, Álvaro Sobrinho voltou a ter acesso ao passaporte, o que lhe permitiu viajar para fora do país, sem cumprir o Termo de Identidade e Residência. O ex-presidente do BES Angola saiu do país após ter perdido a nacionalidade portuguesa, não sendo obrigado a regressar a Portugal para ser julgado.

Com apenas nacionalidade angolana e sem a obrigação de Angola extraditar os cidadãos, o banqueiro pode não se apresentar em tribunal quando o julgamento começar ou até não vir a cumprir qualquer pena.

Uma investigação da SIC revelou esta quarta-feira que Álvaro Sobrinho, que está prestes a ser julgado por abuso de confiança e branqueamento de capitais no processo do BESA, encontra-se em Angola há cerca de três meses e já não tem cidadania portuguesa há cerca de 40 anos, desconhecendo-se se vai ou não estar presente para responder em tribunal.

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Trabalhadores portugueses recebem em média 23 mil euros por ano. Menos 10 mil que os espanhóis

Trabalhadores portugueses a tempo inteiro ganham, em média, 23 mil euros brutos por ano. Em Espanha, o vencimento médio ronda os 33 mil euros e no Luxemburgo supera os 81 mil euros.

Os salários praticados em Portugal têm crescido, mas continuam a sair mal na fotografia europeia. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, o ordenado médio anual ajustado a tempo inteiro foi de cerca de 23 mil euros em Portugal no último ano. Um valor que é não só inferior à média comunitária, como é também o nono mais baixo entre os vários países que compõem o bloco comunitário.

De acordo com o gabinete de estatísticas, em 2023, o salário médio anual ajustado a tempo inteiro na União Europeia foi de 37.900 euros, o que significa que houve um salto de 6,5% face ao ano anterior.

Já entre os vários Estados-membros, o campeão é o Luxemburgo, país onde o ordenado médio anual ajustado a tempo inteiro foi de 81.100 euros em 2023. No pódio, aparecem ainda a Dinamarca e a Irlanda, com salários médios de 67.600 euros e 58.700 euros, respetivamente.

Em contraste, na Bulgária o vencimento anual ajustado a tempo inteiro fixou-se em 13.500 euros, sendo o menos atrativo de toda a União Europeia. Também na base da tabela, estão a Hungria (16.900 euros) e a Grécia (17.00 euros).

Por sua vez, Portugal está mais próximo deste último grupo do que do primeiro. Com um salário médio anual ajustado a tempo inteiro de 22.933 euros, o país regista o nono pior valor do bloco comunitário. Em Espanha, do outro lado da fronteira, o vencimento médio ronda os 33 mil euros.

Ainda assim, houve uma melhoria face a 2022, ano em que o vencimento médio superava apenas em 131 euros os 21 mil euros anuais.

O reforço dos salários tem sido uma das prioridades assumidas pelos Governos nacionais –tendo sido assinado um acordo na Concertação Social para esse fim pelo anterior Executivo e pelo atual –, mas continua a não ser suficiente para tornar Portugal mais atrativo a este nível.

De notar que todos estes salários são brutos, isto é, são ainda sujeitos a impostos e contribuições sociais, pelo que o que chega à carteira dos trabalhadores é um valor inferior. Neste indicador, os trabalhadores em part-time são ajustados para terem equivalência a trabalhadores em tempo inteiro, de acordo com o Eurostat.

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Sem reforço da entrada de imigrantes, obras do PRR falham “execução dentro do prazo”

Castro Almeida revelou ainda que o Governo seguiu o apelo dos municípios e vai dispensar a revisão obrigatória dos projetos do PRR e do PT2030 se estiverem em causa os prazos.

O ministro Adjunto e da Coesão alertou esta quinta-feira os deputados que não vai ser possível executar todas as obras financiadas com fundos europeus dentro do prazo se não houver um reforço da imigração. Governo está a preparar medidas facilitadoras.

“Com os meios que temos atualmente em Portugal, aparentemente não vai ser possível executar tudo dentro do prazo”, disse Manuel Castro Almeida na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade. “Ou há um reforço da entrada de imigrantes, designadamente para a área da construção civil, ou não haverá condições para executar estas obras”, disse perentoriamente.

Questionado sobre os atrasos nas obras contratualizadas com as câmaras municipais ainda antes do verão, ao nível das escolas, centros de saúde e habitação, Castro Almeida defendeu que o Governo fez a sua parte, mas os “municípios têm dado conta que não têm empreiteiros para as obras”. “É um problema sério que toca com a questão da imigração”, disse.

Castro Almeida recordou que o Governo está “a preparar medidas que possam facilitar a vida neste setor”. Medidas que vão “facilitar a entrada de imigrantes nomeadamente para as empresas que têm contratos assinados com os trabalhadores e deem a garantia de habitação e trabalho”. “Nessa atura não há razão para evitar a entrada destas pessoas”, concluiu.

Em termos de obras, reiterou que o “compromisso assumido pelo anterior Governo de reabilitação de mais 400 escolas com apoio a 100% via empréstimo do Banco Europeu de Investimento está assegurado”. As negociações com o BEI ainda decorrem, sendo “sempre excessivamente demoradas”, desabafou. “Mas logo que esteja concluída essa negociação, o Governo irá contratualizar com as câmaras municipais a recuperação ou construção das escolas que constam da lista acordada entre o Governo anterior e a Associação Nacional de Municípios”, disse.

Castro Almeida revelou ainda que o Governo seguiu o apelo da ANMP e vai dispensar a revisão obrigatória dos projetos. “Sou muito entusiasta que se faça a revisão dos projetos. Mas não será por isso que não serão cumpridos”, disse. A dispensa de revisão não é para todos, mas “apenas quando os municípios comprovem que, se fizerem a revisão de projeto, o tempo que aí se vai perder os impede de executar o projeto dentro do prazo previsto do PRR e do PT2030”, explicou o ministro. Só nesse caso o município fundamenta a dispensa da revisão obrigatória do projeto.

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MDS compra corretora em Espanha

  • ECO Seguros
  • 7 Novembro 2024

É a primeira compra da corretora em Espanha e alinha-se com a sua estratégia de reforçar a sua presença no mercado ibérico.

O corretor de seguros de origem portuguesa MDS anuncia a sua primeira aquisição de um corretor em Espanha com a compra da Cobian Insurance Brokers. De acordo com um comunicado do grupo, a conclusão desta aquisição ainda está sujeita às aprovações regulamentares.

Álvaro Mengotti, membro da Comissão Executiva do Grupo MDS e Pablo Cobián, CEO da Cobian, comprometidos com a aquisição, firmando a expansão ibérica do primeiro.

José Manuel Fonseca, CEO do Grupo MDS, considera a aquisição “um passo decisivo para a consolidação” da atividade “como plataforma ibérica” e alinha-se com a estratégia da empresa em reforçar a sua presença nos mercados ibéricos e latino-americano.

O CEO do Grupo MDS aponta para Álvaro Mengotti, membro da Comissão Executiva do Grupo MDS, como “fundamental na identificação de oportunidades de crescimento nestas geografias”.

Em concordância, Álvaro Mengotti assinala que “Espanha é um dos maiores mercados de seguros na Europa e a Cobián complementa” portfólio da corretora “no setor privado” e reforça a sua “presença em Espanha”.

Segundo o comunicado, CEO da Cobian Insurance Brokers continuará a fazer parte da equipa de gestão. Pablo Cobián acredita que a integração na MDS “irá fortalecer e expandir o serviço” que oferece aos seus clientes, “graças à sua experiência e acesso a importantes recursos em seguros especializados e tecnologia”.

A madrilena Cobian foi fundada em 2018 e tem focado a sua atividade em seguros empresariais, nomeadamente em riscos industriais, energia, construção e linhas financeiras.

Esta operação segue-se à recente aquisição pela MDS da D’Or Consultoria, uma das maiores corretoras do segmento de benefícios corporativos do mercado da América Latina, por 143 milhões de euros.

O corretor de seguros de origem portuguesa MDS anuncia a sua primeira aquisição de um corretor em Espanha com a compra da Cobian Insurance Brokers. De acordo com um comunicado do grupo, a conclusão desta aquisição ainda está sujeita às aprovações regulamentares.

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Bolt e Indie fecham acordo para simplificar seguros dos motoristas TVDE

Bolt Club já tem vantagens para motoristas nos combustíveis e reparação de automóveis. Passa a ter também nos seguros, com soluções feitas à medida, através de uma parceria com a Indie Seguros.

A Bolt assinou esta semana um acordo com a portuguesa Indie Seguros, que garante que os milhares de motoristas que atualmente lhe prestam serviços vão passar a ter acesso facilitado e simplificado a seguros de proteção pessoal feitos à medida. Em declarações ao ECO, o CEO da startup especializada em seguros para a economia digital, João Teixeira Fernandes, explica que, para já, o foco são os seguros de acidentes pessoais e os seguros de saúde.

“Esta parceria não significa que os motoristas não tenham já seguros. O que se pretende é facilitar. A Bolt tem a Bolt Club, que é como um clube de descontos e benefícios para os motoristas. Até agora, não incluía seguros. Entramos nós com os seguros para ajudar a encontrar as melhores soluções“, sublinha o responsável.

Nascida há quatro anos, a Indie Seguros cria soluções “personalizadas e em tempo real para as plataformas digitais”. Por exemplo, no caso da MyCareForce — plataforma que faz match entre enfermeiros e hospitais –, a Indie Seguros montou uma solução para seguros de acidentes de trabalho, que permite que a apólice seja cobrada por hora de trabalho, em vez de anualmente.

Já no caso da Oscar, esta insurtech trabalhou com a Caravela para fornecer criar seguros que são pagos por cada serviço realizado pelos utilizadores da plataforma em causa.

João Teixeira Fernandes adianta que, neste momento, a Indie Seguros já trabalha com nove seguradoras — entre as quais, a Allianz e a Generali — para ajustar os seus produtos às “necessidades específicas das plataformas“.

No caso da Bolt, através do referido clube, os motoristas poderão solicitar a adaptação de “qualquer seguro” (incluindo seguros de atividade TVDE), mas o foco principal serão os seguros de acidentes pessoais e de saúde, indica o CEO, que revela que, no futuro, poderão ser mesmo feitas “algumas integrações” com a própria plataforma para tornar estes processos “muito mais simples”.

Questionado, o responsável indica também que a ideia é os próprios preços sejam mais competitivos, mas ressalva que não há hoje uma tabela oficial para o setor.

Em conversa com o ECO, João Teixeira Fernandes frisa, tudo somado, que o que pretende é “usar a tecnologia para chegar a um mercado [o das plataformas digitais] que não é possível hoje segurar ou que está sob segurado“. “O nosso foco é a economia digital. Estamos a arrancar em Espanha também. O nosso objetivo é multiplicar por dez o nosso negócio atual no próximo ano“, assinala.

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Banco de Inglaterra corta taxas de juro em 25 pontos base para 4,75%

“Precisamos de garantir que a inflação se mantém próxima do objetivo, pelo que não podemos reduzir as taxas de juro mais rapidamente ou em demasia”, afirmou o BoE.

O Banco de Inglaterra (BoE) cortou esta quinta-feira as taxas de juro em 25 pontos base para 4,75 e explicou que as próximas descidas do custo da libra deverão ser graduais, tendo em conta o aumento da inflação e do crescimento após o primeiro orçamento do novo governo trabalhista.

O Comité de Política Monetária votou 8-1 para reduzir as taxas de juro de 5% para 4,75%, uma maioria mais expressiva do que as expectativas numa sondagem da Reuters para uma votação de 7-2 a favor de um corte.

“Precisamos de garantir que a inflação se mantém próxima do objetivo, pelo que não podemos reduzir as taxas de juro mais rapidamente ou em demasia”, afirmou o banco central, em comunicado.

Adiantou que registaram-se progressos contínuos em matéria de desinflação, em especial devido à atenuação dos choques externos anteriores, mas alertou que as pressões inflacionistas internas remanescentes estão a ser resolvidas mais lentamente.

A inflação do IPC desceu para 1,7% em setembro, mas espera-se que aumente para cerca de 2,5 % até ao final do ano, uma vez que a debilidade dos preços da energia não é tida em conta na comparação anual.

O banco central prevê que o crescimento do PIB volte ao seu recente ritmo subjacente de cerca de 0,25% por trimestre durante o segundo semestre do ano. “O Comité considera que o mercado de trabalho continua a abrandar, embora pareça relativamente apertado face aos padrões históricos”.

O BoE prevê, provisoriamente, “que os efeitos combinados das medidas anunciadas no Orçamento de outono de 2024 aumentem o nível do PIB em cerca de 0,75% no seu pico, dentro de um ano, em relação às projeções de agosto”.

Projeta também que o orçamento aumente a inflação medida pelo IPC em pouco menos de meio ponto percentual no pico, “refletindo tanto os efeitos indiretos da menor margem de oferta excedentária como os impactos diretos das medidas orçamentais”.

(Notícia atualizada om mais informação às 12h31)

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Rui Cardoso é o novo diretor do DCIAP

O procurador-geral adjunto Rui Cardoso é o próximo diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, substituindo Francisco Narciso no cargo. A tomada de posse ainda não está agendada.

O Conselho Superior do Ministério Público aprovou na quarta-feira o nome do procurador-geral adjunto Rui Cardoso para próximo diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), avança o Expresso. A escolha de Rui Cardoso não foi unânime. A tomada de posse ainda não está marcada.

A nomeação surge após Francisco Narciso, até então diretor do DCIAP, ter colocado o seu lugar à disposição. O seu mandato terminava só em setembro do próximo ano, mas, segundo uma fonte disse ao Expresso, “uma das prioridades de Amadeu Guerra é arrumar o DCIAP e isso passa por uma nova liderança”.

O diretor do DCIAP Rui Cardoso já foi presidente do sindicato durante três anos e professor no Centro de Estudos Judiciários. Durante o último ano esteve em Timor a dar formação a magistrados.

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Fora do país, MP diz que caução pressiona Sobrinho a regressar para julgamento

  • ADVOCATUS
  • 7 Novembro 2024

O ex-presidente do BES Angola está há cerca de três meses fora de Portugal e o julgamento do caso BES Angola em que é arguido está quase a começar.

O Ministério Público assume que o dinheiro apreendido a Álvaro Sobrinho pode ser suficiente para o fazer regressar a Portugal, avança a Sic Notícias. O valor da caução foi de seis milhões de euros. O ex-presidente do BES Angola está há cerca de três meses fora de Portugal e o julgamento do caso BES Angola em que é arguido está quase a começar.

No verão, Álvaro Sobrinho voltou a ter acesso ao passaporte, o que lhe permitiu viajar para fora do país, sem cumprir o Termo de Identidade e Residência. O ex-presidente do BES Angola saiu do país após ter perdido a nacionalidade portuguesa, não sendo obrigado a regressar a Portugal para ser julgado.

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“Tivemos uma ótima reunião com o Governo”, diz CEO da Air France- KLM

O CEO da Air France - KLM, Benjamin Smith, afirmou ficou satisfeito com a reunião com o Governo português sobre a venda da TAP espera conseguir responder às condições do processo.

“Tivemos uma ótima reunião com o Governo” sobre a privatização da TAP, afirmou esta quinta-feira o CEO da Air France- KLM, Benjamin Smith, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do terceiro trimestre.

Assinalando que o processo ainda não está oficialmente lançado, o responsável reafirmou que o grupo está “interessado em ir atrás desta oportunidade, assumindo que vai ao encontro das nossas ambições estratégias e que somos capazes de cumprir com quaisquer que sejam as exigências do Governo português“. O Executivo tem afirmado que a privatização tem de assegurar o hub no aeroporto de Lisboa e as rotas estratégicas da TAP.

Uma delegação do Grupo Air France-KLM, liderada por Benjamin Smith, reuniu-se com representantes do Governo português em Lisboa, a 28 de outubro de 2024, para “reafirmar o interesse do Grupo em tornar-se acionista da TAP”, referiu fonte oficial da companhia aérea.

“O grupo confirmou estar disponível para a compra de uma participação maioritária ou minoritária“, adiantou, sublinhando que “aguarda com expectativa os termos específicos da privatização da TAP e o calendário que vier a ser definido pelo Governo português”.

A Air France – KLM registou lucros de 824 milhões de euros no terceiro trimestre, menos 122 milhões do que o mesmo período do ano passado. O grupo justifica a quebra com aumento dos custos e o impacto negativo dos Jogos Olímpicos.

No conjunto dos primeiros nove meses do ano, a Air France – KLM conseguiu 23.582 milhões de euros em receitas, mais 4,3% do que no mesmo período de 2023. O resultado operacional recuou 469 milhões, para 1.204 milhões, e o resultado líquido caiu 711 milhões para 510 milhões.

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