Mais de 400 acidentes com bicicletas e trotinetes no 1º trimestre do ano

  • ECO Seguros
  • 25 Setembro 2023

A APS lança publicação sobre 'micro mobilidade' urbana numa altura em que, em Portugal, se contabilizaram mais de 400 acidentes com trotinetes ou bicicletas apenas no 1º trimestre de 2023.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) assinala a sua participação na Semana Europeia da Mobilidade com o lançamento de uma publicação focada em sensibilizar os jovens para os riscos e vantagens da ‘micro mobilidade’ urbana. A importância do lançamento é realçada pelos mais recentes dados divulgados pelo Centro Hospitalar Universitário de Lisboa, que registou cerca de 400 acidentes relacionados com bicicletas e trotinetes apenas no primeiro trimestre de 2023. A APS está empenhada em promover medidas que previnam e reduzam os riscos associados à ‘micro mobilidade’, visando a proteção tanto dos utilizadores quanto dos peões. O livro, intitulado “Bicicletas e trotinetes. Sim ou não?” é mais um volume da coleção “Seguros e Cidadania”, uma parceira do coletivo com as autoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

3ª Conferência Anual ECO Seguros - 20OUT22
José Galamba de Oliveira, Presidente da APS, aponta: “há uma nova realidade nas cidades”.Hugo Amaral/ECO

Para José Galamba de Oliveira, Presidente da APS, “há uma nova realidade nas cidades, em que peões, automóveis, bicicletas, trotinetes e outros meios partilham as mesmas vias, sendo por isso necessário alertar para os riscos que daí advêm e garantir a proteção dos cidadãos. Estamos muito satisfeitos com o resultado final deste livro, que decorre da preocupação que a associação tem vindo a manifestar com a mobilidade suave e com a necessidade de se clarificar o regime de seguros associado a estes novos meios”.

O livro “Bicicletas e trotinetes. Sim ou não?” aborda questões como os riscos de acidentes e a importância de cumprir as regras de segurança ao utilizar esses meios de transporte e explora tópicos como a necessidade de ciclovias, a relevância das bicicletas como alternativas ecológicas e a falta de regulamentação para esses meios de transporte. A publicação é dividida em cinco capítulos, que apresentam narrativas sobre diferentes problemáticas e incluem contextualizações históricas, informações úteis e questões para reflexão, destinadas ao ambiente educacional.

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Reclamações no setor segurador caem 7%

  • Lusa
  • 25 Setembro 2023

O Portal do Consumidor continuou a ser a opção mais escolhida pelos reclamantes, seguido do correio eletrónico. Ramos Não Vida continuam a ser o segmento de negócio com maior número de reclamações.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) analisou e concluiu 4.033 reclamações no primeiro semestre deste ano, menos 7% do que as 4.331 do semestre anterior, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira.

De acordo com o “Relatório de Gestão de Reclamações” relativo ao período de janeiro a junho, o regulador tomou ainda conhecimento de 4.753 reclamações apresentadas contra as entidades por si supervisionadas através do Livro de Reclamações (mais 27% do que as 3.750 do semestre anterior), sendo que, destas, 88% foram apresentadas através do Livro de Reclamações Eletrónico, LRE (85% no semestre anterior).

No que se refere às reclamações apresentadas diretamente à ASF, o Portal do Consumidor continuou a ser a opção mais escolhida pelos reclamantes (68%), seguido do correio eletrónico. Os ramos Não Vida continuaram a ser o segmento de negócio com maior número de reclamações (82%, valor que compara com 74% no semestre anterior), com destaque para o seguro automóvel (1.419 reclamações; 35%), seguido do seguro de incêndio e outros danos (776 reclamações; 19%) e do seguro de saúde (330 reclamações; 8%).

Já o ramo Vida registou um peso de 12% no total de processos analisados e concluídos pela ASF (10% no semestre anterior), com 479 reclamações, salientando-se os seguros de vida, com 319 processos, enquanto os fundos de pensões apresentaram apenas 50 reclamações. A temática “sinistro” continuou a destacar-se como a matéria mais reclamada, com 2.296 processos e um aumento de 6% face ao segundo semestre de 2022 (2.174), tendo os assuntos relacionados com o “conteúdo/vigência do contrato” representado 21% do conjunto de reclamações (3.742).

Relacionando o segmento de negócio e as matérias objeto de reclamação, a ASF nota que, nos ramos Não Vida, a matéria “sinistro” é a mais reclamada, enquanto as situações mais reclamadas nos segmentos Vida e fundos de pensões incidem sobre matérias relativas ao “conteúdo/vigência do contrato”. Quanto à natureza do reclamante, 73% das reclamações analisadas no primeiro semestre foram apresentadas pelo cliente do operador, 19% por terceiros, lesados ou beneficiários de contratos de seguro e 8% por reclamantes que não se enquadram em nenhuma daquelas situações.

Numa análise por tipo de operador, as empresas de seguros nacionais foram as mais reclamadas, com 73% dos casos, “devido à sua predominância no mercado nacional”, seguidas dos mediadores de seguros (13%) e das sucursais de empresas de seguros com sede na União Europeia (9%).

Em 36% dos casos (1.442), as reclamações tiveram um resultado favorável ao reclamante, sedo que nos restantes 64% (2.591 reclamações) o operador respondeu de forma desfavorável, com 59% das respostas a terem uma justificação legal ou contratual. De acordo com a ASF, “apenas em 5,3% das reclamações, quando consideradas as matérias com análise efetiva, não foi identificada a existência de uma justificação legal ou contratual“. Nestes casos, e não obstante o exercício das competências da ASF, o regulador lembra que o reclamante dispõe de mecanismos alternativos para a resolução de litígios, podendo, em última instância, recorrer aos tribunais, sendo que este recurso “também se coloca quando a ausência de justificação legal ou contratual decorre de estar em causa matéria estritamente probatória”.

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Marcelo promulga carreiras especiais de informática da Administração Pública

  • Lusa
  • 25 Setembro 2023

Diploma contempla a criação de duas carreiras especiais de especialista de sistemas e tecnologias de informação e de técnico de sistemas e tecnologias de informação, bem como o cargo de consultor.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma que estabelece o regime da carreira de especialista de sistemas de informação e técnico de sistemas e tecnologias de informação, bem como o cargo de consultor de sistemas.

De acordo com uma nota publicada esta segunda-feira no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o “diploma que estabelece o regime das carreiras especiais de especialista de sistemas e tecnologias de informação e de técnico de sistemas e tecnologias de informação, e o cargo de consultor de sistemas de informação”.

Em 23 de agosto, o Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que procede à revisão das carreiras de informática na Administração Pública, procedendo à criação de duas carreiras especiais e do cargo de consultor de sistemas e tecnologias de informação.

A aprovação do diploma foi anunciada pela ministra da Presidência, que tem a tutela da Administração Pública, com Mariana Vieira da Silva a referir o processo negocial com os sindicatos que permitiu “construir e fazer evoluir” um “conjunto de “soluções” de forma a valorizar esta carreira da função pública.

O diploma contempla a criação de duas carreiras especiais de especialista de sistemas e tecnologias de informação e de técnico de sistemas e tecnologias de informação, bem como o cargo de consultor de sistemas e tecnologias de informação, o que, afirmou, na altura, a ministra, permitirá reforçar a capacidade da Administração Pública nesta área da informática.

A revisão da carreira informática e a alteração da estrutura remuneratória no sentido de tornar a carreira mais atrativa era um dos pontos que constava do acordo firmado há cerca de um ano entre o Governo e duas das estruturas sindicais da função pública (a Federação de Sindicatos da Administração Pública — Fesap, e a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado — STE).

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Governo pode mobilizar até 1,2 mil milhões para transição sustentável das PME

As PME Exportadoras registadas na Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) terão acesso a programas de capacitação para se lançarem num percurso mais sustentável.

O secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, deu esta segunda-feira o pontapé de saída na “Estratégia Nacional ESG para PME Exportadoras”. O mesmo indica que, neste âmbito, podem ser mobilizados 1,2 mil milhões de euros para ajudar à transição das pequenas e médias empresas.

O programa estará aberto, inicialmente, a todas as PME Exportadoras registadas na Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e terá início em outubro deste ano. Este divide-se em três vertentes: autodiagnóstico e comunicação ESG, cadeias de valor e capacitação.

Poderemos mobilizar até 1,2 mil milhões para a transição para a sustentabilidade ambiental e responsabilidade social, dependendo da adesão das PME e Associação Empresariais à estratégia que hoje apresentamos”, indicou Bernardo Ivo Cruz, no discurso de lançamento.

À margem do evento, o secretário de Estado explicou ao Eco/Capital Verde que estas verbas seriam mobilizadas especialmente a partir do COMPETE, e ficariam disponíveis para a AICEP e associações aplicarem a estratégia. “Esta estratégia é no fundo uma via verde para as empresas” que quiserem envergar pelo caminho da sustentabilidade, disse.

Numa primeira fase, a estratégia está voltada para empresas com operações em mercados externos, por serem as mais diretamente impactadas. Mas será flexível, na medida em que poderá adaptar-se às necessidades que forem sendo identificadas.

No site Portugal Exporta, as PME poderão aceder às ferramentas que lhes permitirão avançar nas três vertentes referidas, mas também aceder a informação atualizada sobre especificidades de cada mercado, evolução do quadro regulatório, e iniciativas locais que possam ser relevantes para as empresas. Um trabalho que será implementado em conjunto pela AICEP, Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), o Turismo de Portugal, o Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE) e outras áreas governativas.

“Com a ajuda de todos os parceiros, a vontade do Governo, e o compromisso das nossas empresas, Portugal vai com certeza tornar-se uma referência mundial na adoção das boas práticas de ESG, reforçaremos a nossa reputação enquanto ‘O País do Saber-Fazer Sustentável’, a capacidade da internacionalização das nossas empresas e a atração de investimento direto estrangeiro estruturante”, concluiu o secretário de Estado da Internacionalização.

A estratégia

No que diz respeito ao autodiagnóstico, vão ser disponibilizadas ferramentas para que as empresas possam perceber onde se posicionam relativamente ao cumprimento de critérios ESG que sejam relevantes às suas atividades económicas e setores, traçando um perfil de risco e a exposição ao risco ambiental, social e de governança das empresas.

Ao mesmo tempo, as empresas poderão identificar as questões legais e regulamentares que se aplicam ao seu caso específico. A partir daqui, poderá ser definida a estratégia ESG da empresa e a respetiva comunicação e, finalmente, o preenchimento de relatórios de divulgação de sustentabilidade conforme as novas diretivas europeias. O último passo será a procura de certificações internacionais que sejam pertinentes para a empresa.

Num segundo vértice, da capacitação, vão ser promovidos programas de formação “genéricos” sobre “o que é o ESG” e como devem as empresas preparar-se para esta realidade. Estes serão dinamizados pela AICEP, Universidades e Organizações da Sociedade Civil/Organismos internacionais com representação em Portugal. Além disso, vão existir programas de formação “específicos” por atividade económica, com o apoio de confederações, associações empresariais e grandes empresas, “incorporando as necessidades e regras de cada setor”.

Na ótica das cadeias de valor, que engloba grandes empresas e pequenas e médias empresas, a estratégia inclui programas de mentoria entre pares e entre gestores, depois do percurso formativo. Os gestores das grandes empresas participam como promotores do programa ESG, quer na definição dos conteúdos que serão integrados nos diferentes módulos de formação, como no envolvimento e convite a PME fornecedores que fazem parte das suas cadeias de abastecimento globais.

As PME Exportadoras vão ser segmentadas pelos seus graus e exposição à internacionalização, de forma a serem ajudadas no processo de incorporação de indicadores ESG e na definição e adoção de processos mais sustentáveis, que podem resultar em economia de custos e vantagens competitivas. Ao mesmo tempo, espera-se que desta forma sejam mitigados riscos legais, regulatórios, reputacionais e operacionais.

As PME representam 99% do tecido empresarial, empregam cerca de quatro milhões de pessoas e são responsáveis por aproximadamente 50% das exportações totais de bens em valor. Em Portugal, de acordo com o Observatório dos ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] nas empresas portuguesas, do Centro de Responsabilidade empresarial da Universidade Católica, 98,4% das Grandes Empresas e 93,5% das PME concordam que a sustentabilidade trará benefícios para o seu negócio. Numa ótica mais nacional, em junho passado, o Relatório Voluntário Nacional sobre a execução dos ODS em Portugal da UN coloca Portugal em 18º lugar em 163 países no cumprimento dos ODS.

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Bancos criticam regulador por concorrer nos serviços de pagamentos

Banco de Portugal prepara funcionalidades que vão concorrer com serviços já prestados pelo MB Way. Regulador refuta críticas do setor e diz que não está a competir com bancos.

Os bancos não querem que o regulador promova “soluções comerciais” que facilitem os pagamentos eletrónicos. Por exemplo, o Banco de Portugal está a preparar uma funcionalidade que permitirá aos utilizadores realizar transferências bancárias apenas utilizando o número de telemóvel, em vez do tradicional IBAN, um serviço algo semelhante ao que já é prestado pelo MB Way, da SIBS. A Associação Portuguesa de Bancos (APB) queria que esta solução fosse eliminada da estratégia para os pagamentos até 2025, ou então que fosse opcional e não obrigatória para os bancos. Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, recusa a ideia de “competição com soluções privadas”.

O Banco de Portugal apresentou esta segunda-feira a Estratégia Nacional para os Pagamentos de Retalho 2025, elaborada pelo Fórum para os Sistemas de Pagamentos, uma estrutura consultiva que integra os principais intervenientes na oferta e na procura de serviços de pagamento de retalho, incluindo representantes dos prestadores de serviços de pagamento, como os bancos, dos consumidores, das empresas e da Administração Pública.

Entre as principais medidas prevê-se a implementação de uma solução de proxy lookup, uma funcionalidade que chegará aos bancos no primeiro trimestre do ano e que permitirá aos clientes enviar dinheiro para outra conta bancária apenas utilizando o número de telemóvel do beneficiário da transferência.

O MB Way já permite este tipo de transferências, mas abrangendo apenas as transferências com cartão e desde que o destinatário dos fundos também tenha este serviço da SIBS, que é detida pelos principais bancos do sistema.

A estratégia para os pagamentos também prevê soluções como a confirmação do beneficiário, pagamentos tap-to-phone e utilização do QR Code nas transferências imediatas.

Em relação a estas últimas medidas, o comentário da APB, solicitando um esclarecimento e alteração das propostas, foi este: “Importa preservar o âmbito de atuação do mercado. A dinamização de soluções deve manter-se na esfera dos Prestadores de Serviços de Pagamentos (PSP).”

Em conferência de imprensa, questionado sobre os reparos da APB a estas linhas de atuação, o administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino revelou que estes temas foram muito debatidos no fórum, mas assegurou que as funcionalidades em causa não vão competir com soluções privadas.

Não estamos a concorrer com o que está a ser disponibilizado pelos prestadores de serviços, estamos a desenvolver funcionalidades que, não sendo serviços de pagamentos, podem melhorar os serviços de pagamento em Portugal”, sublinhou Rosalino aos jornalistas.

Referindo-se especificamente às funcionalidades de proxy lookup e de confirmação do beneficiário, “são serviços que não concorrem com soluções privadas, antes pelo contrário, permitem que várias soluções possam entrar no mercado nacional e beneficiar destas funcionalidades, acrescentando valor ao sistema de pagamentos em Portugal”, explicou.

Hélder Rosalino lembrou ainda que “o Banco de Portugal é o responsável pelo funcionamento do sistema de compensação nos pagamentos de retalho” e que lhe compete “garantir o bom funcionamento do sistema interbancário de pagamentos”. As duas funcionalidades vão contribuir para esse objetivo, rematou.

Sobre a funcionalidade que permitirá transferir com o número de telemóvel, Rosalino entende a posição da APB tendo em conta que “o proxy lookup é uma solução comercial que já existe hoje”, através do MB Way, mas está “circunscrita a essa marca e esses canais”. “Entendemos que estas soluções devem ser transversais, devem servir todos os instrumentos de pagamentos — imediatas e a crédito –, devem ser agnósticas em relação a marcas e não devem ficar circunscritas a canais específicos”, respondeu.

De acordo com Hélder Rosalino, o projeto do proxy lookup contou com um investimento de “centenas de milhares de euros”, não sendo “um valor exorbitante” para os benefícios que trará para o sistema de pagamentos.

Quando forem disponibilizadas pelos bancos, não poderão cobrar mais pelas transferências caso se use a funcionalidade do proxy lookup ou da confirmação do beneficiário.

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Qualidade da água no topo. Mas regras apertam e será difícil manter

A dificuldade advém sobretudo da avaliação de risco, que vai ser estendida “da origem à torneira”, e de novos parâmetros de avaliação da qualidade da água.

A Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) divulgou esta segunda-feira que, em 2022, pelo oitavo ano consecutivo, Portugal Continental atingiu o patamar de 99% no indicador “água segura”, considerado um patamar de “excelência”.

Contudo, as regras quanto à qualidade da água irão ser reforçadas a nível europeu nos próximos anos, pelo que será “difícil” manter este patamar, indica a presidente da entidade, Vera Eiró.

Estes resultados são muito bons, estamos contentes com a resposta que foi dada pelo setor num ano de escassez. (…) É um resultado que vemos com uma enorme responsabilidade, porque vai ser cada vez mais difícil de garantir. Temos noção que este não é um trabalho finalizado e que os próximos anos vão ser muito, muito difíceis”, aferiu Vera Eiró, num encontro com jornalistas em que apresentou o documento publicado esta segunda-feira.

A dificuldade acrescida advém das novas regras que deverão ser implementadas faseadamente nos próximos anos e que estão previstas num diploma que entrou em vigor no passado dia 21 de agosto (Decreto-Lei n.º 69/2023), o qual transpõe a mais recente diretiva europeia nestas matérias (a diretiva 2020/2184).

Vera Eiró, presidente do Conselho de Administração da ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, em entrevista ao ECO/Capital Verde - 23JAN23
Vera Eiró, presidente do Conselho de Administração da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, em entrevista ao ECO/Capital VerdeHugo Amaral/ECO

As novas regras debruçam-se sobre cinco grandes temas, que vão desde a melhoria do acesso à água (através da obrigação de instalar bebedouros em locais públicos, ou de garantir que qualquer pessoa possa pedir um copo de água gratuitamente) até ao dever de informação sobre a qualidade da água.

Mas a dificuldade advém sobretudo da avaliação de risco, que vai ser estendida “da origem à torneira”: em vez de estar focada nos sistemas de abastecimento, vai também incluir as bacias hidrográficas (onde existem as captações de água) e os sistemas prediais. Vai passar a ser avaliada a qualidade da água em edifícios públicos como hospitais e escolas e, além de abarcar mais partes do sistema de água, vai também ser mais direcionada; vai passar a focar-se nos parâmetros identificados como mais frágeis para cada sistema em específico, tornando assim maior a probabilidade de incumprimento.

As diretivas europeias determinaram também que se adicionasse novos parâmetros e que alguns valores se tornassem mais exigentes. Por exemplo, as quantidades de chumbo e crómio aceitáveis desceram para cerca de metade.

Estas exigências vão requerer um reforço nos recursos técnicos e financeiros, mas para já o regulador não avança uma quantificação dos custos associados.

Seca faz Algarve migrar de furos para a rede

A situação de seca não se tem repercutido na qualidade da água “por força das entidades gestoras”, indica Vera Eiró, explicando que, por exemplo, quando se capta água no volume morto da barragem, a qualidade da água é pior, pelo que exige um esforço acrescido de tratamento.

Outra tendência que se verifica em situações de escassez de água é o aumento do consumo de água na rede, que o regulador associa ao facto das captações próprias (como furos ou poços) secarem. “O aumento é notado e é preocupante”, indica Vera Eiró, uma vez que isto evidencia o uso anterior de captações próprias.

A presidente da ERSAR identifica três problemas em usar este tipo de captações: por um lado põe em causa o modelo financeiro de distribuição da água, que assenta numa repartição de custos; por outro lado, põe em causa a qualidade da água ingerida ou usada pelos proprietários da captação e, finalmente, essa captação, se mal mantida, pode contaminar a rede pública.

A diretora do departamento de Qualidade do regulador, Susana Rodrigues, assinala ainda que a mais recente diretiva da qualidade da água é mais holística que a anterior, e abarca também a questão das perdas de água.

Até janeiro de 2026, todos os Estados-membros têm de reportar resultados quanto a perdas de água, algo que já é medido atualmente pelo regulador. No entanto, “Há potencial de melhoria, há trabalho a fazer nesse âmbito”, indica a diretora de Qualidade da ERSAR. Já em 2030, os Estados-membros que não cumpram com os limites de perdas de água que deverão estar definidos em 2028, mediante um ato delegado, terão de apresentar um plano de redução de perdas.

Três municípios abaixo de 95%

Susana Rodrigues atribui os bons resultados na qualidade da água, que classifica como “o milagre português”, a “um setor muito maduro”. Há 20 anos, em 1993, o mesmo indicador estava nos 50%, e em 2004 ficava-se pelos 84%.

O indicador “água segura” mede, simultaneamente e com o mesmo peso, o número de análises realizadas (se se enquadram, ou não, no previsto por lei) e quais respeitaram os valores definidos para os diferentes componentes presentes na água.

Há apenas três municípios que não atingiram o patamar dos 95%, “que é um patamar muito exigente”, indica Susana Rodrigues. Foram Arronches, Sever do Vouga e Crato. No caso de Sever do Vouga, ficou prejudicado pela situação de seca, que não permitiu fazer o número de análises recomendado. Nos restantes municípios também não houve incumprimento nos valores paramétricos, mas as exigências de reporte não foram respeitadas tendo em conta mudanças nas entidades gestoras.

A mensagem, para o regulador, é clara: “Portugal tem água segura na torneira e temos de incentivar o consumo pela questão ambiental”, apela Susana Rodrigues. Para se chegarem a estes resultados, foram feitas mais de 600 mil análises em 2022, e não se registaram quaisquer surtos epidemiológicos no país.

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Escolas têm cada vez mais computadores avariados e fora da garantia

  • Lusa
  • 25 Setembro 2023

O presidente da ANDE defende que as garantias dos equipamentos deveriam ser alargadas e que as escolas deveriam ter mecanismos que permitissem resolver rapidamente estes problemas.

As escolas estão a receber cada vez mais computadores avariados que se vão amontoando em espaços improvisados, porque já estão fora da garantia e faltam técnicos informáticos que os possam arranjar, alertaram diretores.

No Agrupamento de Escolas Cego do Maio, no Porto, estão armazenados “mais de 70 computadores avariados”, contou à Lusa o diretor Arlindo Ferreira, mostrando fotografias de dezenas de mochilas amontoadas em prateleiras à espera de uma solução.

O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, garantiu que este é um problema nacional: “Todos nós temos computadores já fora da garantia e há cada vez mais a avariar. Os computadores são cedidos pelo ministério e, quando não funcionam, os pais dirigem-se às escolas“.

Manuel Pereira, que é também diretor do Agrupamento General Serpa Pinto, em Cinfães, estima ter entre “30 a 40 computadores guardados nos sítios mais caricatos”.

No Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos, em Vila Nova de Gaia, há outras três dezenas, segundo uma estimativa do diretor Filinto Lima, que é também presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

Muitos destes equipamentos já perderam a garantia, sublinharam os diretores com quem a Lusa falou, lembrando que os primeiros kits entregues aos alunos tinham uma garantia de dois anos, que terminou em 2022 e “os equipamentos da Fase 2 tinham uma garantia que acabou em abril 2023”, disse Arlindo Ferreira.

Fora da garantia, o custo do arranjo passa para as famílias que, muitas vezes, se recusam a pagar. Uma professora contou à Lusa o caso de um aluno que recebeu um computador e, passados poucos dias, a bateria deixou de funcionar: “Não foi mau uso e o pai sentiu que não deveria ser ele a pagar, uma vez que o equipamento deixou de funcionar logo após lhe ter sido entregue”.

O presidente da ANDE, que fez questão de salientar a importância do projeto de digitalização das escolas, defende que as garantias dos equipamentos deveriam ser alargadas e as escolas deveriam ter mecanismos que permitissem resolver rapidamente estes problemas.

À Lusa, a presidente da Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) corrobora que há “casos de portáteis avariados que neste momento já não estão no prazo de validade da garantia” e que “as escolas aguardam indicações sobre como proceder”.

Arlindo Ferreira garantiu que a situação já foi reportada ao Ministério da Educação, que prometeu “uma extensão das garantias, mas até hoje ainda não aconteceu nada”.

Para os diretores, a falta de técnicos informáticos nas escolas também agrava o problema. Filinto Lima defendeu que a solução deveria passar por ter “um técnico informático em cada escola, para despistar pequenas avarias e evitar enviar para arranjo numa empresa”.

Quando os computadores perderam a garantia e as famílias se recusam a pagar o arranjo, algumas escolas arriscam e abrem os equipamentos na esperança de os conseguir arranjar, contou à Lusa uma professora.

“A escola não tem técnicos e, muitas vezes, é graças à carolice de uns professores e funcionários que conseguimos arranjar alguns computadores”, disse, explicando que evitam enviar para as empresas porque depois “ficam lá presos, os orçamentos são volumosos e os pais acham que não se justificam”.

“Também existem casos de alguns computadores avariados que foram enviados para os fornecedores e demoram a ser devolvidos”, acrescentou a presidente da ANPRI, Fernanda Ledesma.

Questionado pela Lusa sobre a não renovação das garantias caducadas, o Ministério da Educação referiu apenas que “na medida em que os equipamentos foram adquiridos em diferentes momentos, a vigência das garantias também é variável”.

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Reciclar eletrodomésticos é tão fácil como ir às compras, diz APED em nova campanha

Ficando no ar durante três semanas, a campanha marca presença em rádio, televisão, plataformas de comunicação da APED e associados e em alguns pontos de venda.

Na sua nova campanha, “com uma linguagem simples, acessível e positiva”, a APED defende que reciclar eletrodomésticos é tão fácil como ir às compras. A criatividade e conceção da campanha foi da LPM Comunicação.

“A campanha da APED pretende mobilizar os cidadãos para a entrega destes equipamentos nos canais certos com vista a garantir a sua reciclagem, apoiando, assim, a economia circular“, diz Cristina Câmara, diretora de Sustentabilidade da APED, citada em comunicado.

O objetivo passa também por “ajudar Portugal a cumprir as metas europeias e nacionais nesta área e sensibilizar a população sobre o destino final daqueles ‘trambolhos’ que só ocupam espaço em casa. Ou seja, os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE)”, refere-se em nota de imprensa.

Ficando no ar até 13 de outubro, a campanha marca presença em rádio (Rádio Comercial), televisão (CMTV), plataformas de comunicação da APED e associados e em alguns pontos de venda.

A campanha conta com o apoio das entidades gestoras ERP Portugal, Electrão e E-Cycle e com o apoio institucional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Direção-Geral das Atividades Económicas.

Segundo a APA, em 2021 foram recolhidas cerca de 53.693 toneladas de REEE, ou seja, 30% da meta de 65% definida pela União Europeia, pelo que para cumprir a meta Portugal teria de recolher 116.334 toneladas. Embora apenas três países tenham alcançado o objetivo (Bulgária, Croácia e Finlândia), “Portugal encontra-se entre os países com menor índice de recolha“, refere-se também em comunicado.

O problema, no entanto, não se encontra no tratamento dos resíduos, tendo em conta que a valorização dos REEE recolhidos em Portugal é superior a 90%. A dificuldade parece mesmo assentar na “reduzida quantidade dos que são recolhidos face aos colocados no mercado“.

“Por isso mesmo um outro objetivo da campanha passa por ajudar a mudar os hábitos dos consumidores relativamente à entrega de REEE nos locais adequados para o efeito“, acrescenta-se.

Segundo Cristina Câmara, o retalho e a distribuição “estão na linha da frente das melhores práticas de sustentabilidade”, sendo que, em 2022, os associados da APED encaminharam para valorização cerca de 9.500 toneladas de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos), representando cerca de 30% do total de equipamentos recolhidos e tratados.

Ainda temos um longo caminho a percorrer e apenas chegaremos aos objetivos nacionais se demonstrarmos como é fácil entregar os equipamentos elétricos e eletrónicos nos locais adequados“, refere a diretora de Sustentabilidade da APED.

Entre os seus associados, a APED disponibiliza cerca de 1.700 locais para recolha destes equipamentos. Para além disso, os equipamentos usados também são recolhidos gratuitamente aquando da entrega de novos ao domicílio.

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McDonald’s fala com a geração Z sobre os temas que a preocupam em nova campanha

"A McDonald’s segue-te" foi desenvolvida pela TBWA Lisboa, tendo a produção ficado a cargo da Blanche Filmes.

Com a sua nova campanha, a McDonald’s Portugal pretende falar para a geração de jovens portugueses (geração Z), abordando temas que lhe são relevantes, como o emprego ou a sustentabilidade, e procurando para isso “exemplos inspiradores de pessoas reais”.

A campanha pretende “transmitir que a marca tem os jovens como inspiração, procurando promover, junto desta geração, uma maior confiança num mundo melhor”, começa por explicar Sérgio Leal, diretor de marketing da McDonald’s Portugal, citado em comunicado.

“Isto porque, em toda a comunicação da campanha, retratamos as áreas que mais preocupações trazem à geração mais nova, como é o caso do emprego e da sustentabilidade ambiental, valores também eles partilhados pela McDonald’s, pelo que procuramos mostrar o caminho que também a marca está a percorrer nestas áreas-chave“.

Tendo como objetivo demonstrar o caminho que a marca tem feito e pretende continuar a fazer em prol do planeta, do emprego e das comunidades, a McDonald’s pegou em histórias reais e inspiradoras de jovens portugueses – quer enquanto colaboradores ou consumidores – para fazer o paralelismo com as ações e os valores com os quais também a marca se identifica.

“A McDonald’s segue-te” foi desenvolvida pela TBWA Lisboa, tendo a produção ficado a cargo da Blanche Filmes.

A campanha marca presença em outdoor, televisão, rádio, e digital. Ao longo do ano, a McDonald’s Portugal vai também lançar sete minidocumentários, nos quais vai partilhar histórias reais e inspiradoras, dando voz a cada um para contar a sua história real perante a sua comunidade digital.

De forma a concretizar a assinatura da campanha “A McDonald’s segue-te”, a marca vai ainda seguir no Instagram exemplos inspiradores de outras pessoas que se identifiquem com os temas abordados nesta campanha.

Com esta campanha “queremos posicionar a McDonald’s do lado desta geração, ao partilharmos dos seus valores e da sua ambição de fazer a diferença, hoje e no futuro, dando força às suas vozes, iniciativas e histórias individuais“, explica Sérgio Leal.

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André Abranches e João Pereira de Faria reforçam H+K como account directors

O objetivo com as duas integrações passa por "continuar a crescer, dando a melhor e mais inovadora resposta aos desafios dos nossos clientes”, diz José Bourbon-Ribeiro, CEO da H+K.

André Abranches e João Pereira de Faria são os dois novos account directors para a área de Corporate & Public Affairs da Hill+Knowlton Strategies Portugal (H+K).

Com 12 anos de experiência profissional, durante os quais colaborou com diversas empresas de consultoria, um partido político, uma ONG, a AICEP e uma Embaixada de Portugal, André Abranches conta com “experiência reconhecida em assuntos públicos e comunicação corporativa, especializando-se em assessoria estratégica, political engagement, análise de políticas públicas, relações públicas, assessoria de imprensa e coordenação de equipas”, refere-se em nota de imprensa.

“É com muita satisfação, mas também sentido de responsabilidade, que me junto à equipa de Corporate & Public Affairs da H+K, assumindo funções de direção desta área cada vez mais central no desenvolvimento e crescimento da consultora em Portugal”, diz o profissional, citado em comunicado.

Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais (Universidade Católica de Lisboa), mestre em Teoria Política (Universidade Nova de Lisboa) e doutorado em Filosofia Política (Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Chicago), André Abranches é também professor universitário convidado e autor de artigos científicos.

João Pereira de Faria trabalha na área da Comunicação e Relações Públicas há mais de 25 anos. Exerceu funções no El Corte Inglés de Lisboa (dez anos) e na ELEVEN Sports Network Portugal (três anos) e desempenhou cargos nas Direções Gerais do Desenvolvimento e da Investigação da Comissão Europeia, bem como na Representação da Comissão Europeia em Portugal, tendo sido assessor do Presidente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD).

“Foi com grande orgulho que aceitei o desafio de integrar a H+K. Apesar de já contar com uma longa experiência em comunicação corporativa e Public Affairs, a abrangência, o dinamismo, e a exigência do trabalho em agência trazem desafios constantes, que me motivam a continuar a crescer enquanto profissional”, afirma João Pereira de Faria.

Licenciado em Relações Internacionais (Universidade Lusíada de Lisboa), com mestrado em Política Internacional (Universidade de Paris) e outras formações complementares, João Pereira de Faria foi também professor de Marketing e Comunicação na Escola de Comércio de Lisboa e vice-presidente da Federação Portuguesa de Rugby.

“O crescimento sólido e consistente da H+K desafia-nos a procurar sempre os melhores talentos. A integração de dois perfis seniores e experientes numa equipa de profissionais com muitas provas dadas enquadra-se na ambição de continuar a crescer dando a melhor e mais inovadora resposta aos desafios dos nossos clientes”, diz José Bourbon-Ribeiro, CEO da H+K, citado em comunicado.

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IA e mundo globalizado discutidos no Congresso dos Notários

O IV Congresso Internacional do Notariado Português, sob o tema "Direitos dos Cidadãos num Mundo Globalizado e Digital", terá lugar nos dias 29 e 30 de setembro, no Centro de Congressos de Aveiro.

Que impacto terão as novas tecnologias, designadamente a inteligência artificial, nos serviços públicos prestados pelos notários à população e às empresas? Que medidas poderão reforçar a segurança jurídica nos negócios eletrónicos presenciais e à distância? Numa sociedade globalizada e digital, qual o papel do notário na proteção dos mais vulneráveis?

Estas e outras questões serão levadas ao IV Congresso Internacional do Notariado Português, sob o tema “Direitos dos Cidadãos num Mundo Globalizado e Digital”, que terá lugar nos dias 29 e 30 de setembro, no Centro de Congressos de Aveiro, e contará com a presença das Ministras da Justiça de Portugal e de Cabo Verde, Catarina Sarmento e Castro e Joana Rosa Amado, Francisca Van Dunem, Ex-Ministra da Justiça, Jorge Batista da Silva, Bastonário da Ordem do Notários, Tito Mba Ada, Embaixador da CPLP em Portugal.

O IV Congresso Internacional do Notariado Português terá como keynote speaker Afonso Patrão, Juiz Conselheiro no Tribunal Constitucional, cuja intervenção será dedicada ao Certificado Sucessório Europeu – O impacto da transnacionalidade num mundo globalizado.

Jorge Silva, Bastonário da Ordem dos NotáriosOrdem dos Notários

Este evento terá ainda duas mesas redondas, onde serão apresentados e debatidos temas como “A Circulação de documentos e os direitos dos  cidadãos” e “A proteção de vulneráveis num mundo digital e globalizado”.

Segundo Jorge Batista da Silva, Bastonário da Ordem dos Notários, “O IV Congresso Internacional do Notariado Português, que terá como tema central os Direitos dos Cidadãos num Mundo Globalizado e Digital, é um convite à reflexão conjunta sobre os desafios que se colocam ao notariado. Este encontro constitui uma excelente oportunidade para, através da partilha de conhecimentos e de experiências, reforçarmos a cooperação com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Ibero americanos e, simultaneamente, o relacionamento com a União Europeia através da harmonização dos procedimentos nas relações jurídicas transfronteiriças.”

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Governo desce taxas mas afasta novo escalão de IRS

Neste momento, há nove patamares de tributação mais dois relativos ao adicional de solidariedade que se irão manter. Executivo pondera ainda aumentar teto das deduções das despesas.

O Governo deverá baixar as taxas mas afasta um novo desdobramento de escalões de IRS, sabe o ECO. E os patamares de tributação serão atualizados em pelo menos em 4,8%, tal como está previsto no acordo de médio prazo para a melhoria de rendimentos que o Governo assinou em outubro do ano passado com confederações patronais e sindicais. Só a CGTP ficou de fora.

O Governo considera que os atuais nove intervalos de rendimento coletável, isto é, depois do abate da dedução específica de 4.104 euros, já são um recorde. Por isso, o alívio fiscal será concretizado através da atualização dos escalões em pelo menos 4,8%, da descida das taxas e eventualmente por via da atualização dos limites das deduções das despesas gerais e familiares à coleta.

Escalões de IRS, Código de IRS, portal das Finanças

O pacto social estabelece uma trajetória de aumento anual das remunerações mensais até ao final da legislatura, prevendo, em contrapartida, uma neutralidade em matéria de impostos sobre o trabalho “com a atualização anual dos escalões de IRS que garanta o não agravamento fiscal em função dos aumentos salariais”, segundo o documento. Para este ano, acordou-se uma subida dos ordenados de 5,1%. Foi por isso que os patamares de tributação foram atualizados igualmente em 5,1%.

O acordo de rendimentos firmado com os parceiros sociais prevê um crescimento salarial de 4,8% em 2024, pelo que será necessário assegurar um aumento dos limiares de cada escalão de IRS em pelo menos de 4,8% para evitar que o imposto absorva esse aumento.

Para este ano, o Governo tem-se fechado em copas sobre as mexidas que serão operadas no IRS ao nível de escalões e taxas, remetendo novidades para a apresentação do Orçamento do Estado para 2024, a 10 de outubro. O único dado conhecido até agora e que consta do Programa de Estabilidade 2023-2027, apresentado em março, é que haverá uma redução da carga fiscal em 525 milhões de euros.

Há ainda a possibilidade de reduzir as taxas de alguns escalões, apurou o ECO. Recorde-se que a taxa marginal do segundo escalão, que vai dos 7.479 euros até aos 11.284 euros anuais, desceu este ano de 23% para 21%, com redução da taxa média nos restantes escalões.

Mexidas nas deduções das despesas

Em cima da mesa está ainda a atualização dos limites das deduções das despesas gerais e familiares à coleta. Neste momento, as famílias com um rendimento coletável anual até 7.479 euros, o que corresponde ao primeiro escalão, têm direito a deduzir todas as faturas sem limite de valor. Se tiver um ganho entre 7.479 euros e 80 mil euros, montante que corresponde ao valor mínimo do primeiro patamar da taxa adicional de solidariedade, o teto é definido com base numa fórmula matemática, podendo variar entre mil e 2.500 euros. Remunerações superiores só podem deduzir até mil euros em despesas.

O Governo também já admitiu subir o teto das deduções com rendas de habitação própria e permanente. Em junho, o ministro das Finanças, Fernando Medina, admitiu integrar uma proposta do PAN de atualização do montante máximo de dedução das despesas com rendas em sede de IRS no âmbito dos contratos de arrendamento de 502 para 507,12 euros. “Não temos nenhuma objeção de princípio em estudar essa atualização. Faremos esse exercício durante a preparação do Orçamento de Estado para 2024”, afirmou Medina, na altura.

Dedução específica congelada há mais de uma década

O Executivo poderá entender elevar os limites dos descontos, contudo, parece fechar a porta à atualização da dedução específica, que está congelada nos 4.104 euros desde 2010, ou seja, há mais de uma década. Este instrumento permite abater aquele valor ao rendimento anual declarado, baixando assim os ganhos sujeitos a IRS. Se este valor fosse atualizado, a carga fiscal baixaria automaticamente para todos os trabalhadores e pensionistas.

Em julho, o PCP propôs o aumento daquele instrumento em 800 euros ou cerca de 19,5% para 4.804 euros, mas a proposta acabou por ser chumbada por PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal. O PAN absteve-se e só os comunistas e o Bloco de Esquerda votaram a favor.

De recordar que, até 2010, ou seja, antes da entrada da troika em Portugal, a dedução específica seguia uma regra de atualização em que o seu valor deveria ser igual a 72% de 12 vezes o salário mínimo nacional, que no próximo ano, sobe para 810 euros. Ou seja, se o Executivo aplicasse a fórmula pré-resgate financeiro, em 2024, teria de subir aquele abatimento em 2.894 euros ou 70,5% para 6.998 euros.

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