Portugal desce no ranking de qualidade das elites

Um trambolhão de oito posições, em relação ao ano passado, num ano marcado por um aumento sem precedentes da inflação e pela guerra na Europa.

Portugal está a cair no que toca ao Índice de Qualidade das Elites, tendo este ano figurado em 30.º lugar, de um total de 151 países analisados em 134 parâmetros. Um trambolhão de oito posições, em relação ao ano passado, num ano marcado por um aumento sem precedentes da inflação e pela guerra na Europa, conclui o Índice de Qualidade das Elites (EQx) 2023, realizado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e pela Universidade de Saint Gallen (Suíça).

“Os dados revelam que, em Portugal, as elites continuam a revelar uma tendência crescentemente extrativa, que importa corrigir, mantendo-se um país pouco competitivo, muito aberto ao exterior, muito dependente da situação económica dos seus principais parceiros, endividado e centralista, estando fortemente dependente do turismo”, comenta o diretor da FEP, Óscar Afonso, em comunicado.

“Portugal é um país com uma divida pública expressiva, obrigando a uma austeridade significativa, como revela a enorme carga fiscal. Os constrangimentos que o endividamento impõe impedem que o governo tenha capacidade para promover a atividade económica, mesmo com a ajuda de fundos comunitários. É preciso ainda reconhecer que a inflação tem vindo a dificultar, e muito, a atividade económica, pois os custos dos investimentos programados aumentaram face aos orçamentos iniciais”, acrescenta ainda a professora Cláudia Ribeiro, que, juntamente com Óscar Afonso, é responsável pelo estudo.

Face ao ranking anterior, Portugal manteve a posição ao nível do poder político (19.º lugar), mas viu deteriorado o respetivo valor criado (37.ª posição em 2023 e 11.ª posição em 2022). Já em termos económicos, o país registou uma maior concentração do poder económico (42.ª posição em 2023 e 25.ª posição em 2022), sem reflexo no valor económico criado (39.ª posição em 2023 e 37.ª posição em 2022).

Em Portugal, as elites continuam a revelar uma tendência crescentemente extrativa, que importa corrigir, mantendo-se um país pouco competitivo, muito aberto ao exterior, muito dependente da situação económica dos seus principais parceiros, endividado e centralista, estando fortemente dependente do turismo.

Óscar Afonso

Diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto

O índice — que analisa 151 países — baseia-se em 134 indicadores e em quatro áreas conceptuais – poder económico, valor económico, poder político e valor político – categorizando as elites em “muito alta qualidade” (posição de 1 a 10), “elites de alta qualidade” (posição de 11 a 25), “elites de qualidade” (posição de 26 a 75), “elites de qualidade média” (posição de 76 a 124) e “elites atrasadas” (posição superior a 125).

A classificação obtida por Portugal de “elite de qualidade” resulta do desempenho positivo obtido em diferentes indicadores, que se traduzem na tolerância à inclusão de minorias, liberdade académica e liberdade religiosa (poder político), bem como na facilidade de encerramento de negócios, na dispersão das exportações pelas firmas e na dispersão do valor acrescentado pelo universo das empresas (poder económico).

No valor político destacaram-se pela positiva o desempenho na segurança alimentar, a fraca diferença salarial entre os setores público e privado e a qualidade ambiental, enquanto no valor económico há que salientar a ausência de barreiras ao Investimento Direto Estrangeiro e a taxa de crescimento da produtividade do trabalho.

Mudança no topo do ranking

Pela primeira vez na história do índice, a Suíça ultrapassou Singapura, passando assim a liderar em termos de qualidade de elites, em reflexo da capacidade de criação de valor e crescimento económico.

O Japão (4.º lugar, subida de 14 posições) e a Alemanha (8.º lugar, subida de três posições) registaram progressos muito positivos. O mesmo se aplica à Índia (59.º lugar, subida de 38 lugares), ao Brasil (69.º lugar, subida de 12 lugares) e à África do Sul (83º lugar, subida de 16 lugares). Estas conquistas contrastam fortemente com a Rússia (103.º lugar, descida de 36 lugares).

Os Estados Unidos (21.º lugar, descida de seis posições) e a China (22.º lugar, subida de cinco posições) estão agora lado a lado. “Em tempos de rivalidade geopolítica crescente entre as duas potências, este facto torna-se uma questão de interesse internacional, uma vez que a criação sustentável de valor pelas elites é a base da força e competitividade nacionais futuras”, conclui Óscar Afonso.

O índice está disponível aqui.

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Crise política? “É fundamental haver paz entre instituições”, diz CEO do BPI

João Pedro Oliveira e Costa destacou bons dados económicos, mas considerou ser importante haver estabilidade e previsibilidade política.

“Como agente económico, prezo pela estabilidade. É muitíssimo importante termos estabilidade e previsibilidade. É fundamental que entre as várias instituições haja paz para haver confiança para os negócios se desenvolverem naturalmente”, sublinhou o CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, em reação ao aumento da tensão política entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

Apesar da crispação política dos últimos dias, o responsável máximo do BPI destacou os indicadores económicos publicados recentemente. “São, no mínimo, promissores e acima das expectativas que tínhamos no final do ano passado”, afirmou na conferência de apresentação de resultados.

Oliveira e Costa não deixou de notar que o crescimento económico, apesar de melhor do que o esperado, “é ténue” e “abaixo do desejável”. “Poderíamos avançar um pouco mais depressa”, observou.

Ainda assim, ressalvou que o “nível de desemprego se mantém controlado e baixo”. “A criação de emprego existe”, acrescentou, referindo que muitos postos de trabalho estão a surgir no setor exportador, o que é um bom sinal. Por outro lado, o rendimento disponível das famílias aumentou em 2021 e 2022. “Queremos mais. É possível fazer mais, mas estes dados devem dar esperança”.

BFA na bolsa? “É uma hipótese”

Há alguns anos que o BPI tem vindo a estudar uma solução para a redução da sua posição no angolano BFA. Recentemente, Luanda anunciou a intenção de colocar parte do banco (que está nas mãos da Unitel) na bolsa.

Oliveira e Costa mostrou disponibilidade “para ir em linha com a Unitel” e dispersar a sua parte – 48,1% do capital do banco angolano — no mercado de capitais.

A dispersão em bolsa é uma hipótese. Temos tudo em aberto. Só esta anunciada a intenção, é muito cedo para fazer comentários”, acrescentou o líder do BPI, revelando que tem mantido contactos com as autoridades do país. “Estamos atentos a todas as oportunidades. Temos feito vários contactos e mantido os reguladores informados”.

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Combustíveis voltam a descer para a semana. Gasolina fica seis cêntimos mais barata e gasóleo cinco cêntimos

Na próxima semana, quando abastecer o carro, deverá pagar 1,404 euros por litro no gasóleo simples e 1,599 euros por litro na gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão voltar a descer na próxima semana, por isso espere por segunda-feira para atestar o seu veículo. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer cinco cêntimos e a gasolina seis cêntimos, avançou ao ECO fonte do setor.

A partir desta segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,404 euros por litro no gasóleo simples e 1,599 euros por litro na gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É preciso recuar a 31 de maio de 2021 para encontrar um preço mais baixo por litro de diesel (1,395 euros por litro) e, no caso da gasolina, a 19 de dezembro do ano passado (1,582 euros por litro).

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis. Até ao final deste mês, “a redução da carga fiscal passará a ser de 30 cêntimos por litro de gasóleo e de 31,6 cêntimos por litro de gasolina em maio”. Ou seja, uma redução de 2,8 cêntimos no caso do gasóleo e de 2,4 cêntimos na gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. E é de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Este desagravamento dos preços dos combustíveis surge depois de uma descida de 1,9 cêntimos no gasóleo e de 1,4 cêntimos na gasolina esta semana, um desagravamento que se verificou mesmo com a redução dos apoios. Esta será, aliás, uma tendência, tendo em conta que os preços da matéria-prima estão a voltar a valores anteriores à guerra na Ucrânia e o Banco Central Europeu (BCE) voltou a apelar a uma redução dos apoios à energia.

“À medida que a crise energética se torna menos aguda, é importante começar a reverter as medidas de apoio, em linha com a queda dos preços da energia e de forma concertada”, disse Christine Lagarde na quinta-feira, na conferência de imprensa que se seguiu ao anúncio da decisão de decisão de subir as taxas de juros em 25 pontos base.

Os preços do crude sobem 2% esta sexta-feira para os 74,05 dólares por barril, mas caminham para a terceira semana consecutiva de quedas, depois de os mercados registarem queda significativas com receio de um abrandamento da economia norte-americana e das dificuldades no setor bancário que voltaram à baila depois de o PacWest Bancorp ter anunciado que pretende explorar opções estratégicas. A pressionar os preços em baixa está também o abrandamento da procura chinesa, já que a atividade industrial sofreu uma contração inesperada em abril. O brent deverá terminar a semana com uma queda semanal de 7%.

Evolução do preço do Brent em Londres

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ASAE instaura 16 processos-crime por incumprimento da medida IVA zero

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

A ASAE diz ainda que foram também registados seis processos-crime por especulação de preços designadamente no que se refere a variações de preço afixado face ao preço disponibilizado ao consumidor.

A ASAE instaurou na quinta-feira 16 processos-crime por especulação de preços associado à violação da aplicação da medida de isenção de IVA em produtos do cabaz alimentar essencial, foi anunciado esta sexta-feira.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) precisa que na mesma operação na quinta-feira foram ainda registados seis processos-crime por especulação de preços designadamente no que se refere a variações de preço afixado face ao preço disponibilizado ao consumidor, com variações a atingirem os 58%.

“No que se refere a ilícitos contraordenações foram detetadas seis infrações, destacando-se como principais, a falta de afixação de preços, a falta de controlo metrológico e o incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene, sendo que a maioria dos ilícitos foram praticados em supermercados, minimercados e hipermercados”, adianta a ASAE no comunicado.

A operação de fiscalização da ASAE foi realizada na quinta-feira de norte a sul do país, para verificação do cumprimento das disposições legais sobre os bens alimentares isentos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), designadamente no que se refere às medidas fiscais de caráter excecional e temporário, bem como a verificação da afixação de preços no comércio e a informação correta ao consumidor, prevenindo o crime de especulação.

Na operação estiveram 47 brigadas, num total de 94 inspetores, foram fiscalizados 160 operadores económicos tendo sido instaurados 16 processos-crime por especulação de preços associado à violação da aplicação da medida de isenção de IVA em produtos do cabaz alimentar essencial — pão, legumes, carne, pescado, atum, arroz, fruta, azeite e laticínios.

A ASAE adianta que vai continuar “a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores”.

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Bruxelas aprova ajuda de Estado de 137 milhões a agricultores portugueses

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

A medida aprovada é dirigida a produtores agrícolas ativos em setores como as culturas hortícolas, a vinha, o gado bovino e as aves de capoeira.

A Comissão Europeia aprovou esta sexta-feira uma ajuda de Estado de cerca de 137 milhões de euros, sob a forma de subsídios diretos, a agricultores portugueses, no contexto da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

A medida aprovada é dirigida a produtores agrícolas ativos em setores como as culturas hortícolas, a vinha, o gado bovino e as aves de capoeira.

O objetivo deste regime de auxílios estatais, segundo um comunicado de Bruxelas, é compensar os beneficiários elegíveis por uma parte dos custos de produção adicionais incorridos devido ao aumento dos preços da energia e de outros fatores de produção e ajudá-los a superar as suas dificuldades financeiras relacionadas com a crise atual.

O executivo comunitário considerou que a ajuda de Estado em causa está em linha com as condições definidas no Quadro Temporário de Crise e Transição, não excedendo os 250 mil euros por beneficiário e tendo de ser atribuída até 31 de dezembro.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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BPI aumenta lucros em 75% para 85 milhões no primeiro trimestre

Margem financeira alavancou resultados do BPI. Banco viu sair 1,3 mil milhões de euros em depósitos, com grande parte a fugir para os Certificados de Aforro.

O BPI registou lucros de 85 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 75% em relação ao mesmo período do ano passado, à boleia da subida dos juros. O banco viu sair 1,3 mil milhões em depósitos, com uma parte a fugir para dívida pública.

A alavancar os resultados do banco dos espanhóis do CaixaBank esteve a subida das taxas de juro, que levou a margem financeira — diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — a a disparar 80% para 208,1 milhões.

“São resultados bons quantitativamente e qualitativamente, em linha com o expectável. O BPI está preparado para todos os desafios no apoio às famílias e e empresas e com capacidade para continuar a investir”, disse o CEO na apresentação dos resultados que teve lugar no novo espaço do banco em Lisboa, o All in One.

A operação em Portugal lucrou 73 milhões de euros, aumentado 164% face há um ano. O angolano BFA deu um contributo de apenas um milhão de euros, abaixo dos 14 milhões do primeiro trimestre de 2022. A razão: “Ainda não foram registados dividendos”. Em Moçambique, o BCI teve resultados líquidos de 11 milhões

Mais de 50% do novo crédito tem taxa fixa

A carteira de crédito aumentou 4% para 29,2 mil milhões de euros, mas a nova contratação está a abrandar, sinalizou João Pedro Oliveira e Costa. Por exemplo, as novas operações no crédito à habitação caiu 20%.

“Ajuste do mercado é perfeitamente expectável”, explicou o responsável máximo do BPI. Além do aumento das taxas de juro também “há escassez de produto”, frisou.

Oliveira e Costa revelou ainda que o atual ciclo de subida dos juros está a aumentar a procura por crédito com taxa fixa. “Mais de metade da nova contratação tem taxa fixa”, revelou o líder do BPI. Antes correspondia a cerca de 30%.

Saem 1,3 mil milhões em depósitos

Por outro lado, o banco viu sair 1,3 mil milhões em depósitos entre janeiro e março — uma tendência que todo o setor tem vindo a registar no início do ano. “Esta redução foi 50% nas empresas e 50% dos particulares”, adiantou Oliveira e Costa. Nas empresas, explica-se com aplicações de curto prazo que se venceram no primeiro trimestre. “No caso dos particulares, um terço explica-se com aplicações noutros produtos do banco e outra parte saiu para os Certificados de Aforro“, referiu o CEO.

Com a margem a disparar, o produto bancário somou 35% para 275,7 milhões de euros — também ajudou a subida de 3% das receitas com comissões para 73 milhões, enquanto os resultados com operações financeiras caíram 80% para apenas 4,8 milhões.

Malparado cai

Quanto à qualidade da carteira, o BPI ainda não regista sinais de deterioração por conta do aperto financeiro. O rácio NPE (exposições não produtivas) manteve-se nos 1,6%, totalizando os 590 milhões de euros. O rácio de crédito duvidoso caiu para 1,9% para 594 milhões de euros, com a cobertura por imparidades e colaterais a ascender a 154%.

(Notícia atualizada às 13h32)

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Carla Castro deixa vice-presidência da bancada da IL

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

Carla Castro diz que não se está a verificar um "efetivo exercício" do cargo em termos de participação na estratégia, comunicação e gestão.

A deputada da IL Carla Castro anunciou hoje que resignou à vice-presidência da bancada parlamentar liberal uma vez que não se está a verificar um “efetivo exercício” do cargo em termos de participação na estratégia, comunicação e gestão.

“Venho por este meio dar uma breve nota da minha resignação de Vice-Presidente de Bancada Parlamentar. Aceitei a continuidade do mandato após a Convenção, até pela unidade que defendia e defendo”, escreveu na rede social Twitter esta manhã a candidata que em janeiro perdeu as disputadas eleições internas para o atual presidente da IL, Rui Rocha.

Segundo Carla Castro, “os cargos devem ter efetivo exercício dos mesmos”, o que neste caso passaria por “participação na estratégia, comunicação e gestão”. “Não sendo o que está a acontecer, e não estando na política por cargos, apresentei a minha demissão”, justificou.

A deputada explicou ainda que decidiu comunicar esta decisão por “sentir um dever de informação”, reiterando ser “muito importante a união”, que deve ser o centro da ação da IL.

Há promessas eleitorais para ajudar a cumprir, um partido para crescer e uma enorme necessidade de ajudar a tornar Portugal Mais Liberal: contam comigo e não obsta a nada no orgulho e honra em trabalhar, todo os dias, colaborativamente, em prol dos compromissos para um Portugal Mais Liberal. Seguimos a trabalhar”, concluiu.

Em 22 de janeiro, na primeira vez na sua história em que teve mais do que uma lista à liderança, o novo presidente dos liberais, Rui Rocha, conseguiu 51,7% votos dos membros inscritos, enquanto a lista de Carla Castro teve 44% dos votos, e a de José Cardoso 4,3%.

A convenção da IL foi uma reunião longa, crispada e dividida, mas apesar das trocas de acusações e do ambiente tenso, Rui Rocha e Carla Castro cumprimentaram-se no final e a deputada garantiu então à Lusa que não seria oposição ao novo presidente, com quem disse que iria colaborar, considerando que o partido sai da convenção “mais forte” e “não vai voltar a ser o mesmo”.

Poucos dias depois da convenção, em 26 de janeiro, o Grupo Parlamentar da IL decidiu esta renovar a confiança no seu presidente e na vice-presidente, Rodrigo Saraiva e Carla Castro, respetivamente, que tinham colocado os lugares à disposição na sequência das eleições internas.

“Quer eu quer a Carla Castro, portanto o presidente do grupo parlamentar e a vice-presidente do grupo parlamentar, colocámos ao restante grupo parlamentar os nossos lugares à disposição dentro desta reorganização que iríamos fazer e de forma unânime o grupo parlamentar renovou a confiança para que continuássemos ambos em funções”, afirmou nesse dia à Lusa.

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27 de maio é agora o Dia Internacional do Marketing

A decisão foi tomada por unanimidade pela Confederação Europeia de Marketing (EMC), que designou este dia para destacar a importância do marketing nos negócios e na sociedade.

Dia 27 de maio passou a ser o Dia Internacional do Marketing. A decisão foi tomada por unanimidade pela Confederação Europeia de Marketing (EMC), que designou este dia para destacar a importância do marketing nos negócios e na sociedade e promover o orgulho na profissão.

“A evolução do marketing mundialmente, tem sido uma jornada impressionante, com muitas mudanças. Os profissionais de marketing ajudaram muitas das novas organizações a nascer e permitiram mudanças significativas em empresas antigas com séculos de história“, começa por enquadrar Ralf Strauss, presidente do conselho da EMC.

“Mudaram as atitudes sociais e ajudaram as pessoas a comunicarem e a comprometerem-se. Hoje, num contexto de transformação digital, podemos explorar o nosso ambiente mais do que nunca, analisar as necessidades do consumidor em tempo real e construir relacionamentos. A importância dos profissionais de marketing é fundamental. Vamos reconhecer e apreciar isso enquanto celebramos o marketing a 27 de maio”, prossegue, citado pela Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM).

A data, 27 de maio, não foi escolhida por acaso. Nesta dia, em 1931 em Chicago, nascia Philip Kotler, considerado o pai do marketing moderno.

Para além de instituir o Dia Internacional do Marketing, a EMC decidiu também passar a atribuir anualmente o Prémio de Mérito em Marketing.

Este ano será entregue precisamente a Philip Kotler. O professou e autor de cerca de 80 livros vai receber o prémio no próximo dia 25 de maio, no LiMA CMO Summit em Vilnius, durante a conferência de líderes de marketing da Lithuanian Marketing Association.

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14 milhões de postos de trabalho vão desaparecer nos próximos cinco anos, segundo WEF

A tecnologia e a digitalização são, simultaneamente, o motor da criação e da destruição do emprego.

Até 2027 estima-se que sejam criados 69 milhões de postos de trabalho e eliminados 83 milhões, o que resultará numa diminuição líquida de 2% do emprego atual. Ou seja, 14 milhões de postos de trabalho desaparecerão nos próximos cerca de cinco anos, de acordo com os dados do mais recente inquérito “Future of Jobs” elaborado pelo World Economic Forum (WEF).

As macrotendências, incluindo a transição verde, os padrões ESG e a localização das cadeias de abastecimento, são os principais impulsionadores do crescimento do emprego, sendo que os desafios económicos, incluindo a subida da inflação, representam a maior ameaça. A tecnologia e a digitalização são, simultaneamente, o motor da criação e da destruição do emprego.

“Para as pessoas de todo o mundo, os últimos três anos foram repletos de perturbações e incertezas nas suas vidas, com a Covid-19. As mudanças geopolíticas e económicas e o rápido avança da IA [Inteligência Artificial] e de outras tecnologias correm agora o risco de aumentar a incerteza”, defendeu Saadia Zahidi, managing director do World Economic Forum, no relatório que deu origem à conferência do Fórum Económico Mundial dedicada ao crescimento e emprego, que decorreu de 2 a 3 de maio, na Suíça.

“A boa notícia é que existe um caminho claro para garantir a resiliência. Os Governos e as empresas devem investir no apoio à mudança para os empregos do futuro através da educação, da requalificação e das estruturas de apoio social que podem garantir que os indivíduos estejam no centro do futuro do trabalho”, continuou.

Perfis relacionados com a área da sustentabilidade e ambiente, os chamados ‘green jobs’, também merecem destaque. Funções mais generalistas de sustentabilidade, como especialistas em sustentabilidade e profissionais de proteção ambiental, deverão crescer 33% e 34%, respetivamente, traduzindo-se num crescimento de aproximadamente um milhão de empregos.

A procura por analistas e cientistas de dados, especialistas em machine learning e peritos em cibersegurança também deverá aumentar, na ordem dos 30% até 2027, detalha o WEF no relatório. Espera-se que as empresas precisem fortemente destes trabalhadores para implementar e gerir as ferramentas de IA.

A boa notícia é que existe um caminho claro para garantir a resiliência. Os Governos e as empresas devem investir no apoio à mudança para os empregos do futuro através da educação, da requalificação e das estruturas de apoio social que podem garantir que os indivíduos estejam no centro do futuro do trabalho.

Saadia Zahidi

Managing director do World Economic Forum

Mas existe o reverso da moeda. Ao mesmo tempo que tem a capacidade de criar novos postos de trabalho e de promover a procura por determinadas profissões, a proliferação da inteligência artificial colocará muitas outras funções em risco. O WEF prevê que, até 2027, poderá haver menos 26 milhões de postos de trabalho administrativos e de manutenção de registos.

As funções que mais rapidamente se espera que desapareçam são as de secretariado e de atendimento, como caixas de supermercado e balcão/receção de bancos, que podem ser automatizadas.

Atualmente, as empresas inquiridas pelo WEF estimaram que 34% de todas as tarefas relacionadas com a organização sejam executadas por máquinas, um valor apenas ligeiramente superior ao registado em 2020. As expectativas quanto ao ritmo de adoção futura também foram revistas em baixa. Em 2020, os empregadores pensavam que 47% das tarefas seriam automatizadas até 2025. Atualmente, esperam que esse número atinja os 42% em 2027.

Transição energética, um motor para a criação de emprego

Muitos fatores contribuirão para a agitação do mercado de trabalho durante os próximos anos. Um deles é, sem dúvida, a mudança para sistemas de energia renovável, encarado como um forte motor para a criação de empregos. A transição energética já começou e a escassez de talentos nestas áreas está a penalizar a evolução e o crescimento.

É preciso apostar — já — no reskiling, defendeu Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, que fez parte do painel “What Next for Jobs?”.

“Não precisamos destas skills no futuro, precisamos agora. O facto de não termos estas competências está a fazer-nos abrandar a transição energética. A Europa diz que são precisos mais um milhão de engenheiros para fazer os painéis solares que deveria estar a fazer agora”, afirmou a gestora durante a sua intervenção.

“Na Europa, só 50% da população tem digital skills básicas. Há um trabalho enorme que tem de ser imediatamente feito. Nós sabemos tudo, sabemos quais as profissões que vamos perder, sabemos de que profissões vamos precisar… Temos de fazer com que isto resulte. E não é para 2050, é para hoje“, continuou Cláudia Azevedo.

Admitindo que a retalhista portuguesa tem uma “enorme dificuldade em encontrar talento” nestas áreas da transição energética e sustentabilidade, Cláudia Azevedo defendeu que o reskilling é uma “responsabilidade de todos”: Governo, empresas e pessoas. E relembrou a iniciativa de formação europeia “Reskilling 4 Employment” (R4E), cuja empresa é uma das promotoras. O programa, uma iniciativa da European Round Table for Industry (ERT), tem a meta da requalificação de um milhão de adultos na Europa até 2025.

Recentemente, um outro estudo levado a cabo pela Michael Page concluiu que a área da sustentabilidade tem sido uma das prioridades das organizações, que olham para este tema com uma importância estratégica para o desenvolvimento dos seus negócios. Este ano, esta área regista uma tendência significativa de crescimento, com um aumento da procura de profissionais, principalmente de perfis especializados para funções de direção. E os salários acompanham o crescimento, podendo alcançar os 100.000 euros brutos anuais, no caso de um perfil de head of environmental, social and governance (ESG), por exemplo.

As conclusões apresentadas pelo WEF resultaram de um inquérito a cerca de 800 empresas de 45 economias, e que, ao todo, empregam mais de 11 milhões de trabalhadores no mundo.

Consulte o relatório na íntegra aqui.

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Consumo de gás em Portugal cai 14,9% até março respeitando compromisso com a Europa

  • Lusa e Capital Verde
  • 5 Maio 2023

O decréscimo fez-se “sentir fortemente na vertente de consumo convencional", com uma redução de 23%, indica a ADENE. Já o consumo de gás usado para a produção de eletricidade reduziu menos de 1%.

O consumo de gás em Portugal manteve em março a tendência de redução registada nos meses anteriores, caindo 14,9% desde agosto de 2022. Este valor fica abaixo da meta voluntária que a Comissão Europeia definiu para a generalidade dos países europeus, de 15%, mas acima daquela exigida a Portugal em particular. Atendendo às especificidades do país, como a falta de interligações elétricas com os restantes Estados membros, Portugal inclui-se no grupo das exceções à regra, e pode reduzir os consumos em apenas 7%.

No sétimo relatório de progresso do Plano de Poupança de Energia 2022-2023, a Agência para a Energia (Adene) notou que os consumos de gás natural registaram “uma redução de 14,9%, face à média histórica dos últimos cinco períodos homólogos”.

A Adene assinala que o decréscimo se fez “sentir fortemente na vertente de consumo convencional, com uma redução de 23%”, enquanto “na componente de consumo devido à produção de energia através das centrais termoelétricas foi verificada uma diminuição de 0,8%”.

Esta percentagem compara com a diminuição de 14,6% entre agosto e fevereiro. Devido a tais diminuições, Portugal já atingiu uma percentagem 88,5% de cumprimento da meta estabelecida no Plano de Poupança de Energia 2022-2023 até ao final de 2023 (17%), acrescenta a agência.

A meta europeia de redução de 15% do consumo de gás serve para evitar ruturas no abastecimento, dadas as tensões geopolíticas pela guerra da Ucrânia. Entrou em vigor em agosto passado, com o objetivo de aumentar o armazenamento nos Estados-membros e criar uma ‘almofada’ perante eventual rutura no fornecimento russo.

 

 

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Taxa de juro dos depósitos tem maior subida em 12 anos para 0,9%

A taxa de juro dos novos depósitos para particulares registou a maior subida mensal desde 2011, mas Portugal continua a ser o país da Zona Euro com a segunda taxa mais baixa.

Os bancos continuam a aumentar a remuneração dos depósitos. Segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou 35 pontos base em março, para 0,9%.

Segundo o Banco de Portugal, é a “maior subida mensal desde 2011” e o valor mais elevado desde dezembro de 2015.

Fonte: Banco de Portugal.

No entanto, a entidade liderada por Mário Centeno nota que Portugal é o país da área do euro com a segunda taxa mais baixa. Apenas os bancos do Chipre mostram-se menos generosos que a banca nacional, remunerando as famílias com uma taxa de juro de apenas 0,44%.

Segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal, a remuneração média dos depósitos dos bancos da Zona Euro (2,44%) é 2,7 vezes superior ao que os bancos nacionais pagam pelas poupanças das famílias portuguesas.

Entre os bancos mais generosos estão as instituições financeiras francesas e italianas que, em março, apresentaram uma taxa de juro média dos depósitos de 2,77% e 2,75%, respetivamente.

Fonte: Banco de Portugal.
Fonte: Banco de Portugal.

Apesar de pagaram pouco face à média da Zona Euro, as famílias continuam a aplicar o seu aforro em depósitos. Segundo o Banco de Portugal, “o montante de novos depósitos a prazo de particulares totalizou 7.563 milhões de euros [em março], mais 1.663 milhões do que no mês anterior”.

Os dados do Banco de Portugal mostram ainda que os novos depósitos com prazo até um ano foram remunerados, em média, a 0,88% (0,56% em fevereiro), “o valor mais alto desde março de 2015”.

E ainda que a remuneração média dos novos depósitos de um a dois anos foi de 1,12% (1,15% em fevereiro) e a dos novos depósitos acima de dois anos foi de 0,79% (0,54% em fevereiro).

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Loures marca presença no Salão Imobiliário de Portugal

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  • 5 Maio 2023

A Câmara Municipal de Loures tem um stand próprio no SIL - Salão Imobiliário de Portugal, que decorre de 4 a 7 de maio, na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

O Município de Loures está presente no SIL – Salão Imobiliário de Portugal, de 4 a 7 de maio, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), certame que vai receber profissionais e público em geral em quatro dias de debates, apresentações, prémios e outras iniciativas, com especial destaque para os temas da atualidade do imobiliário português e para as cidades.

Em espaço próprio, no Pavilhão 1, Loures tem a oportunidade para dar a conhecer as suas políticas de habitação, os seus ativos imobiliários e todas as suas potencialidades aos investidores e aos cidadãos em geral.

No stand, onde é possível consultar as potencialidades de desenvolvimento do concelho, estão presentes diversos promotores – entre eles os grupos Lakhani e Fibeira, Hercesa, VGP e Vazconstrói – convidados a apresentar os seus projetos para Loures no que diz respeito a atividades económicas, indústria, comércio, logística, ciência, tecnologia e habitação. Apelação, Bobadela, Bucelas, Loures, Sacavém, Santo António dos Cavaleiros, Santo Antão e São Julião do Tojal são as zonas de construção visadas que vão permitir a criação de cerca de 4.500 novos postos de trabalho e a construção de 2.500 fogos.

O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, esteve presente no SIL, onde participou numa mesa-redonda com o tema “Os Desafios da Habitação”. O autarca abordou a questão da habitação municipal em Loures, referindo que se vive “uma indignidade na grande maioria dos bairros municipais” devido “à falta de investimento em obras por parte dos anteriores executivos”. Para resolver a situação, Ricardo Leão avançou que serão investidos 85 milhões de euros “para reabilitar 2500 fogos de habitação municipal e para a criação de mais 250 fogos”.

No entanto, o presidente da Câmara frisou que, aqui “é preciso criar justiça e equidade, pois ainda há muita gente que não paga rendas de apenas nove euros. Portanto, ao requalificar as casas, a Câmara está a cumprir com a sua parte, mas é importante que os inquilinos também cumpram com a sua”.

O autarca abordou ainda a questão da dificuldade da classe média em adquirir ou arrendar uma casa. “Importa que haja parcerias com os investidores privados. Temos de ter terrenos para ceder aos privados para que, em lógica de cooperativas de habitação, ou em lógicas de parceria a custos controlados, se possa ter no mercado imóveis aos quais a classe média possa aceder”.

Para Ricardo Leão é determinante que se revisite a lei que regula a ocupação dos solos, alterando a classificação dos solos agrícolas, que não são cultivados há décadas, para solos urbanos. “Há solos que temos de aproveitar para aumentar a capacidade habitacional”.

Até dia 7 de maio é possível visitar o espaço dedicado ao Município de Loures e saber mais sobre o investimento municipal já concretizado e os futuros projetos planeados pela Câmara de Loures, evidenciando as potencialidades do território para viver, conhecer, investir e inovar.

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